quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O LUGAR DO AMOR DENOMINACIONAL NA FÉ CRISTÃ EVANGÉLICA


“No essencial, unidade, no não essencial: Liberdade. Em tudo o Amor”.

 “Porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.” (I Co 13.9-10)

Batista, Metodista, Nova Vida, Vida Nova, Assembléia de Deus, Congregacional, Presbiteriana, Quadrangular, Comunidade Evangélica, Nova Aliança em Cristo, etc. São inúmeras as denominações religiosas evangélicas; desde as mais "clássicas", de longa tradição, até as mais recentes. Cada uma com seus próprios costumes e organização interna, nomenclaturas, liturgias e sistemas de governo; até com algumas pequeníssimas variações doutrinárias, oriundas do entendimento diferenciado de seus diversos fundadores. Contudo, todas elas são denominações cristãs evangélicas, porque preservam e perseveram naquilo que é essencial e caro a fé cristã, o que poderia ser escrito numa "declaração de fé harmonizada":

a) só Deus verdadeiro, um em essência, Trino em Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo (Jo 15.26; Mt 28.19).
b) Sagradas Escrituras, a saber o Antigo e Novo Testamento que são plenamente inspirados pelo Espírito Santo de Deus e constituem nossa única regra de fé e conduta (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21).
c) Jesus Cristo, o Filho, co-eterno com o Pai e o Espírito, que tomou a forma de homem no seio virginal de Maria, concebido do Espírito Santo, sem pecado original viveu livre de pecado, e se entregou à morte de cruz por nossa salvação; ressuscitou, ascendeu, e se sentou à destra do Pai, onde está intercedendo por nós como nosso único (Mt 1.21; Lc 1.35; Ef 1.7; Rm 4.25; Hb 7.25; Tt 2.13; 1 Co 15.25-28).
d) No iminente regresso de Cristo a reinar com Sua Igreja (At 1.11; 1 Ts 4.15-17).
e) No Espírito Santo, que convence o mundo de pecado, e opera o arrependimento e a regeneração nos crentes em Cristo, dando-lhes o poder para viver vitoriosamente (Jo 16.8-11; Rm 8.2).
f) Na personalidade de Satanás, chamado o Diabo, e seu presente controle sobre a humanidade não crente em Cristo, e sua obra maligna contra a Igreja (2 Co 4.4; 1 Pe 5.8).
g) Na salvação da alma, que se obtém unicamente pela fé em Jesus Cristo, não por obras, posto que estas são o resultado da salvação e não a causa dela (Ef 2.4-10).
h) Na Igreja verdadeira, o corpo de Cristo, que está formada por todos aqueles que confiam em Cristo como Salvador e têm sido regenerados pela obra do Espírito Santo (Ef 1.23; 2.22; 1 Co 2.13).
i) Na imortalidade da alma e seu estado consciente depois da morte (Lc 16.19-31).
j) Na ressurreição do corpo glorificado dos crentes em Cristo, para a felicidade eterna com Ele; e na ressurreição corporal dos que nesta vida tem rejeitado a Cristo, para tormento eterno (Ap 20.4-6; Jo 5.27-29).
l) No dever de todo cristão verdadeiro de anunciar aos outros o Evangelho e procurar conduzi-los à experiência da salvação em Cristo Jesus e no desenvolvimento da vida cristã (Mt 28.19,20).
m) Na manutenção da obra de Deus e no sustento de obreiros, por meio de nossos dízimos e ofertas (2 Co caps. 8 e 9; At 4.34,35; 1 Co 16.1-3; Ml 3.6-12).


Obviamente, como dito anteriormente, há pequenas variações caso-a-caso, dependendo da denominação. Por exemplo, a minha denominação inclui na lista acima:

n) No Batismo com Espírito Santo como bênção distinta do novo nascimento e na operação dos Dons Espirituais (At 1.8; 1 Co caps. 12 e 14).
o) O Batismo com Espírito Santo tem as línguas estranhas como sua evidência. A mesma evidência continuaram a acompanhar todos os que recebiam o Batismo com o Espírito Santo: a) Todos falaram em línguas (At 2.4); Todos falaram em línguas na casa de Cornélio (At 10.45,46); Todos falaram em línguas (At 19.6).
p) O falar em línguas não é somente uma evidência, é também uma bênção (1 Co 14.17).
q) No Princípio de Autoridade delegada por Deus, a homens que ele constituiu como Seus representantes na Igreja, e aos quais devemos honrar, respeitar e nos submetermos, de acordo com as Sagradas Escrituras (Rm 13.7; Hb 1.3; Is 14.12-14; Mt 6.13; 26.62-64).
r) No princípio de que Deus nos constituiu para o louvor da Sua Glória e Majestade, no louvor e adoração profética, na espontaneidade e alegria do Espírito Santo, seja com palmas, danças e expressões de louvor (Is 6.2; Sl 28.2; 63.5; 119.48; 134.2; 141.2; 47.1; 150; 95.6; Fp 3.3; Ef 5.18,19; Cl 3.16).
s) No poder de Deus para curar os enfermos conforme a obra de Jesus Cristo no calvário, na libertação dos oprimidos do Diabo, e no poder do nome de Jesus Cristo no que tange a cura e libertação (Mc 16.17.18; Is 53.4,5).
t) Na cooperação entre Deus e o homem na preservação da salvação; no exercício do livre-arbítrio, na preservação de Deus e na perseverança do homem em orar e vigiar, como o meio pelo qual ele terá a manutenção da sua salvação. Portanto, cremos que aquele que permanecer firme nos caminhos do Senhor será salvo (Jo 1.29; 12.32; 14.1-6; Ef 2.1,2; 1.4,5; Jo 3.16; Rm 2.11; 8.29,30; Tg 4.8; 1 Tm 2.4; Tt 2.11; Mc 16.16; Ap 22.17).

São ainda possíveis desdobramentos em cada cláusula, dependendo da denominação e do nível de detalhamento desejado. Por exemplo, é possível desdobrar a cláusula b) acima para incluir "cremos que as Escrituras são isentas de erro e constituem a completa revelação da graça divina para a salvação dos homens, o único fundamento da fé cristã e a suprema autoridade em matéria de conduta cristã" e "cremos que as Escrituras têm primazia sobre as tradições e experiências humanas."

Essas listas, chamadas "declarações de fé", foram, no passado, chamadas credos. Em linhas gerais, podemos definir credo como sendo uma fórmula doutrinária ou profissão de fé; conjunto de princípios, normas, preceitos, crenças por que se pauta uma pessoa, uma comunidade, partido, instituição etc. Há inúmeros credos cristãos, que já foram e, em alguns casos ainda são utilizados por algumas denominações, como o Credo Atanasiano, o Credo Niceno e o Credo Apostólico (conhecidos como "credos ecumênicos", ou seja, universal, geral, do mundo inteiro).  É importante nos lembrarmos de que não é necessária a adesão a um credo para que uma pessoa se torne cristã, mas, uma vez cristã, a pessoa tem que confessar a sua fé. Essa confissão é, em algum grau, um credo. Conforme cita   Heber Carlos de Campos em seu artigo "A Relevância dos Credos e Confissões" (http://www.monergismo.com/textos/credos/relevancia_credos.htm),

"Em tempos de tanta confusão teológica por que passa a igreja cristã neste final do século XX, não é aconselhável professar o cristianismo sem afirmar com clareza aquilo em que se crê. A igreja de Cristo sempre foi uma igreja confessante, porque a genuinidade da nossa fé tem que ser evidenciada naquilo em que cremos e confessamos. [...]  Tantas são as heresias e as tentativas de assalto à fé genuína que tornam-se necessárias a formulação e a confissão daquilo em que cremos, para que a igreja, na sua inteireza, não venha a ficar perdida, lançada de um lado para outro por quaisquer ventos de doutrina."

Com a Reforma, as igrejas logo sentiram a necessidade de formalizar a fé, apresentando sua interpretação sobre diversos assuntos que as distinguiam da Igreja Romana. Com o tempo, surgem outras denominações, que discordavam entre si sobre alguns pontos, o que gerou a necessidade de estabelecer princípios doutrinários próprios em credos e catecismos (do gr. katekhéo = "ensinar", "instruir", "informar"; cf. Lc 1.4; At 18.25; 21.21,24; Rm 2.18; 1Co 14.19; Gl 6.6). Catecismo é o conjunto de instruções sobre os princípios, dogmas e preceitos de doutrina religiosa, especialmente a cristã; também é o livro que contém essas instruções, expostas em perguntas e respostas. O autor Hermisten Maia Pereira da Costa, em seu artigo intitulado "Os credos da Reforma" (http://www.teuministerio.com.br/BRSPIGBSDCMCMC/vsItemDisplay.dsp&lsid=&objectID=C9F2EC3B-292E-4D9E-853183986D1DC489&method=display), postula que as declarações de fé "[...] precisavam ser, até certo ponto, completas e simples, para que o cristão não iniciado nas questões teológicas pudesse entender o que estava sendo dito, confrontar esse ensinamento com as Escrituras e assim compreender biblicamente sua fé."

Todas essas denominações, portanto, sempre convergiram naquilo que é essencial. São variadas sim, mas nem por isso não são cristãs, muito pelo contrário. A pluralidade de denominações é uma manifestação da multiforme graça de Deus, de modo que como há vários tipos de pessoas com seus temperamentos e variações, há também denominações para cada tipo de pessoa. Os crentes filiam-se a uma determinada denominação genuinamente cristã por identificação (quer com o líder, quer com a denominação em si - liturgia, amigos membros daquela denominação), ou mesmo por razões históricas (parentes foram ou ainda são membros daquela denominação, ou fundaram a denominação, etc). Em alguns casos, menos comuns, por razões doutrinárias (por exemplo, aceitação do Batismo no Espírito Santo). É importante dizer que removendo-se as pequenas diferenças, TODAS AS DENOMINAÇÕES são exatamente iguais. Independente desses pequenos detalhes, TODAS AS DENOMINAÇÕES genuinamente cristãs-evangélicas constituem a IGREJA de Cristo, a despeito dos problemas internos que TODAS enfrentam, invariavelmente. Na verdade - e é bom que isso fique bem claro - nós precisamos das diferenças para sobreviver.

Parênteses (1): Existiam (e existem!) escândalos, exageros, manifestações carnais, orgulho e muitas outras coisas no meio das mais diversas denominações. O problema é que as pessoas usam os defeitos de uma pessoa, de um grupo, ou de um culto, para caracterizar todo um movimento. E conseqüentemente rejeitam tudo, e combatem o movimento como um todo, perdendo com isso a contribuição e a comunhão com pessoas que não são imorais, arrogantes, ou fanáticas, que estão no movimento, e que buscam ao Senhor com coração sincero. Fecha parênteses.

Parênteses (2): Muitos pensam que a diversidade de denominações é sinal de desunião entre os crentes. Nada podia estar mais errado. Primeiro porque não é necessário a pluralidade de denominações para haver desunião. Segundo porque a pluralidade de denominações é reflexo, como foi dito, da multiforme graça de Deus; de forma geral, todas as denominações contribuem para a salvação das almas, como agências do Reino de Deus. Não há na Bíblia Sagrada nada que impeça a multiplicidade denominacional, tendo-se em vista que essa Multiplicidade não fere a Unidade necessária. Paulo, escrevendo aos Efésios, no cap. 4, fala acerca dos 07 Pilares da Unidade da fé ("Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós"). Em sua natureza a Igreja é indivisível, assim como Deus é indivisível. Portanto, a organização da Igreja em denominações não é uma divisão em natureza, vida ou essência, mas apenas quanto a governo, organização e administração. O teólogo Hans Kung escreveu que “a coexistência de igrejas diferentes não […] ameaça, por si mesma, a unidade da Igreja. A unidade somente corre perigo pela coexistência que não é cooperação, nem apoio, mas basicamente uma confrontação hostil”. Pode-se argumentar ainda que se houvesse apenas uma única denominação, a colheita de almas ficaria muito aquém daquilo que é realizado pelo conjunto mais amplo e variado, porque as diferenças e variedades humanas impossibilitariam a adesão quando não houvesse concordância com detalhes. Fecha parênteses.    

Analogamente, alguém escolhe um time de futebol para torcer por ele pelas mesmas razões - identificação ou razão histórica. Uma vez escolhido o time, desenvolve-se toda uma paixão, um amor àquele clube esportivo. Amor tal, que transforma simples torcedores em associados do clube, com direito à carteirinha. Amor tal, que leva à pessoa - e a família inteira, até o gato de estimação -  a vestir-se com as cores do clube e, em muitíssimos casos, com as camisas numeradas e com o nome do principal jogador do clube. Conhecem de cor e salteado o hino do clube, que está até como "toque musical" do seu aparelho celular. No dia que o time do coração joga, é dia sagrado. Todos correm para suas casas, para frente de seus televisores, vestem-se com o uniforme do time e passam a torcer, com muito vigor até, para o time, reclamando com (e até xingando o) árbitro da partida quando marca falta - existente ou não; não importa - contra seu time, e isso pela Tv. Quando seu time ganha, há festa; quando perde, parece que morreu um ente querido. RARAMENTE perdem uma partida! E isso até entre torcedores que professam fé!

Ora, do mesmo modo, comporta-se o homem diante de partidos políticos (um pouco menos, hoje em dia); das empresas onde trabalham (é o tal do "vestir a camisa" da empresa); dos sobrenomes familiares quando são tradicionais (família "A", "B", etc.), etc. O homem é, por assim dizer, um ser que ama, que se apaixona, pelo que faz, pelo que crê, pelo que se identifica, pelo que adere. Não há, salvo casos raros, adesão sem paixão, sem amor. Assim também dá-se com a filiação denominacional: quem se filia a uma determinada denominação cristã-evangélica passa a amar aquela denominação. Compra-se e veste-se a camisa da denominação, no subconjunto denominacional do qual é parte (jovens, mulheres, adultos, etc). Busca-se conhecer a história da denominação, como foi fundada e por quem. Se há um hinário, ou um catecismo, busca-se conhecer cada letra e ensino. 

Todos nós, crentes em Cristo, pertencemos a uma denominação. Como age um cristão sincero? Em primeiro lugar, ele se torna membro de alguma denominação religiosa porque sente necessidade disso. Ali é onde ele toma conhecimento de Deus, aprimora, começa a praticar o amor entre os irmãos e começa a demonstrar sua gratidão para com Deus. Então, começa também, a se desenvolver em seu coração o amor por Aquele que Ele nunca viu. Precisamos ser membros de alguma denominação pela qual nutrimos amor por ela e pelos irmãos e confiança em nossos líderes. Não pertencer a uma denominação não é uma alternativa, mesmo porque os sem-denominação se constituem, em última análise, em mais uma denominação (mais uma classificação), com seus erros e acertos e, exatamente como os crentes pertencentes às suas denominações, defenderão sua "denominação sem nome" (?!?), seu modo de ser Igreja e de viver a fé cristã.

Conforme cita o Pr. Alberto Wagner, "o denominacionalismo clássico é o aparelho estabilizador do corpo maior - a Igreja. Tal qual originariamente concebido, ele protege a Igreja da rivalidade e divisão enquanto promove a unidade visível do Corpo de Cristo. Haja vista a colaboração que todas as denominações tem feito ao reino de Deus ao longo de sua história. [...] Penso que ao desprezarmos a importância das denominações estaríamos destruindo uma estrutura que em muito nos beneficia e criando um problema para qual não teríamos uma solução melhor. Tornaríamos a igreja numa torre de babel; faríamos dela uma arena de rivalidades. Traríamos para ela o que os reformadores conseguiram evitar – o divisionismo. Se amamos a unidade então cooperemos num mesmo espírito: - Denominacionalismo não é rivalidade; - Com maturidade entendemos que as diferenças devem ser reconhecidas com humildade, amor e respeito; - As diferenças são socorridas pela liberdade de consciência e nossas limitações nos impõe uma estrutura denominacional; - Podemos cooperar com uma coexistência produtiva e amistosa nos protegendo de atitudes sectaristas e/ou sincretistas reconhecendo que somos limitados para viver a unidade perfeita. Esse entendimento nos humilha, mas também nos amadurece. - Não podemos criar uma união maior pelo caminho da divisão." ("DENOMINAÇÃO E DENOMINACIONALISMO", http://pibgram.webnode.com.br/news/denomina%C3%A7%C3%A3o%20e%20denominacionalismo/)


É importante dizer que cada denominação constitui-se na parte visível da Igreja invisível; amar a denominação, por assim dizer, PODE ser equivalente a amar a Igreja, desde que esse amor não torne-se em radicalismo e exclusivismo. Por outro lado, é impossível amar a Igreja invisível e por ela doar-se, sem amar a Igreja visível, com seus erros e falhas, expressa nas mais diversas denominações. Cada cristão verdadeiro, pertencente a cada denominação, constitui a Igreja invisível, sendo dela pedra viva. Há lugar para o amor denominacional na fé cristã? Sim, há. Podemos trabalhar para desenvolvermos e avançarmos a nossa denominação? Sim, podemos. Esse amor denominacional pode e deve ser cultivado, sempre com equilíbrio, de forma a não inviabilizar a integração e realização de trabalhos e programas em parceria com outras denominações genuinamente cristãs-evangélicas,  incorrendo assim em sectarismos. Todas as denominações têm o seu lugar e propósito no Reino, e todas juntas, cooperando em suas especialidades e vocações, sem divisionismos e intolerâncias, podem fazer grande diferença em termos de avanço do Evangelho. Afinal, todos cremos no que é essencial e podemos muito bem cooperarmos uns com os outros. Quanto ao não essencial, cada um é livre, desde que em tudo exista o amor e seja feito para a glória de Deus.

Um vivas a liberdade cristã!

Pense nisso! Deus está te dando visão de águia!



4 comentários:

  1. Ótima reflexão!
    Realmente o amor denominacional não é prejudicial, mas, como bem ressaltou, faz parte da vida de um cristão e o trabalho em equipe sem prejuízo das singularidades de cada denominação cristã, visando os objetivos maiores como a Glória de Deus e a pregação da Palavra devem ser sempre uma realidade.
    Contudo, permita-me algumas ressalvas que considero relevantes e oportunas.
    Esse amor não pode ser uma "paixão descontrolada" (até porque amor e paixão são coisas distintas) que aceita tudo sem reflexão e discernimento, pois, sabemos também que alguns cristãos amam mais a denominação na qual fazem parte do que ao próprio Deus. Certa vez escrevi e ministrei sobre esse tema e considerei isso não como amor, mas como uma obsessão denominacional. Também alguns consideram um pecado imperdoável a mudança de congregação, ou seja, de alguém trocar uma denominação por outra e coisas semelhantes... Sem dúvida um erro, pois as pessoas são livres para escolher sua congregação ou igreja, inclusive, nós pastores podemos mudar de denominação.
    Por fim, entendo bem que "vestir a camisa da denominação" deve ser um objetivo de todo membro de igreja, mas esse ato deve sempre levar em consideração se essa pessoa crê e aceita sem resistência todas as doutrinas, orientações e costumes ali professadas e mantidas, porque caso isso não ocorra, acabará por fazer em breve momento gols e mais gols contra o próprio time.
    E sei bem do que estou falando...
    ah... esqueceu de mencionar na abertura da postagem a Nova Aliança em Cristo (rs). Perdão, mas é porque amo essa igreja (rsrs)
    Forte abraço Pastor Ricardo.

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  2. Um link de uma postagem minha sobre o mesmo tema para sua leitura e enriquecimento da questão.

    http://pranselmoteologia.blogspot.com.br/2012/09/amor-ou-obsessao-denominacional.html

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  3. Pr. Magdiel, excelente comentário!
    Já inclui a Igreja Nova Aliança em Cristo na postagem; por favor perdoe-me pela falta (rsrsrsrs)!
    Grande abraço, amado pastor!

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  4. Como é bom conhecermos igrejas co-irmãs!Como é bom ouvirmos e conhecermos o que pensam nossos irmãos de outras denominações!Como é bom compartilharmos santa indignação pelos ataques a nossa fé comum!Faz-me lembrar as doze tribos de Israel.Cada uma marchando sob a sua bandeira!Todas prontas a sairem para batalhar ao retinir da trombeta!Todas desejosas de servir ao Senhor!Todas imbuídas do afã de defender o arraial!E como é bom sabermos ,que nos encontraremos naquele dia diante do Trono e nos uniremos no grande Coral,juntos com irmãos de toda tribo,raça,língua e nação

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