Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. (Gl 5.13)
Neste texto, a palavra "ocasião" vem do grego "aphorme". Este termo grego originariamente significava “ponto inicial” ou “base de operações”, e então, “uma oportunidade, uma ocasião, um incentivo” ou "pretexto, desculpa” (J. Hampton Keathley, Personal Freedom). Paulo, neste texto, está exortando os irmãos da Igreja da Galácia - os Gálatas - sobre o uso da liberdade cristã, outorgada aos crentes pela Graça de Deus, como uma espécie de "trampolim" para o pecado, para a carnalidade. Assim, Paulo distingue claramente a liberdade cristã da libertinagem mundana e diabólica.
Há um ditado no mundo que diz que quem quer, acha cabelo em ovo. Quem quer bagunça, quem quer viver no pecado - dentro ou fora da Igreja - sempre achará uma forma de justificar sua atitude carnal, mesmo que para isso até a Bíblia seja utilizada. São pessoas que não dão a mínima para qualquer exortação espiritual que seja feita. Esse tipo de gente não está nem aí para salvação, santificação, destino eterno. Mas estão sempre "de orelha em pé", prontos a descobrir uma brecha, por menor que seja, para servir de justificativa ideológica para sua natureza mundana e endemoniada. Assim, pensam eles que ficarão impunes diante de Deus por seu pecado grosseiro, friamente pré-meditado.
Assim, se por exemplo esta pessoa ouve ou lê alguma coisa sobre a questão do vinho, nas Escrituras, ela usa isso para dar ocasião para seu pecado de alcoolismo. "Jesus bebeu vinho, Paulo recomendou a Timóteo usar vinho, então porque eu não vou encher a cara?" é o arrazoamento do embrutecido e empedernido coração, amplamente influenciado pelo Diabo, deste falso crente. Quem é crente de verdade, jamais se prestaria a elaborar qualquer lógica diabólica desse quilate. Isso é sabedoria do inferno, potencializada na natureza carnal pelo próprio deus deste século. Segundo a Bíblia, Ezequiel assou bolos sobre esterco de vacas (Ez 4.12-15) e os comeu; porque estes "eruditos espertalhões" não fazem o mesmo?!?!? Afinal, coerência é o mínimo a ser esperado de alguém "tão racional"!
Do mesmo modo, funciona a sabedoria carnal para outras coisas, como o tabagismo. "A Bíblia não fala nada sobre fumar, então vou mandar ver". Essa lógica é desprovida de qualquer lógica Bíblica! Apesar da Bíblia não se pronunciar sobre o tabagismo - pelo menos, de forma direta, com as mesmas palavras - esta prática é notoriamente um pecado segundo o Espírito das Escrituras. "Mas Spurgeon fumava", sim, e daí? Porque ele fez isso, a prática passou a ser correta? O que define se algo é correto ou não é a prática? Isso é relativismo moral e ético! A Bíblia, ao contrário, é repleta de absolutos sendo ela mesma a única regra de fé e prática absoluta!
Já dizia Spurgeon que pecado secreto é um trampolim para o pecado da soberba e a ante-sala do "pecado para morte." Aquele que não peca deliberadamente está no caminho de ser inocente, até onde um pobre pecador pode ser; porém aquele que tenta Satanás para tentá-lo se coloca numa trilha que o levará de mal a pior.
Assim, o mundano - revestido de crente, com cara de crente, com linguagem de crente mas sem nenhuma essência interior de cristianismo está reproduzindo o que lhe é próprio, ao distorcer as Escrituras ao seu bel prazer para justificar sua vida distante de Deus. É um filho do diabo agindo coerentemente com sua condição espiritual, procurando em tudo agradar a seu pai. Não dá para esperar outra coisa, pois o fruto é produzido sempre de acordo com a árvore e a árvore má produzirá inevitavelmente frutos maus: "Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons." (Mt 7.17,18) A árvore má produzirá seus maus frutos até o dia do juízo final, quando será finalmente cortada e lançada no fogo.
Abre parênteses: Têm surgido na mídia alguns debates por parte de pessoas que se consideram entendidas sobre a Bíblia acerca da hipótese de que o homem consegue cumprir as Escrituras ou não. A conclusão destes "entendidos" é que não é possível; porém, afirmam isso baseado em suposições errôneas, como o péssimo argumento de que "ninguém consegue cumprir a Bíblia porque ela foi escrita para os tempos e costumes antigos" (sic). Falácia puríssima! De fato, nenhum homem não-convertido é capaz de cumprir a Bíblia, mas o motivo é outro: é impossível cumprir a Bíblia porque a vida deste grupo de pessoas ainda não foi regenerado por Deus; não nasceram de novo e assim não possuem o Espírito Santo em suas vidas. Sem a condição espiritual correta - o novo nascimento - é impossível cumprir a Santa Palavra de Deus. Uma das evidências de ausência de regeneração espiritual é a insistência em viver no pecado. Fecha parênteses.
Porém, agora, direciono-me agora para você, crente genuíno em Cristo, que lê esta postagem. Há, em tudo o que fazemos a partir da liberdade cristã, um princípio a ser seguido. Esse princípio passa pela seguinte verdade: se fomos comprados por Cristo, não somos mais donos de nós mesmos; portanto, devemos usar o corpo para a glória de Deus sobre a orientação de Deus. Ora, no interior de todo crente genuinamente convertido mora a Bendita Pessoa do Espírito Santo. Ele é o morador do corpo do crente, feito Templo do Espírito após a conversão. Assim, o princípio claro é: o que estou planejando fazer glorificará a Deus? Ou entristecerá o Espírito Santo? Ou pior: Extinguirá o Espírito Santo em minha vida?
Paulo diz em I Ts 5.19: "Não extingais o Espírito." Esse Espírito é "o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória" (Ef 1.14). O que é penhor? Penhor é aquilo que é dado como garantia do recebimento de um valor ou propriedade. Ou seja, a garantia da nossa herança é o Espírito Santo em nós, o selo com o qual fomos selados por Deus. Esse Espírito só é dado aqueles que saíram do mundo, isto é, do sistema mundano; quem é do mundo (não-convertidos) até hoje não nasceu de novo, não nasceu da água e do Espírito (Jo 3.5) e portanto não podem recebê-Lo: "O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece" (Jo 14.17a).
Extinguir é apagar, exterminar inteiramente, fazer desaparecer, perder-se de todo, consumir-se, esgotar-se, etc. Extinguir o Espírito Santo é apagá-Lo da vida cristã. Ora, o que mais apagaria da vida um Ser tão Santo senão um pecado grosseiro? Ele tem emoções e pode ser entristecido ou ofendido (magoado, desgostado (Ef 4.30; Is 63.10). Alguns intérpretes insistem em argumentar que extinguir o Espírito é impedir a ação dos dons espirituais. Sem sombra de dúvida, esta argumentação mostra uma das formas dentre as quais o homem pode extinguir o Espírito. Porém, extinguir o Espírito Santo é algo que vai mais além: é desobedecer insistentemente de forma impenitente à direção e exortação do Espírito sobre o pecado, a justiça e o juízo.
Um coração impenitente é um coração costumaz, que é incapaz de arrepender-se do que faz. Paulo, aos Romanos, escreve: "Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus" (Rm 2.5). Impenitente vem do grego ametanoetos, "que não adimite mudança de mente", ou seja, que é incapaz de arrepender-se. É possível que um crente, que experimentou um dia a metanóia, tornar-se ametanoetos? As exortações bíblicas sobre o grave perigo da apostasia revelam que sim. Ouvir a exortação do Espírito, que fala de diversos modos - pela Palavra, pelas circunstâncias, no homem interior, etc - e não atender leva a um processo de endurecimento do coração, que vai produzindo incredulidade e esta acaba impedindo a entrada na Terra Prometida, no Descanso de Deus. O Autor aos Hebreus nos exorta: "Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado. Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação. Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade." (Hb 3.12-19) Mais claro que isso, é impossível.
Assim, meu amado irmão, não dê lugar ao diabo em sua vida permitindo-se viver segundo o curso deste mundo. Não use a sua liberdade conferida segundo a graça de Deus para viver como carnal. Mas use a sua liberdade para glorificar a Deus. A nossa liberdade não foi-nos dada para fazermos o que quisermos do ponto de vista da auto-emulação, da maximização do hedonismo; definitivamente não! Ela foi dada aos crentes para que possam sempre escolher fazer a vontade de Deus, coisa que era outrora impedida pela escravidão do pecado. É uma liberdade com responsabilidade, não irresponsável, pois isto seria libertinagem. Use o conhecimento da Palavra para seu crescimento espiritual, para salvar e edificar vidas, nunca para sua própria ruína.
Ah sim: não procure cabelo em ovo, por favor!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
RUDIMENTOS DA DOUTRINA DE CRISTO - V: RESSURREIÇÃO DOS MORTOS E JUÍZO ETERNO
POR isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno. E isto faremos, se Deus o permitir. (Hb 6.1-3)
Nesta argumentação, estudaremos os últimos dois temas que compõem a série "Rudimentos da Doutrina de Cristo", conforme citado pelo autor da Epístola aos Hebreus: a ressurreição dos mortos (do grego "anastaseos te nekron", αναστασεως τε νεκρων) e o juízo eterno (do grego "krimatos aioniou", κριματος αιωνιου). Ambas as doutrinas concluem o tema abordado, bem como ambos os acontecimentos concluem a história da humanidade sobre a Terra, de uma forma ou de outra. Por razões didáticas, serão abordados juntos, aqui nesta argumentação.
A ressurreição dos mortos é uma das doutrinas mais bem estabelecidas nas Escrituras Sagradas. A ressurreição é definida como sendo "o retorno da vida ao corpo morto". Ela é abordada de forma básica no Antigo Testamento e de forma completa no Novo Testamento.
1) No Antigo Testamento:
O Antigo Testamento traz episódios de ressurreição individual, onde a pessoa ressuscitada tornaria, posteriormente, a morrer novamente. Por exemplo, Eliseu ressuscitou o filho da Sunamita (região de Suném, cidade que ficava localizada perto do monte Gilboa, no vale de Jezreel, local onde acamparam os filisteus antes do combate com o Rei Saul), filho este que era fruto do milagre na vida daquela mulher (II Rs 8.1). Mesmo depois de morto, Eliseu continuou a operar a ressurreição: um morto, lançado em sua sepultura, tocando nos ossos do profeta, tornou a viver novamente (II Rs 13.20,21).
A promessa da ressurreição de Israel enquanto nação, para viver segundo os propósitos eternos de Deus, é também prometida, de forma grandiosa, por exemplo no Livro de Ezequiel, por ocasião da visão do vale de ossos secos (Ez 37.1-14): a nação, que se constituía naquela visão num vale de ossos sequíssimos, se tornaria milagrosamente num grande exército de redivivos, que ocuparão sua própria terra!
A ressurreição do corpo humano da sepultura é um ensino claro na Palavra de Deus. Jó, o mais antigo dos patriarcas, disse: "Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus" (Jó 19.25,26). É evidente que Jó cria firmemente na ressurreição de seu corpo e numa futura vida além da sepultura.
Abraão, o fundador e pai de sua raça (e dos crentes, pela fé) viveu 175 anos e morreu "em boa velhice, velho e farto de dias" (Gn 25.7,8). Porém, ele "esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus." (Hb 11.10) Ao levar seu único filho, Isaque, para ser sacrificado num monte na região de Moriá, Abraão, firme na promessa feita por Deus de que em Isaque seria chamada a sua descendência, "considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar" (Hb 11.18).
A Palavra de Deus refuta o ensino errôneo de que a ressurreição se refere ao espírito do homem, e não ao seu corpo. Nem a alma nem o espírito do homem morrem, biologicamente falando, mas é o corpo que morre e é enterrado. Por isso, o corpo é que deve ser ressuscitado dentre os mortos, e não a alma ou espírito.
No último capítulo do livro de Daniel, o anjo que lhe falava assim revela: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno." (Dn 12.2) Observe a ligação feita entre a ressurreição e o destino eterno dos ressuscitados, mencionando também duas ressurreições. Esta ligação entre os dois temas é constantemente encontrada no Novo Testamento!
2) No Novo Testamento:
Quando Nosso Senhor Jesus esteve sobre esta Terra, Ele ensinou que todos os homens mortos irão ressuscitar numa data futura: "Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." (Jo 5.28,29)
O Senhor ressuscitou a muitas pessoas por ocasião do Seu ministério terreno, como o filho da viúva de Naim, como a Lázaro, dentre outros. Na ressurreição de Lázaro, o corpo já estava em decomposição, cheirando mal em virtude do apodrecimento da carne e liberação de fluidos corpóreos. Os corpos em decomposição liberam mais de 30 componentes químicos (H2S, CH4, NH3, CO2, H2O, diversos sais minerais), bem como as diaminas putrescina (C4H12N2) e cadaverina (C5H14N2). Estes dois, especificamente, são emitidos logo após a morte. Na ressurreição de Lázaro, seu corpo foi reconstituído pelo Poder de Deus!
Lázaro ressuscitou para tornar a morrer novamente. Hoje, ele aguarda a ressurreição dos justos.
Sem a esperança da ressurreição, a fé cristã é vazia de sentido; é completamente inútil, não passando de mais uma religião - uma invencionice humana. Esse é o ensino do apóstolo Paulo aos Coríntios: "E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos." (I Co 15.13,16-19) Se fosse realmente verdade que a ressurreição inexiste, então toda a fé é vazia de sentido; a pregação e a fé são inúteis - pura quimera; Cristo não teria ressuscitado (porque não haveria como) e nossos pecados continuariam conosco, enquanto os que morreram em Cristo estariam para sempre perdidos.
Porém a ressurreição é uma realidade; tanto a ressurreição do Senhor, no passado, quanto a ressurreição de todos os homens, no futuro. A Bíblia ensina que haverá duas ressurreições, que ocorrerão em momentos distintos, para grupos de pessoas distintas. Esses grupos de pessoas são os crentes em Cristo e o restante da humanidade, que não quis conhecer a Deus e ser salvo por Jesus. Na ressurreição dos crentes, segundo a Palavra, os corpos outrora destruídos pela ação de vermes e bactérias no sepulcro (muitos, já não passam de pó, não restando nada mais que lembre um corpo humano) serão ressuscitados após o toque a trombeta de Deus pelo Senhor Jesus, por ocasião da primeira fase de sua Segunda Vinda (a Segunda Vinda de Cristo se dará em 2 fases distintas, assim como a ressurreição acontecerá em dois momentos distintos) (I Ts 4.16), recebendo um novo corpo incorruptível, num corpo espiritual dado por Deus, com base no primeiro corpo.
Perceba o quão imenso e imponderável é o Poder de Deus: mesmo àqueles corpos cujas moléculas e átomos já estão há muito tempo espalhados pela Terra irão ressuscitar! De uma maneira sobrenatural, Deus tornará a unir estes átomos e moléculas novamente, formando o antigo corpo e revestindo-o com Sua Glória! No vale de ossos secos só havia ossos esfarelentos ao toque; Deus os reuniu e fez deles um grande exército! Glória a Deus!
Na segunda ressurreição, após o milênio, os ímpios ressuscitarão para serem julgados, para vergonha e desprezo eterno. Veja o esquema simplificado abaixo:
Essa ressurreição dos ímpios será o evento final, que marcará o fim de toda crueldade e pecado sobre a Terra. Nela, as almas dos ímpios que se encontram no inferno se unirão aos seus corpos novamente, ressuscitando com corpos preparados para o sofrimento. Eles se encontrarão então diante do Grande Trono Branco para julgamento por Deus, conforme registrado no Livro de Apocalipse, cap. 20:
11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.
12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Estas pessoas, que se enquadrarem no critério para participar deste julgamento, ao final dele serão lançadas no lago de fogo, juntamente com o inferno, com o Anticristo, com a Morte, com o Falso Profeta e com o próprio Satanás e todas as hostes do inferno, para serem atormentados de dia e de noite para todo o sempre (Ap 19.20; 20.10-15). Este é o juízo eterno, ou seja, o juízo que dura para sempre, que é sem fim.
Eu sou um pouco reticente com livros que falam de revelações sobre naturais; quando muito e na melhor das hipóteses, não passam de revelações particulares, dadas num contexto muito específico e num propósito especial e exclusivo para seus receptores, não sendo orientativos para a Igreja. Apenas as revelações na Bíblia desfrutam desta prerrogativa, como o Apocalipse de João. No entanto, tomo a liberdade de reproduzir aqui um breve parágrafo de um desses livros, por considerá-lo ilustrativo daquilo que pode ser entendido como o sofrimento no inferno, com base em Marcos 9:43,44 ("...ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga."):
"Uma [alma em] forma de esqueleto[...], com uma névoa cinzenta e suja[...]. Haviam pedaços da sua carne em decomposição pendurados em seus ossos e, enquanto queimavam, caiam no fundo do buraco. No lugar dos olhos, haviam somente buracos vazios. O fogo começava nos seus pés em pequenas chamas e crescia quando subia e cobria o seu corpo.[...] Olhei de novo [...] e vermes rastejavam para fora dos ossos do seu esqueleto. Eles não eram atingidos pelo fogo. [...]ela tem consciência deles e sente todos esses vermes por dentro dela."
Enquanto isso, os justos terão acesso à Cidade Santa, à Nova Jerusalém, que desceu do Céu e que está na Terra (Ap 21,22).
Concluindo, cabe a pergunta: onde você deseja passar a sua eternidade? Se para você isso tudo não passa de balela, de conversa fiada, a escolha é sua e o destino eterno é seu. Será que vale à pena "pagar para ver", essa é a pergunta. Mas se você crê que há uma eternidade a ser vivida, ou a ser perdida, então você deve fazer HOJE MESMO uma escolha. Você será ressuscitado de qualquer maneira, a questão é quando - na primeira, junto com os salvos em Cristo, ou na segunda, junto com os ímpios? O tempo de ser absolvido por seus pecados é hoje, pois naquele grande dia não cabe mais absolvição, apenas condenação e castigo eterno.
Para ser livre dessa condenação, você precisa ser salvo, de seus próprios pecados, por Cristo. Você precisa ter um encontro, ainda em vida, com o Senhor. Não é religião que salva, a religião só faz enganar as pessoas, desviando-as de Deus. É Jesus o ÚNICO que pode salvar o homem. Por isso mesmo Ele se fez carne e morreu na cruz, carregando nossos pecados sobre si próprio. Ele não veio fundar religião, NÃO! Ele veio salvar a mim e a você! Ele nos amou e ainda nos ama, Seus braços estão estendidos para nos receber, mesmo sujos e carregados de iniqüidade e pecado. Ele é que nos chama para Si mesmo, dizendo "Vinde a Mim, pecador!" Ele te dará o Seu perdão, Ele te salvará dos seus pecados, e deles nunca mais Deus se lembrará!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Nesta argumentação, estudaremos os últimos dois temas que compõem a série "Rudimentos da Doutrina de Cristo", conforme citado pelo autor da Epístola aos Hebreus: a ressurreição dos mortos (do grego "anastaseos te nekron", αναστασεως τε νεκρων) e o juízo eterno (do grego "krimatos aioniou", κριματος αιωνιου). Ambas as doutrinas concluem o tema abordado, bem como ambos os acontecimentos concluem a história da humanidade sobre a Terra, de uma forma ou de outra. Por razões didáticas, serão abordados juntos, aqui nesta argumentação.
A ressurreição dos mortos é uma das doutrinas mais bem estabelecidas nas Escrituras Sagradas. A ressurreição é definida como sendo "o retorno da vida ao corpo morto". Ela é abordada de forma básica no Antigo Testamento e de forma completa no Novo Testamento.
1) No Antigo Testamento:
O Antigo Testamento traz episódios de ressurreição individual, onde a pessoa ressuscitada tornaria, posteriormente, a morrer novamente. Por exemplo, Eliseu ressuscitou o filho da Sunamita (região de Suném, cidade que ficava localizada perto do monte Gilboa, no vale de Jezreel, local onde acamparam os filisteus antes do combate com o Rei Saul), filho este que era fruto do milagre na vida daquela mulher (II Rs 8.1). Mesmo depois de morto, Eliseu continuou a operar a ressurreição: um morto, lançado em sua sepultura, tocando nos ossos do profeta, tornou a viver novamente (II Rs 13.20,21).
A promessa da ressurreição de Israel enquanto nação, para viver segundo os propósitos eternos de Deus, é também prometida, de forma grandiosa, por exemplo no Livro de Ezequiel, por ocasião da visão do vale de ossos secos (Ez 37.1-14): a nação, que se constituía naquela visão num vale de ossos sequíssimos, se tornaria milagrosamente num grande exército de redivivos, que ocuparão sua própria terra!
A ressurreição do corpo humano da sepultura é um ensino claro na Palavra de Deus. Jó, o mais antigo dos patriarcas, disse: "Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus" (Jó 19.25,26). É evidente que Jó cria firmemente na ressurreição de seu corpo e numa futura vida além da sepultura.
Abraão, o fundador e pai de sua raça (e dos crentes, pela fé) viveu 175 anos e morreu "em boa velhice, velho e farto de dias" (Gn 25.7,8). Porém, ele "esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus." (Hb 11.10) Ao levar seu único filho, Isaque, para ser sacrificado num monte na região de Moriá, Abraão, firme na promessa feita por Deus de que em Isaque seria chamada a sua descendência, "considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar" (Hb 11.18).
A Palavra de Deus refuta o ensino errôneo de que a ressurreição se refere ao espírito do homem, e não ao seu corpo. Nem a alma nem o espírito do homem morrem, biologicamente falando, mas é o corpo que morre e é enterrado. Por isso, o corpo é que deve ser ressuscitado dentre os mortos, e não a alma ou espírito.
No último capítulo do livro de Daniel, o anjo que lhe falava assim revela: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno." (Dn 12.2) Observe a ligação feita entre a ressurreição e o destino eterno dos ressuscitados, mencionando também duas ressurreições. Esta ligação entre os dois temas é constantemente encontrada no Novo Testamento!
2) No Novo Testamento:
Quando Nosso Senhor Jesus esteve sobre esta Terra, Ele ensinou que todos os homens mortos irão ressuscitar numa data futura: "Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." (Jo 5.28,29)
O Senhor ressuscitou a muitas pessoas por ocasião do Seu ministério terreno, como o filho da viúva de Naim, como a Lázaro, dentre outros. Na ressurreição de Lázaro, o corpo já estava em decomposição, cheirando mal em virtude do apodrecimento da carne e liberação de fluidos corpóreos. Os corpos em decomposição liberam mais de 30 componentes químicos (H2S, CH4, NH3, CO2, H2O, diversos sais minerais), bem como as diaminas putrescina (C4H12N2) e cadaverina (C5H14N2). Estes dois, especificamente, são emitidos logo após a morte. Na ressurreição de Lázaro, seu corpo foi reconstituído pelo Poder de Deus!
Lázaro ressuscitou para tornar a morrer novamente. Hoje, ele aguarda a ressurreição dos justos.
Sem a esperança da ressurreição, a fé cristã é vazia de sentido; é completamente inútil, não passando de mais uma religião - uma invencionice humana. Esse é o ensino do apóstolo Paulo aos Coríntios: "E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos." (I Co 15.13,16-19) Se fosse realmente verdade que a ressurreição inexiste, então toda a fé é vazia de sentido; a pregação e a fé são inúteis - pura quimera; Cristo não teria ressuscitado (porque não haveria como) e nossos pecados continuariam conosco, enquanto os que morreram em Cristo estariam para sempre perdidos.
Porém a ressurreição é uma realidade; tanto a ressurreição do Senhor, no passado, quanto a ressurreição de todos os homens, no futuro. A Bíblia ensina que haverá duas ressurreições, que ocorrerão em momentos distintos, para grupos de pessoas distintas. Esses grupos de pessoas são os crentes em Cristo e o restante da humanidade, que não quis conhecer a Deus e ser salvo por Jesus. Na ressurreição dos crentes, segundo a Palavra, os corpos outrora destruídos pela ação de vermes e bactérias no sepulcro (muitos, já não passam de pó, não restando nada mais que lembre um corpo humano) serão ressuscitados após o toque a trombeta de Deus pelo Senhor Jesus, por ocasião da primeira fase de sua Segunda Vinda (a Segunda Vinda de Cristo se dará em 2 fases distintas, assim como a ressurreição acontecerá em dois momentos distintos) (I Ts 4.16), recebendo um novo corpo incorruptível, num corpo espiritual dado por Deus, com base no primeiro corpo.
Perceba o quão imenso e imponderável é o Poder de Deus: mesmo àqueles corpos cujas moléculas e átomos já estão há muito tempo espalhados pela Terra irão ressuscitar! De uma maneira sobrenatural, Deus tornará a unir estes átomos e moléculas novamente, formando o antigo corpo e revestindo-o com Sua Glória! No vale de ossos secos só havia ossos esfarelentos ao toque; Deus os reuniu e fez deles um grande exército! Glória a Deus!
Na segunda ressurreição, após o milênio, os ímpios ressuscitarão para serem julgados, para vergonha e desprezo eterno. Veja o esquema simplificado abaixo:
Essa ressurreição dos ímpios será o evento final, que marcará o fim de toda crueldade e pecado sobre a Terra. Nela, as almas dos ímpios que se encontram no inferno se unirão aos seus corpos novamente, ressuscitando com corpos preparados para o sofrimento. Eles se encontrarão então diante do Grande Trono Branco para julgamento por Deus, conforme registrado no Livro de Apocalipse, cap. 20:
11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.
12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Estas pessoas, que se enquadrarem no critério para participar deste julgamento, ao final dele serão lançadas no lago de fogo, juntamente com o inferno, com o Anticristo, com a Morte, com o Falso Profeta e com o próprio Satanás e todas as hostes do inferno, para serem atormentados de dia e de noite para todo o sempre (Ap 19.20; 20.10-15). Este é o juízo eterno, ou seja, o juízo que dura para sempre, que é sem fim.
Eu sou um pouco reticente com livros que falam de revelações sobre naturais; quando muito e na melhor das hipóteses, não passam de revelações particulares, dadas num contexto muito específico e num propósito especial e exclusivo para seus receptores, não sendo orientativos para a Igreja. Apenas as revelações na Bíblia desfrutam desta prerrogativa, como o Apocalipse de João. No entanto, tomo a liberdade de reproduzir aqui um breve parágrafo de um desses livros, por considerá-lo ilustrativo daquilo que pode ser entendido como o sofrimento no inferno, com base em Marcos 9:43,44 ("...ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga."):
"Uma [alma em] forma de esqueleto[...], com uma névoa cinzenta e suja[...]. Haviam pedaços da sua carne em decomposição pendurados em seus ossos e, enquanto queimavam, caiam no fundo do buraco. No lugar dos olhos, haviam somente buracos vazios. O fogo começava nos seus pés em pequenas chamas e crescia quando subia e cobria o seu corpo.[...] Olhei de novo [...] e vermes rastejavam para fora dos ossos do seu esqueleto. Eles não eram atingidos pelo fogo. [...]ela tem consciência deles e sente todos esses vermes por dentro dela."
Enquanto isso, os justos terão acesso à Cidade Santa, à Nova Jerusalém, que desceu do Céu e que está na Terra (Ap 21,22).
Concluindo, cabe a pergunta: onde você deseja passar a sua eternidade? Se para você isso tudo não passa de balela, de conversa fiada, a escolha é sua e o destino eterno é seu. Será que vale à pena "pagar para ver", essa é a pergunta. Mas se você crê que há uma eternidade a ser vivida, ou a ser perdida, então você deve fazer HOJE MESMO uma escolha. Você será ressuscitado de qualquer maneira, a questão é quando - na primeira, junto com os salvos em Cristo, ou na segunda, junto com os ímpios? O tempo de ser absolvido por seus pecados é hoje, pois naquele grande dia não cabe mais absolvição, apenas condenação e castigo eterno.
Para ser livre dessa condenação, você precisa ser salvo, de seus próprios pecados, por Cristo. Você precisa ter um encontro, ainda em vida, com o Senhor. Não é religião que salva, a religião só faz enganar as pessoas, desviando-as de Deus. É Jesus o ÚNICO que pode salvar o homem. Por isso mesmo Ele se fez carne e morreu na cruz, carregando nossos pecados sobre si próprio. Ele não veio fundar religião, NÃO! Ele veio salvar a mim e a você! Ele nos amou e ainda nos ama, Seus braços estão estendidos para nos receber, mesmo sujos e carregados de iniqüidade e pecado. Ele é que nos chama para Si mesmo, dizendo "Vinde a Mim, pecador!" Ele te dará o Seu perdão, Ele te salvará dos seus pecados, e deles nunca mais Deus se lembrará!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
terça-feira, 11 de outubro de 2011
RUDIMENTOS DA DOUTRINA DE CRISTO - IV: IMPOSIÇÃO DE MÃOS
POR isso, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus, e da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno. E isto faremos, se Deus o permitir. (Hb 6.1-3)
Nesta argumentação, estudaremos a "imposição de mãos", do grego "epithesis te cheir" (ἐπιθέσεώς τε χειρῶν). Sobre a imposição de mãos, há duas principais opiniões teológicas: (1) que a imposição de mãos confere, por transmissão, bênçãos ou maldições para as pessoas sobre as quais as mãos são impostas e (2) que a imposição de mãos é simplesmente um "rito" que confirma para os presentes que aquela pessoa, sobre a qual as mãos são impostas, detém a partir daquele momento autoridade ou comissão para realizar alguma tarefa específica. Na primeira, o dom sobrenatural é transmitido de pessoa para pessoa; no segundo caso, o dom é apenas confirmado.
Em seu comentário, Barnes argumenta que as mãos eram impostas sobre alguém não para conceder algum poder ou habilidade, mas para indicar que aquela pessoa recebera a autoridade ou comissão de quem lhe impunha as mãos. (Barnes' New Testament Notes) Em concordância com Barnes, o "Novo Dicionário da Bíblia" explica que o toque das mãos de uma pessoa era considerado como algo que comunicava autoridade, poder, ou bênção. Já segundo São Tomás de Aquino, em sua obra Summa Theologica, "a imposição das mãos [...] é feita para designar um abundante efeito da graça, pela qual, os que recebem essa imposição, por uma certa semelhança se associam aos ministros, que devem ter uma graça mais abundante."
Calvino, em seu comentário sobre a Epístola aos Hebreus, conecta os batismos à imposição de mãos. Conforme o comentário, os filhos menores dos catecúmenos eram batizados nas águas e assim uniam-se a Igreja; quando cresciam não eram novamente batizados, mas sobre eles as mãos dos presbíteros eram impostas. Não há, contudo, nenhuma referência bíblica sobre esta prática; mesmo na hipótese dela se constituir numa prática da Igreja, seria preciso que ela se desse após a escrita da Epístola, não se constituindo, deste modo, no propósito original do autor.
Mas o que a Bíblia tem a dizer sobre isso?
A prática de impor as mãos sobre a cabeça de uma pessoa quando se invocava sobre ela uma bênção era comum entre os hebreus. A bênção seria então transmitida por Deus à pessoa sobre a qual as mãos eram impostas por alguém que detivesse autoridade para isso, como um pai de família, ou sacerdote (Gn 48.5-20; Nm 8.5-20). Em Atos 6, os apóstolos impuseram as mãos sobre os irmãos escolhidos pela Igreja para servirem como diáconos (At 6.6). As mãos também eram impostas sobre a cabeça da vítima, por ocasião do sacrifício, confessando os pecados (Lv 16.21; 24.14; Nm 8.12; II Cr 29.23). As crianças eram trazidas a Jesus para que Ele lhes impusesse as mãos (Mt 19.13). É preciso considerar que no livro de Atos o Espírito Santo era concedido aos fieís sob a imposição de mãos dos apóstolos (At 8.17). As mãos eram também impostas sobre uma pessoa quando esta era separada para um ofício específico (Num 27.18 comp. At 8.19). Paulo exorta a Timóteo: "Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério" (I Tm 4.14). Em sua segunda epístola ao jovem discípulo, novamente consta a mesma admoestação: "Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos." (II Tm 1.6; ver também I Tm 5.17-22)
A verdadeira doutrina a respeito da imposição das mãos é um dos elementos da fé cristã. Que o costume da imposição das mãos, como simbolismo de transmissão de dons espirituais, prevaleceu na Igreja no tempo dos apóstolos, não há dúvida. (Barnes' New Testament Notes) Assim, os dois conceitos - transmissão de dons espirituais e reconhecimento do chamado e dos dons - parecem estar inseridos na antiga prática de imposição de mãos. É provável que o ensino - rudimento - sobre a imposição de mãos consistia em esclarecer os propósitos da imposição de mãos aos irmãos hebreus, que muito possivelmente confundiam "quem" (sobre animais? sobre coisas? sobre pessoas?) e "quando" (em que casos) impor as mãos.
O ensino envolvia, com toda certeza, quem era, em última análise, responsável pela ação desejada na imposição de mãos pelos crentes em Cristo (o Senhor Jesus), pois Seu precioso nome é que deveria ser invocado na prática. Assim, aquele que impunha as mãos era simplesmente um canal pelo qual as bênçãos do Senhor fluiriam sobre outrem.
Ao contrário, as religiões de mistério que também praticavam a imposição de mãos tributavam a eficácia da prática ou ao sacerdote da mesma ou a entidade específica. Argumentando pelo viéis das religiões comparadas, a prática de transmissão espiritual via imposição de mãos é até hoje comum a várias religiões e seitas pseudocristãs, como o budismo, a Igreja Messiânica Mundial, o Mormonismo, o Espiritismo, dentre outras.
Há uma questão pendente: será que o ensino de que maldições podem ser transferidas pela imposição de mãos tem fundamento? Será que Paulo, ao escrever a Timóteo para que ele "não impusesse precipitadamente as mãos, nem participasse dos pecados alheios" referia-se a uma "retro-transmissão de pecados'? Essa passagem pode apoia o ensino de que há transmissão ou transferência de pecados de quem recebe a imposição de mãos ou de quem impõe?
Com base no sistema sacrificial do Antigo Testamento alguns grupos, como os Adventistas do Sétimo Dia, erroneamente afirmam que os pecados da nação eram transmitidos para o bode emissário (o bode para Azazel) pela imposição de mãos. Assim, em tese, haveria a transmissão de pecados pela imposição de mãos.
Parênteses: O uso do bode emissário para expiação do pecado de Israel é relatado em Levítico 16. Conforme o texto, dois bodes eram trazidos diante do Tabernáculo no deserto e sobre eles lançavam-se sortes, de forma que um dos bodes era sacrificado (o bode onde recaía a sorte pelo Senhor) e o outro era enviado para o deserto, como bode emissário. O sumo-sacerdote Arão então impunha suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessava todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados. Esse bode era então conduzido para o deserto pela mão de um homem designado para isso, devendo ser deixado no deserto.
É interessante notar que o termo "Azazel" não aparece em todas as versões da Bíblia. A versão inglesa da Bíblia, conhecida como King James Version, usa o termo inglês "scapegoat", traduzido por "bode expiatório" (o mesmo termo é também encontrado nas versões New American Standard Bible, American King James Version, Webster's Bible Translation e World English Bible). O termo Azazel aparece em outras versões (American Standard Version, Darby Bible Translation, English Revised Version, Reina Valera, Louis Segond (1910), French: Darby, French: Martin (1744), German: Luther (1912), etc.). No texto de Lv 16.8, o termo hebraico utilizado é "`aza'zel". Porém, este termo é precedido pelo termo "gowral" (gowral aza'zel), que é traduzido por "uma parte ou destino" (como se determinado por sorte). Assim, o texto de Levítico seria "e outro com destino a Azazel".
O Pr. Natanael Rinaldi, especialista em apologética cristã, apresenta uma explicação bastante esclarecedora: "Alguns entendem que "azazel" vem das raízes hebraicas: ez (bode) e azal (virar-se). Outros dizem que a palavra procede do árabe: "azala" (banir, tirar, remover). Os rabinos, em sua maioria, entendiam que Azazel era o local, no deserto, para onde o bode era enviado" (Expiação por Azazel - A quem representava o bode Azazel? site: http://www.cacp.org.br/adventismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=9&menu=1&submenu=3). Fecha parênteses.
Parênteses 2: Como entender o papel do bode emissário? Ambos os bodes de Levítico tipificam, juntos, de forma inseparável, a Cristo. O primeiro era sacrificado, já o segundo levava sobre ele as transgressões do povo. Isaías diz que o Senhor Jesus tomou sobre si as nossas iniqüidades: "Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si." (Isaías 53:11). Por ocasião de sua obra expiatória, o Senhor Jesus exclamou dizendo "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?" (Mt 27.46). Porque Ele exclamou assim? Por causa dos pecados da humanidade que estavam sobre Ele - são os pecados é que fazem separação entre o homem e Deus (Is 59.2) e isso se cumpriu em Jesus. Naquele momento de solidão, na cruz, antes de sua morte, Jesus cumpriu o tipo do bode emissário; Ele estava sozinho, no deserto da existência, com os pecados do povo sobre si. Quando o Senhor morreu, Ele cumpriu o tipo do bode para o Senhor, imolado em favor do pecado do povo. Fecha parênteses.
No texto de I Timóteo 5:22, Paulo está dizendo a Timóteo que não separe, eleja, escolha anciãos (oficiais da Igreja) sem que estes evidenciem genuína conversão, sem que estes cumpram os requisitos básicos para o ofício que desempenharão (ofício pastoral). Se Timóteo não atentasse para estes requisitos e separasse oficiais para a Igreja (e para isso imporia sobre eles as suas mãos), os homens escolhidos sem critério acabariam por não honrar sua posição e com isso pecariam. Como Timóteo seria o responsável por separar pessoas incapacitadas, espiritualmente falando, ao ministério, ele seria o responsável pelos pecados que estes cometessem na execução de seu ofício; isto é, Timóteo, mesmo sabendo o que poderia ocorrer por sua escolha precipitada, agindo de forma precipitada, irresponsável, seria o responsável por tudo o que redundasse dessa escolha.
Em Provérbios 26:2, está escrito: "Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não encontra pouso." Deste modo, se o crente em questão é fiel aos Princípios da Palavra de Deus, a possível maldição, que poderia se abater sobre sua vida através do ato impenetrado por outra pessoa não ocorrerá. Na vida do cristão genuíno não há "brechas" para atuação demoníaca; muito pelo contrário: Há suficiente vida com Deus para fazer com que a maldição seja trocada por bênção. O texto de 1 João 5.18 fala que o maligno não "toca" no crente: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca."
E se tanto aquele que impõe as mãos como aquele sobre quem as mãos são impostas, na Igreja, forem não-cristãos; ou seja, forem cristãos nominais? Essa hipótese se assemelha a imposição de mãos por não-cristãos fora da Igreja, membros de religiões e seitas heréticas, com uma única ressalva: O nome invocado não é o nome de um deus pagão, ou de um demônio; mas o nome invocado, neste caso, é o de Jesus. À primeira análise, talvez devêssemos concordar com a Tese de Agostinho - a tese do "ex opere operato": "Ao aceitar a natureza comunicativa dos sacramentos, comprovamos que este comporta em si a graça de Deus, independentemente da fé ou do caráter moral do celebrante ou de seus destinatários".
Assim, segundo Agostinho, a eficácia do sacramento não depende de quem o ministra, ou de quem o recebe, porque a eficácia do sacramento reside nele mesmo. O conceito é diferente no Protestantismo, onde o sacramento não depende do ministro, mas de Deus, e a sua eficácia realiza-se sempre no respeito da liberdade humana, isto é, a sua eficácia requer a resposta da fé (ou seja, na condição de quem o recebe).
Note que Jesus, ao cumprir os tipos dos bodes de Levítico 16, leva os pecados sobre si, garantindo àquele que reconhece a si mesmo como pecador, que se arrepende e tem fé em Deus o perdão dos pecados. Porém, os pecados do não-convertido permanecem sobre os próprios, a despeito da obra de Cristo. Os benefícios do sacrifício de Cristo no que tange à salvação do pecador dependem da fé deste último; não operando tais benefícios salvíficos independente da fé do pecador. A graça de Deus opera sobre o homem à medida que ele crê em Deus, pois "pela graça sois salvos, por meio da fé". (Ef 2.8)
Porém, há uma ressalva muito grande, que impede de usarmos a tese agostiniana neste caso: Quem recebe a imposição de mãos não possui fé no que se está realizando; tampouco quem está impondo as mãos. Assim, a imposição de mãos é, em si mesma, nula em efeito (note que o ato não é suficiente em si mesmo). O ato, deste modo, não passa de uma mera cerimônia, tipo "para inglês ver", não possui eficácia, não possui "referendum" de Deus; muito pelo contrário: possui reprovação, estando tanto o celebrante quanto o participante debaixo de pecado e, em última análise, debaixo de maldição.
Portanto, não há transmissão de pecados via imposição de mãos, mas pode haver transmissão da graça divina em favor daquele que recebe a imposição, pela operação do poder de Deus através de quem impõe as mãos. Por outro lado, há casos onde a imposição de mãos se aplica, noutros não. É muito importante haver discernimento espiritual, para não transformarmos a operação da graça de Deus em mais um ritualismo vazio e sem propósito.
Na próxima argumentação, estudaremos acerca do ensino sobre a ressurreição dos mortos e o juízo final. Até lá, permitindo Deus! Lembre-se: Deus está lhe dando visão de águia!
Nesta argumentação, estudaremos a "imposição de mãos", do grego "epithesis te cheir" (ἐπιθέσεώς τε χειρῶν). Sobre a imposição de mãos, há duas principais opiniões teológicas: (1) que a imposição de mãos confere, por transmissão, bênçãos ou maldições para as pessoas sobre as quais as mãos são impostas e (2) que a imposição de mãos é simplesmente um "rito" que confirma para os presentes que aquela pessoa, sobre a qual as mãos são impostas, detém a partir daquele momento autoridade ou comissão para realizar alguma tarefa específica. Na primeira, o dom sobrenatural é transmitido de pessoa para pessoa; no segundo caso, o dom é apenas confirmado.
Em seu comentário, Barnes argumenta que as mãos eram impostas sobre alguém não para conceder algum poder ou habilidade, mas para indicar que aquela pessoa recebera a autoridade ou comissão de quem lhe impunha as mãos. (Barnes' New Testament Notes) Em concordância com Barnes, o "Novo Dicionário da Bíblia" explica que o toque das mãos de uma pessoa era considerado como algo que comunicava autoridade, poder, ou bênção. Já segundo São Tomás de Aquino, em sua obra Summa Theologica, "a imposição das mãos [...] é feita para designar um abundante efeito da graça, pela qual, os que recebem essa imposição, por uma certa semelhança se associam aos ministros, que devem ter uma graça mais abundante."
Calvino, em seu comentário sobre a Epístola aos Hebreus, conecta os batismos à imposição de mãos. Conforme o comentário, os filhos menores dos catecúmenos eram batizados nas águas e assim uniam-se a Igreja; quando cresciam não eram novamente batizados, mas sobre eles as mãos dos presbíteros eram impostas. Não há, contudo, nenhuma referência bíblica sobre esta prática; mesmo na hipótese dela se constituir numa prática da Igreja, seria preciso que ela se desse após a escrita da Epístola, não se constituindo, deste modo, no propósito original do autor.
Mas o que a Bíblia tem a dizer sobre isso?
A prática de impor as mãos sobre a cabeça de uma pessoa quando se invocava sobre ela uma bênção era comum entre os hebreus. A bênção seria então transmitida por Deus à pessoa sobre a qual as mãos eram impostas por alguém que detivesse autoridade para isso, como um pai de família, ou sacerdote (Gn 48.5-20; Nm 8.5-20). Em Atos 6, os apóstolos impuseram as mãos sobre os irmãos escolhidos pela Igreja para servirem como diáconos (At 6.6). As mãos também eram impostas sobre a cabeça da vítima, por ocasião do sacrifício, confessando os pecados (Lv 16.21; 24.14; Nm 8.12; II Cr 29.23). As crianças eram trazidas a Jesus para que Ele lhes impusesse as mãos (Mt 19.13). É preciso considerar que no livro de Atos o Espírito Santo era concedido aos fieís sob a imposição de mãos dos apóstolos (At 8.17). As mãos eram também impostas sobre uma pessoa quando esta era separada para um ofício específico (Num 27.18 comp. At 8.19). Paulo exorta a Timóteo: "Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério" (I Tm 4.14). Em sua segunda epístola ao jovem discípulo, novamente consta a mesma admoestação: "Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos." (II Tm 1.6; ver também I Tm 5.17-22)
A verdadeira doutrina a respeito da imposição das mãos é um dos elementos da fé cristã. Que o costume da imposição das mãos, como simbolismo de transmissão de dons espirituais, prevaleceu na Igreja no tempo dos apóstolos, não há dúvida. (Barnes' New Testament Notes) Assim, os dois conceitos - transmissão de dons espirituais e reconhecimento do chamado e dos dons - parecem estar inseridos na antiga prática de imposição de mãos. É provável que o ensino - rudimento - sobre a imposição de mãos consistia em esclarecer os propósitos da imposição de mãos aos irmãos hebreus, que muito possivelmente confundiam "quem" (sobre animais? sobre coisas? sobre pessoas?) e "quando" (em que casos) impor as mãos.
O ensino envolvia, com toda certeza, quem era, em última análise, responsável pela ação desejada na imposição de mãos pelos crentes em Cristo (o Senhor Jesus), pois Seu precioso nome é que deveria ser invocado na prática. Assim, aquele que impunha as mãos era simplesmente um canal pelo qual as bênçãos do Senhor fluiriam sobre outrem.
Ao contrário, as religiões de mistério que também praticavam a imposição de mãos tributavam a eficácia da prática ou ao sacerdote da mesma ou a entidade específica. Argumentando pelo viéis das religiões comparadas, a prática de transmissão espiritual via imposição de mãos é até hoje comum a várias religiões e seitas pseudocristãs, como o budismo, a Igreja Messiânica Mundial, o Mormonismo, o Espiritismo, dentre outras.
Há uma questão pendente: será que o ensino de que maldições podem ser transferidas pela imposição de mãos tem fundamento? Será que Paulo, ao escrever a Timóteo para que ele "não impusesse precipitadamente as mãos, nem participasse dos pecados alheios" referia-se a uma "retro-transmissão de pecados'? Essa passagem pode apoia o ensino de que há transmissão ou transferência de pecados de quem recebe a imposição de mãos ou de quem impõe?
Com base no sistema sacrificial do Antigo Testamento alguns grupos, como os Adventistas do Sétimo Dia, erroneamente afirmam que os pecados da nação eram transmitidos para o bode emissário (o bode para Azazel) pela imposição de mãos. Assim, em tese, haveria a transmissão de pecados pela imposição de mãos.
Parênteses: O uso do bode emissário para expiação do pecado de Israel é relatado em Levítico 16. Conforme o texto, dois bodes eram trazidos diante do Tabernáculo no deserto e sobre eles lançavam-se sortes, de forma que um dos bodes era sacrificado (o bode onde recaía a sorte pelo Senhor) e o outro era enviado para o deserto, como bode emissário. O sumo-sacerdote Arão então impunha suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessava todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados. Esse bode era então conduzido para o deserto pela mão de um homem designado para isso, devendo ser deixado no deserto.
É interessante notar que o termo "Azazel" não aparece em todas as versões da Bíblia. A versão inglesa da Bíblia, conhecida como King James Version, usa o termo inglês "scapegoat", traduzido por "bode expiatório" (o mesmo termo é também encontrado nas versões New American Standard Bible, American King James Version, Webster's Bible Translation e World English Bible). O termo Azazel aparece em outras versões (American Standard Version, Darby Bible Translation, English Revised Version, Reina Valera, Louis Segond (1910), French: Darby, French: Martin (1744), German: Luther (1912), etc.). No texto de Lv 16.8, o termo hebraico utilizado é "`aza'zel". Porém, este termo é precedido pelo termo "gowral" (gowral aza'zel), que é traduzido por "uma parte ou destino" (como se determinado por sorte). Assim, o texto de Levítico seria "e outro com destino a Azazel".
O Pr. Natanael Rinaldi, especialista em apologética cristã, apresenta uma explicação bastante esclarecedora: "Alguns entendem que "azazel" vem das raízes hebraicas: ez (bode) e azal (virar-se). Outros dizem que a palavra procede do árabe: "azala" (banir, tirar, remover). Os rabinos, em sua maioria, entendiam que Azazel era o local, no deserto, para onde o bode era enviado" (Expiação por Azazel - A quem representava o bode Azazel? site: http://www.cacp.org.br/adventismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=9&menu=1&submenu=3). Fecha parênteses.
Parênteses 2: Como entender o papel do bode emissário? Ambos os bodes de Levítico tipificam, juntos, de forma inseparável, a Cristo. O primeiro era sacrificado, já o segundo levava sobre ele as transgressões do povo. Isaías diz que o Senhor Jesus tomou sobre si as nossas iniqüidades: "Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si." (Isaías 53:11). Por ocasião de sua obra expiatória, o Senhor Jesus exclamou dizendo "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?" (Mt 27.46). Porque Ele exclamou assim? Por causa dos pecados da humanidade que estavam sobre Ele - são os pecados é que fazem separação entre o homem e Deus (Is 59.2) e isso se cumpriu em Jesus. Naquele momento de solidão, na cruz, antes de sua morte, Jesus cumpriu o tipo do bode emissário; Ele estava sozinho, no deserto da existência, com os pecados do povo sobre si. Quando o Senhor morreu, Ele cumpriu o tipo do bode para o Senhor, imolado em favor do pecado do povo. Fecha parênteses.
No texto de I Timóteo 5:22, Paulo está dizendo a Timóteo que não separe, eleja, escolha anciãos (oficiais da Igreja) sem que estes evidenciem genuína conversão, sem que estes cumpram os requisitos básicos para o ofício que desempenharão (ofício pastoral). Se Timóteo não atentasse para estes requisitos e separasse oficiais para a Igreja (e para isso imporia sobre eles as suas mãos), os homens escolhidos sem critério acabariam por não honrar sua posição e com isso pecariam. Como Timóteo seria o responsável por separar pessoas incapacitadas, espiritualmente falando, ao ministério, ele seria o responsável pelos pecados que estes cometessem na execução de seu ofício; isto é, Timóteo, mesmo sabendo o que poderia ocorrer por sua escolha precipitada, agindo de forma precipitada, irresponsável, seria o responsável por tudo o que redundasse dessa escolha.
Em Provérbios 26:2, está escrito: "Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu vôo, assim a maldição sem causa não encontra pouso." Deste modo, se o crente em questão é fiel aos Princípios da Palavra de Deus, a possível maldição, que poderia se abater sobre sua vida através do ato impenetrado por outra pessoa não ocorrerá. Na vida do cristão genuíno não há "brechas" para atuação demoníaca; muito pelo contrário: Há suficiente vida com Deus para fazer com que a maldição seja trocada por bênção. O texto de 1 João 5.18 fala que o maligno não "toca" no crente: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o Maligno não lhe toca."
E se tanto aquele que impõe as mãos como aquele sobre quem as mãos são impostas, na Igreja, forem não-cristãos; ou seja, forem cristãos nominais? Essa hipótese se assemelha a imposição de mãos por não-cristãos fora da Igreja, membros de religiões e seitas heréticas, com uma única ressalva: O nome invocado não é o nome de um deus pagão, ou de um demônio; mas o nome invocado, neste caso, é o de Jesus. À primeira análise, talvez devêssemos concordar com a Tese de Agostinho - a tese do "ex opere operato": "Ao aceitar a natureza comunicativa dos sacramentos, comprovamos que este comporta em si a graça de Deus, independentemente da fé ou do caráter moral do celebrante ou de seus destinatários".
Assim, segundo Agostinho, a eficácia do sacramento não depende de quem o ministra, ou de quem o recebe, porque a eficácia do sacramento reside nele mesmo. O conceito é diferente no Protestantismo, onde o sacramento não depende do ministro, mas de Deus, e a sua eficácia realiza-se sempre no respeito da liberdade humana, isto é, a sua eficácia requer a resposta da fé (ou seja, na condição de quem o recebe).
Note que Jesus, ao cumprir os tipos dos bodes de Levítico 16, leva os pecados sobre si, garantindo àquele que reconhece a si mesmo como pecador, que se arrepende e tem fé em Deus o perdão dos pecados. Porém, os pecados do não-convertido permanecem sobre os próprios, a despeito da obra de Cristo. Os benefícios do sacrifício de Cristo no que tange à salvação do pecador dependem da fé deste último; não operando tais benefícios salvíficos independente da fé do pecador. A graça de Deus opera sobre o homem à medida que ele crê em Deus, pois "pela graça sois salvos, por meio da fé". (Ef 2.8)
Porém, há uma ressalva muito grande, que impede de usarmos a tese agostiniana neste caso: Quem recebe a imposição de mãos não possui fé no que se está realizando; tampouco quem está impondo as mãos. Assim, a imposição de mãos é, em si mesma, nula em efeito (note que o ato não é suficiente em si mesmo). O ato, deste modo, não passa de uma mera cerimônia, tipo "para inglês ver", não possui eficácia, não possui "referendum" de Deus; muito pelo contrário: possui reprovação, estando tanto o celebrante quanto o participante debaixo de pecado e, em última análise, debaixo de maldição.
Portanto, não há transmissão de pecados via imposição de mãos, mas pode haver transmissão da graça divina em favor daquele que recebe a imposição, pela operação do poder de Deus através de quem impõe as mãos. Por outro lado, há casos onde a imposição de mãos se aplica, noutros não. É muito importante haver discernimento espiritual, para não transformarmos a operação da graça de Deus em mais um ritualismo vazio e sem propósito.
Na próxima argumentação, estudaremos acerca do ensino sobre a ressurreição dos mortos e o juízo final. Até lá, permitindo Deus! Lembre-se: Deus está lhe dando visão de águia!
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
SINAIS DA PROXIMIDADE DO RETORNO DO SENHOR JESUS - AGINDO EU, QUEM IMPEDIRÁ?
Uma revista da Califórnia publicou recentemente os resultados de uma pesquisa com mais de 600 ex-muçulmanos, que agora seguem Jesus. “Embora os sonhos pareçam desempenhar um papel menor na conversão dos ocidentais, mais de um quarto dos entrevistados ex-muçulmanos enfaticamente confirmam que os sonhos e visões desempenharam um papel vital em sua conversão, e os ajudou em momentos difíceis”, o levantamento afirmou.
Outros têm encontrado o percentual mais elevado. Karel Sanders, um missionário na África do Sul, informou que entre Africanos muçulmanos, “42% dos novos crentes vem a Cristo através de visões, sonhos, aparições angelicais e ouvir a voz de Deus.” De acordo com o site “Sexta-Feira Dawn Fax”, que se concentra em relatórios missionários de língua árabe, moderadores explicam experiências sobrenaturais, tais como sonhos, visões e curas através da oração de Jesus. “Este é um tema quente em nossa região. Pessoas de todo o Oriente Médio nos chamam, dizendo como eles foram curados através da oração em nome de Jesus”, citam os missionários. “Ouvintes muçulmanos costumam nos falar sobre sonhos e visões de Jesus, querendo saber o que isso significa para eles.”
O mesmo é contado em “I Dared to call him Father (Me atrevi a chamá-lo de pai)”, um livro fascinante, escrito por uma rica mulher ex-muçulmana paquistanesa chamada Bilquis Sheikh, que veio a Cristo através de uma série de acontecimentos místicos – começando com a presença do mal, que ela sentia, e era ligado ao assassinato recente de um cristão perseguido.
“A estranha sensação espinhosa cresceu dentro de mim enquanto eu caminhava lentamente ao longo dos caminhos de cascalho do meu jardim”, ela escreveu em um livro que acaba de ser relançado. “Eu parei de andar e olhei em volta. Como eu me inclinei para agarrar as hastes verdes, algo passou por minha cabeça, eu me endireitei, atenta. Senti uma névoa… Um frio, úmido. Uma presença profana – tinha flutuado por mim. Claro que não havia nada lá fora. Estaria lá? Como que em resposta, eu senti uma presença, muito real e misteriosa e um toque em minha mão direita.”
Esta experiência levou a uma série de sonhos que – como tantos outros – culminou na conversão da mulher muçulmana. São tais sonhos mais recorrentes agora – com a situação do mundo como ele é? Ou será que eles sempre ocorreram?
Sabemos que os sonhos podem ser importantes. Nós lembramos de Abraão. Nós lembramos de José, o pai de Jesus.
Mas eles também são cruciais no nosso próprio tempo e, no caso da mulher rica, cujo marido tinha sido um general e ministro do Paquistão, eles formaram uma parte importante de sua conversão – se não o mais importante papel. Conforme ela explica neste livro bem escrito (que foi publicado pela primeira vez em 1978), ela havia sido criada na fé muçulmana, que acreditava que, embora Jesus tenha nascido de uma virgem, ele não era o Filho de Deus. Ainda assim, a mulher sentiu-se impulsionada para explorar a Bíblia – e é aí que tudo começou.
Em um sonho, relatou Sheikh, “eu me encontrei jantando com um homem que eu sabia ser Jesus. Ele veio me visitar na minha casa e ficou por dois dias. Ele sentou-se sobre a minha mesa e em paz e alegria jantamos juntos”.
“De repente, o sonho mudou. Agora eu estava no topo de uma montanha com outro homem, João Batista. Ele estava vestido com uma túnica e calçado com sandálias. Como foi que eu misteriosamente sabia seu nome, também? Eu encontrei-me contando a João Batista sobre as minhas visitas recentes com Jesus”. O sonho – peculiar – a levou à pergunta que todos que poderiam saber responder (porque até aquele momento, Sheikh ainda não havia chegado ao trecho em que João Batista aparece na história) em sua leitura da Bíblia.
Ela se tornou uma cristã. Então, temos milhares de outros. Os relatórios incluíram moradores em lugares como Marrocos. Ouvimos pela primeira vez sobre isso no início de 1990.
“Um seguidor de Jesus da Guiné fala sobre uma pessoa de branco que lhe apareceu em sonho, chamando-o de braços abertos”, afirma a publicação da Califórnia.”Esse tipo de sonho, no qual Cristo aparece como uma figura de branco, é um padrão freqüente na obra missionária entre os muçulmanos.”
Os exemplos são numerosos. Um muçulmano da Malásia viu seus pais falecidos como convertidos aos cristianismo em um sonho, comemorando no céu. Jesus, com uma túnica branca, lhe disse: “Se você quiser vir a mim, vem!” Ele o fez.
Outro convertido, este novamente a partir do Oriente Médio, disse que ele estava deitado na cama com uma dor de cabeça muito forte. A figura branca com uma aparência maravilhosa, pacífica, apareceu e colocou as mãos sobre sua cabeça três vezes, e na manhã seguinte a dor de cabeça que era incurável até então, havia cessado.
Um homem do oeste da África viu um religioso muçulmano no inferno, e um pobre cristão, que não podia mesmo dar esmolas, no céu. A voz explicou que o ponto decisivo não foi a esmola, mas a fé em Jesus.
Enquanto isso, um trabalho missionário entre os Tausugs, das Filipinas, maior grupo muçulmano daquele país, relata que um número de muçulmanos fiéis “viu Jesus” em seus sonhos após o Ramadã (mês em que os muçulmanos praticam um ritual de jejum). Um homem sonhou com Jesus matando um dragão enorme em um duelo e no dia seguinte teve o mesmo sonho, o que o levou a conhecer o Evangelho.
Um membro do povoado Yakan, na Província Basilan sonhou que o Profeta Maomé não podia olhar para Jesus no olho. Quando ele disse seu primo, um cristão, do sonho, seu primo lhe disse que o sonho significava que Jesus é maior do que Maomé.
Há histórias de guerra espiritual. Há relatos da Turquia. Há histórias de curas milagrosas. Há histórias do Iraque. Uma equipe que pertencem aos “Atletas em Ação”, um movimento de atletas missionários, relatou a partir de sua visita às repúblicas da Ásia Central do Turcomenistão e Quirguistão, que “uma das experiências mais interessantes da viagem foi para ouvir um grande número de pessoas dizendo como eles tornaram-se cristãos”. Anteriormente, eles haviam sido ateus ou muçulmanos. Alguns nos contaram como Deus havia falado com eles em sonhos. Outros nos contaram como eles tinham tido dores de cabeça por dias depois de ouvir sobre Cristo. Logo que decidiram tornar-se cristãos, a dor de cabeça havia passado. Uma mulher nos disse que na noite em que ouviu falar de Jesus, nada aconteceu até que ela foi dormir. Enquanto ela dormia, ela teve um sonho terrível, no qual uma figura satânica disse a ela “Você nunca vai escapar de mim”, porém agora ela também se tornou uma cristã.
Existem inúmeros relatos de que muitos dos Berberes que vivem nas montanhas da Argélia estão vindo a Cristo através de sonhos e visões semelhantes, formando células e igrejas, em sua maioria subterrâneas. Ahmed Ait Ben Youcef, um berbere nativo que atualmente vive no exterior, disse que encontrou Cristo no caminho que parece típico para berberes islâmicos anteriormente: “nós berberes sempre acreditamos em Deus, mas muitos o procuram à sua própria maneira, sob a pressão dos árabes islâmicos. Jovens ansiavam pelo caminho certo para nossas vidas e oravam a Deus para orientação. Um dos meus amigos morreu em um acidente de trânsito. Na noite seguinte, sonhei que ele, um outro amigo, e eu nos dirigíamos a uma cidade brilhante, rodeada por uma parede branca. Nesse sonho, meu amigo nos disse que agora ele vivia lá”.
Um muçulmano egípcio estava lendo os Evangelhos, e de acordo com mais um relatório ele tinha acabado de chegar a Lucas, Capítulo 3, quando um vento forte varreu a sala e uma voz disse: “Eu sou Jesus Cristo, a quem você odeia. Eu sou o Senhor que você está procurando.” Ele decidiu seguir a Jesus naquele dia.
Os relatórios são difundidos de tal forma que sites inteiros são dedicados a tais histórias – embora muitas vezes tomem o cuidado de manter o anonimato. Uma fonte bem informada, que por razões óbvias permanece não identificada, relata que um ex-islâmico “Imam” ou líder espiritual levou 3.000 muçulmanos para Jesus, tendo ele chegado a Cristo através de sonhos, em que um homem branco dizia-lhe para estudar a Bíblia. O método desse homem é simples: em uma conversa, ele diz aos outros: “você já viu um homem branco em seus sonhos recentemente? Se eles não tiverem visto, ele lhes diz: eu só estava me perguntando. Obrigado. Se responderem positivamente, ele continua perguntando se eles estão interessados em aprender quem este homem branco é. E quem não está interessado na identidade de uma pessoa misteriosa que aparece em seus sonhos? O ex-Imam, em seguida, mostra-lhes várias passagens da Bíblia em que um homem branco vestido é mencionado, explicando: “Isso é Jesus. Ele quer falar com você, porque Ele quer que você o siga”.
Muitos muçulmanos foram preparados para em caso de encontros sobrenaturais, e aceitarem o convite. Algum tempo atrás, Bill Bright, diretor do “Campus Crusade”, escreveu que “estavam vivenciando um fenômeno surpreendente. Muçulmanos em particular, estão tendo sonhos e visões confirmando a realidade de Cristo. Depois de um programa de rádio informaram que Jesus havia aparecido para muitos muçulmanos em um sonho e havia dito a eles: ‘Eu sou o caminho’. A estação de rádio recebu milhares de cartas de muçulmanos no norte da África e do Oriente Médio, em que os ouvintes disseram que de repente tinham entendido sonhos anteriores. Eles, então, queriam mais informações sobre Jesus”.
Fonte: Gospel+
http://noticias.gospelmais.com.br/mulcumanos-visoes-sonhos-jesus-convertendo-25486.html
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MEUS COMENTÁRIOS
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"E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões." (Jl 2.28)
De quem é Deus? Ou melhor, Deus pertence a qual religião? As religião dita cristã e seus adeptos querem fazer crer que Deus é propriedade exclusiva deles, que somente a partir dos rígidos critérios ortodoxos mega-plus-tabajara, os quais defendem com "unhas e dentes", é que Deus pode se manifestar, agir e falar. Porém, Deus não é propriedade de religião, nem deu a ninguém exclusividade de Sua manifestação. Ele é um ser pessoal e como tal age livremente, segundo o Seu entendimento e parecer; quem dirá ao Todo-Poderoso qual caminho Ele deve tomar? Ou quem ditar-lhe-á a forma de agir? Ele faz o que bem entender; estende a Sua mão e age e não há ninguém que possa escapar!
O Espírito de Deus - isso mesmo, O E-S-P-Í-R-I-T-O S-A-N-T-O - está dando sonhos e visões de Jesus àqueles que, no máximo, ouviram falar do Senhor como sendo um simples "profeta", "inferior a Maomé" e eles estão se convertendo ao Senhor! Todo o terror espalhado nos corações daquelas pessoas, todas as ameaças, todos os bloqueios de comunicação... tudo isso é NADA, diante Daquele que criou os Céus e a Terra com Sua Palavra! Todo assassinato "legalmente justo" dos missionários, toda destruição de Bíblias, todo fechamento de Igrejas... nada disso é capaz de deter a ação do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores! Agindo Ele, quem impedirá?!?
O Senhor deseja a salvação de todos os homens. Nos países onde a fé cristã é permitida, onde se converter à Cristo não é crime, as Igrejas sérias tem cumprido o seu papel na pregação do Evangelho. Porém, onde a conversão à Cristo é crime capital punível com pena de morte, o próprio Cristo - Aquele que esteve morto e ao terceiro dia ressuscitou - é o Evangelho Vivo! Como matá-Lo? É impossível! Como impedir sua manifestação? Nem todo inferno reunido é capaz de fazê-lo! Que se curve o espírito do medo e da violência diante do Senhor Jesus!
Jesus está voltando! Ao ler esse texto, isso fica cada vez mais claro; e essa realidade cada vez mais próxima. Uma pergunta surge em meu coração: e quanto a nós, igreja brasileira? e quanto a nós, povo brasileiro? Estamos preparados para esse encontro? Você que lê este texto, se Jesus voltasse HOJE, como Ele encontraria você - preparado ou não?
A dinâmica da vida cotidiana, extremamente acelerada, acaba muitas vezes nos tornando, na prática, autômatos. Fazemos as coisas porque "temos que fazer". Temos coisas porque "precisamos ter". Vivemos porque "precisamos viver". E assim, nesse fluxo e refluxo das ondas da vida, vamos vivendo a cada dia. Vamos a igreja porque "precisamos ir", "precisamos ter coisas" porque "precisamos viver". A nossa vida nessa terra é, em sua melhor hipótese, a luta para continuar vivo: trabalhar, comprar, gozar do que comprou, trabalhar, comprar mais, gozar mais e assim sucessivamente. Mas há muito mais do que isso... Há um só Deus... um só Senhor... e Ele prometeu que voltaria um dia para buscar àqueles que estivessem devidamente preparados na ocasião... para levá-los consigo desta Terra, deste mundo de "ter-fazer-para-viver"...
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." ( I Ts 4.16,17)
Neste dia, segundo a Bíblia, os sepulcros se abrirão e os que morreram em Cristo haverão de ressuscitar! Irmãos, pais, mães, avôs e avós... todos aqueles pelos quais um dia choramos e pranteamos, neste glorioso dia, quando os crentes ressurgirem, ali estarão eles, novamente! Não um esqueleto em decomposição; não! Não carnes apodrecidas, jamais! Mas ali estarão eles, aqueles que conservaram até a morte a fidelidade ao Senhor, novamente vivos, para nunca mais morrerem de novo!
Neste dia, muitos ficarão para trás; serão deixados neste mundo, porque não estavam prontos. Maridos que somem de repente, esposas que ficam sozinhas... mães que desaparecem, filhos órfãos... crentes que somem repentinamente, do nada... crentes fiés... pastores que ficam para trás, enquanto "meros crentes" desaparecem... aviões caindo para destruição porque "o piloto sumiu" (e isso não é filme)... pessoas desesperadas, chorando sem consolo, diante do mais terrível e grandioso fato da história da humanidade; gente que sabe o que aconteceu com seus amados e o que lhe aguarda, sim, a ela que ficou para trás. Gente que não quer aceitar, e está inventando estórias e justificativas... Mas o fato já ocorreu. Podem chorar, podem teorizar; o fato já ocorreu e não há mais nada o que fazer. O pior: Estava Escrito! Estava predito, tudo isso, timtim por timtim, vírgula por vírgula. Não creram por que não quiseram; mas informação sobre tudo isso, TINHAM DE SOBRA!
Por isso, querido leitor, o tempo é HOJE, o dia é AGORA e a hora é JÁ! Acerte suas diferenças com o Senhor! Busque-o enquanto você pode achá-Lo. Não deixe para lá, não deixe para depois a principal decisão da sua vida! Não diga: "Ah, estou muito ocupado, quem sabe um dia?", porque o dia vem de repente e você não estará preprado quando Jesus voltar! Fale com Ele hoje mesmo; confesse seus pecados e peça-lhe para perdoar de todos os pecados. Daí, receba-O hoje, em seu coração, em sua vida! E viva para Ele hoje, como se Ele voltasse neste mesmo dia!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!