Engana-se quem acha que a vida do servo fiel a Cristo é um mar de rosas. A vida de ninguém, muito menos do crente fiel, é constituída apenas por felizes momentos. Há muitas aflições nesta vida, muitos percalços surgem diante de nós, com uma certa frequência. Ora são tentações, ora aflições, ora lutas, ora doenças, ora enterros... quando tudo parece estar bem, o chão debaixo dos pés desaparece, restando apenas uma queda livre em direção ao desânimo, ao sentimento de solidão e abandono.
Crentes fiéis e consagrados podem experimentar tal situação. Afinal, se "o mundo jaz no maligno" e se "a carne luta contra o Espírito e o Espírito contra a carne e e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis", então encontro uma grande e poderosa verdade: enquanto estiver neste corpo mortal, sempre haverá momentos em que ou de fora para dentro ou de dentro para fora experimentaremos lutas e combates. Eventualmente, tais lutas e combates podem dar lugar ao pecado, ou seja, a fazermos aquilo que é contra a Vontade de Deus, mesmo reconhecendo que a ação se constitui em pecado.
É neste ponto que muitos irmãos se desesperam e até abandonam a igreja: porque pecaram, recai sobre eles a pesadíssima culpa; não conseguindo mais se perdoar, extrapolam a falta de perdão para Deus. Deus, na concepção destes pobres irmãos, não irá perdoá-los por esta (ou mais esta) queda. A paciência de Deus - assim entendem - se esgotou com eles. Só lhes resta a amargura de terem tão terrivelmente perdido o amor e o perdão de Deus. Não raro, alguns aqui "caem de cabeça" no mundo, entregando-se a toda sorte de maldade e pecado; porém, fazem isso não por gostarem, mas por puro sentimento de fracasso irremediável. A pessoa se sente só e amaldiçoada, como se já estivesse no "fogo do inferno". O desepero pode chegar ao ponto do suicídio!
Boa parte deste problema está ligado a uma compreensão errada da Bíblia - crentes e pastores. Alguns pastores insistem em pregar o legalismo com seu padrão de santidade absoluta e inascessível. Um padrão de santidade tão grande, tão exigente, que torna-se um alvo inatingível. Ora, quem é o crente fiel que não deseja agradar ao Senhor? Quem não quer se sentir por Ele querido, ou amado? Quem é o fiel que de sã consciência volta-se de costas para Aquele que o salvou um dia do lamaçal do pecado? Contudo, jamais conseguem agradar ao Senhor - na concepção e pressuposto legalista, pois o padrão proposto pela ética deturpada do "fazer para merecer" é impossível de ser atingido.
Amados, santidade absoluta só o Senhor possui. Nós, seus filhos, temos uma santidade relativa, estamos no processo de santificação. A santificação consiste em deixar o pecado, cada vez mais. Porém, isto não implica que o santificado seja incapaz de pecar. Não há homem que não peque, é o que diz a Bíblia. Tampouco, quer dizer que o pecado do santificado seja absoluto - ele é também relativo. Por favor, você que lê me entenda: quando digo que o pecado na vida do santificado é relativo, quero dizer tão somente que ele não destrói em definitivo o acesso a Deus. Com a sincera confissão ao Senhor, o pecado é perdoado e a vida segue. Isso mesmo: A VIDA CONTINUA!
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. (I Jo 1.7-9)
Assim diz o antigo hino:
Se nós a Ti confessarmos
E seguirmos na Tua luz,
Tu não somente perdoas
Purificas também, ó Jesus!
Sim e de todo pecado
Que maravilha de amor!
Pois que mais alvo que a neve
O Teu sangue nos torna Senhor!
E seguirmos na Tua luz,
Tu não somente perdoas
Purificas também, ó Jesus!
Sim e de todo pecado
Que maravilha de amor!
Pois que mais alvo que a neve
O Teu sangue nos torna Senhor!
Leia a Bíblia sem as interpretações estapafúrdias dos homens e você facilmente perceberá o que estou dizendo. Desde os primórdios da criação, em Gênesis, até aos últimos dias do homem na face desta Terra, tanto o pecado quanto a santificação são vistos no homem (logicamente, após a queda no Éden). Ora o homem acertava o alvo, ora errava; ora fazia o qu era correto aos olhos do Senhor; ora abandonava este comportamento. Veja que Deus sempre providenciou uma saída ao pecado do homem (claro, não sem consequências): No Éden, o querubim passou a guardar o acesso à árvore da vida; em Levítico, os sacrifícios pelos pecados, para que o homem, ao pecar, não fosse impedido de ter o perdão; no Novo Testamento, o sacrifício eterno de Nosso Senhor Jesus.
A Lei de Deus, com todas as suas exigências e implicações foi-nos dada, é verdade; mas com somente dois propósitos: mostrar-nos a excessiva pecaminosidade do pecado (ninguém consegue cumprir de forma plena a Lei) e mostrar-nos que somos pecadores inveterados. Ela não nos foi dada como um "termo de desfiliação", mas antes nos foi dada para que reconhecêssemos quem nós realmente somos, a nossa incapacidade, a falência definitiva de nossos próprios esforços por santificação e justiça pessoal. Não é em vão que o Senhor disse: "Está consumado!" Deus providenciou outra forma para que o homem com Ele se relacione: chama-se Graça! É pela Graça que somos salvos, por meio da fé (Ef 2.8,9). É pela graça que entraremos no céu!
Quando terminar esta vida e lá no céu eu chegar
Haverá uma multidão de irmãos
Esperando pra me abraçar, e perguntarão a uma voz,
Voltados para mim ,Oh conta-nos como você irmão,
Venceu e chegou aqui.
E falarei, e cantarei de Jesus que me salvou
Que por este pecador a si mesmo se entregou.
Foi graça, graça, super abundante graça
Graça, graça, preciosa e doce graça.
Foi graça irmão, Graça irmão,
Eu vos digo que foi assim
Foi só pela graça de Jesus
Que eu venci e cheguei aqui.
Haverá uma multidão de irmãos
Esperando pra me abraçar, e perguntarão a uma voz,
Voltados para mim ,Oh conta-nos como você irmão,
Venceu e chegou aqui.
E falarei, e cantarei de Jesus que me salvou
Que por este pecador a si mesmo se entregou.
Foi graça, graça, super abundante graça
Graça, graça, preciosa e doce graça.
Foi graça irmão, Graça irmão,
Eu vos digo que foi assim
Foi só pela graça de Jesus
Que eu venci e cheguei aqui.
Assim, meu amado e querido irmão; minha preciosa e amada irmã: levante a cabeça! Deus não desistiu de você! Como poderia Ele, de qualquer maneira, te esquecer? Se foi Ele que te atraiu para Si mesmo com bondade, se te amou com amor eterno? Ele te ama, apesar de todas as suas quedas; apesar dos seus fracassos, de seus pecados. Ele não está surpreso com teus pecados; nada surpreende ao Senhor. Ele sabia desde o princípio quem você seria - antes mesmo da sua existência. Antes de você ser crente, Ele já sabia que você O aceitaria como Senhor e Salvador. Já sabia também que você teria problemas com o pecado, que você cairia. Mas isso não O impediu de te amar, nem de te salvar. Isso não O deteve, não encolheu a Sua mão, não fechou a porta da salvação para você. ELE CONTINUA TE AMANDO, COMO SEMPRE TE AMOU!
O que fazer? É simples: confesse o seu pecado (sim, porque arrependido você já está, tenho certeza) e receba o perdão do Senhor! Só isso? Isso mesmo, SÓ ISSO! As portas da Casa do Senhor, Teu Pai e Teu Deus, estão abertas para te receber de volta! O próprio Senhor, na figura do pai da família, está vigiando a sua volta, óh meu pródigo irmão! O amor do pai nunca esvaziou-se pelo filho pródigo; nem o amor de Deus por você! Volte, hoje mesmo! Retorne; o mundo não é o seu lugar! No mundo, tereis aflições; na Casa do Pai, tereis refrigério, alegria e perdão!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!