"Sola Scriptura", ou "Somente a Escritura". Trata-se de um dos princípios basilares da Reforma Protestante. Sola scriptura reconhece a presença e permite o uso da história, linguagem, estudo contextual, patrística e estudiosos na interpretação dos textos Bíblicos. No entanto, qualquer interpretação proposta deve ser feita SEMPRE de acordo com o padrão das Escrituras, isto é, "a Bíblia se interpreta pela própria Bíblia". Os escritos de teólogos piedosos, as decisões dos conselhos eclesiásticos e tradições transmitidas através dos tempos - embora não necessariamente inúteis em si mesmas - não atingem o padrão de supremacia das Escrituras. A palavra de Deus é sempre a palavra final.
Aqui, a Escritura é seu próprio intérprete (sui ipsius interpres), ela é clara em sua própria mensagem (claritas), ainda que determinadas passagens sejam obscuras e somente ela é juiz, norma e regra (iudex, norma et regula). Noutras palavras, toda a Escritura - Antigo e Novo Testamentos - é norma normativa (norma normans, regra que regula) por excelência. Todo o demais pode vir a ser, no máximo, norma normada (norma normata, regra que é regulada).
Outro termo semelhante é "Prima Scriptura", ou "A Escritura Primeiro". A idéia é que as Escrituras não são a única regra de fé na igreja, ainda que sejam a autoridade máxima quanto a esse mister. Refere-se a primazia das Escrituras, sendo elas ocupando posição de destaque entre as tradições e as decisões eclesiásticas, embora essas também possuam alguma autoridade juntamente com Escritura. Este ensino decorre da idéia de que quando os apóstolos fundaram a igreja, eles deixaram um conglomerado de ensinamentos, tanto escritos e não escritos, onde a a parte escrita tornou-se Escritura. Portanto, enquanto há tradições e crenças extra-bíblicas, as Escrituras é que possuem mais autoridade entre eles. No entanto, porque acredita-se que as Escrituras, tradições e autoridade da igreja vêm todos da mesma fonte (isto é, Cristo e os apóstolos), todos eles carregam diferentes graus de importância.
Por fim, há ainda o termo "Sola Ecclesia", ou "Somente a Igreja". Refere-se a doutrina que ensina que a igreja é a única autoridade e regra de fé, e tudo é decidido por meio do corpo eclesiástico. Os Testemunhas de Jeová, os Mórmons e algumas seitas neo-pentecostais (e até algumas Igrejas mais tradicionais...) seguem esse ensino, onde a palavra do líder (ou do corpo de líderes) é superior até mesmo às Escrituras. Estas são interpretadas segundo o entendimento daquele líder, sem nenhum compromisso com o texto ou o contexto da Bíblia.
No meio evangélico atual, nunca houve um tempo em que predominem os abusos e deturpações dos textos Bíblicos como se vê. A Bíblia é usada para justificar qualquer ensino mirabolante, sem a menor consideração com as regras da hermenêutica sagrada. Há uma descaracterização dos ensinos bíblicos em prol da satisfação pessoal do ouvinte/ofertante, uma evidência de descompromisso com a fé cristã reformada. Há também aqueles que usam as Escrituras e as ensinam sem sequer conhecê-las, como se vê em muitos púlpitos espalhados pelo Brasil. Basta ligar a TV num programa evangélico, ou escutar uma rádio evangélica que as aberrações intrepretativas logo têm início. Mesmo em programas não-evangélicos, como alguns "talk shows", é possível deparar-se com um "pastor(a)" falando coisas acerca da fé, de Jesus e da Bíblia "do arco da velha", sandices sem tamanho.
A Bíblia, que já foi odiada e queimada em praça pública por imperadores, como Diocleciano, mas até hoje preservada, está sendo vilipendiada por aqueles que deveriam ter todo o zelo para preservar sua história e ensino. Ao interpretarem as Escrituras segundo o seu bel-prazer, estes ditos pastores, bispos e apóstolos estão, na verdade, contribuindo com o diabo na consecução do seu antigo plano de destruir as Escrituras, não fisicamente, mas espiritualmente, desacreditando-a como Palavra de Deus pelo ridículo que estão gerando ao torcer o Livro Santo para justificar suas abominações e carnalidades. Além disso, estão conduzindo multidões ao inferno, com suas doutrinas espíritas e feiticeiras, com seus ensinos voltados para o "aqui e agora", sem nenhuma preocupação com o destino eterno de ninguém.
A Bíblia não é um manual de práticas de como se manipular o sobrenatural em benefício pessoal, como fazem crer os pastores, bispos e apóstolos do erro e da mentira. Isso seria equiparar a Bíblia a um livro de feitiçaria, mais um manual espírita-esotérico, onde os mestres do sobrenatural ensinam seus aprendizes a cultuar e sacrificar aos demônios. Não é porque a Bíblia menciona a vitória de Israel sobre Jericó que agora nós, crentes em Cristo, vamos ficar dando voltas em torno de um papel onde estão escritos os problemas e obstáculos humanos! Não! Do mesmo modo, o Espírito Santo não inspirou o registro do episódio da manifestação de Deus a Moisés no Sinai por meio de uma sarça que ardia, mas não se consumia, para que agora os crentes acendam uma fogueira e queimem seus pedidos de oração. Ainda há quem chame essa fogueira de "santa"...
Há muitos ensinos como esses, que dão origem a uma série de práticas que nada tem a ver com a fé cristã reformada, nem mesmo com fé cristã alguma. Por exemplo, no Antigo Testamento Deus instituiu os sacrifícios de animais para expiação do pecado de Israel. Enquanto a genuína fé bíblica interpreta corretamente esses sacrifícios como tipos do sacrifício de Cristo na cruz (o antítipo), os deturpadores das Escrituras afirmam que agora os crentes precisam sacrificar, sendo este sacrifício via de regra financeiro.
Outro ponto que onde há uma série de erros são os costumes da Igreja, colocados em pé de igualdade às Escrituras Sagradas. Coisas como adornos da mulher, uso de vestimentas, proibições de alimentos e bebidas, etc no mesmo patamar daquilo que a Bíblia recomenda aos crentes em Cristo são um grave erro que muita gente boa comete. Por exemplo, não são poucos os que interpretam os textos de I Pedro 3:3 ("O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos") e de I Timóteo 2:9 ("Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos") como uma proibição para as mulheres cristãs no séc. XXI, o que tem levado muitas pessoas ao ridículo e a escandalizarem outros. Por causa da suposta proibição bíblica das vestimentas levada às últimas consequências, acabam vestindo-se de forma a causarem escândalos - o que é um pecado - mesmo não mostrando parte alguma do corpo.
Abre parênteses: Esse ensino distorcido sobre as roupas da mulher é antigo, derivando-se do periódo patrístico, quando a mulher era muito mal vista na sociedade e nos meios religiosos, por conta da errônea equiparação das mesmas com Eva. Segundo aquele ensino, a mulher era amaldiçoada e fonte de maldição porque por causa de Eva, a primeira mulher, Adão pecou e o pecado entrou no mundo. O ensino é repetido sob a forma do mito grego de Pandora, a primeira mulher que existiu, criada por Hefesto e Atena. Segundo o mito, Pandora não resistiu à curiosidade e abriu a caixa dada a ela por Epimeteu, seu esposo, e os males escaparam. Por mais depressa que providenciasse fechá-la, somente conservou um único bem, a esperança. E dali em diante, foram os homens afligidos por todos os males. Isso chama-se "maniqueísmo dualista", segundo o qual o Universo foi criado e é dominado por dois princípios antagônicos e irredutíveis: Deus ou o bem absoluto, e o mal absoluto ou o Diabo. Os maniqueístas dualistas possuíam uma visão negativa do matrimônio e acabou projetando nos círculos cristãos a idéia da mulher tentadora, que carnalmente seduzia os homens de Deus. A mulher, filha de Eva, era vista como prevaricadora; Tertuliano chegou a afirmar que a mulher era "porta do diabo". Ele prescreveu uma série de normas sobre as vestimentas e cuidados corporais, intituladas "De cultu feminarum". Segundo Tertuliano, a mulher deveria andar com "roupas de penitência", em "trajes humildes", porque elas traziam em seu próprio sexo a maldição; as jóias e adornos seriam instrumentos da mulher destinados à corrupção do homem, instrumentos de prostituição. A salvação, para Tertuliano, consistia na exibição da modéstia no vestir e no adorno; assim a observância da modéstia pela mulher não era em essência, mas exterior. Fecha parênteses.
Qual seria a correta interpretação dos textos bíblicos de I Pedro 3:3 e de I Timóteo 2:9? São estes textos uma probição absoluta para as irmãs em Cristo? O que os apóstolos Pedro e Paulo tencionavam ensinar nestas passagens? Precisamos analisar o contexto aqui. Ambos os textos tratam de um mesmo assunto, logo a interpretação de um necessariamente envolve o outro, caso contrário teremos dois textos falando a mesma coisa com interpretações diferentes, conduzindo a ensinos diferentes, e fazendo da Bíblia um punhado de contradições sem sentido. Ao contrário, a Bíblia é harmônica em si mesma, não havendo nela nenhuma contradição doutrinária.
Assim, vamos ver o texto de I Pedro 3:1 a 4: "Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; considerando a vossa vida casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.". Neste texto, Pedro está combatendo realmente o uso de adornos e vestimentas pela mulher cristã? De certo que não! O que Pedro está ensinando é que a mulher cristã deve se preocupar primeiramente (não exclusivamente) em possuir e exibir qualidades morais e espirituais, as quais transcendem as qualidades humanas, como a beleza. Noutras palavras, para Pedro a mulher cristã deveria ter um comportamento cristão para que seus maridos fossem ganhos sem palavra (logo, pelo testemunho de vida delas). Elas não deveriam basear as suas vidas apenas no cuidado com o corpo, mas principalmente com o espírito, porque eles não seriam ganhos pela beleza exterior, mas pela interior. Por isso, Pedro faz uma oposição de conceitos, mostrando a supremacia de um sobre o outro (afinal, a Bíblia não é livro de moda), mas em momento nenhum ele proíbe o uso de jóias e adornos, nem condena o uso dos mesmos como prejudiciais a fé cristã. Aqui, é o mesmo que dizer "trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou." (Jo 6.27) O que Jesus está ordenando? Que ninguém mais trabalhe, que não busque sustentar a si mesmo, mas que viva da contemplação do sobrenatural? É lógico que não! Ele está fazendo o mesmo que Pedro, uma oposição de conceitos - terreno e espiritual - para ressaltar que o segundo como propósito primeiro (não exclusivo) para a vida do cristão. Conciliar as duas coisas, de forma a atingir o equilíbrio, é a meta de cada cristão. "Pedro insistiu, não que o aspecto exterior devesse ser negligenciado, mas que agora o desenvolvimento do seu caráter, e o agradar aos seus maridos, deveria ser item prioritário nas suas vidas e fazer com que elas alcançassem uma beleza mais completa, duradoura e satisfatória." (Portela, 1998)
Russell Norman Champlim, Ph.D., em seu comentário "O Novo Testamento Interpretado - Versículo por Versículo", sobre o texto de I Pe 3.1-4, concorda com essa linha de interpretação: "Pedro dava a entender não que as mulheres devem ser descuidadas em seu vestuário, porque isso chamaria para elas uma atenção negativa. Também não é provável que estivesse proibindo o uso de jóias." Antes ele advertia contra a ostentação e no exagero. A ornamentação externa exagerada é sinal de mundanismo. Acerca do aparato do vestuário ("compostura dos vestidos"), ele continua: "Essas palavras não proíbem o uso de roupas de boa qualidade, nem encorajam o desleixo nas vestes. Antes, proíbem a tentativa de ostentação deliberada, através do uso de vestidos bordados com ouro ou com jóias". Cada irmã deve estar individualmente convencida dos limites entre a modéstia e o exagero. Se uma mulher crente é cuidadosa a respeito do decoro da sua alma, também terá bom senso em se vestir e ornamentar.
Do mesmo modo, poderiámos enumerar uma série de passagens bíblicas onde o uso de jóias e adornos é reconhecido e incentivado. Por exemplo, na ocasião da construção do tabernáculo no deserto. Vejamos, por exemplo, Êx 11.2: "Fala agora aos ouvidos do povo, que cada homem peça ao seu vizinho, e cada mulher à sua vizinha, jóias de prata e jóias de ouro." Essas jóias e ouro são aquelas que Israel havia trazido do Egito, a mando do próprio Deus. Já em Êx 35.22, lemos: "Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, trazendo broches, pendentes, anéis e braceletes, sendo todos estes jóias de ouro; assim veio todo aquele que queria fazer oferta de ouro ao Senhor." Logo, aqueles que não estavam "bem dispostos de coração" não ofertaram e, portanto, retiveram as ofertas para si mesmos. Porém foram dadas muitas ofertas, além do que era preciso! Por conta disso, "disseram a Moisés: O povo traz muito mais do que é necessário para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse. Pelo que Moisés deu ordem, a qual fizeram proclamar por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais." (Êx 36,5,6) Novamente, se o povo foi proibido de trazer mais, o que eles fizeram com aquilo que estava sob suas posses? Jogaram fora, no lixo? Voltaram ao Egito para devolver o excedente? Fizeram uma fogueira santa e queimaram tudo?!? Note que se as jóias e utensílios eram abominação, Deus jamais deveria ter pedido para Israel trazê-las do Egito. Segundo, se as jóias eram só para a construção do tabernáculo, como querem fazer crer alguns, então ou não deveria haver sobras ou as sobras deveriam ser destruídas. Mas nada disso foi feito! O que sobrou foi devidamente usado por cada filho e cada filha de Israel, como adorno! O texto em Êx 38.8 é claro e direto: "Fez também a pia de bronze com a sua base de bronze, dos espelhos das mulheres que se reuniam e ministravam à porta da tenda da revelação." O bronze da bacia foi fornecido pelos espelhos de metal polido das mulheres! Para que será que elas usavam o espelho?!?
Note que o foco está posto no equilíbrio. Uma mulher cristã não deve, em hipótese alguma, vestir-se e adornar-se sensualmente, com vestidos extremamente decotados ou saias demasiadamente curtas; nem usar certos tipos de adornos que confiram uma aparência sensual, porque (1) isso é mundanismo, coisa que a cristã deve evitar em qualquer hipótese e (2) porque isso levará inevitavelmente a confundí-la com as mulheres mundanas, não-convertidas. Esse é o propósito, por exemplo, da questão do uso do véu, pelas irmãs em Cristo na cidade de Corinto. Toda confusão é prejudicial a própria pessoa, bem como a fé que ela diz pertencer. Um brinco, uma pulseira, um anel ou um colar são neutros em si mesmo do ponto de vista espiritual; mas a irmã que deles faz uso deve fazê-lo com moderação. Por sua vez, um fio dental, shortinhos e calças apertadíssimas ou vestes transparentes, não são vestimentas corretas para uma mulher cristã. O espelho - tanto a Palavra de Deus quanto o do quarto - é um aliado importante das irmãs cristãs. Querer aparecer "gostosa", "poderosa", "sensual" e coisas do tipo, exibindo seu corpo sem pudor, é atitude contrária ao Espírito cristão. O mesmo vale para o homem cristão, porque a fé e os princípios de Deus são os mesmos! Nada de microssungas e de shortinhos e calças apertadíssimas!
Retornando ao tema central dessa argumentação, na qual foi abordado a partir de um caso clássico o uso dos princípios da Sola Scriptura na interpretação dos textos bíblicos, as Escrituras são suficientes em si mesmas. No popular, não é necessário reinventar a roda, apenas saber usá-la. O que cada pastor, bispo ou apóstolo deve fazer é primeiramente parar de ensinar o que a Bíblia não ensina. Não distorcer o texto bíblico em hipótese alguma, mas buscar basear sua fé nele como ele é, corrigindo a si mesmo quanto as práticas contrárias e só então corrigindo a grei. Em segundo lugar, procurar conhecer a Bíblia e as regras de hermenêutica e exegese, estudando-a com afinco de forma a poder "apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (II Tm 2.15). A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática, amados irmãos e irmãs em Cristo! Alterar isso, é mudar o que Deus estabeleceu, é remover os marcos antigos. Modificar a Palavra de Deus é incorrer em maldição: "Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que estão escritas neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão descritas neste livro." (Ap 22.18,19)
Pense nisso! Deus está te dando visão de águia!
Referências:
1) Portela, Elizabeth Zekveld. O "Adorno" da Mulher Cristã: proibição ou privilégio? Revista Fides Reformata 3/2. Julho-Dezembro de 1998. Disponível em http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_III__1998__2/o_adorno....pdf. Acesso em 30/01/2012.
2) Dias, Geraldo J.A, Coelho. Perspectivas Bíblicas da Mulher e Monaquismo Medieval Feminino. Revista da Faculdade de Letras. Disponível em http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/2020.pdf. Acesso em 30/01/2012.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
SANDICES MODERNAS, HIPOCRISIA ANTIGA!
Cena 1:
Visitante pela primeira vez na Igreja XYZ, irmão(ã) de outra Igreja evangélica, com sua família, é recebida pela grei com toda consideração e amor cristãos. Durante o louvor, fecha os olhos, canta, se emociona... tem um comportamento típico. Porém, por razões "desconhecidas", quando comprimentado(a) pessoalmente após o culto, dispara a "metralhadora giratória" para todos os lados, "exortando" até mesmo o pastor da Igreja o qual ele(a) viu pessoalmente pela primeira vez na vida. "Vejo que o senhor conhece a Palavra, mas é importante também conhecer o espírito...", e outras sandices variadas, como se aquele pastor - a quem esta pessoa NÃO conhece - fosse algum neófito ou coisa do tipo. Interessante é que a esposa do pastor é elogiada, a Igreja é elogiada e o pastor, quem Deus ungiu e colocou diante da Igreja para cuidar dela - cujo resultado do pastorado é percebido pelo(a) irmão(ã) zureta - é tratado com pouco ou nenhum respeito.
OBS: Como mal criação vem de casa, os(as) filhos(as) do(a) visitante tem o mesmo comportamento irreverente e anticristão do(a) genitor(a).
Cena 2:
Enquanto isso, outro visitante pela primeira vez à Igreja XYZ, não-convertido(a) (?????????), não canta nenhum hino durante o culto - até mesmo porque não entende a letra. Presta atenção total à pregação da Palavra. Ao final do culto cristão, esse visitante devolve o tratamento dispensado - o mesmo tratamento da cena 1 - com carinho, afeto, consideração e gratidão. Conversa com todos, interage, com um comportamento digno de nota. Uma pessoa que você sente-se bem ao lado, de uma postura e comportamento muitíssimo acima da média.
Pergunta-se: O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!?
Onde estão os valores cristãos que por gerações a fio as Igrejas observaram e ensinaram? Onde está a cortesia, a camaradagem, o respeito, a honra? Onde fica o "considerar o irmão como superior a si mesmo"? Que Igreja é essa, que se diz salva, que vai para o céu, e sequer sabe se comportar na Terra? Que crentes são esses que condenam os não-crentes ao fogo do inferno, sem dar-lhes sequer uma oportunidade de misericórdia e perdão, e agem pior do que eles?
Segundo a Bíblia, os cristãos - não os crentes - são sacerdotes. O que faz um sacerdote? Ele apresenta as causas humanas a Deus. Ele não condena, ele intercede. O lado condenatório, que é o lado profético da Igreja, tem como propósito a salvação dos perdidos, não a destruição deles! Deus mandou Jonas à Nínive com uma mensagem de condenação para que aquelas pessoas se arrependessem e fossem salvas! Agora, a mensagem era de Deus - baseada unicamente na Verdade de Deus - e não na verdade particular do profeta.
Hoje, há muita mensagem profética segundo o coração do próprio profeta, não segundo o coração de Deus. Enquanto o coração de Deus dá origem a uma severa e gravíssima exortação para o arrependimento - sim, Deus prefere ser rigoroso em palavras do que executar o juízo, porque via de regra Ele pondera justiça com misericórdia -, o coração do profeta prefere ver o "circo pegar fogo". É juízo pelo juízo, pela indignação pessoal baseada na própria justiça, que exige reparação pela ofensa na mesma moeda, onde a misericórdia, o amor e o perdão foram completamente excluídos. Deus é bom, já dizia Jesus; o homem é ruim! Não é à toa que diante das possíveis consequências por sua transgressão, Davi disse: "Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do SENHOR, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens" (1 Crônicas 21:13)
Cair nas mãos dos homens é a pior coisa que pode acontecer a alguém. O linchamento moral - quando não físico - é um dos riscos. Na minha época de membro, olhávamos o pastor da Igreja com respeito. Tínhamos naquele homem uma pessoa acima das demais, uma pessoa inteligente, sábia, culta e espiritual. Queríamos todos ser iguais aquele homem, que subia ao púlpito domingo a domingo para nos ensinar a Palavra de Deus. Nós ficávamos maravilhados com o conhecimento Bíblico e secular que o pastor possuía. Ninguém dizia ou sequer insinuava ao pastor essas idiotices modernas, antiintelectualistas e desprovidas de cristianismo, como relatado na cena 1. Ninguém vinha cheio de banca, arrogante e prepotente para falar com o servo de Deus. Havia honra e respeito.
Hoje, em parte por culpa daqueles que se autodenominam pastores sem nunca terem sido, o abuso predomina. Há, infelizmente - e me perdoem os leitores pelos adjetivos, mas não encontro no momento outros melhores - uma geração de idiotas e analfabetos assumindo o púlpito das Igrejas evangélicas. Gente que viu na fé uma forma de encher o bolso de forma garantida e fácil. Que não sabe sequer o que a Bíblia diz, o seu ensino, ou mesmo conhece o Espírito. Manipuladores das massas, não geram nenhum fruto, a não ser o fruto podre e bichado do pecado e da sem-vergonhice. O pior: esses são respeitados! Esses são queridos! Roubam descaradamente - alguns volta e meia estampam as páginas dos jornais - e ainda assim são venerados como se fossem representantes diretos do Altíssimo!
Seus ensinos não passam de um punhado de baboseiras, de sandices, que não resistem a um mero e simples exame. Coisas como o tal "RATIMBUM", cantando nos aniversários, sobre o qual é dito tratar-se de uma palavra mágica amaldiçoadora de origem demoníaca, usada pelos persas. Sinceramente, é melhor ouvir isso do que ser surdo. Uma geração que baseia sua fé em contos e lendas, em ensinos malucos sem pé nem cabeça como esse é, de fato, uma geração perdida, que não sabe no que crê e nem porque crê. Eu fico indignado com esse show de baboseiras! Será que ninguém mais procura estudar em nossos dias? Não estudam nem a Bíblia e nem as matérias seculares! Será que lêem alguma coisa, além dos livros heréticos e manipuladores dos pseudo-pastores modernos?
Antigamente, os cristãos eram conhecidos como o "povo da Bíblia". O que é a Bíblia? É um LIVRO e, como tal, precisa ser lido e compreendido, para então ser posto em prática. Ler e compreender - isso envolve minimamente o conhecimento da língua na qual a Bíblia está escrita, no caso do Brasil, em língua portuguesa. Interpretá-la envolve também o conhecimento do vernáculo, bem como uma série de outros saberes, como as línguas originais (grego, hebraico e aramaico), da história e dos costumes daquela época, da geografia, dentre outros. ISSO NÃO VEM DA JOELHOLOGIA, como insistem alguns que são contra o estudo - porque não o possuem e nem querem possuí-lo. O "manto de mistério de cubas-nébias" não passa de criancice, de uma espiritualidade falida, desprovida de Bíblia.
Por isso, a falta de respeito e a inversão de valores predominam. De um lado, pastores que não são, nunca foram e nunca serão pastores, iletrados, falidos secularmente, enganando as pessoas para terem sucesso financeiro e acesso a bens que jamais teriam como profissionais seculares. Do outro lado, frequentadores de Igreja que não lêem a Bíblia ou se lêem o fazem de cabeça para baixo. Pessoas irreverentes, sem Deus, cheios de pompa e de manias. Arrogantes. Gente que demonstra uma fé exterior sem a essência interior, sepulcros caiados, bonitos por fora mas cheios de podridão por dentro. Depois, querem pregar para os outros! Como, se não vivem? Meu conselho é pregar diante do espelho para ver se a conversão torna-se realidade na própria vida, para então ir pregar aos outros.
Esses aparentes crentes vivem um mundo bipolar: os de dentro da sua panela e os "foras-da-Igreja", entendidos como "foras-da-lei". Daí, esses pseudos, intitulados cristãos agem como verdadeiros xerifes, condenando sem misericórdia aqueles que não rezam... ops, oram... segundo a sua cartilha, sem jamais orar nem 5 minutos por aquela vida. Você acha que é melhor do que os outros só porque está dentro de uma redoma eclesiástica e litúrgica? Você se esquece de onde você foi tirado? Da misericórdia que Deus continuamente demonstra por sua pobre vida? Você, que diz crente em Cristo, que repousas na Bíblia e que te glorias em Deus; que conheces a vontade e tens provado os valores excelentes, sendo instruído com base na Bíblia; que estás persuadido de que és guia de cegos, luz dos que estão em trevas, educador dos simples, mestre de crianças, tendo na Bíblia a forma do conhecimento e da verdade, no que você é melhor? Sim, porque aquilo que você condena nos outros é exatamente aquilo que continuamente faz. "Por isso és indesculpável, ó homem, quando te pões a julgar; pois no que julgas a outrem condenas a ti mesmo, visto que praticas as mesmas coisas que julgas. Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas e tu mesmo as praticas, acaso contas escapar ao juízo de Deus? [...] tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Que apregoas a não furtar, furtas? Tu, que dizes a outros que não cometam adultério, o cometes? Que abominas os ídolos, lhes profanas os santuários? Tu que te glorias na Lei, desonras a Deus pela transgressão da Lei? É fato que, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa." (Romanos 2).
Se esse mal - de condenar outros naquilo que você faz - já é grande, pior fica quando a vida deles, que não conhecem a Deus, é melhor do que a sua, que diz conhecê-Lo. Quando eles amam, o fazem de verdade, enquanto o seu amor é apenas fingido; quando eles vão a um lugar, respeitam os que ali estão mesmo não concordando ou entendendo, enquanto você age com desrespeito para com todos, especialmente para com aqueles que você sabe que deve respeitar e honrar pela Bíblia. Aqueles zelam por suas famílias, choram com carinho e amor por seus pais e mães, não perdem um almoço em família, enquanto você que se diz "salvo" não dá a mínima para a sua família - não honra nem pai, nem mãe, não quer nem saber de família e que faz de um tudo para separar a família dos outros (e alguns neste estado ainda tem a empáfia de dizer que possuem "ministério de família"...sic). Aqueles, quando diante da chuva ou do sol, demonstram temor de Deus e nem blasfemam e nem murmuram reclamando do clima, mas em tudo tributam ao Deus do céu - a quem não conhecem, exatamente como você - o controle de todas as coisas, reputando-as como dom de Deus. Não lêem a Bíblia e nem vão a cultos dominicais, mas demonstram mais vida do que você, que não sai da Igreja. “Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.” (Mateus 21:31,32) Entendeu o que está escrito? As prostitutas e os corruptos (objeto do ódio nacional) entrarão no Reino de Deus antes que muitos pastores e religiosos, os quais ficarão de fora. Por que? Porque as mulheres da vida e os corruptos (e outras "classes") se arrependerão dos seus pecados; enquanto os religiosos e pastores, fiando-se em sua religião, não se arrependem nunca. Sandices novas, hipocrisia antiga!
Não adianta pertencer a Igreja isso-ou-aquilo, ou ser isso-ou-aquilo, ou fazer isso-ou-aquilo e não ter um encontro real com Jesus, se arrepender dos pecados e nascer de novo. O resultado é o mesmo: INFERNO! Você que não sai da Igreja, que sofre comichão para "fazer a obra" a todo custo, mas que vive uma vida dupla, preste atenção: Olhe para o seu interior, há verdade na sua vida? Pare TUDO o que você está fazendo e procure URGENTEMENTE a Jesus, com toda as forças da sua alma, com verdade e transparência, para que então ELE transforme a sua vida. Largue de uma vez por todas essa HIPOCRISIA, essa mentira que é a sua vida, e vá se converter enquanto ainda é tempo, antes que seja tarde demais!
Lembre-se: MÁSCARAS só existem nessa Terra e só escondem seu VERDADEIRO EU dos outros homens. Nem no CÉU nem no INFERNO há MÁSCARAS. Nesses lugares, você é visto como realmente é, em essência - transformada por Jesus ou ainda decaída, morta em delitos e pecados. E, dependendo dessa essência (e não da máscara) você irá morar ou no céu, ou no inferno.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Visitante pela primeira vez na Igreja XYZ, irmão(ã) de outra Igreja evangélica, com sua família, é recebida pela grei com toda consideração e amor cristãos. Durante o louvor, fecha os olhos, canta, se emociona... tem um comportamento típico. Porém, por razões "desconhecidas", quando comprimentado(a) pessoalmente após o culto, dispara a "metralhadora giratória" para todos os lados, "exortando" até mesmo o pastor da Igreja o qual ele(a) viu pessoalmente pela primeira vez na vida. "Vejo que o senhor conhece a Palavra, mas é importante também conhecer o espírito...", e outras sandices variadas, como se aquele pastor - a quem esta pessoa NÃO conhece - fosse algum neófito ou coisa do tipo. Interessante é que a esposa do pastor é elogiada, a Igreja é elogiada e o pastor, quem Deus ungiu e colocou diante da Igreja para cuidar dela - cujo resultado do pastorado é percebido pelo(a) irmão(ã) zureta - é tratado com pouco ou nenhum respeito.
OBS: Como mal criação vem de casa, os(as) filhos(as) do(a) visitante tem o mesmo comportamento irreverente e anticristão do(a) genitor(a).
Cena 2:
Enquanto isso, outro visitante pela primeira vez à Igreja XYZ, não-convertido(a) (?????????), não canta nenhum hino durante o culto - até mesmo porque não entende a letra. Presta atenção total à pregação da Palavra. Ao final do culto cristão, esse visitante devolve o tratamento dispensado - o mesmo tratamento da cena 1 - com carinho, afeto, consideração e gratidão. Conversa com todos, interage, com um comportamento digno de nota. Uma pessoa que você sente-se bem ao lado, de uma postura e comportamento muitíssimo acima da média.
Pergunta-se: O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!?
Onde estão os valores cristãos que por gerações a fio as Igrejas observaram e ensinaram? Onde está a cortesia, a camaradagem, o respeito, a honra? Onde fica o "considerar o irmão como superior a si mesmo"? Que Igreja é essa, que se diz salva, que vai para o céu, e sequer sabe se comportar na Terra? Que crentes são esses que condenam os não-crentes ao fogo do inferno, sem dar-lhes sequer uma oportunidade de misericórdia e perdão, e agem pior do que eles?
Segundo a Bíblia, os cristãos - não os crentes - são sacerdotes. O que faz um sacerdote? Ele apresenta as causas humanas a Deus. Ele não condena, ele intercede. O lado condenatório, que é o lado profético da Igreja, tem como propósito a salvação dos perdidos, não a destruição deles! Deus mandou Jonas à Nínive com uma mensagem de condenação para que aquelas pessoas se arrependessem e fossem salvas! Agora, a mensagem era de Deus - baseada unicamente na Verdade de Deus - e não na verdade particular do profeta.
Hoje, há muita mensagem profética segundo o coração do próprio profeta, não segundo o coração de Deus. Enquanto o coração de Deus dá origem a uma severa e gravíssima exortação para o arrependimento - sim, Deus prefere ser rigoroso em palavras do que executar o juízo, porque via de regra Ele pondera justiça com misericórdia -, o coração do profeta prefere ver o "circo pegar fogo". É juízo pelo juízo, pela indignação pessoal baseada na própria justiça, que exige reparação pela ofensa na mesma moeda, onde a misericórdia, o amor e o perdão foram completamente excluídos. Deus é bom, já dizia Jesus; o homem é ruim! Não é à toa que diante das possíveis consequências por sua transgressão, Davi disse: "Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do SENHOR, porque são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens" (1 Crônicas 21:13)
Cair nas mãos dos homens é a pior coisa que pode acontecer a alguém. O linchamento moral - quando não físico - é um dos riscos. Na minha época de membro, olhávamos o pastor da Igreja com respeito. Tínhamos naquele homem uma pessoa acima das demais, uma pessoa inteligente, sábia, culta e espiritual. Queríamos todos ser iguais aquele homem, que subia ao púlpito domingo a domingo para nos ensinar a Palavra de Deus. Nós ficávamos maravilhados com o conhecimento Bíblico e secular que o pastor possuía. Ninguém dizia ou sequer insinuava ao pastor essas idiotices modernas, antiintelectualistas e desprovidas de cristianismo, como relatado na cena 1. Ninguém vinha cheio de banca, arrogante e prepotente para falar com o servo de Deus. Havia honra e respeito.
Hoje, em parte por culpa daqueles que se autodenominam pastores sem nunca terem sido, o abuso predomina. Há, infelizmente - e me perdoem os leitores pelos adjetivos, mas não encontro no momento outros melhores - uma geração de idiotas e analfabetos assumindo o púlpito das Igrejas evangélicas. Gente que viu na fé uma forma de encher o bolso de forma garantida e fácil. Que não sabe sequer o que a Bíblia diz, o seu ensino, ou mesmo conhece o Espírito. Manipuladores das massas, não geram nenhum fruto, a não ser o fruto podre e bichado do pecado e da sem-vergonhice. O pior: esses são respeitados! Esses são queridos! Roubam descaradamente - alguns volta e meia estampam as páginas dos jornais - e ainda assim são venerados como se fossem representantes diretos do Altíssimo!
Seus ensinos não passam de um punhado de baboseiras, de sandices, que não resistem a um mero e simples exame. Coisas como o tal "RATIMBUM", cantando nos aniversários, sobre o qual é dito tratar-se de uma palavra mágica amaldiçoadora de origem demoníaca, usada pelos persas. Sinceramente, é melhor ouvir isso do que ser surdo. Uma geração que baseia sua fé em contos e lendas, em ensinos malucos sem pé nem cabeça como esse é, de fato, uma geração perdida, que não sabe no que crê e nem porque crê. Eu fico indignado com esse show de baboseiras! Será que ninguém mais procura estudar em nossos dias? Não estudam nem a Bíblia e nem as matérias seculares! Será que lêem alguma coisa, além dos livros heréticos e manipuladores dos pseudo-pastores modernos?
Abre parênteses: RATIMBUM é uma figura de linguagem chamada onomatopéia (cuidado, não vá ler centopéia, rs). Significa imitar um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana... dentre outros, podem ser transcritos usando palavras. Exemplos: Atchim! - espirro; Au,au! - latido; Bang! – tiro; Buáá! – choro; Clap! – palmas; Cof, Cof - Tosse; Grrr! – grunhido; Miau! – miado; Tic-tac! – relógio; Tchibum – mergulho; Blin Blong! – campainha, etc. No caso do RATIMBUM, o som emitido por uma bandinha de circo ou uma fanfarra quando quer chamar a atenção sobre uma finalização de uma apresentação. A caixa faz TARARÁ!, os pratos fazem TIM!, e o bumbo faz BUM! - TARARÁ TIM BUM, para tornar a palavra mais curta e fácil de falar foi elipsado o TARA... e ficou só o RÀ, RA-TIM-BUM, com três sílabas de bom efeito sonoro. Os crentes precisam ler mais e estudar mais, para evitarem acreditar e difundir esse tipo de erro. Fecha parênteses.
Abre parênteses: Outra invenção do mesmo nível dessa e que fez muito sucesso - e ainda faz, infelizmente - são as mensagens subliminares em discos de artistas famosos. Isso foi uma febre no meio evangélico! Não faltava quem jurasse que tinha ouvido palavras de louvor ao diabo quando um disco do artista X era tocado ao contrário. Modernamente, chegaram ao ponto de afirmar que um artista famoso do meio evangélico havia recorrido a esse expediente para ter o imenso sucesso que sua música alcançou no meio evangélico, inclusive entre os não-evangélicos. Essas maluquices me lembram um antigo filme - os caça-fantasmas!
"If there's somethin' strange in your neighborhood / Who you gonna call (Ghostbusters) / If there's somethin' weird and it don't look good / Who you gonna call (Ghostbusters) / I ain't afraid of no ghost". Sim, os crentes modernos vivem caçando fantasmas na vida e na obra das pessoas; vivem amarrando o diabo a cada topada, quando ele está mais solto do que nunca; vivem quebrando maldições hereditárias - coisas feitas pelo tatatatatatatatatataravô - porque isso é a causa do seu pecado descarado nos dias atuais, mas ir a Cruz e nascer de novo, nada feito; compram e vendem amuletos e objetos consagrados, tomam banho com sabonete feito do óleo de Israel mas recusam-se ir a Cristo para serem lavados por seu Sangue. Fazem caravanas a Israel para serem (re)batizados no rio Jordão, mas não há nenhum interesse em viver o cristianismo bíblico, como ele é. Por isso os pastores que ensinam os nomes dos fantasmas e como caçá-los se tornam pessoas respeitadas e honradas entre os crentes, enquanto aqueles que ensinam a Bíblia são menosprezados. Fecha parênteses.
Antigamente, os cristãos eram conhecidos como o "povo da Bíblia". O que é a Bíblia? É um LIVRO e, como tal, precisa ser lido e compreendido, para então ser posto em prática. Ler e compreender - isso envolve minimamente o conhecimento da língua na qual a Bíblia está escrita, no caso do Brasil, em língua portuguesa. Interpretá-la envolve também o conhecimento do vernáculo, bem como uma série de outros saberes, como as línguas originais (grego, hebraico e aramaico), da história e dos costumes daquela época, da geografia, dentre outros. ISSO NÃO VEM DA JOELHOLOGIA, como insistem alguns que são contra o estudo - porque não o possuem e nem querem possuí-lo. O "manto de mistério de cubas-nébias" não passa de criancice, de uma espiritualidade falida, desprovida de Bíblia.
Por isso, a falta de respeito e a inversão de valores predominam. De um lado, pastores que não são, nunca foram e nunca serão pastores, iletrados, falidos secularmente, enganando as pessoas para terem sucesso financeiro e acesso a bens que jamais teriam como profissionais seculares. Do outro lado, frequentadores de Igreja que não lêem a Bíblia ou se lêem o fazem de cabeça para baixo. Pessoas irreverentes, sem Deus, cheios de pompa e de manias. Arrogantes. Gente que demonstra uma fé exterior sem a essência interior, sepulcros caiados, bonitos por fora mas cheios de podridão por dentro. Depois, querem pregar para os outros! Como, se não vivem? Meu conselho é pregar diante do espelho para ver se a conversão torna-se realidade na própria vida, para então ir pregar aos outros.
Esses aparentes crentes vivem um mundo bipolar: os de dentro da sua panela e os "foras-da-Igreja", entendidos como "foras-da-lei". Daí, esses pseudos, intitulados cristãos agem como verdadeiros xerifes, condenando sem misericórdia aqueles que não rezam... ops, oram... segundo a sua cartilha, sem jamais orar nem 5 minutos por aquela vida. Você acha que é melhor do que os outros só porque está dentro de uma redoma eclesiástica e litúrgica? Você se esquece de onde você foi tirado? Da misericórdia que Deus continuamente demonstra por sua pobre vida? Você, que diz crente em Cristo, que repousas na Bíblia e que te glorias em Deus; que conheces a vontade e tens provado os valores excelentes, sendo instruído com base na Bíblia; que estás persuadido de que és guia de cegos, luz dos que estão em trevas, educador dos simples, mestre de crianças, tendo na Bíblia a forma do conhecimento e da verdade, no que você é melhor? Sim, porque aquilo que você condena nos outros é exatamente aquilo que continuamente faz. "Por isso és indesculpável, ó homem, quando te pões a julgar; pois no que julgas a outrem condenas a ti mesmo, visto que praticas as mesmas coisas que julgas. Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas e tu mesmo as praticas, acaso contas escapar ao juízo de Deus? [...] tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Que apregoas a não furtar, furtas? Tu, que dizes a outros que não cometam adultério, o cometes? Que abominas os ídolos, lhes profanas os santuários? Tu que te glorias na Lei, desonras a Deus pela transgressão da Lei? É fato que, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa." (Romanos 2).
Se esse mal - de condenar outros naquilo que você faz - já é grande, pior fica quando a vida deles, que não conhecem a Deus, é melhor do que a sua, que diz conhecê-Lo. Quando eles amam, o fazem de verdade, enquanto o seu amor é apenas fingido; quando eles vão a um lugar, respeitam os que ali estão mesmo não concordando ou entendendo, enquanto você age com desrespeito para com todos, especialmente para com aqueles que você sabe que deve respeitar e honrar pela Bíblia. Aqueles zelam por suas famílias, choram com carinho e amor por seus pais e mães, não perdem um almoço em família, enquanto você que se diz "salvo" não dá a mínima para a sua família - não honra nem pai, nem mãe, não quer nem saber de família e que faz de um tudo para separar a família dos outros (e alguns neste estado ainda tem a empáfia de dizer que possuem "ministério de família"...sic). Aqueles, quando diante da chuva ou do sol, demonstram temor de Deus e nem blasfemam e nem murmuram reclamando do clima, mas em tudo tributam ao Deus do céu - a quem não conhecem, exatamente como você - o controle de todas as coisas, reputando-as como dom de Deus. Não lêem a Bíblia e nem vão a cultos dominicais, mas demonstram mais vida do que você, que não sai da Igreja. “Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.” (Mateus 21:31,32) Entendeu o que está escrito? As prostitutas e os corruptos (objeto do ódio nacional) entrarão no Reino de Deus antes que muitos pastores e religiosos, os quais ficarão de fora. Por que? Porque as mulheres da vida e os corruptos (e outras "classes") se arrependerão dos seus pecados; enquanto os religiosos e pastores, fiando-se em sua religião, não se arrependem nunca. Sandices novas, hipocrisia antiga!
Não adianta pertencer a Igreja isso-ou-aquilo, ou ser isso-ou-aquilo, ou fazer isso-ou-aquilo e não ter um encontro real com Jesus, se arrepender dos pecados e nascer de novo. O resultado é o mesmo: INFERNO! Você que não sai da Igreja, que sofre comichão para "fazer a obra" a todo custo, mas que vive uma vida dupla, preste atenção: Olhe para o seu interior, há verdade na sua vida? Pare TUDO o que você está fazendo e procure URGENTEMENTE a Jesus, com toda as forças da sua alma, com verdade e transparência, para que então ELE transforme a sua vida. Largue de uma vez por todas essa HIPOCRISIA, essa mentira que é a sua vida, e vá se converter enquanto ainda é tempo, antes que seja tarde demais!
Lembre-se: MÁSCARAS só existem nessa Terra e só escondem seu VERDADEIRO EU dos outros homens. Nem no CÉU nem no INFERNO há MÁSCARAS. Nesses lugares, você é visto como realmente é, em essência - transformada por Jesus ou ainda decaída, morta em delitos e pecados. E, dependendo dessa essência (e não da máscara) você irá morar ou no céu, ou no inferno.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!