Desde domingo passado, ao meio-dia, o Rio de Janeiro vive uma guerra urbana sem precedentes. Bandidos de toda cepa (virulenta, diga-se de passagem) vem aterrorizando a população carioca: fecham ruas e fazem arrastão; param carros, ônibus e vans, mandam os passageiros descerem (em alguns casos) e com gasolina queimam completamente o veículo e, atirando para todos os lados, ferem pessoas de bem, que lotam as emergências dos hospitais cariocas. Foram 26 ataques a veículos e postos da polícia em 15 bairros do Rio e de mais sete municípios. Universidades e escolas sem aulas.
Hoje, pela manhã, policiais do Bope, da Core e fuzileiros navais com rosto pintado, além de blindados da Marinha fecharam boa parte de um bairro carioca - a Vila da Penha. As autoridades dizem que a razão dos ataques é uma reação da bandidagem às UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) e à transferência de presos para presídios federais, em especial o de Catanduvas/SC. Essa é a justificativa oficial.
Porém, há outra justificativa que especialmente nós, crentes em Cristo, já conhecemos (ou deveríamos conhecer) há muito tempo: a causa da violência é o pecado. Violência e pecado são diretamente proporcionais: aumente um, e o o outro aumentará proporcionalmente.
A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência (Gn 6.11). Esse é o relato de Gênesis, escrito por Moisés. Aquela terra estava corrompida (do hb. shachath), ela estava depravada, estragada, em decomposição. Terra pervertida, devassa, má. E isso fez com a terra se enchesse de violência. Violência! Em hebraico, a palavra violência significa: "atos maldosos, maltratos, imaginações danosas, crueldade." Todo o derramamento de sangue, todos os crimes, estupros, etc, que ocorreram naqueles dias, foram frutos de uma raiz de violência existente nos corações e nas mentes das pessoas! A sociedade inteira - cada homem, cada mulher, cada pessoa - estava nas garras de formas mentais de violência!
Este mesmo princípio de violência atua em nossos dias, produzindo as mais diversas manifestações. Por exemplo, a falta de perdão (e consequentemente o rancor - uma aversão profunda ou ressentimento amargo contra alguém). Quantos de nós - mesmo crentes - não guardamos rancor contra alguém? Quantos de nós não perdoamos jamais aquela pessoa que nos causou um grande mal? Quantos de nós não estamos presos em nossos próprios rancores?
Veja também a "guerra" entre pastores e Igrejas. Pastores contra pastores, na mídia, e isso por sórdida ganância, por disputas de poder, por orgulho religioso. Obreiros que odeiam pastores e pastores que não perdoam obreiros. Igrejas que incentivam o ódio, com campanhas de "oração imprecatória no monte". "Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si" (I Jo. 3:15). Você pode freqüentar a igreja domingo a domingo, dar dízimos e ofertas milionárias e ser uma boa pessoa. Você pode não usar drogas e álcool. Você pode evitar a pornografia e a promiscuidade sexual. Será que alguém praticou um terrível mal contra você - alguém a quem você nunca perdoou? Se você guarda odioso rancor contra alguém, então você é um assassino aos olhos de Deus!
Permita-me ir mais além: se pecado é transgredir (desobedecer; deixar de cumprir; infringir; violar, postergar) a Palavra de Deus, então estamos aumentando o pecado a cada dia em nosso meio. Sim, porque hoje o que mais há é transgressão; sim, porque em geral os crentes deixaram de combater a transgressão e, em alguns casos, até a incentivam. Por exemplo, quando substituímos Deus por Mamom, "santificando" a cobiça, a usura, a ganância, com a famigerada teologia da prosperidade, estamos contribuindo para que a transgressão fixe moradia e gere família nos corações dos homens. Quando, ao invés de combatermos a transgressão com a Palavra, a usamos para justificá-la. Os seus profetas são levianos, homens aleivosos; os seus sacerdotes profanaram o santuário, e fizeram violência à lei (Sf 3.4), é o clamor do Espírito da Palavra!
Abre parênteses: Hoje, as igrejas não combatem mais o pecado. Combater pecado não agrada os ouvintes, massageando-lhes o ego e, assim, não produz novos membros-dizimistas (as raríssimas igrejas que combatem o pecado estão cheias - de anjos - sentados nos bancos...). A pregação tornou-se auto-ajuda barata, revestida com roupagem gospel. Faça a si mesmo esta pergunta: Há quanto tempo não ouço uma pregação que me deixe chateado comigo mesmo? Há quanto tempo não me sinto culpado diante de Deus? Há quanto tempo entro e saio de igrejas com meu pecado secreto, e ele continua lá, sossegado e em segredo, exatamente como estava antes de ir em tal igreja? Fecha parênteses.
Segundo o registro no livro de Ezequiel (28:16), o querubim da guarda tornou-se Satanás por causa de sua multiplicação do comércio, que encheu o seu interior de violência! a King James Version traduziu o termo "comércio" por merchandise, uma ferramenta de marketing. O termo em hebraico é rkullah, que também pode ser traduzido por tráfico. Obviamente, o querubim não foi um "mercador celestial". O verbo rakal, do qual se deriva o substantivo, literalmente significa "intrometer-se sobre, de um para outro" (para comércio ou fofoca). O substantivo derivado rakil - encontrado 6 vezes no Velho Testamento, um em Ezequiel 22:9 - significa "caluniador, difamador" ou "mexeriqueiro, boateiro, fofoqueiro". "Multiplicar o comércio" faz que o interior se encha com violência! Com certeza você conhece gente assim, não é mesmo?
Abre colchetes: Nós, crentes em Cristo, erramos muito quando deixamos de combater a fofoca, tanto em nossas vidas, como no seio da igreja. Todas as vezes que permitimos que a fofoca se instale na igreja, permitimos que a mesma se encha de violência, acarretando sua profanação (desconsagração e desonra), lançamento da presença de Deus e, por fim, em morte espiritual (Ez 28.16). Nada pior do que uma igreja profanada e morta, cheia de crentes violentos e fofoqueiros, sem vida com Deus. Fecha colchetes.
Qual é o nosso papel, como igreja de Cristo, então? É ser luzeiro do mundo, é ser sal da terra. O sal tem se tornada insípido - daí os ímpios volta-e-meia pisarem a igreja e os crentes, sem dó nem piedade, tanto na mídia, como através de projetos de lei e até mesmo fisicamente. Ser sal salgado, cheio de sabor, cheio de NaCl ("Nós andamos com Cristo na luz") 100% puro. Luz brilhante, que atrai centenas e até milhares de cupins em tempo de calor! Pregando a Verdade, pregando o Reino de Deus e a Sua Justiça! Anunciando ao mundo o retorno do Nosso Rei, Jesus! Anunciando que há uma alternativa ao pecado, à violênciam, ao inferno: Jesus! Vivendo em honestidade e santidade, cheios de boas obras, diante de Deus e dos homens! Esse é o nosso papel enquanto igreja: ser uma comunidade profética, falando de Deus aos homens!
Mas há também outro papel para a igreja: é o papel sacerdotal. A Bíblia diz que somos nação santa, sacerdócio real (I Pe 2.9). E o que faz um sacerdote, senão falar dos homens a Deus? Como sacerdotes, precisamos interceder diante de Deus pelos homens, pelos perdidos, pelos miseráveis pecadores que estão caminhando a passos largos para o inferno! Clamar ao Senhor por Sua misericórdia, por Sua Graça, para que as almas possam ser salvas! Clamar ao Senhor, para que restaure a nossa nação!
Vou repetir: CLAMAR. Marcha disso, grito daquilo, ato profético, tremelique daquilo outro não serve espiritualmente para nada! Eleger esse ou aquele político é vazio contra as hostes espirituais da maldade! O que a Bíblia nos manda, e com bastante veemência, é clamar a Deus! Chega de cultos repletos de orações egoístas, "Senhor me dá isso, me dá aquilo", "Senhor, meu isso, minha aquilo", chega de olhamos apenas para os nossos próprios problemas, para o nosso próprio umbigo. Chega! Chega de cânticos-mantras! Chega de adulação ao falso, do culto à personalidade, de estrelismos gospel; chega de mentiras na Casa de Deus! CHEGA! BASTA!
Ou nós, igreja, paramos agora com a meninice, nos arrependemos e nos voltamos para Deus, ou as consequências só piorarão! A violência só aumentará, livremente, sem oposição e com ajuda nossa, até que comece a nos tragar! "E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra." (II Cr 7.14)
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O PAPEL DO HOMEM E DE DEUS NO ISOLAMENTO DOS CRENTES
BUSCA satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria. (Pv 18.1)
Isolar é separar fisicamente de algo ou alguém. Geralmente, o isolamento dá-se por razões de saúde pública. Assim, do ponto de vista médico, isolamento é o "edifício ou pavilhão destinado aos doentes acometidos de moléstias infecto-contagiosas, ou àqueles que se acham em observação por suspeita desse tipo de doença". Porém, o isolamento também acontece por razões político-ideológicas.Atualmente, o individualismo e a solidão vem sendo uma tendência marcante das sociedades contemporâneas.
A história nos mostra que o isolamento foi a única opção de sobrevivência de vários grupos - chamadas "minorias", perseguidos por sua ideologia política, religiosa, cultural ou mesmo racial. Por exemplo, figura a criação do Gueto de Varsóvia, pelos alemães durante a 2a. Guerra Mundial, isolando os judeus moradores daquela cidade do convívio com as demais pessoas. Assim, a palavra "gueto" passou a designar todo estilo de vida ou tipo de existência resultante de tratamento discriminatório. Registre-se que os judeus foram o povo que mais esteve em guetos (gueto de Veneza, gueto Romano, de Praga, etc).
O conceito foi modificado depois da II Guerra, sob a pressão do movimento dos direitos civis e passou a referir-se aos enclaves compactos e saturados a que os afro-americanos eram relegados quando migravam para os centros industriais do Norte dos EUA. (Wacquant, 2004)
Para Wacquant, gueto denota uma área urbana restrita, uma rede de instituições ligadas a grupos específicos e uma constelação cultural e cognitiva (valores, formas de pensar ou mentalidades) que implica tanto o isolamento sócio-moral de uma categoria estigmatizada quanto o truncamento sistemático do espaço e das oportunidades de vida de seus integrantes. (Wacquant, 2004)
Assim, nem todo aquele que está isolado se encontra nesta condição por vontade própria. Alguns até agem deste modo, visando proteger valores culturais (ou ideologias) considerados fundamentais. Assim, deste modo, observa-se a reação de um grupo de evangélicos que decidiram isolarem-se dos grupos evangélicos dominantes e institucionalizados - "Os Novos Evangélicos e a Nova Reforma Protestante", como retratado pela Revista Época há alguns meses. O objetivo é o retorno aos antigos valores bíblicos, os quais àqueles irmãos entendem haverem se perdido no meio institucionalizado.
Porém, em algumas ocasiões, o isolamento pode ser fruto de coerção ou perseguição ideológica, onde um grupo, detentor de poder sobre um segundo grupo, atua no sentido de confinar este segundo grupo em fronteiras bem definidas. Infelizmente, muitas Igrejas agem exatamente deste modo, especialmente naquelas que o sistema de governo confere um status quase messiânico ao líder principal da instituição.
Nestas instituições, onde o líder máximo é visto como uma espécie de subdeus - infalível, perfeitíssimo em todos os atos, sempre certo, senhor de todos os homens - a "guetização" é inevitável. Ou o grupo inteiro se isolará do "restante do mundo" por considerarem-se a si mesmos como a máxima e perfeita expressão da vontade divina (e consequentemente todos os demais, meros "mortais, desgraçados, sempre errados, párias do inferno" são indignos de sequer "um tostão de sua voz") ou uma parte do grupo, que contém o "Pontifex Maximus" isolará a outra parte a qual, por qualquer razão, discorda de sua "posição soberana".
Qual é a melhor forma de isolar um grupo? É criar uma imagem negativa dele para o restante da coletividade, atribuindo-lhe adjetivos que o estigmatizem: "rebeldes", "sem amor", "legalistas", "problemáticos", etc. são os adjetivos mais comumente usados. Tais adjetivos geralmente visam minar a auto-estima e a posição do grupo a ser isolado, minimizando a sua posição diante dos demais. Com a minimização da posição, eleva-se a posição do grupo isolador e, consequentemente, do seu líder.
A pergunta que não quer calar é se este tipo de coisa cabe para aqueles que se dizem discípulos de Cristo. É a igreja local de articulações e politicagens? Será que a única forma de conviver harmonicamente num grupo é não ter opiniões, ou pelo menos não manifestá-las? Será que a Bíblia exige concordância absoluta com a opinião de uma pessoa, quando se trata de assunto de foro íntimo e particular, em questões não-essenciais? São os líderes evangélicos "inerrantes" em todos e quaisquer assuntos? São eles auto-suficientes, ou seja, eles se bastam em qualquer assunto que envolva a igreja ou a fé cristã?
Será que a igreja transformou-se numa espécie de coletividade Borg, da série de SciFi "Star Trek: Nova Geração", onde a individualidade é aniquilada em prol da coletividade? "Nós somos os Borgs. Resistir é inútil. Sua cultura irá se adaptar para servir a nossa. Nós acrescentaremos suas qualidades biológicas e tecnológicas a nossa." Será que não estamos permitindo uma massificação e uma coletivização do indivíduo, tornando-o um ser sem vontade ou idéias?
O texto de Provérbios, citado no início desta argumentação, diz que aquele que se isola busca satisfazer seu próprio desejo. Isso é verdade. Considerando que aquele que isola outrem na verdade isola-se também (questão do referencial do observador, um princípio da física), o texto é pertinente e aplicável. A expressão "satisfazer o próprio desejo" remete às concupiscências da carne, fruto de uma natureza pecaminosa e egocêntrica. "Meu interesse", "minha posição", "minha honra", meu isso, meu aquilo; na verdade, a ânsia de que a vontade do eu seja feita na terra e no céu.
A palavra "insurge" é a tradução do hebraico gala´, que significa "ser obstinado". O texto, deste modo, diz que aquele que se isola (hb. parad, "separa") está obstinado contra toda a sabedoria. Teimoso! Turrão! Cabeça-dura! Ele não atenta para a sabedoria, não pondera seus caminhos e intenções de coração. Não vê que ao isolar outros, isola-se a si mesmo e nisso não há sequer um átomo de sabedoria! Acha-se sábio, mas na verdade o é apenas aos seus próprios olhos!
O que há de tão ruim em considerar as opiniões e conselhos de outrem? O que há de mal em parar para ouvir (não apenas com o ouvido) o que outros têm a dizer? É impossível que não haja nada que sirva nas palavras daqueles que estão juntos, caminhando sob o mesmo propósito, sofrendo com as mesmas lutas e comemorando as mesmas vitórias! É I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L!!!! O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos (Pv 1.5). Quem é entendido procura adquirir sábios conselhos. Ele sabe que "não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança" (Pv 11.14). Infelizmente, o orgulho acaba agindo como "rolha de cerume" nos ouvidos de muitos líderes evangélicos, causando-lhes surdez aguda.
O que fazer? Com relação ao surdo, só resta orar para que Deus abra-lhe os ouvidos, antes que a surdez derive a cegueira e esta leve o agravado a cair no abismo - ele e quem com ele estiver. Já com relação ao isolamento, meu conselho é aproveitar para refletir na Palavra e com a Palavra. Deixar ser ministrado por Deus; deixar ser tratado pelo Senhor. O deserto - o maior lugar de isolamento que já existiu - é definitivamente a grandiosa Escola Ministerial e Profética do Altíssimo, onde o Senhor treina em oculto àqueles aos quais Ele desejar revelar publicamente. Sim, é verdade. Em algumas ocasiões, o próprio Senhor conduz Seu ungido e/ou Seu povo ao deserto, para serem provados e para serem ministrados por Deus, de forma a estarem aptos para aquilo que o Senhor têm reservado para suas vidas.
Foi assim com Moisés e Israel. Foi assim com João Batista e com Jesus. Foi assim com Paulo. E pode ser assim com você também!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
REFERÊNCIAS
Wacquant, Loïc. QUE É GUETO? CONSTRUINDO UM CONCEITO SOCIOLÓGICO. Rev. Sociol. Polít., Curitiba, 23, p. 155-164, nov. 2004.
Isolar é separar fisicamente de algo ou alguém. Geralmente, o isolamento dá-se por razões de saúde pública. Assim, do ponto de vista médico, isolamento é o "edifício ou pavilhão destinado aos doentes acometidos de moléstias infecto-contagiosas, ou àqueles que se acham em observação por suspeita desse tipo de doença". Porém, o isolamento também acontece por razões político-ideológicas.
A história nos mostra que o isolamento foi a única opção de sobrevivência de vários grupos - chamadas "minorias", perseguidos por sua ideologia política, religiosa, cultural ou mesmo racial. Por exemplo, figura a criação do Gueto de Varsóvia, pelos alemães durante a 2a. Guerra Mundial, isolando os judeus moradores daquela cidade do convívio com as demais pessoas. Assim, a palavra "gueto" passou a designar todo estilo de vida ou tipo de existência resultante de tratamento discriminatório. Registre-se que os judeus foram o povo que mais esteve em guetos (gueto de Veneza, gueto Romano, de Praga, etc).
O conceito foi modificado depois da II Guerra, sob a pressão do movimento dos direitos civis e passou a referir-se aos enclaves compactos e saturados a que os afro-americanos eram relegados quando migravam para os centros industriais do Norte dos EUA. (Wacquant, 2004)
Para Wacquant, gueto denota uma área urbana restrita, uma rede de instituições ligadas a grupos específicos e uma constelação cultural e cognitiva (valores, formas de pensar ou mentalidades) que implica tanto o isolamento sócio-moral de uma categoria estigmatizada quanto o truncamento sistemático do espaço e das oportunidades de vida de seus integrantes. (Wacquant, 2004)
Assim, nem todo aquele que está isolado se encontra nesta condição por vontade própria. Alguns até agem deste modo, visando proteger valores culturais (ou ideologias) considerados fundamentais. Assim, deste modo, observa-se a reação de um grupo de evangélicos que decidiram isolarem-se dos grupos evangélicos dominantes e institucionalizados - "Os Novos Evangélicos e a Nova Reforma Protestante", como retratado pela Revista Época há alguns meses. O objetivo é o retorno aos antigos valores bíblicos, os quais àqueles irmãos entendem haverem se perdido no meio institucionalizado.
Porém, em algumas ocasiões, o isolamento pode ser fruto de coerção ou perseguição ideológica, onde um grupo, detentor de poder sobre um segundo grupo, atua no sentido de confinar este segundo grupo em fronteiras bem definidas. Infelizmente, muitas Igrejas agem exatamente deste modo, especialmente naquelas que o sistema de governo confere um status quase messiânico ao líder principal da instituição.
Nestas instituições, onde o líder máximo é visto como uma espécie de subdeus - infalível, perfeitíssimo em todos os atos, sempre certo, senhor de todos os homens - a "guetização" é inevitável. Ou o grupo inteiro se isolará do "restante do mundo" por considerarem-se a si mesmos como a máxima e perfeita expressão da vontade divina (e consequentemente todos os demais, meros "mortais, desgraçados, sempre errados, párias do inferno" são indignos de sequer "um tostão de sua voz") ou uma parte do grupo, que contém o "Pontifex Maximus" isolará a outra parte a qual, por qualquer razão, discorda de sua "posição soberana".
Qual é a melhor forma de isolar um grupo? É criar uma imagem negativa dele para o restante da coletividade, atribuindo-lhe adjetivos que o estigmatizem: "rebeldes", "sem amor", "legalistas", "problemáticos", etc. são os adjetivos mais comumente usados. Tais adjetivos geralmente visam minar a auto-estima e a posição do grupo a ser isolado, minimizando a sua posição diante dos demais. Com a minimização da posição, eleva-se a posição do grupo isolador e, consequentemente, do seu líder.
A pergunta que não quer calar é se este tipo de coisa cabe para aqueles que se dizem discípulos de Cristo. É a igreja local de articulações e politicagens? Será que a única forma de conviver harmonicamente num grupo é não ter opiniões, ou pelo menos não manifestá-las? Será que a Bíblia exige concordância absoluta com a opinião de uma pessoa, quando se trata de assunto de foro íntimo e particular, em questões não-essenciais? São os líderes evangélicos "inerrantes" em todos e quaisquer assuntos? São eles auto-suficientes, ou seja, eles se bastam em qualquer assunto que envolva a igreja ou a fé cristã?
Será que a igreja transformou-se numa espécie de coletividade Borg, da série de SciFi "Star Trek: Nova Geração", onde a individualidade é aniquilada em prol da coletividade? "Nós somos os Borgs. Resistir é inútil. Sua cultura irá se adaptar para servir a nossa. Nós acrescentaremos suas qualidades biológicas e tecnológicas a nossa." Será que não estamos permitindo uma massificação e uma coletivização do indivíduo, tornando-o um ser sem vontade ou idéias?
O texto de Provérbios, citado no início desta argumentação, diz que aquele que se isola busca satisfazer seu próprio desejo. Isso é verdade. Considerando que aquele que isola outrem na verdade isola-se também (questão do referencial do observador, um princípio da física), o texto é pertinente e aplicável. A expressão "satisfazer o próprio desejo" remete às concupiscências da carne, fruto de uma natureza pecaminosa e egocêntrica. "Meu interesse", "minha posição", "minha honra", meu isso, meu aquilo; na verdade, a ânsia de que a vontade do eu seja feita na terra e no céu.
A palavra "insurge" é a tradução do hebraico gala´, que significa "ser obstinado". O texto, deste modo, diz que aquele que se isola (hb. parad, "separa") está obstinado contra toda a sabedoria. Teimoso! Turrão! Cabeça-dura! Ele não atenta para a sabedoria, não pondera seus caminhos e intenções de coração. Não vê que ao isolar outros, isola-se a si mesmo e nisso não há sequer um átomo de sabedoria! Acha-se sábio, mas na verdade o é apenas aos seus próprios olhos!
O que há de tão ruim em considerar as opiniões e conselhos de outrem? O que há de mal em parar para ouvir (não apenas com o ouvido) o que outros têm a dizer? É impossível que não haja nada que sirva nas palavras daqueles que estão juntos, caminhando sob o mesmo propósito, sofrendo com as mesmas lutas e comemorando as mesmas vitórias! É I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L!!!! O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos (Pv 1.5). Quem é entendido procura adquirir sábios conselhos. Ele sabe que "não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança" (Pv 11.14). Infelizmente, o orgulho acaba agindo como "rolha de cerume" nos ouvidos de muitos líderes evangélicos, causando-lhes surdez aguda.
O que fazer? Com relação ao surdo, só resta orar para que Deus abra-lhe os ouvidos, antes que a surdez derive a cegueira e esta leve o agravado a cair no abismo - ele e quem com ele estiver. Já com relação ao isolamento, meu conselho é aproveitar para refletir na Palavra e com a Palavra. Deixar ser ministrado por Deus; deixar ser tratado pelo Senhor. O deserto - o maior lugar de isolamento que já existiu - é definitivamente a grandiosa Escola Ministerial e Profética do Altíssimo, onde o Senhor treina em oculto àqueles aos quais Ele desejar revelar publicamente. Sim, é verdade. Em algumas ocasiões, o próprio Senhor conduz Seu ungido e/ou Seu povo ao deserto, para serem provados e para serem ministrados por Deus, de forma a estarem aptos para aquilo que o Senhor têm reservado para suas vidas.
Foi assim com Moisés e Israel. Foi assim com João Batista e com Jesus. Foi assim com Paulo. E pode ser assim com você também!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
REFERÊNCIAS
Wacquant, Loïc. QUE É GUETO? CONSTRUINDO UM CONCEITO SOCIOLÓGICO. Rev. Sociol. Polít., Curitiba, 23, p. 155-164, nov. 2004.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
VOCÊ JÁ PENSOU EM "CHUTAR O BALDE"?
Não se assuste com o tema desta postagem. Na verdade, todas as pessoas, independentemente de denominação religiosa, de credo, de cor, de posição social, enfim, de qualquer coisa, já pensou em algum dia "jogar a toalha" e desisitir de tudo. Principalmente aqueles que são sinceros consigo mesmo e/ou com Deus.
Com os crentes em Cristo, evangélicos, santificados, bíblicos, batizados na água e no Espírito, fiéis na Casa de Deus, blablablabla... também acontece a mesmíssima coisa. Afinal, "pau que dá em Chico, dá em Francisco". Não existe nada, absolutamente nada neste mundo que possa nos livrar de um dia na vida experimentar esse sentimento. Nem mesmo a fé cristã, ortodoxa, é capaz de nos livrar do desânimo diante de um mundo cheio de contradições, cheio de maluquices e incoerências - até mesmo na igreja.
Quando olhamos o comportamento que esta, que deveria ser a "grande e santa madre" dos crentes, vem tomando diante do mundo, confesso que o sentimento insurgente na alma não é dos melhores. Quando olhamos o comportamento daqueles que se dizem "ministros de Deus" ou mesmo daqueles que se autodenominam "filhos de Deus" a coisa fica feia. Porque? Porque é justamente nestes casos, justamente nestas pessoas que se espera coerência. Porém, em muitos casos não se encontra nenhuma! A igreja, no lugar de casa de Deus, torna-se a "chácara do Chico Bolacha", descrita por Cecília Meireles ("o que se procura, nunca se acha"): procura-se irmãos e não se encontra; procura-se santidade, e nada; procura-se Deus e depara-se com Mamom e por aí vaí...Como diria Sergio Pimenta, "olha que a coisa é séria, maninho...".
Diante disso, alguns se isolam dentro do seu próprio mundo; outros simplesmente acusam àqueles de isolamento. Daí vem o pejo de radicais, extremistas, fundamentalistas, bitolados, carolas, beatos, etc. Mas a verdade é que às vezes isso tudo que aí está "enche as medidas" de qualquer bom cristão, por mais santificado que seja. Nestas horas, não adianta fingir que nada está acontecendo, ou tentar fazer a si mesmo acreditar que isso é coisa do diabo, que não é coisa de crente, etc. A hipocrisia - religosa ou laica - só piora as coisas. O desejo de "chutar o balde" para o mais longe possível não é imaginação, é real. Dá vontade de desistir de tudo, de abandonar tudo; de "virar a página" e seguir a vida.
Na Bíblia, há vários exemplos de pessoas tementes a Deus que em algum momento de sua jornada pensaram em desistir. Assim, figuram neste rol pessoas como Jó, “...homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1:1), que em certa ocasião exclamou "quem dera que se cumprisse o meu pedido, e que Deus me concedesse o que anelo! Que fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse a sua mão e acabasse comigo!” (Jó 6:4, 8-9). Observe o pedido de Jó: morrer! Ele dizia: "Chega, Deus. Elimine-me!"
Há também pessoas como Jeremias, homem de Deus. Este santo andava com Deus e era destemido diante dos homens. Tinha ouvidos sintonizados com o céu - conexão direta com o trono de Deus - e falava à sua geração como voz do Senhor. Ninguém podia enfrentar o seu poder e a sua autoridade. Ele abalava profundamente os seus ouvintes! Mas veja o que ele diz: “Maldito o dia em que nasci!...Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho!, alegrando-o com isso grandemente. Seja esse homem como as cidades que o Senhor, sem ter compaixão, destruiu...Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente? Por que saí do ventre materno tão somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?” (Jeremias 20: 14-18).
Mesmo no Novo Testamento encontramos pessoas com o mesmo desejo de desistir. Por exemplo, veja o apóstolo Paulo, homem teve uma revelação de Cristo como nenhuma outra pessoa na terra. Mas veja o que ele diz: “Porque, chegando nós à Macedônia, nenhum alívio tivemos; pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro” (II Coríntios 7:5). O próprio Senhor Jesus pediu no Getsêmani que Deus afasta-se dele o cálice a Ele destinado (Marcos 14:36). Jesus estava na prensa, palavra que serve de raíz às palavras “pressão” e “stress”.
Todos nós encontramos tremendas pressões na vida que vêm sobre nós para nos desesperar, fazer desistir ou mesmo matar. Quem nunca teve vontade de "chutar o balde" que atire o primeiro balde! A questão é, então, o que fazer nestas horas. Será que há algum escape para os crentes em Cristo nestas horas de desesperança? Será que Deus nos despreza justamente quando o nosso coração está em frangalhos, justamente quando o nosso espírito está abatido? Será que Ele nos trata como "carta fora do baralho"? Não, em hipótese alguma! DEUS NÃO DESPREZARÁ JAMAIS UM FILHO SEU, POR PIOR QUE SEJA O MOMENTO DE SUA VIDA!
Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito – Sl 34.18.
Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos – Is 57.15.
Deus, que habita num alto e santo lugar, num trono que saem relâmpagos, e trovões, e vozes, trono semelhante a esmeralda; que nem o céu ou mesmo o céu dos céus pode contê-Lo é o Deus que se limita para habitar num coração apertado, contrito, para dar-lhe vida! Isso se chama GRAÇA; graça que nos é suficiente, a mim e a você, de forma que o poder desse Deus tão grande e maravilhoso se aperfeiçoa nas nossas fraquezas! Graça, que leva o Espírito de Deus, que nos sonda e nos conhece, a interceder por nós com gemidos inexprimivéis, que nos leva a clamar, dizendo "paizinho querido", abba Pai! Só o Espírito de Deus, o Consolador Amado, pode nos consolar nos piores momentos de nossas vidas!
Que a Graça do Senhor Jesus Cristo
e o Amor de Deus
e a Comunhão do Espírito Santo
Seja com todos Nós!
Amém!
Não se culpe, nem se condene pelo sentimento; mas entregue-se na mãos do Espírito Santo e receba hoje a consolação necessária para a sua vida, em nome de Jesus! A misericórdia de Deus é nova a cada manhã, ela se renova sobre a sua vida, precioso(a) do Pai! Ao invés de culpá-lo, Deus está a dizer: "Sê forte e corajoso! Não temas, óh vermezinho de Jacó; Eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel! Eu Sou o Yaweh Jireh, o Senhor que te sara as feridas da alma! Levanta-te e torna ao caminho novamente!"
Pense nisso! Deus está te renovando as forças e te dando visão de águia!
Com os crentes em Cristo, evangélicos, santificados, bíblicos, batizados na água e no Espírito, fiéis na Casa de Deus, blablablabla... também acontece a mesmíssima coisa. Afinal, "pau que dá em Chico, dá em Francisco". Não existe nada, absolutamente nada neste mundo que possa nos livrar de um dia na vida experimentar esse sentimento. Nem mesmo a fé cristã, ortodoxa, é capaz de nos livrar do desânimo diante de um mundo cheio de contradições, cheio de maluquices e incoerências - até mesmo na igreja.
Quando olhamos o comportamento que esta, que deveria ser a "grande e santa madre" dos crentes, vem tomando diante do mundo, confesso que o sentimento insurgente na alma não é dos melhores. Quando olhamos o comportamento daqueles que se dizem "ministros de Deus" ou mesmo daqueles que se autodenominam "filhos de Deus" a coisa fica feia. Porque? Porque é justamente nestes casos, justamente nestas pessoas que se espera coerência. Porém, em muitos casos não se encontra nenhuma! A igreja, no lugar de casa de Deus, torna-se a "chácara do Chico Bolacha", descrita por Cecília Meireles ("o que se procura, nunca se acha"): procura-se irmãos e não se encontra; procura-se santidade, e nada; procura-se Deus e depara-se com Mamom e por aí vaí...Como diria Sergio Pimenta, "olha que a coisa é séria, maninho...".
Diante disso, alguns se isolam dentro do seu próprio mundo; outros simplesmente acusam àqueles de isolamento. Daí vem o pejo de radicais, extremistas, fundamentalistas, bitolados, carolas, beatos, etc. Mas a verdade é que às vezes isso tudo que aí está "enche as medidas" de qualquer bom cristão, por mais santificado que seja. Nestas horas, não adianta fingir que nada está acontecendo, ou tentar fazer a si mesmo acreditar que isso é coisa do diabo, que não é coisa de crente, etc. A hipocrisia - religosa ou laica - só piora as coisas. O desejo de "chutar o balde" para o mais longe possível não é imaginação, é real. Dá vontade de desistir de tudo, de abandonar tudo; de "virar a página" e seguir a vida.
Na Bíblia, há vários exemplos de pessoas tementes a Deus que em algum momento de sua jornada pensaram em desistir. Assim, figuram neste rol pessoas como Jó, “...homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1:1), que em certa ocasião exclamou "quem dera que se cumprisse o meu pedido, e que Deus me concedesse o que anelo! Que fosse do agrado de Deus esmagar-me, que soltasse a sua mão e acabasse comigo!” (Jó 6:4, 8-9). Observe o pedido de Jó: morrer! Ele dizia: "Chega, Deus. Elimine-me!"
Há também pessoas como Jeremias, homem de Deus. Este santo andava com Deus e era destemido diante dos homens. Tinha ouvidos sintonizados com o céu - conexão direta com o trono de Deus - e falava à sua geração como voz do Senhor. Ninguém podia enfrentar o seu poder e a sua autoridade. Ele abalava profundamente os seus ouvintes! Mas veja o que ele diz: “Maldito o dia em que nasci!...Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho!, alegrando-o com isso grandemente. Seja esse homem como as cidades que o Senhor, sem ter compaixão, destruiu...Por que não me matou Deus no ventre materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida perpetuamente? Por que saí do ventre materno tão somente para ver trabalho e tristeza e para que se consumam de vergonha os meus dias?” (Jeremias 20: 14-18).
Mesmo no Novo Testamento encontramos pessoas com o mesmo desejo de desistir. Por exemplo, veja o apóstolo Paulo, homem teve uma revelação de Cristo como nenhuma outra pessoa na terra. Mas veja o que ele diz: “Porque, chegando nós à Macedônia, nenhum alívio tivemos; pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro” (II Coríntios 7:5). O próprio Senhor Jesus pediu no Getsêmani que Deus afasta-se dele o cálice a Ele destinado (Marcos 14:36). Jesus estava na prensa, palavra que serve de raíz às palavras “pressão” e “stress”.
Todos nós encontramos tremendas pressões na vida que vêm sobre nós para nos desesperar, fazer desistir ou mesmo matar. Quem nunca teve vontade de "chutar o balde" que atire o primeiro balde! A questão é, então, o que fazer nestas horas. Será que há algum escape para os crentes em Cristo nestas horas de desesperança? Será que Deus nos despreza justamente quando o nosso coração está em frangalhos, justamente quando o nosso espírito está abatido? Será que Ele nos trata como "carta fora do baralho"? Não, em hipótese alguma! DEUS NÃO DESPREZARÁ JAMAIS UM FILHO SEU, POR PIOR QUE SEJA O MOMENTO DE SUA VIDA!
Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito – Sl 34.18.
Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos – Is 57.15.
Deus, que habita num alto e santo lugar, num trono que saem relâmpagos, e trovões, e vozes, trono semelhante a esmeralda; que nem o céu ou mesmo o céu dos céus pode contê-Lo é o Deus que se limita para habitar num coração apertado, contrito, para dar-lhe vida! Isso se chama GRAÇA; graça que nos é suficiente, a mim e a você, de forma que o poder desse Deus tão grande e maravilhoso se aperfeiçoa nas nossas fraquezas! Graça, que leva o Espírito de Deus, que nos sonda e nos conhece, a interceder por nós com gemidos inexprimivéis, que nos leva a clamar, dizendo "paizinho querido", abba Pai! Só o Espírito de Deus, o Consolador Amado, pode nos consolar nos piores momentos de nossas vidas!
Que a Graça do Senhor Jesus Cristo
e o Amor de Deus
e a Comunhão do Espírito Santo
Seja com todos Nós!
Amém!
Não se culpe, nem se condene pelo sentimento; mas entregue-se na mãos do Espírito Santo e receba hoje a consolação necessária para a sua vida, em nome de Jesus! A misericórdia de Deus é nova a cada manhã, ela se renova sobre a sua vida, precioso(a) do Pai! Ao invés de culpá-lo, Deus está a dizer: "Sê forte e corajoso! Não temas, óh vermezinho de Jacó; Eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel! Eu Sou o Yaweh Jireh, o Senhor que te sara as feridas da alma! Levanta-te e torna ao caminho novamente!"
Pense nisso! Deus está te renovando as forças e te dando visão de águia!
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
PASTOR EVANGÉLICO EM TRIBUNAL POR TRÁFICO DE URÂNIO
O pastor evangélico Leonel Ferreira, fundador da Igreja Kharisma e da Samaritanos, uma instituição privada de solidariedade social, está a ser julgado no Tribunal de Gaia por peculato e por detenção de substância proibida devido ao seu alegado envolvimento no tráfico de urânio 235. A investigação do pastor iniciou-se há nove anos, na sequência da detenção, em Paris, França, de três indivíduos (um francês e dois naturais dos Camarões) na posse de uma amostra de 467,69 miligramas daquela substância radioactiva adquirida na Roménia e proveniente da Rússia, susceptível de ser usada no fabrico das chamadas "bombas sujas".
Fonte: http://jornal.publico.pt/noticia/10-11-2010/pastor-evangelico-julgado-em-gaia-por-trafico-de-uranio-20589057.htm. Acesso 10/11/2010, às 11h07min.
================================================
COMENTÁRIOS:
O urânio é o mais importante combustível nuclear, usado em reatores para produção de energia elétrica e outros fins. Também em bombas nucleares. Um quilograma de urânio completamente fissionável pode fornecer energia equivalente a cerca de 3300 toneladas de carvão. O isótopo U238 pode ser convertido em plutônio fissionável pela reação:
U238(nêutrons, gama) → U239(beta) → Np239(beta) → Pu239
Essa transformação pode ser obtida em reatores.
O isótopo U235 é altamente fissionável, mas representa somente 0,71% do urânio natural. Técnicas de enriquecimento permitem aumentar a concentração, preparando o combustível nuclear usado na maioria dos reatores que produzem energia elétrica.
Em se comprovando a acusação, não falta mais nada... pastor traficando urânio! Daqui a pouco teremos pastores-bombas, explodindo carros, edifícios e ônibus com infiéis em ataques terroristas!
O fato é que inegavelmente a apostasia da fé cristã está tomando proporções inimagináveis. Posso arriscar, sem medo de errar, que ainda veremos coisas mais tremendas do que estas. O final dos tempos está cada vez mais próximo. A volta de Cristo está cada vez mais próxima. Está chegando o dia que foi predito pelos profetas, o dia terrível para milhões de pessoas. É só olhar para os sinais da Sua vinda.
Aquele que está em pé, cuide para que não caia. Sê fiel até a morte!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Fonte: http://jornal.publico.pt/noticia/10-11-2010/pastor-evangelico-julgado-em-gaia-por-trafico-de-uranio-20589057.htm. Acesso 10/11/2010, às 11h07min.
================================================
COMENTÁRIOS:
O urânio é o mais importante combustível nuclear, usado em reatores para produção de energia elétrica e outros fins. Também em bombas nucleares. Um quilograma de urânio completamente fissionável pode fornecer energia equivalente a cerca de 3300 toneladas de carvão. O isótopo U238 pode ser convertido em plutônio fissionável pela reação:
U238(nêutrons, gama) → U239(beta) → Np239(beta) → Pu239
Essa transformação pode ser obtida em reatores.
O isótopo U235 é altamente fissionável, mas representa somente 0,71% do urânio natural. Técnicas de enriquecimento permitem aumentar a concentração, preparando o combustível nuclear usado na maioria dos reatores que produzem energia elétrica.
Em se comprovando a acusação, não falta mais nada... pastor traficando urânio! Daqui a pouco teremos pastores-bombas, explodindo carros, edifícios e ônibus com infiéis em ataques terroristas!
O fato é que inegavelmente a apostasia da fé cristã está tomando proporções inimagináveis. Posso arriscar, sem medo de errar, que ainda veremos coisas mais tremendas do que estas. O final dos tempos está cada vez mais próximo. A volta de Cristo está cada vez mais próxima. Está chegando o dia que foi predito pelos profetas, o dia terrível para milhões de pessoas. É só olhar para os sinais da Sua vinda.
Aquele que está em pé, cuide para que não caia. Sê fiel até a morte!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A VIOLÊNCIA FAMILIAR E SEUS REFLEXOS
Pesquisa realizada com população brasileira identificou relações entre a exposição à violência na infância e o abuso de substâncias ilícitas na vida adulta. O estudo foi coordenado pela pesquisadora do Instituto Nacional de Políticas sobre o Álcool e Drogas Carice Madruga, e está para ser publicado na revista científica Addictive Behaviors.
Concluem os pesquisadores que eventos adversos no início da vida podem afetar a susceptibilidade individual ao abuso de substâncias, que pode ser parcialmente mediada pela depressão, especialmente no caso do abuso e dependência ao álcool. A prevalência de abuso de substâncias na idade adulta pode ser, em parte, atribuída à predominância da experiência de adversidades na infância.
Referências: MADRUGA, C. S. Early life exposure to violence and substance misuse in adulthood - The first Brazilian national survey. Addictive Behaviors, no prelo, 2010.
Autor: SIS.Saúde (http://www.sissaude.com.br/sis/quem.php)
Fonte: Vide referência
-------------------------------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
Deus concedeu à criação biológica a capacidade de se reproduzir. Todos os seres vivos possuem esta capacidade, que pode se manifestar pelas mais diferentes formas, tanto a nível microscópico quanto macroscópico.
Ao homem, coroa da criação de Deus, foi concedido ainda mais. Foi concedido a inteligência, a pessoalidade, e outras capacidades fantásticas que o distingue do restante da criação, fazendo-o único e especial. Dentre as muitas capacidades do homem, está aquela que o possibilita amar os seus filhos e educá-los dentro de um padrão ético, dentro do seio familiar. O sentimento de "família", com toda a sua plenitude de intrincados e complexos sentimentos e relacionamentos só pode ser exercido pelo homem.
Porque Deus criou a família? Esta pergunta pode ser respondida de diversas formas, deste a sociológica e antropológica, até a teológica. Abordar as mais diversas formas de responder seria um exercício interessante, mas extremamente extenso, acabando por fugir ao propósito desta postagem. Basta para a nossa edificação bíblica e espiritual entender que Deus criou a família com Amor, de forma que este amor de Deus deve ser a base de todas as relações familiares. Porque Deus é amor, Ele criou relacionamentos de amor para o homem, desde o "berço ao túmulo", "cradle to grave".
Nesta relação de amor não há lugar para violência. Os pais não devem, em hipótese alguma, serem violentos no tratamento com seus filhos. Corrigir os filhos é bom e saudável (a santa palmada, que alguns ditos "especialistas" que não entendem patavina condenam...sic). A Bíblia nos ensina:
Porém, infelizmente há também outro extremo. É o extremo da violência, de fazer do filho "saco de pancada". O pior é que a violência no lar não manifesta-se somente por agressões físicas. Xingar a criança é também violência. Brigar com o cônjuge (palavras, gestos e atos) é também violência contra a criança. Não dar amor e carinho, mas tratar a criança como "porco", ou seja, dando apenas comida e coisas materiais, é também violência. Permitir que a criança tenha contato com o mundo adulto antes de que ela atinja esta fase é também violência (filmes de terror, de violência - tropa de elite, de sexo explícito, etc).
E, com profundo pesar, o divórcio dos pais pode ser também uma forma de violência contra a criança. Sem entrar no mérito da questão, há casos onde os pais se divorciam e acabam constituindo novas famílias, e os filhos do casal não conseguirão jamais aceitar a situação. Alguns pais, para piorarem as coisas, ainda "fazem a cabeça" dos filhos contra a outra parte. Sabe o que isso resulta? Timidez excessiva, problemas com contenção urinária ("xixi na cama" depois da fase), medo de ficar sozinho, sentimento excessivo de possessão, baixa auto estima, abuso do álcool, consumo de substâncias entorpecentes, uso de armas de fogo,..., até problemas de identificação sexual, assassinato, estupro. Noutras palavras, violência! Violência que gera violentos, abuso que gera abusadores; ambos acabarão perpetuando a violência, que seguirá a criança até a fase adulta. "Alma presa do inferno", como já mencionado.
O que fazer? É preciso que a família seja restaurada ao seu formato e propósito inicial. Deus criou o homem e dele tirou a mulher; homem e mulher se casam e geram filhos e filhas, que são cuidados por seus pais com amor e carinho até a fase adulta até que o ciclo esteja em condição (física, biológica, emocional, financeira, etc) de se repetir - esse tem sido, até hoje, o padrão bíblico de família. Pais cuidando dos seus filhos como sendo o exemplo deles, ensinando-os no caminho em que devem seguir. Pais olhando firmemente para Deus - o maior exemplo de Paternidade do Universo - para exercerem a paternidade segundo a Vontade do Pai.
Está escrito: "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição". Deus prometeu que as famílias seriam restauradas a partir da conversão dos corações dos pais aos filhos e dos filhos a seus pais, a partir do profeta Elias. Jesus é o Elias que haveria de vir. Só Ele pode operar este milagre.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Concluem os pesquisadores que eventos adversos no início da vida podem afetar a susceptibilidade individual ao abuso de substâncias, que pode ser parcialmente mediada pela depressão, especialmente no caso do abuso e dependência ao álcool. A prevalência de abuso de substâncias na idade adulta pode ser, em parte, atribuída à predominância da experiência de adversidades na infância.
Referências: MADRUGA, C. S. Early life exposure to violence and substance misuse in adulthood - The first Brazilian national survey. Addictive Behaviors, no prelo, 2010.
Autor: SIS.Saúde (http://www.sissaude.com.br/sis/quem.php)
Fonte: Vide referência
-------------------------------------------------------------------
COMENTÁRIOS:
Deus concedeu à criação biológica a capacidade de se reproduzir. Todos os seres vivos possuem esta capacidade, que pode se manifestar pelas mais diferentes formas, tanto a nível microscópico quanto macroscópico.
Ao homem, coroa da criação de Deus, foi concedido ainda mais. Foi concedido a inteligência, a pessoalidade, e outras capacidades fantásticas que o distingue do restante da criação, fazendo-o único e especial. Dentre as muitas capacidades do homem, está aquela que o possibilita amar os seus filhos e educá-los dentro de um padrão ético, dentro do seio familiar. O sentimento de "família", com toda a sua plenitude de intrincados e complexos sentimentos e relacionamentos só pode ser exercido pelo homem.
Porque Deus criou a família? Esta pergunta pode ser respondida de diversas formas, deste a sociológica e antropológica, até a teológica. Abordar as mais diversas formas de responder seria um exercício interessante, mas extremamente extenso, acabando por fugir ao propósito desta postagem. Basta para a nossa edificação bíblica e espiritual entender que Deus criou a família com Amor, de forma que este amor de Deus deve ser a base de todas as relações familiares. Porque Deus é amor, Ele criou relacionamentos de amor para o homem, desde o "berço ao túmulo", "cradle to grave".
Nesta relação de amor não há lugar para violência. Os pais não devem, em hipótese alguma, serem violentos no tratamento com seus filhos. Corrigir os filhos é bom e saudável (a santa palmada, que alguns ditos "especialistas" que não entendem patavina condenam...sic). A Bíblia nos ensina:
- O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga. (Pv 13.24)
- A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela. (Pv 22.15)
- Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno. (Pv 23.13,14)
- A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe. (Pv 29.15)
Porém, infelizmente há também outro extremo. É o extremo da violência, de fazer do filho "saco de pancada". O pior é que a violência no lar não manifesta-se somente por agressões físicas. Xingar a criança é também violência. Brigar com o cônjuge (palavras, gestos e atos) é também violência contra a criança. Não dar amor e carinho, mas tratar a criança como "porco", ou seja, dando apenas comida e coisas materiais, é também violência. Permitir que a criança tenha contato com o mundo adulto antes de que ela atinja esta fase é também violência (filmes de terror, de violência - tropa de elite, de sexo explícito, etc).
E, com profundo pesar, o divórcio dos pais pode ser também uma forma de violência contra a criança. Sem entrar no mérito da questão, há casos onde os pais se divorciam e acabam constituindo novas famílias, e os filhos do casal não conseguirão jamais aceitar a situação. Alguns pais, para piorarem as coisas, ainda "fazem a cabeça" dos filhos contra a outra parte. Sabe o que isso resulta? Timidez excessiva, problemas com contenção urinária ("xixi na cama" depois da fase), medo de ficar sozinho, sentimento excessivo de possessão, baixa auto estima, abuso do álcool, consumo de substâncias entorpecentes, uso de armas de fogo,..., até problemas de identificação sexual, assassinato, estupro. Noutras palavras, violência! Violência que gera violentos, abuso que gera abusadores; ambos acabarão perpetuando a violência, que seguirá a criança até a fase adulta. "Alma presa do inferno", como já mencionado.
O que fazer? É preciso que a família seja restaurada ao seu formato e propósito inicial. Deus criou o homem e dele tirou a mulher; homem e mulher se casam e geram filhos e filhas, que são cuidados por seus pais com amor e carinho até a fase adulta até que o ciclo esteja em condição (física, biológica, emocional, financeira, etc) de se repetir - esse tem sido, até hoje, o padrão bíblico de família. Pais cuidando dos seus filhos como sendo o exemplo deles, ensinando-os no caminho em que devem seguir. Pais olhando firmemente para Deus - o maior exemplo de Paternidade do Universo - para exercerem a paternidade segundo a Vontade do Pai.
Está escrito: "Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR e ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a terra com maldição". Deus prometeu que as famílias seriam restauradas a partir da conversão dos corações dos pais aos filhos e dos filhos a seus pais, a partir do profeta Elias. Jesus é o Elias que haveria de vir. Só Ele pode operar este milagre.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Assinar:
Postagens (Atom)