sexta-feira, 10 de maio de 2019

VERDADES SOBRE A VOLTA DE JESUS NA PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS

Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.
As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.
Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.
Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós.
E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.
E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.

(Mateus 25:1-13)


Jesus diz que a realidade do Reino dos Céus, na Terra, particularmente no que se refere a Sua segunda vinda, seria semelhante a um casamento. Devemos lembrar que enquanto a noiva é a Igreja em sua unidade coletiva, os personagens contrastados, membros da Igreja, são aqui representados pelas virgens.  

Segundo o costume da época, depois que os casamentos eram concluídos na casa do pai da noiva, o noivo trazia a noiva para sua própria morada. O costume judaico exigia que as damas de honra esperassem na casa do noivo, para recebê-lo e à noiva, e como era comum que isso ocorresse depois do pôr-do-sol, elas recebiam lâmpadas.


I. AS DEZ VIRGENS E A REALIDADE DOS QUE PROFESSAM FÉ EM CRISTO NOS ÚLTIMOS DIAS.

As dez virgens representam a totalidade daqueles que esperam o retorno de Jesus; portanto, daqueles que conhecem a realidade de Sua vinda e crêem nessa promessa. Dessas dez virgens, 05 eram prudentes, 05 eram néscias (ignorantes). Nos últimos dias, haverá dois grandes grupos de pessoas dentre aqueles que professam fé em Cristo: os néscios (ou loucos) e os prudentes. 

Os Prudentes são aqueles que permanecem em estado de contínua vigilância, sempre verificando o seu estado espiritual de acordo com a Palavra de Deus – “Examine-se, pois, o homem a si mesmo” (I Co 11.28), pois sabem que a vinda do Senhor será repentina. Logo, sabem que precisam estar preparados para esse grande dia.  

Por sua vez, os Néscios são aqueles que vivem a vida como se Jesus nunca fosse voltar; vivem de forma desleixada, despreocupada. Vivem a sua maneira, achando que está tudo bem. São pessoas que professam fé em Jesus, batizadas nas águas, frequentadoras de cultos denominacionais...pessoas muitas vezes ativas e com cargos e posições, porém, são puramente religiosas. A religião tem o poder de obscurecer os olhos espirituais de cada pessoa; ela faz com que o acreditemos que estamos sendo aprovados por Deus porque somos aprovados pelos líderes religiosos e em conformidade com os dogmas da religião, quando na verdade estamos distantes de Deus. Na religião, ficamos confortáveis, nos sentimos justos e bons, justificando todas as nossas ações, por mais cruéis que sejam, na própria religião. Toda religião, qualquer que seja, é inútil em seus efeitos, isto é, o invés de "religar o homem a Deus" a religião "mantém o homem desligado de Deus".  

É interessante notar que tanto as prudentes quanto as néscias possuíam lâmpadas; porém apenas as primeiras possuíam azeite para acendê-las. O Senhor Jesus, na parábola, diz que ambas "tomaram as suas lâmpadas" (v.3). Cada uma tomou a lâmpada que possuía. Perceba, portanto, que cada um de nós é responsável por si mesmo. Todos aqueles que buscam a Cristo devem tomar as suas próprias decisões e se prepararem pessoalmente. Essas lâmpadas eram usadas para iluminar o caminho a ser seguido. Lâmpadas representam nossos atos ligados a fé cristã: exercer cargos, pregação, frequentar igreja, fazer boas obras, cantar/dançar, oração, dar ofertas a igreja, etc. Representam também a Palavra de Deus: "Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho"(Salmos 119:105). Para que elas funcionassem, isto é, para que as lâmpadas pudessem iluminar o caminho, elas eram abastecidas com azeite. Sem azeite, a lâmpada era inútil. O azeite, na Bíblia, é um dos símbolos do Espírito Santo.

Perceba, querido(a) leitor(a), então, o que Jesus nos quer ensinar: Que sem o Seu Espírito, não haverá luz para nos guiar até Ele - e, portanto, estaremos andando em trevas - independente daquilo que façamos. Note: De que adianta ter uma lâmpada e não ter o azeite para acendê-la? Assim, de nada adiantam os atos de fé sem o Espírito Santo controlando e iluminando a nossa vida e obra. Sem Ele, tudo o que fazemos é inútil do ponto de vista de Deus, por mais esforço humano que empreguemos nessas atividades. Vou mais além: sem o Espírito Santo, nem mesmo a Bíblia nos terá qualquer utilidade prática! Sem Ele, a leitura da Bíblia não trará qualquer edificação espiritual, pessoal ou coletiva. Não irá adiantar esmerar-se em decorar textos, em conhecer textualmente as Escrituras e recitá-las com exímia perfeição, em agregar conhecimento sobre conhecimento ligado a Palavra de Deus, sem o Espírito Santo para iluminar nossos corações com a revelação da aplicação da Palavra no nosso homem interior! Será mero academicismo vazio, retórica falida do ponto de vista espiritual, produto da mente e do orgulho humano. Estaremos, mais uma vez, comendo da árvore do conhecimento e ignorando a árvore da vida!

O conhecimento bíblico é importante? Claro que sim! Mas junto com o conhecimento vem a submissão, a dependência, a sensibilidade à voz do Espírito Santo. É Ele quem nos há de guiar em toda a verdade. Foi isso que o Senhor Jesus disse: "No entanto, quando o Espírito da verdade vier, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos revelará tudo o que está por vir" (João 16:13). 

A verdade é que sem o Espírito Santo, qualquer ato que façamos, por mais bonito e bem-intencionado que seja, são ATOS INDEPENDENTES DE DEUS, os mesmos atos que são praticados por PESSOAS SEM DEUS: baseados em JUSTIÇA PRÓPRIA. Baseados em ORGULHO. Nos últimos dias haverá uma imensa quantidade de pessoas aparentemente piedosas e cheias de boas obras, algumas até hiperativas na Obra de Deus, mas vazias e sem o Espírito Santo. Tem a ação externa, mas não a evidência interna. Gente de coração duro: obstinados e resistentes a voz do Espírito Santo. Pessoas que são como aquelas virgens néscias: tem a lâmpada mas não tem o azeite para acendê-la. Tem aparência de piedade, mas negam o poder dessa piedade (II Tm 3.5) em suas próprias vidas e, consequentemente, em suas obras. O descaso dessas pessoas com o Espírito é de tal monta que que sequer cogitam o óbvio: levar azeite extra para acender a lâmpada! Afinal, é sempre melhor estar prevenido!

Nos últimos dias também haverá um outro grupo de pessoas que estarão atentas à voz do Espírito Santo, em total obediência e submissão a Ele. Pessoas que estarão santificando suas vidas e trabalhando na Seara do Mestre (na seara do Mestre, não no projeto de poder temporal de alguém), na dependência do Espírito, porque sabem que Jesus está voltando a qualquer momento. Esses são como as virgens prudentes: tem a lâmpada mas também possuem o azeite nas vasilhas. Sabem que seus esforços humanos serão vazios e inúteis sem o Espírito do Senhor: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos” (Zc 4.6). Essas pessoas - as virgens prudentes - podem não ter a mesma performance das néscias, podem não ter o mesmo currículo, ou ocupar cargos importantes, ou serem eloquentes, mas sabem que precisam do Espírito Santo em suas vidas e buscam Dele depender. Sabem que precisam estudar a Palavra, mas rogam ao Espírito Santo que a Palavra estudada seja incorporada em seu viver pelo Senhor! Não ficam confortáveis em ter a Palavra a nível mental, pois sabem que tem imensa necessidade de que ela esteja embutida em seu viver cotidiano, transformando e moldando seu estilo de vida! E sabem que isso só é possível SE, E SOMENTE SE, o Espírito vivificar a Palavra ouvida, estudada e aprendida! É Ele, e somente Ele, quem pode escrever a Palavra na "tábua de pedra" que é o nosso coração! Sem o Espírito Santo, ninguém, jamais e em momento algum, será convertido ao Senhor Jesus!  

No entanto, perceba um importante detalhe que o Senhor acrescenta: Ambos os grupos de virgens, néscias e prudentes, adormeceram. Ambos os grupos – prudentes e néscias – caíram num estado crescente de torpor espiritual. Aqui vemos a CRISE DA NOITE. Eu chamo "a crise da noite" aquele período/época de apatia, de esfriamento, de cansaço espiritual que todos os cristãos passam ou passarão antes da vinda do Senhor e que se intensificará a medida que nos aproximarmos de Sua Vinda. Um período onde parece que o Senhor está longe, distante; um período onde tudo que se refere a fé em Cristo fica muito mais difícil de ser vivido, onde parece que nada dá certo, que tudo é "mais do mesmo". 

Nessa época, na noite, as virgens são tomadas de sono: significa literalmente “toscanejaram”, indicando o estágio inicial do sono. Nesse estágio, o indivíduo ainda se preocupa com seu estado espiritual, sentindo importância por sua alma. Mas não está totalmente alerta como deveria estar, nem possui o senso de urgência que deveria possuir. Esse primeiro estágio evolui para um segundo, mais profundo: adormecimento. Adormecer denota um sono contínuo: Nesse "sono" há uma negligência total com as coisas espirituais. É o ápice da crise da noite! E a meia-noite, na período de mais intensa treva, é que o Noivo vem! Ele pode até tardar, porque não quer que ninguém se perca, mas saiba isto: Ele vem!

Observe que Paulo nos exorta a nos despertamos do sono, porque a nossa salvação (i.e., redenção final) está mais próxima agora do que quando nos tornamos crentes! Esse “despertar” envolve nos despirmos das obras das trevas e nos vestirmos com as armas da luz (Rm 13.11-14). 


II. A VINDA DO SENHOR JESUS ACONTECERÁ NA HORA EM QUE NINGUÉM MAIS AGUARDA QUE ELE VENHA.

“A meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro” (v.6): Quem esperaria um casamento para tão avançada hora? Jesus vem numa hora inesperada, ou seja, quando ninguém está mais esperando, quando já desistiram de esperá-lo naquele “dia” (“dia” = dia, semana, mês, ano, época). 

O grito “eis o noivo!” será ouvido por todos, até por aqueles que estarão dormindo um sono espiritual. Para os prudentes, que se prepararam, bastará levantar e seguir em frente em direção a Cristo. São genuinamente convertidos! Para os néscios, que não se prepararam, não haverá tempo para fazê-lo nesse momento.  A verdade é que quando esse clamor acontecer, não haverá mais tempo para preparação, para arrependimento, para conversão, para buscar o Espírito Santo, para se reconciliar com Deus... para mais nada!   

As néscias pediram às prudentes o azeite, mas as prudentes disseram “não”. É possível ensinar a Palavra, mas o aprendizado é individual; é possível ensinar sobre santificação, mas ela é um processo individual. É possível pregar sobre a Vinda de Jesus, mas cada um deve preparar-se para esse dia. E isso, querido(a), só pelo Espírito Santo, pois só Ele é capaz de convencer o homem da sua situação diante de Deus! E o relacionamento que cada pessoa tem com o Espírito Santo é intransferível. E que não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele (Rm 8.9). As prudentes então mandam as néscias irem àqueles que vem azeite, para comprá-lo para si mesmas. "Ide e comprai!", elas dizem; enquanto isso, O Vendedor está dizendo "Venham e comprem!": "Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar" (Isaías 55:1,6,7).

 À meia-noite, os templos onde as igrejas se reuniam estão fechados, vazios! Como diz o antigo hino, "o mercado está vazio, seu trabalho já parou. O martelo dos obreiros, seu barulho já cessou. Os ceifeiros lá no campo terminaram seu labor. Toda Terra está em suspense, é a Volta do Senhor!" Onde encontrar o tão precioso azeite nessa hora? No entanto, a parábola parece indicar que as virgens néscias acharam o azeite, mas já era tarde demais! Aqui há uma severa advertência: HÁ UM TEMPO DETERMINADO PARA SER SALVO, DEPOIS DO QUAL NÃO HAVERÁ MAIS OPORTUNIDADE! Sim, há um tempo! Enquanto Noé construía a arca, havia chance de arrependimento! Porém, a arca ficou pronta, Noé e sua família e os animais entraram, Deus fechou a porta da arca e todos aqueles homens ímpios morreram nas águas do dilúvio. Enquanto o Senhor não vier, há oportunidade! Mas, quando Ele vier, já não dá mais! Quando a porta se fechar, quem não pode entrar - porque não quis, não dando importância a preparação para isso quando podia - não terá uma segunda oportunidade. O destino eterno estará selado. 

Jesus nos diz que então o noivo entrou com a noiva, o cortejo entrou junto e a porta foi fechada! E ficará fechada para sempre! As virgens néscias até tentaram uma última oporunidade. Elas clamaram "Senhor! Senhor!, abre-nos a porta!" Todas as 5 vezes que essa expressão aparece na Bíblia, refere-se a atitude de pessoas que professam conhecer o Senhor mas que não crêem verdadeiramente Nele e nem O esperam (Mt 7.21,22; 25.11; Lc 6.46,13.25). O noivo, no entanto, respondeu às néscias: Em verdade vos digo que vos não conheço. “Não vos conheço” dirá o Noivo às virgens imprudentes! "Nunca vos conheci, apesar daquilo que vocês pretensamente fizeram em Meu nome. Na verdade, fizeram para vocês mesmos, fizeram sem Mim, me excluíram das Suas vidas. Eu não sei quem vocês são"! (Mt 7.23)

CONCLUSÃO:

Muitas lições podem ser aprendidas com essa parábola contada por Jesus. A necessidade de vigiar sempre sobre a própria vida (e não dos outros), se está ou não na fé; a necessidade imperiosa da dependência do Espírito Santo, etc. Como está sua vida, diante dessa parábola? Olhando para sua vida, com toda a sinceridade, responda: como você se vê, como virgem prudente ou como virgem néscia? 

Pense nisso!
Graça e paz! 

Um comentário:

  1. Séria advertência ! O mundo e seus cuidados tentam de todas as formas , com todas as forças nos arrastar pra longe do nosso alvo : Jesus. Como é imprescindível a Pessoa do Santo Espírito !Quanta falta Ele faz ! A religião tem iludido a muitos. Pensam que tudo está bem , porque seguem determinadas regras de uma determinada igreja. Pensam que basta frequentar os cultos e fazerem algum trabalho, ou terem um cargo, que aí está tudo bem com elas: ledo engano!

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