⁷ Proclamarei o decreto: o Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. (Salmos 2:7)
³² E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus;
³³ Como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu, hoje te gerei. (Atos 13:32,33)
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O salmo segundo foi composto por Davi, rei de Israel. A história de vida de Davi, registrada na Bíblia, tem inspirado milhões de pessoas ao redor do mundo; suas vitórias, movidas por sua fé em Deus, e suas derrotas, causadas por sua natureza pecaminosa, servem como exemplo para todo aquele que estuda sua biografia. Acima de tudo, a vida de Davi revela um Deus que não despreza as pequenas coisas, nem ignora o menor dos homens. Enquanto a humanidade enxerga apenas os grandes, os fortes, os poderosos e os vitoriosos, Deus vê os humildes, os fracos, os pequenos e os desprezados nessa Terra. Deus valoriza e escolhe aquilo que o mundo despreza e considera inútil. Paulo, apóstolo de Cristo, vai nos dizer qual é o propósito de Deus: "²⁷ Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; ²⁸ E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; ²⁹ Para que nenhuma carne se glorie perante ele." (1 Coríntios 1:27-29). Toda a glória será, portanto, sempre do Senhor, por todos os feitos e maravilhas operados por seus filhos e servos; suas obras serão sempre feitas por meio da Sua "mão forte" e do Seu "braço estendido" (Deuteronômio 26:8).
Quem intentará
Contra o braço forte do Senhor?
Quem impedirá o seu agir?
(Louvor: Te Exaltamos)
Davi era um jovem rapaz, o mais novo dos quatro filhos de um homem chamado Jessé. Ele pastoreava as ovelhas de seu pai, quando foi chamado para comparecer perante Samuel, profeta do Senhor (I Samuel 16:1-13), que havia sido enviado por Deus à casa de Jessé para ungir com azeite (esse era o costume) um novo rei para Israel. Chegando ali, Samuel viu o mais velho dos filhos de Jessé, chamado Eliabe, e ficou impressionado com ele e concluiu que este era quem Deus havia escolhido para ser o novo rei; afinal, era uma pessoa de aparência que chamava atenção. Deus, contudo, entendia de forma diferente: "⁷ Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração" (1 Samuel 16:7). Davi foi então ungido como rei.
Parênteses: Deus olha para o coração. As aparências enganam aos homens, não a Deus. Os homens se impressionam com aquilo que veem, sem se quer cogitarem em buscar conhecer a verdadeira realidade interior. É bom deixar claro que discernir os propósitos humanos é tarefa impossível a nós, no entanto deveríamos pelo menos buscar ao Senhor para que Ele, que vê os corações, nos orientasse em nossas escolhas. Veja como isso é relevante: escolhemos líderes pela aparência exterior; escolhemos maridos e esposas usando como critério seus corpos esculturais; escolhemos "livros pela capa". Ficamos empolgados com o que vemos, mas não buscamos conhecer quem realmente são os nossos "eleitos". Os desastrosos resultados de nossas escolhas precipitadas são notórios.
O reinado de Davi foi marcado por grandes vitórias, mas também por grandes problemas. Ele é conhecido por ser aquele que matou o guerreiro experimentado e equipado filisteu Golias com uma pedra, que desafiara a Israel (I Samuel 17) (a altura de Golias era de 6 côvados e um palmo, equivalente entre 2,92 metros e 3,96 metros, dependendo da equivalência usada para converter a antiga unidade de medida côvado, que pode ser de 45 a 66 centímetros – já o palmo seria metade de 1 côvado). Muitas outras vitórias Davi alcançou, o que provocou um forte sentimento de inveja no então rei de Israel, Saul, que passou a procurar matar a Davi (I Samuel 18) (a quem Deus havia rejeitado como rei, mas que ainda estava no trono da nação). O conflito com Saul irá perdurar até a morte do rei. Somente após a morte de Saul é que Davi foi entronizado como rei (II Samuel 2:1-7).
Parênteses: Conhecemos Davi como aquele homem que, diferentemente de Saul que fora rejeitado, foi segundo o coração de Deus: "¹³ Então disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente, e não guardaste o mandamento que o Senhor teu Deus te ordenou; porque agora o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre; ¹⁴ Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o Senhor, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou" (1 Samuel 13:13,14). Isto significa que Davi seria o homem que iria satisfazer todos os desejos do coração de Deus, e não iria se opor a eles como fez o rebelde e obstinado Saul. Ser segundo o coração de Deus não significa, portanto, aprovação tácita e irrestrita de todos os atos pessoais de Davi. É bom que isso fique muito claro: Deus pode escolher pessoas para cumprirem os Seus propósitos eternos na Terra, mas isso não significa que Deus irá aprovar tudo o que essas pessoas fizerem em âmbito pessoal.
Um dos pontos de destaque no relacionamento de Deus com Davi é a aliança que o Senhor fez com ele: "¹² Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. ¹³ Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre" (2 Samuel 7:12,13). Estas promessas referem-se de forma imediata a Salomão, o sucessor imediato de Davi. No entanto, o que Davi não sabia (e nem tinha como saber) é que essas promessas faziam referência também a Cristo, que é frequentemente chamado de filho de Davi (Mateus 1:1, 9:27, 15:22, 20:30,31, 21:9). Esta é uma aliança incondicional feita entre Deus e Davi por meio da qual Deus promete a Davi e Israel que o Messias (Jesus Cristo) viria da linhagem de Davi e da tribo de Judá e estabeleceria um reino que duraria para sempre. A Aliança Davídica é incondicional porque Deus não impõe quaisquer condições de obediência ao seu cumprimento. A garantia das promessas feitas repousa unicamente na fidelidade de Deus e não depende de forma alguma da obediência de Davi ou de Israel.
No salmo segundo, vemos que com base na aliança que Deus havia feito com ele, Davi entendia que seu reino seria perpétuo, ou seja, que o trono de Israel seria sempre ocupado por um descendente seu, visto que seu reino era protegido por Deus. Para Davi, seu reino seria estendido até aos confins da Terra. Como dissemos, Deus não havia revelado a Davi sobre a vinda de Jesus Cristo, que iria acontecer séculos depois. Davi via, portanto, a si mesmo como o ungido de Deus, ou seja, como o messias (o vocábulo messias, "mashiach" [מָשִׁיחַ] em hebraico, significa ungido - lembre-se que ele foi ungido por Samuel, como já mostramos anteriormente). Ao entender-se a si mesmo como messias, Davi declara que reinava tão somente pela autoridade e mandato de Deus. E, assim, ele proclama o seu decreto real: que assumiu o trono não por ter usurpado esse trono, mas sim por exclusiva Vontade Soberana de Deus. Conforme depreendemos da leitura desse salmo, Deus havia falado com Davi antes de colocá-lo como rei em Israel, reconhecendo-o como sendo Seu filho eleito.
Agora, observe: Esta passagem, como dissemos, aponta em especial para um cumprimento futuro, referindo-se profeticamente ao Senhor Jesus Cristo. Isso não significa que Cristo veio a existir apenas após o seu nascimento, mas sim que Ele, que sempre fora Espírito por toda a eternidade, por meio do nascimento de Maria, tornou-se também homem como eu e você. O apóstolo João em seu evangelho diz que Ele, o Verbo eterno, se fez carne (João 1:1-3,14):
¹ No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
² Ele estava no princípio com Deus.
³ Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
¹⁴ E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
Paulo, escrevendo aos crentes que estavam na cidade de Colossos, diz sobre Jesus que Ele é o criador e o mantenedor de todas as coisas que foram criadas por Deus - ou seja, por Ele: "¹⁶ Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. ¹⁷ E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Colossenses 1:16,17; comparar com Gênesis 1:1-3 e subsequentes).
Assim, Jesus, que sempre foi 100% Deus, ao tornar-se carne passou a ser também 100% homem, tendo a união sobrenatural de duas naturezas, a divina e a humana.
Como Deus, Jesus tinha (e tem) toda autoridade no céu e na Terra (Mateus 28:18). Ele é chamado no Novo Testamento de Deus (Hebreus 1:8; João 20:28; Romanos 9:5). Ele também é chamado de "alfa e ômega", ou seja, como o princípio e o fim de todas as coisas (Apocalipse 1:17; Isaías 44:6). Jesus Cristo aceitou adoração sem hesitar (João 13:13; Mateus 14:33). O próprio Deus Pai expressa o Seu desejo em que Cristo seja adorado (Hebreus 1:6; Filipenses 2:10,11).
Como homem, Ele nasceu de uma mulher, Maria (Gálatas 4:4; Mateus 1:18; João 2:1), tendo sido gerado no útero dela de forma sobrenatural, pela ação do Espírito Santo, sem qualquer envolvimento de José (Maria era virgem, ou seja, não havia copulado com ninguém até então): "³⁴ E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? ³⁵ E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. ³⁶ E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril; ³⁷ Porque para Deus nada é impossível" (Lucas 1:34-37). Ele era descendente de Davi (Lucas 1:26,27) porque José, seu pai terreno, era descendente de Davi.
Parênteses: Pai não é apenas aquele que gera, mas principalmente aquele que assume a responsabilidade pelo cuidado, proteção e orientação do filho. Muitos homens que geram filhos não podem, a rigor, serem chamados de pai; por outro lado, muitos que nunca geraram filhos com sua semente são verdadeiramente pais. Vale dizer aqui que ao contrário do que ensina a sociedade, Deus leva a paternidade muito a sério. Podemos até dizer que a qualidade de pai, de um bom pai, é a qualidade mais semelhante a Deus que um homem pode adquirir. É a realização mais elevada do homem (leia mais em: Paternidade).
Como homem, Jesus tinha uma aparência física com qualquer homem (João 4:9; João 21:4,5): tinha rosto com suas feições humanas, tinha braços e pernas; tinha um corpo humano (note que Deus nunca revelou Sua aparência a ninguém, mas resolveu revelar ao mundo Si mesmo em Jesus). Ele teve Seu desenvolvimento natural como qualquer ser humano normal (Lucas 2:40,46,52). Vemos na Bíblia que Jesus estava sujeito a: a) fadiga (João 4:6; Isaías 40:28); b) sono (Mateus 8:24; Salmo 121:4,5); c) fome (Mateus 21:18; Salmo 50:10-12); d) sede (João 19:28); e) sofrimento e dor física (Lucas 22:44); f) e morte (I Coríntios 15:3). Como vimos no artigo anterior, Ele sofreu e morreu, como homem, por nossos pecados (veja em: "QUEM CREU NA NOSSA PREGAÇÃO": A DESCRIÇÃO PROFÉTICA DOS SOFRIMENTOS DE CRISTO ). Ele foi ressuscitado pelo poder do Espírito Santo, voltando o Seu corpo humano à vida após 3 dias de ter sido morto, aleluia!
Este Jesus é quem a Igreja deve adorar e pregar. É Ele que é o Salvador de todo aquele que a Ele se achega, com fé, reconhecendo- se pecador e arrependendo-se dos seus pecados. Ele é o único mediador entre Deus e os homens (I Timóteo 2:5): Ele é aquele que aquele que intervém entre nós e Deus, fazendo paz entre nós, ratificando a (nova) aliança que Ele celebrou na cruz.
Jesus foi rejeitado pelos homens e foi crucificado, mas Deus o fez Senhor e Cristo (Atos 2:36), o Messias, O prometido. No final dos tempos, está predito que 10 líderes mundiais que se aliarão ao Anticristo, submetendo-se à sua liderança e agenda e que, por isso mesmo, se unirão para lutar contra Jesus, o Cordeiro, e contra o Seu povo. Mas eles travarão uma guerra perdida. Ninguém jamais venceu uma batalha contra Deus e ninguém jamais vencerá uma batalha contra o Senhor Jesus (Apocalipse 17:14). Jesus é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores e carregará este título em Suas vestes e coxas quando derrotar Seus inimigos (Apocalipse 19:16). É importante ressaltar que Apocalipse 17:14 identifica aqueles que acompanham Jesus em Sua batalha vitoriosa contra Seus inimigos como “chamados, escolhidos e fiéis”. Jesus os chamou para Si, os escolheu do mundo e os capacitou a serem fiéis.
O Reino de Deus, esfera de domínio de Deus, disse Jesus, é chegado a nós. E esse Reino pode também estar em nós. Para isso, é preciso que nos arrependamos e creiamos no Evangelho: "¹⁴ E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o evangelho do reino de Deus, ¹⁵ E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho" (Marcos 1:14,15). Esse Reino começa pequeno e insignificante aos olhos humanos, mas quando percebemos que ele está implantado por vermos seus frutos, é a hora da ceifa e mais nada podemos fazer, nenhuma decisão podemos tomar (Marcos 4:26-29):
²⁶ E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra.
²⁷ E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como.
²⁸ Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga.
²⁹ E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa.
No devido tempo Jesus retornará à Terra, enviando seus anjos para fazer a colheita, separando justos (chamados por Jesus de "trigo") e injustos (chamados por Jesus de "joios" e de "palha") (Mateus 13:24-30,36-43):
²⁴ Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo;
²⁵ Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se.
²⁶ E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio.
²⁷ E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio?
²⁸ E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo?
²⁹ Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele.
³⁰ Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.
³⁶ Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
³⁷ E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente, é o Filho do homem;
³⁸ O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno;
³⁹ O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.
⁴⁰ Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.
⁴¹ Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade.
⁴² E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
⁴³ Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Agora, querido(a) leitor(a), chegamos a um impasse: somos nós, eu e você, parte integrante do Reino de Deus, quer sejamos trigo quer sejamos joio. A diferença básica é que no caso do trigo o reino de Deus não é só externo, mas essencialmente interno, no nosso homem interior. Isso faz toda a diferença, isto é, se entregamos a Deus o governo da nossa vida ou não, se Ele é o nosso Senhor e Rei ou não. Jesus é Rei; mas e nós, somos os seus fiéis súditos? O Reino de Deus é de natureza eterna, querido(a). Jesus disse que esse Reino já veio, mas olhando para esse mundo ainda vemos presente o mal, que não faz parte do Reino de Deus. Esse Reino está primeiramente no coração de cada um que recebe a Cristo como Senhor e Salvador e, então, estará um dia também manifesto de forma visível no mundo, sem o mal e suas consequências. O inimigo das nossas almas, o diabo, foi vencido na cruz; no entanto, ainda está por aí, aprontando suas diabruras. Mas ele será finalmente lançado em um lugar de tormento eterno, junto com todos aqueles que insistiram em segui-lo: "¹⁰ E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre. ¹³ E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. ¹⁴ E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. ¹⁵ E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo." (Apocalipse 20:10,13-15).
Como fazer para que este Reino esteja em nosso interior? Como disse Jesus, só tem um jeito: se arrepender e crer no Evangelho. Arrependimento é um assunto muito importante na Bíblia, assim como crer no Evangelho também o é. Arrependimento, no Novo Testamento, é metanoia, uma “mudança de mente”, implicando deste modo em mudar de ideia em relação ao comportamento passado. O verdadeiro arrependimento leva a pessoa a dizer: “Eu pequei” e provar isso com uma mudança de direção de 180 graus. O arrependimento requer verdadeiro quebrantamento. Arrependimento NÃO é pedir perdão ao Senhor com a intenção de pecar novamente, mas é um reconhecimento honesto e arrependido do pecado com compromisso de mudança. Ele nos leva a cultivar a piedade enquanto lutamos intensamente para erradicar os nossos maus hábitos que levam ao pecado.
A Bíblia ensina que o arrependimento é uma mudança de coração e de vida em relação ao pecado. É uma mudança de nossos caminhos pecaminosos para Deus. Nós nos arrependemos porque pecamos contra Deus e queremos ser perdoados. Quando nos arrependemos, reconhecemos a nossa necessidade do perdão e da graça de Deus. Estamos confessando que pecamos e queremos nos afastar do nosso antigo modo de vida. Não queremos mais viver em desobediência a Deus. Em vez disso, queremos conhecê-Lo e seguir Seus ensinamentos. Queremos adorar a Deus com todo o nosso coração, alma, mente e força.
Por outro lado, é preciso que aquele que com sinceridade se arrepende creia no Evangelho. É o Evangelho, "boias novas", que mostram Jesus como Salvador de todo aquele que, arrependido de seus pecados, Nele crê; que mostra-nos o grande amor de Deus por nós, sendo nós ainda pecadores, dando a nós Seu Filho Unigênito Jesus, para que todo aquele que Nele crê não pereça eternamente, mas tenha a vida eterna.
Agora, eu preciso perguntar: o que você vai fazer em relação ao Rei Jesus, filho de Davi? Irá, arrependido, passar a reconhecê-Lo como Rei da sua vida, entregando a Ele seu coração? Ou irá insistir em ser seu próprio senhor e rei? O Reino de Deus sob o governo de Jesus é eterno, mas você não é eterno. Mesmo sua vida nessa Terra não durará para sempre. A questão então não é "se", mas "quando" e em que condições iremos, eu e você, comparecer perante ao Excelso e Sublime Rei Jesus. Ele foi rejeitado e crucificado há mais de 2.000 anos e, com nossa incredulidade, ao rejeitá-Lo estamos crucificando-O outra vez.
O tempo, querido(a) leitor(a), está cumprido. Arrependa-se e creia no Evangelho. Qual será a sua decisão? Para sua meditação, escute esse belo hino:
Pense nisso. Graça, misericórdia e paz lhes sejam multiplicadas.
Filho, Deus, Cordeiro, Leão, Salvador... A Ele a honra, a Ele a glória, a Ele todo o louvor... excelente texto...
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