sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
O MUNDO JAZ NO MALIGNO... E A IGREJA ESTÁ PROCURANDO A MESMA REALIDADE!
Será que sabemos mesmo, como deveríamos saber, ou somos apenas teóricos de Deus, sem a devida reflexão e a correspondente prática das Escrituras? Jesus disse: "O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida." (Jo 6.63) Suas palavras, as quais Ele nos tem dito, são espírito e vida, não um conjunto de argumentos filosóficos, ligados às elucubrações humanas sobre o infinito e o além. Devem, portanto, serem encaradas pela Igreja de Cristo na face desta terra como Verdade Máxima, Absoluta, Regra de Fé e de Conduta para todos os crentes em Cristo, com valor ético-moral acima de leis humanas, de filosofias, de teologias, de catecismos, de tradições e de qualquer outra coisa que exista ou venha a existir.
Porém, nem todas os crentes e igrejas de confissão cristã seguem esta verdade. Para muitos, a história de seus fundadores e a teologia que professaram é, na prática, superior à Palavra de Deus, à Bíblia. Com base nessa posição, elaboram os catecismos, os digestos, as bulas, as encíclicas, canôns, os manuais eclesiásticos e toda sorte de "documentos prescritivos", com interpretações de trechos bíblicos de forma particularizada, por vezes heréticas.
Nada contra uma igreja ou denominação querer preservar sua história e tradição, quer por meio de documentos, quer por meio de ensinos. Também não vejo óbices em honrarem seus fundadores, muitos dos quais foram usados por Deus para realizar a reforma protestante. Porém, a bitolação e o fanatismo dela oriundo, na prática de elevar as tradições e teologias acima da Palavra de Deus é um erro crasso e um grave perigo à vida espiritual daquela comunidade.
Armínio, Calvino e Lutero e outros tantos foram usados por Deus no passado? Glórias a Deus por isso! Mas quem foram estes homens, senão ministros pelos quais tivemos a fé bíblica restaurada? Os ensinos destes homens de Deus foram deveras úteis para nós; porém, isso não quer dizer que em sua totalidade a teologia que enunciaram seja inerrante. A inerrância é prerrogativa da Palavra de Deus, do texto Bíblico Sagrado. Todo ensino, prédica ou teologia, proferida por qualquer homem que seja - até por um apóstolo - deve ser objeto de escrutínio à luz da Bíblia. Os que adotam esta salutar prática ficaram conhecidos, desde os primórdios, como "crentes de Beréia".
Abre parênteses: Não podemos esquecer que toda teologia foi produzida orginalmente numa dada sociedade, podendo sofrer influência das pressões existentes na época em que foi enunciada, buscando responder aos anseios e questões da sociedade. O Calvinismo, por exemplo, buscava responder aos anseios da burguesia diante do clero. Calvino considera o cristão livre de todas as proibições não explicitadas nas Escrituras, o que torna as práticas do capitalismo lícitas, em especial a usura, condenada pela Igreja Católica. De acordo com a teoria da predestinação, a idéia de que Deus concede a salvação a poucos eleitos, o homem deve buscar o lucro por meio do trabalho e da vida regrada. Surge a identificação da ética protestante com o capitalismo, que se torna atraente para a burguesia. O Livro "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", de Max Weber, aborda muito bem esta questão. Fecha parênteses.
Infelizmente, nem todos os crentes e nem todas as igrejas adotam o modelo de Beréia. Com muito pesar, cito como exemplo a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (PCUSA), que aprovou um relatório para a 219º Assembléia Geral intitulado "Issues of Civil Union and Christian Marriage" (http://oga.pcusa.org/newsstories/special-committee-civil-union-christian-marriage-2010.pdf) onde defende a participação de ministros Presbiterianos em cerimônias de casamentos e/ou da união de casais do mesmo sexo. O estudo busca justificar sua posição com base nas leis civis, nos documentos da igreja, na tradição e teologia e nas posições de outras denominações americanas.
Abre parênteses: Que membros de uma sociedade queiram viver suas vidas à maneira dos homossexuais, isso é prerrogativa deles. Elas têm o direito de fazer esta opção e ninguém tem nada a ver com isso. Que o Estado queira regular a união civil de homossexuais, isso é prerrogativa do Estado. Ele têm o dever de regular as práticas da sociedade. Porém, que o casamento não é igual a união civil, segundo a Bíblia Sagrada, isso é um fato; e que nenhuma igreja deva ser coagida a adotar tal equivalência, ou a celebrar casamentos homossexuais, ou mesmo ter o homossexualismo como padrão de conduta para seus fiéis, isso também é um fato. União Civil é assunto do Estado; homossexualismo é assunto de quem o adota como modus vivendi e o Casamento é assunto da Igreja, matéria de fé, na qual, segundo o princípio de liberdade religiosa, ninguém deve interferir: nem os homossexuais, nem o Estado. Fecha parênteses.
Este relatório contém um também outro relatório, chamado relatório da minoria (minority report), elaborado por 2 Reverendos e uma Presbítera, que visa apontar os erros bíblicos contidos no relatório da maioria, reenfatizando o casamento como sendo a "aliança entre um homem e uma mulher" e a proibição da ordenação de ministros homossexais. É interessante que o minority report mostra a atniga posição da igreja, de 1978, conforme o relatório para a 190º Assembléia Geral (transcrito abaixo e traduzido):
(1) “homosexuality is a contradiction of God’s wise and beautiful pattern for human sexual relationships revealed in Scripture …”; (tradução: "homossexualidade é uma contradição à sabedoria de Deus e ao padrão de beleza para as relações sexuais humanas revelada na Escritura...")
(2) “unrepentant homosexual practice does not accord with the requirements for ordination”; (tradução: "práticas homossexuais não arrependidas não estão de acordo com os requisitos para a ordenação")
(3) “Persons who manifest homosexual behavior must be treated with the profound respect and pastoral tenderness due all people of God” as they “strive toward God’s revealed will in this area of their lives and make use of all the resources of grace”; (tradução: "Pessoas que manifestam comportamento homossexual devem ser tratadas com profundo respeito e ternuras pastorais direito de todo o povo de Deus" tanto quanto eles "empenham-se em direção à vontade de Deus nesta área de suas vidas e fazem uso de todos os recursos da graça")
(4) “There is no legal, social, or moral justification for denying homosexual persons access to the basic requirements of human existence” (tradução: "Não há justificativa legal, social ou moral para negar às pessoas homossexuais o acesso aos requisitos básicos para a existência humana")
Note que conforme o trecho acima, enquanto a Igreja Presbiteriana argumenta contra a pertinência entre o homossexualismo e as Escrituras Sagradas e a ordenação pastoral, argumenta também favoravelmente ao respeito e ternura cabíveis a todos os homens, incluindo aquelas que demonstram comportamento homossexual e à não discriminação destas com relação às necessidades básicas para manutenção da vida. Tratava-se de uma posição equilibrada, da qual infelizmente a PCUSA decaiu.
O "minority report" conclui: "We are called to offer the Gospel’s grace to a hurting world full of people who desperately need to know God loves them and they can be freed of the things of this world that so easily enslave us. Love is never about license and, for too many years, the PC(USA) has been silent as the carnage of sexual hedonism engulfs our culture. Let us boldly proclaim that God has a place for sex: It is within marriage between a man and woman and that commitment is for life. Let us work to support, encourage, and nurture those who are not married and help them know that God’s plan for them is just as important as God’s plan for married people. Let us honor celibacy and those who practice it as engaging in a profitable spiritual discipline that may be lifelong or for a season of life."
(Tradução: "Nós somos chamados por Deus para oferecer o Evangelho da Graça a um mundo ferido cheio de pessoas que desesperadamente precisam conhecer o amor de Deus para com elas e poderem ser libertas das coisas deste mundo que tão facilmente nos escravizam. Amor nunca é licenciosidade e, por demasiados anos, a PCUSA tem estado silenciada diante da mortandade do hedonismo sexual que subjugam nossa cultura. Vamos audaciosamente proclamar que Deus tem um lugar para o sexo: dentro do casamento entre um homem e mulher e que o compromisso é para a vida. Vamos trabalhar para manter, encorajar e nutrir aqueles que não estão casados e ajudá-los a conhecer o plano de Deus para eles e tão importante quanto o plano de Deus para os casados. Vamos honrar o celibato e aqueles que o praticam como engajados numa disciplina espiritual lucrativa que pode ser vitalícia ou para uma época da vida")
Por último, foi publicado recentemente no Site Gospel Mais (http://noticias.gospelmais.com.br/igreja-presbiteriana-dividir-reunioes-nomeacao-pastores-gays-16306.html) a informação de que um grande número de pastores e igrejas que durante 35 anos ficaram no lado contrário da tentativa de aprovarem pastores gays e pastoras lésbicas, casamento gay e outros pontos da agenda liberal, estão liderando uma saída em massa da denominação. Argumentam que não suportam mais esta discussão, ao presenciarem durante estas décadas a PCUSA minguar, perdendo membros aos milhares a cada ano. A convocação para uma reunião dos evangélicos que ainda restam dentro da PCUSA foi feita no dia 02 de fevereiro. A reunião está marcada para os dias 25-27 de agosto de 2011, em Mineápolis. Na pauta está incluida a viabilidade da criação de uma nova igreja presbiteriana que adote o que eles chamam de “um núcleo teológico claro e conciso ao qual iremos subscrever, dentro da clássica tradição Reformada, bíblica e evangélica, e um compromisso de viver de acordo com essas crenças, independentemente de pressões culturais”.
O apóstolo João afirmou categoricamente que o mundo jazia no maligno, e isso em sua época. O que ele diria hoje, diante de tantas aberrações doutrinárias e teológicas que tem sido cometidas em nome de Deus? A igreja tem se aculturado com o mundo, ao invés de praticar a contra-cultura do Reino de Deus. E isso em nome do quê? Da "modernização", do crescimento numérico e financeiro ou do apoio político? Uma igreja moderna para muitos é uma igreja libertina, licenciosa, que traz para dentro de si os valores mundanos e lhes dá uma roupagem religiosa-evangélica. Porém, ao trazer o mundo para a dentro de si, a igreja traz inevitavelmente um cadáver, sem vida; e para piorar a situação, traz toda malignidade que há no mundo para dentro do contexto da igreja.
Ora, o que é a igreja, senão a comunidade dos fiéis, daqueles que foram chamados para fora do mundo e introduzidos no contexto da fé cristã - segundo o termo grego ekklesia? Como agora um crente, que foi tirado do mundo, ou seja, dos seus valores e cultura, voltará a se inserir nele e isso dentro da igreja?!? Que contradição! Quando isso acontece, a igreja que anteriormente vivia passa do estado de vida para o estado de morte - mesmo mantendo o nome de quem está vivo (igreja). Conforme o texto de Apocalipse 3:1-6, a Igreja em Sardes experimentou esta dura realidade: suas tuas obras não foram achadas por Cristo perfeitas diante de Deus, ainda que os membros daquela Igreja pudessem achar que sim. Uma igreja que possuía dois grupos, exatamente como a PCUSA: um grupo de infiéis, crentes mundanizados e um grupo menor, que não haviam contaminado suas vestes, um grupo que manteve a pureza e santidade do Evangelho em seus corações e que por isso mesmo foram achadas dignas de andar de branco com o Senhor.
"Modernidade" pode se transformar facilmente em "morteternidade"; para morrer, basta estar vivo. E tudo começa sutilmente: modernizamos o ensino, modernizamos as músicas, modernizamos a mensagem... "Ah, esta música é muito velha. Vamos substituir por uma mais novinha, cheia de remelexos, de expressões antibíblicas e outras sandices. Afinal, isso é ser moderno!" "Tem que modernizar, pastor! Desse jeito a igreja não vai crescer nunca! O senhor precisa adotar a forma ultra-mega-plus tabajara de pregação e louvor que as igrejas estão adotando!" "Poxa, pastor! Vamos fazer um evangelismo mais estratégico, mais de acordo com a sociedade moderna. Esse negócio de dizer que as pessoas são pecadoras e precisam de salvação está fora de moda... Vamos nos adequar à realidade moderna e pregar a beleza da natureza na praia de Abricó...".
E quanto a Teologia? O logos precisa ser oriundo do théos, senão não é teologia de acordo com a Bíblia. É Deus quem dá a Verdadeira Palavra, é Ele quem revela-nos a Sua Verdade. Caso contrário, a teologia pode até estar de acordo com seu propositor, mas de acordo com a Bíblia, jamais! Neste caso, não é teologia, pois não vem de Deus; é "té-logo-logia" ou até mesmo "infernologia". É importante estudar o que Fulano e Beltrano propuseram? Sim, como é importante estudar Camões e Machado de Assis. Mas será que todo ensino de Fulano e Beltrano é bíblico, ou há alguma parte que não passa de uma suposição, de uma interpretação pessoal, ou de uma boa justificativa ideológica para um fato político-econômico? Como saber? Basta conferir com a Bíblia!
Abre parênteses: Afirmem o contrário quem quiser afirmar, discorde quem quiser discordar, mas na Bíblia há base tanto para a incapacidade de perder a salvação ("uma vez salvo, sempre salvo") quanto para a possibilidade de ser perder a salvação. Esse fato, por si só, mostra que nem a teologia de Armínio, nem a de Calvino estão 100% corretas. Há posições apaixonadas nos dois lados, e a paixão neste caso impede o saber; os defensores de cada lado buscam fazer com que a Bíblia confirme sua teoria teológico-filosófica, mas não analisam-na à luz da Bíblia, prevalecendo as opiniões pessoais e o orgulho histórico e denominacional. Essa é uma das maiores fontes de confronto entre alguns grupos de crentes, que perdura há muitas décadas. Qual é o correto? Neste caso, a posição de equilíbrio: a salvação não é algo a ser perdido por qualquer espirro, mas também não é algo imperdível. Fecha parênteses.
Concluindo esta argumentação, fica o clamor e as orações para que você, distinto e amado leitor, analise sem medo todo ensino que você tem recebido à luz da Bíblia. Será que o que sua igreja diz é verdade? Porque é verdade, porque foi dito dentro da igreja por um pastor ou líder religioso ou porque está de acordo com a Bíblia? O que é melhor: agradar o homem ou agradar a Deus? Há tradições que são muito boas; há tradições inertes e há tradições antibíblicas e é preciso aprender a reconhecer cada uma delas. Há igrejas aparentemente mortas, as quais segundo os especialistas em Deus estão estagnadas, não crescem no ritmo explosivo e coisas do tipo, mas que aos olhos do Senhor estão cheias de vida por todos os lados. Há também igrejas aparentemente vivas, cheias de gente, mas que estão mortas há muito tempo e ainda não sabem. Onde você quer estar?
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
3 comentários:
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"O mundo jaz no maligno" essa é a mais pura e cristalina verdade.Podemos constatar isso a cada momento.Mas,infelizmente,também se constata que ele,o inimigo,tem andado ao redor de muitos crentes.Não apenas ao derredor como deveria ser e como a Palavra diz.Esses dias que estamos vivendo são dias perigosos,pois a cada esquina surgem novidades,que não são de acordo com as Boas Novas e novidadeiros a espalharem todo tipo de sujeiras,como aquele personagem infantil,o Cascão.
ResponderExcluirA cobiça tem enredado a muitos que outrora seguiam o caminho santo.As concupiscências e a soberbas da vida tem arrastado muitos para longe da salvação.Qualquer um pode abandonar este supremo e irrecussável presente divino e esta é uma prova que a expressão "uma vez salvo sempre salvo"está longe de ser verdadeira.Ao contrário,há muitos versículos advertindo-nos para a vigilância constante para que tal não aconteça.E como bem disse o pastor,a salvação também não é algo que se perca a cada pecado cometido.
No mais que a Paz de Cristo,que excede a todo entendimento,Seu Grande Poder,Seu Inexplicável Amor e Sua Preciosa e Rica Graça guardem nossos corações desde agora e até Aquele Dia.Amém!
"O mundo jaz no maligno".
ResponderExcluirSerá mesmo O maligno que governa este mundo? Será?
Imaginemos se Deus entregasse esse mundo só dia um mão do diabo?
texto Salmo 24:01
DO Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.
Efesio 1:20 a 22
Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos, e pondo-o à sua direita nos céus,
Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas, também, no vindouro;
E sujeitou todas as coisas aos seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja,
Prezado anônimo,
ResponderExcluirPor favor, da próxima vez, peço-lhe que você se identifique, ok. Vou, contudo, respondê-lo para fins didáticos, pois creio que a sua dúvida é a mesma de muitas pessoas.
Em primeiro lugar, é preciso crer e compreender que TODA a Bíblia é inspirada por Deus, não apenas aquelas passagens que a nossa razão pessoal aprova: "Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça" (II Tm 3.16). Assim, o texto de I João - parte das Escrituras Sagradas, citado nesta argumentação, é divinamente inspirado! E esse texto, que é divinamente inspirado, afirma de maneira inequívoca que o mundo jaz no maligno.
Nenhum bispo, pastor, apóstolo, padre, papa ou fundador de religião tem autoridade para mudar a Palavra de Deus, contrariando o que ela diz ou afirmando o que ela não afirma.
Quem não crê nas Escrituras, lamentavelmente não é cristão, por mais frequentador de igreja que possa ser. Desconhecimento, ok, mas descrença jamais!
Partindo da verdade de que o texto é inspirado, então há um sério problema com a sua linha de interpretação, que contradiz o texto bíblico. Portanto, a única conclusão é que a sua interpretação está errada.
Quando o texto de I João cita: "O mundo jaz no maligno", João se refere ao sistema desse mundo, governado pelo "deus deste século" (II Co 4.4), da mesma forma que o próprio Senhor Jesus o fez em diversas ocasiões - Mc 4.19, etc bem como os verdadeiros apóstolos, como João e Paulo - Jo 7.7; 8.23; 14.17,27,30; 15.18,19; Rm 12.2; I Co 1.20; 2.12; etc.
Toda a humanidade está dividida em duas partes ou esferas: os que pertencem a Deus e os que pertencem ao Maligno. Os crentes verdadeiros pertencem a Deus; são de Deus e vêm dEle, para Ele e por Ele; enquanto ao resto, de longe a grande maioria, estão no poder do Maligno, fazem suas obras e apóiam sua causa. Esta declaração geral compreende a todos os incrédulos, qualquer seja a sua profissão, situação ou posição, ou qualquer seja o nome pelo que se chamem. Ambos os grupos estão no mundo, mas os que pertencem a Deus não são do mundo. Ambos vivem no mundo (Terra e cosmos) criado por Deus; mas somente os infiéis, chamados mundanos, vivem segundo o curso deste mundo (sistema maligno).
Sua dúvida é compreensível, já que o mundo cada vez mais avança sobre a igreja; cada vez mais o sistema do mundo se instala nas igrejas. Todas? Não, Graças a Deus! Por isso, vale a admoestação: analise sem medo todo ensino que você tem recebido à luz da Bíblia. Será que o que sua igreja diz é verdade? Porque é verdade, porque foi dito dentro da igreja por um pastor ou líder religioso ou porque está de acordo com a Bíblia? O que é melhor: agradar o homem ou agradar a Deus? Há tradições que são muito boas; há tradições inertes e há tradições antibíblicas e é preciso aprender a reconhecer cada uma delas. Há igrejas aparentemente mortas, as quais segundo os especialistas em Deus estão estagnadas, não crescem no ritmo explosivo e coisas do tipo, mas que aos olhos do Senhor estão cheias de vida por todos os lados. Há também igrejas aparentemente vivas, cheias de gente, mas que estão mortas há muito tempo e ainda não sabem. Onde você quer estar?
Graça e Paz!