Em épocas de eleições, é conveniente que cada brasileiro procure conhecer o trabalho realizado pelos parlamentares nos quais pretende votar, na hipótese de reeleição, ou as propostas políticas dos candidatos que concorrem ao primeiro mandato. Antigamente, isso demandava um certo trabalho, que raramente trazia êxito. Porém, em tempos modernos, onde a internet é uma realidade inegável enquanto fonte de informações, torna-se mais fácil o trabalho.
Especialmente nós, crentes em Cristo, devemos ter atenção quanto a esta importante época na democracia brasileira. Apesar da abundância de candidatos caricatos que alcançaram o registro de suas candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), algo que lhes é permitido por lei, porém que constitui-se em última análise na ridicularização do processo político que tão dificilmente foi conquistado por esta Nação, nós não podemos permitir que pessoas despreparadas assumam os cargos políticos mais importantes do Brasil. Tampouco, devemos permitir que candidatos que tiveram um desempenho questionável e que hoje pleiteam suas reeleições alcancem êxito. Não importa se evangélico, católico, espírita ou ateu!
Assim, como eleitor preocupado com a escolha que farei, estou navegando no website da Câmara dos Deputados. O endereço é http://www.camara.gov.br/. Neste site, é possível obter muitas informações, como por exemplo os projetos de lei elaborados, os projetos de lei relatados, a formação acadêmica do deputado, sua filiação partidária, seus discursos em plenário, dentre outras. Minha pesquisa rendeu-me muitas informações! Infelizmente, nem todas positivas.
De antemão, sou contra a máxima "irmão vota em irmão" e coisas do tipo. O Estado é laico, por definição. Independente da fé que eu escolhi professar, sou brasileiro nato e membro da sociedade; assim, se o político ocupante de cargo público "pisar na bola", ferindo a democracia ao conceder privilégios a um grupo específico em detrimento de outros, na minha lógica não serve mais como político. Aliás, aqui abro um parênteses: nós, brasileiros, estamos paulatinamente regredindo o processo eleitoral, livre e secreto, levando-o novamente ao sistema de cabresto, votando no que manda o "coronel": pastor, padre, pai-de-santo, etc. Fecha parênteses. Abre colchetes: Será que nós, evangélicos e católicos, não estamos transferindo para o poder público a nossa responsabilidade quanto ao aborto? Não deveríamos nós ensinar as bases bíblicas sobre o tema à sociedade e deixar que o poder público legisle sobre os aspectos de saúde, segurança e meio ambiente? Será que essa transferência de responsabilidade não aponta para a iminente falência ou redução de significância de ambas as instituições - Igreja Evangélica e Igreja Católica? Fecha colchetes.
Bem, como dizia anteriormente, fui pesquisar sobre alguns políticos. Achei então informações sobre o Deputado Robson Rodovalho, do Partido Progressista de Brasília (http://www.camara.gov.br/internet/deputado/dep_detalhe.asp?id=525151. Acesso 31/08/2010, às 11h45min). No site do TSE (http://www.tse.gov.br/sadAdmAgencia/noticiaSearch.do?acao=get&id=1249472. Acesso 31/08/2010, às 11h55min) consta a informação do pedido de decretação de perda do mandato do deputado federal Robson Rodovalho. Resolvi então verificar o trabalho do deputado, mais especificamente com relação aos Projetos de Lei. Há alguns PLs de sua autoria muito interessantes, como o projeto de lei destinado a alterar os dispositivos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, a inclusão da vacina antimeningocócica no calendário de imunizações adotado no Sistema Único de Saúde e a alteração da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Parabéns ao deputado por estas iniciativas.
Infelizmente, há também um PL que chama atenção por seu conteúdo. Trata-se do PL-7371/2010 que propõe a alteração a redação do § 2º do art. 9º da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, para facultar a utilização dos recursos do FGTS para financiar a construção de templos religiosos (http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=478081. Acesso 31/08/2010, às 12h05min). Isso mesmo: uso do FGTS para facilitar a construção de templos religiosos!
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS foi criado em 1967 pelo Governo Federal para proteger o trabalhador demitido sem justa causa. O FGTS é constituído de contas vinculadas, abertas em nome de cada trabalhador, quando o empregador efetua o primeiro depósito. O saldo da conta vinculada é formado pelos depósitos mensais efetivados pelo empregador, equivalentes a 8,0% do salário pago ao empregado, acrescido de atualização monetária e juros.
Com o FGTS, o trabalhador tem a oportunidade de formar um patrimônio, que pode ser sacado em momentos especiais, como o da aquisição da casa própria ou da aposentadoria e em situações de dificuldades, que podem ocorrer com a demissão sem justa causa ou em caso de algumas doenças graves. O trabalhador pode utilizar os recursos do FGTS para a moradia nos casos de aquisição de imóvel novo ou usado, construção, liquidação ou amortização de dívida vinculada a contrato de financiamento habitacional. Assim, o FGTS tornou-se uma das mais importantes fontes de financiamento habitacional, beneficiando o cidadão brasileiro, principalmente o de menor renda. (saiba mais em http://www.fgts.gov.br/trabalhador/index.asp)
Assim, o que o sr. deputado propõe é utilizar um benefício do trabalhador, recolhido durante toda a sua vida profissional, para a construção de templos! Isso é lamentável! Dói só de ler. E a justificativa é tão ruim quanto o projeto, centrada nos eventuais benefícios oriundos a partir destes estabelecimentos (saúde física, emocional e, com exclusividade, da saúde espiritual da população). Ora, primeiramente os benefícios não são advindos dos templos, mas das pessoas que o freqüentam. O templo em si não é nada mais do que uma construção de engenharia (quando se tem juízo de utilizar os conhecimentos da engenharia, haja vista os recentes desabamentos de templos religiosos e o fechamento de outros tantos!) - o local onde se reúnem os fiéis de uma dada confissão de fé ou credo religioso.
Em segundo lugar, não é mais do que a obrigação de que qualquer templo religioso, independente da fé professada (falo como cidadão), preste-se a beneficiar a população (e não os "donos do templo"). No templo, os fiéis já contribuem para sua manutenção e até construção de outros templos, por meio de ofertas voluntárias. Não precisa de subvenção estatal para isso - aliás, esse é um dos males que o Brasil precisa urgentemente se livrar, veja a história do País e você entenderá. Se a religião não traz benefícios para o povo, ela não serve como religião.
Durante a História do Cristianismo, especialmente após a Reforma Protestante, vemos o propósito de reequilibrar e valorizar o homem enquanto coroa da criação de Deus. Daí, facilmente constatam-se os inúmeros cientistas e pensadores que foram cristãos e que muito contribuíram para o bem-estar da sociedade, não apenas em que viveram, mas as posteriores. Veja, por exemplo, as obras de Isaac Newton, Blaise Pascal, Lord Kelvin, dentre outros. E sem dinheiro público reservado para a construção de templos...
Navegarei também em outros sites como a Câmara dos Vereadores de Maricá (se existir o site, a coisa pelo Município tá feia...), blogs de candidatos (inclusive à Presidência da República) e outras informações que possam me auxiliar a escolher em quem votar e se realmente devo votar. Porém, ficam aqui as seguintes conclusões:
1) Não voto em ninguém que desvirtue o uso da máquina pública em benefício próprio ou de um grupo específico!
2) Não voto em ninguém porque dizem que eu devo votar. Leio, pesquiso e procuro conhecer o candidato antes de definir se ele é digno do meu voto ou não.
3) Não aceito em hipótese alguma manipulações politiqueiras. EU defino o que é bom ou não, segundo minha inteligência, bom-senso e consciência cristã e política.
4) Não abro, em hipótese alguma, espaço no templo para propaganda eleitoreira. Púlpito é lugar onde o pastor prega a Palavra de Deus, dentro do templo.
5) Não indico candidato nenhum. Porém, me reservo ao direito de orientar o meu rebanho para que vote com consciência - a mesma consciência que eu, como pastor deles, possuo -, não banalizando ainda mais o já combalido processo político.
Eu te aconselho a fazer o mesmo.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
A CAÇADORA DE ALMA PRECIOSA: IDENTIFICANDO E COMBATENDO AS CAUSAS DO ADULTÉRIO!
Para te guardarem da mulher vil, e das lisonjas da estranha. Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas aos seus olhos. Porque por causa duma prostituta se chega a pedir um bocado de pão; e a adúltera anda à caça da alma preciosa. (Provérbios 6:24-26)
Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará. (Hebreus 13:4)
O adultério é, talvez, um dos pecados mais antigos da raça humana. A infidelidade conjugal, a traição, é cada vez mais popularizada e romantizada através da mídia televisiva, por meio de filmes e novelas, se constituíndo deste modo num verdadeiro desserviço às famílias. Até a internet favorece a infidelidade conjugal. Pessoas casadas frustradas em seu casamento buscam “amor” virtual. Isto mascara o problema e pode complicar as coisas. Cerca de 60% dos casos de traição virtual termina em sexo real.
Declarações tais como "siga o seu coração", "você merece ser feliz" são frequentemente utilizadas como justificativa para se cometer adultério, como se o mesmo não se constituísse em pecado. Porém, o fato é que apesar do velho costume em se distorcer a verdade em favor da auto-justificação, isso não torna a verdade menos verdade. E a verdade é uma só: o adultério não é prática aceitável aos olhos de Deus, o Criador da família.
Deus criou a família. Criou o casamento. Sim, Ele foi o Criador, o Ministro oficiante e a Testemunha quando no Éden abençoou Adão e Eva, unindo-os de forma indissolúvel. Após considerar a situação solitária de Adão, fez com que um pesado sono caísse sobre ele e então criou a mulher, tirando-a da própria carne de Adão, uma "ajudadora idônea". O texto de Gênesis então diz que "o SENHOR Deus formou uma mulher, e trouxe-a a Adão". Deus levou a mulher recém-criada à Adão! Ele conduziu-a àquele que se tornaria seu marido, seu esposo, exatamente como um pai leva sua filha ao altar, para entregá-la como esposa de seu futuro marido. Ela viria a ser uma só carne com ele!
A expressão "ajudadora idônea" em hebraico tem o sentido de auxílio; de alguém que está do lado; que está junto de. Tem o sentido de apoio. Nós necessitamos de alguém que esteja ao nosso lado, e este alguém deve ser conviniente, adequado, apropriado para certas funções. Alguém que lhe corresponda. Alguém capaz de ajudar-lhe ética e moralmente, uma companhia, ou seja, alguém com quem pudesse compartilhar sentimentos, emoções, preocupações, etc., a sua imagem como que num espelho, o equivalente, a parte correspondente, que está diante, que possibilita uma relação mútua, que possibilita diálogo, que é capaz de construir uma vida em conjunto. Alguém que mesmo sendo distinto, ajusta-se perfeitamente.
Ao receber tão grandioso presente, Adão diz: "Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada". “Osso” simboliza durabilidade, perenidade, durabilidade. No sepulcro jazem os ossos. “Carne” significa a caducidade, a perecibilidade. Isso ajudaria a melhor compreender a frase: “Esta, sim, é osso de meus ossos e carne de minha carne!” São iguais para o que der e vier: na força e na fraqueza. “Meu/nosso osso e carne” atualmente é uma fórmula de aliança que não fala de um nascimento comum, mas de uma comum ou recíproca lealdade (HAMILTON, Victor P. The Book of Genesis, p. 179).
"Comum e recíproca lealdade", é isso que deve ser a epígrafe de todo casamento. Fidelidade máxima, em todos os momentos, até que "a morte os separe". Fidelidade em atos, palavras e pensamentos; sim, até em pensamentos, é o que o Senhor exige e espera de nós! "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo" (Êx 20.17), claramente repetido e ampliado por Jesus: "Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." (Mt 5.28)
O adultério não apenas destrói o casamento, mas destrói os indivíduos nele envolvidos. Marido, esposa e filhos, são TODOS eles invariavelmente destruídos emocionalmente pelo sórdido ato. A parte traída do casamento é a que mais sofre. "Porquê" é a mais algoz pergunta que perdura anos a fio no coração de quem foi substituído como se fosse um mero objeto. Busca-se, em vão, tentar entender o que motivou tão estúpida e ignorante ruptura do relacionamento, outrora repleto de paz e felicidade. O amor próprio é ferido, sobrevindo sentimentos de incapacidade e desamor de si mesmo - "sou mesmo inútil! Fracassei miseravelmente!". Daí passa-se para a culpa da parte traidora. Mas o estrago já está feito. Muitas pessoas passarão a vida inteira sem conseguir amar novamente, encarando a vida (e eventuais novos relacionamentos) do ponto de vista utilitário. A nova pessoa com a qual estarei me relacionando será apenas um alguém que me saciará as necessidades - biológicas e financeiras. Já outras pessoas reagem de maneira diversa: drogas, vícios, sexo livre, ..., suicídio.
E o que dizer dos filhos? Massacrados emocionalmente, passam a possuir profundas marcas em sua alma. Frequentemente o medo excessivo e o sentimento de possessão tomam conta da pessoa, levando-a a comportar-se de maneira "grudenta" e "extremamente ciumenta". Entram em profundo desespero quando cogitam, em suas mentes, a hipótese de serem novamente abandonados. Outros, passam a desprezar, a ter ojeriza pelo sexo oposto e assim acabam posteriomente enveredados na prática do homossexualismo. Outros, mergulham nas drogas. Outros, fogem de casa. Outros, se suicidam.
"Assim, o que adultera com uma mulher é falto de entendimento; aquele que faz isso destrói a sua alma" (Pv 6.32). O fato é que, em qualquer conjunto de reações emocionais e afetivas advindas do adultério, todas são igualmente más e destrutivas. Não é à-toa que o texto bíblico diz que por causa duma prostituta se chega a pedir um bocado de pão; e a adúltera anda à caça da alma preciosa. A prostituição empobrece o homem, torna-o mais pobre em tudo, tanto em finanças como em dignidade. E os adúlteros andam caçando almas preciosas, almas que, um dia, foram unidas no altar do Senhor. Para caçá-las, os adúlteros usam de diversos expedientes: presentes, jantares, questionamentos sugestivos..."você será mais feliz comigo do quem com ele/ela", "ele/ela não te valoriza, mas eu sim", "ele/ela diz que te ama, mas isso é mentira. Vem, e te mostrarei o que é o amor". É como diz a música (?!?) "Adultério", de autoria de Mr. Catra:
Sua mina só reclama e tira sua paz,
Ela é chata demais..
Procura a profissional
meu mano, que ela sabe o que faz...
Sentada no meu colo a gente zoa...
Gata que delícia...boaa
Ui, o bagulho ta sério, vai rolar um adultério
"O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal!" (Pv 30.20) Exatamente assim age todo adúltero: como se nada tivesse acontecido! Como se o adultério fosse a coisa mais normal do mundo! Não há o menor peso na consciência, não há nenhum arrependimento ou mesmo remorso pelo mal que fez. "Não fiz nada de mal!", sua mente cauterizada pelo pecado o defende, o justifica. Afinal, apesar de todo o engodo, de toda a lábia satânica utilizada como expediente para conseguir o seu intento, o adúltero só pensa em si mesmo; só pensa em seu próprio prazer. Não se importa com a destruição que causa, com as vidas que tão perversamente prejudica.
Só permanecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar e o adulterar; fazem violência, um ato sanguinário segue imediatamente a outro (Os 4.2). Adultério é uma violência, um ato sanguinário. Violência praticada contra o próximo, premeditada e executada com toda a maldade possível. A casa do adúltero é "caminho do inferno que desce para as câmaras da morte" (Pv 7.27). Nem mesmo quando estão deitados em suas camas sua mente perversa tem sossego: "Projeta a malícia na sua cama" (Sl 36.4). Não pensam em outra coisa, a não ser na idealização da consumação do adultério.
Deus julgará todos os adúlteros que não se arrependerem e abandonarem o adultério. Seus pensamentos e ações de maneira nenhuma passam desapercebidos diante Daquele que tem os olhos como chama de fogo, que tudo vêem, que tudo sabem e que tudo conhecem. Deus abominava o adultério no passado e continua a abominá-lo da mesma forma no presente. Adultério é obra da carne e aqueles que tal coisa praticam não herdarão o Reino de Deus (Gl 5.19-21).
Como evitar o adultério? Há uma enormidade de estudos disponíveis sobre o tema, porém entendo que a única forma de se evitar o caso extra-conjugal é amando seu cônjuge. Jesus disse que este mal vem do interior do homem, do seu coração. Logo, é preciso tratar das causas desse pecado. Não se trata de "chover no molhado": o amor precisa ser posto em prática e mantido continuamente. Como?
a) Aprenda a perdoar: Sem o perdão, qualquer pequena ofensa acabará se tornando uma porta aberta para o adultério. Não há razão suficientemente forte que possa impedir o ato do perdão, nenhuma sequer. Aprenda a ter paciência com o seu cônjuge, a ser tolerante com suas imperfeições e desacertos. Você pode ser tão ou mais "mala sem alça" quanto julga que ele/ela o é! Ninguém é perfeito: nem ele/ela, nem você; você não é melhor ou pior do que ele/ela. É apenas diferente. Casamento é isso mesmo: a união de duas pessoas diferentes e imperfeitas, mas que se amam. Amar é perdoar! E o perdão é para ser praticado, sempre!
Maridos, lembrem-se: sua esposa é ajudadora idônea! Ela é igualzinha a você em muitas coisas! E, você, esposa, lembre-se que do mesmo modo você é igualzinha a ele em muitas coisas!
b) Aprenda a apreciar as belezas e qualidades do seu cônjuge: Se os olhos são as portas da queda, mude o foco: Olhe as virtudes do seu cônjuge. Elas são o que importa, de fato. Ele/ela possui diversas boas qualidades, que se admiradas levarão você a amar mais e mais aquela pessoa com quem se casou um dia. Com certeza, você identificará muitas qualidades maravilhosas e acabará descobrindo que ele/ela é um tesouro valioso, uma jóia preciosa. Isso não significa ser cego: toda pedra preciosa precisa de lapidação. Porém a lapidação apenas acrescenta valor àquilo que já era valioso!
Um dos grandes erros de todo adúltero é subestimar seu companheiro frente às possibilidades que poderão vir do relacionamento extra-conjugal. Saiba que a pessoa que está bem ali, do seu lado, é infinitamente melhor do que qualquer oportunidade que o diabo coloca diante de sua vida! Não subestime-a! Seu cônjuge, com o jeitinho certo que todo casal sabe, se revelará um ótimo amante!
c) Aprenda a cultivar o relacionamento: Nem tudo o que você gosta, ele gosta e vice-versa. Então, aprenda a ceder. Ceder em suas posições é sinal de amor e paciência. Façam programas juntos, isso é bom; mas lembre-se que o melhor programa não é necessariamente o mais caro financeiramente. Tampouco o melhor presente é aquele que é mais chique. Isso é coisa da TV. Aliás, façam a si mesmo um favor: desligue a TV/computador um pouquinho e dê atenção a quem você ama! Nem que seja para ir com ele/ela até a padaria comprar um pão doce e voltar para casa!
Tudo tem seu tempo, já dizia o pregador em Eclesiastes. Há tempo para o programa na TV, para o filme, para o jogo; há tempo para o computador e há tempo para curtir aquela pessoa que vive com você. Mesmo que você não seja do tipo romântico, estilo Clark Gable, sempre "dá para o gasto", rs. Afinal, você conquistou-a/o, não foi? Você sabe exatamente como fazer para tocar-lhe a alma!
d) Aprenda a se proteger dos ataques do diabo: Satanás trabalha na sugestão, trazendo pessoas e lançando imagens em nossas mentes. É assim que ele tenciona nos fazer cair: fazendo com que alimentemos suas fantasias. Assim, para evitar a queda, você deve aprender a se proteger destes ataques. Geralmente eles têm um padrão: pode ser alguma coisa que você estima, alguma qualidade, um elogio específico - "as lisonjas da(o) estranha(o)". Descubra que padrão é esse e trate de submetê-lo à Cristo, buscando fortalecer-se no Senhor e na força do Seu poder. Confie Nele! O Senhor é o teu socorro bem presente na hora da angústia!
A expressão "bem presente" quer dizer "sempre existente, sempre à disposição, de acesso ilimitado". Em resumo, a presença permanente do Senhor está sempre em nós. E se Ele está bem presente em nós, então deseja contínua conversação conosco. Ele deseja que falemos com Ele não importa onde estejamos: no trabalho, com a famlia, com amigos, mesmo com não crentes. Pode-se perguntar: "Então, como Deus traz socorro em nossos problemas?". O Seu socorro vem no dom do Seu Santo Espírito, que habita em nós, e opera a vontade de Deus em nossas vidas. Paulo nos diz repetidamente que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Somos a habitação do Senhor sobre a terra.
Outra coisa: ninguém é imbatível. Para todo homem/mulher de aço há sempre uma kryptonita; para todo crente espiritual há sempre o velho homem, em seu interior, esperando a oportunidade de se manifestar. Assim, não pague para ver: fuja imediatamente da aparência do mal. Não fique de conversa. A história mostra que quando o homem deu papo para o inimigo acabou fora do Paraíso. Não perca o seu paraíso, onde você vive com seu Adão/sua Eva!
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Pense nisso! Deus está te dando visão de águia!
Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará. (Hebreus 13:4)
O adultério é, talvez, um dos pecados mais antigos da raça humana. A infidelidade conjugal, a traição, é cada vez mais popularizada e romantizada através da mídia televisiva, por meio de filmes e novelas, se constituíndo deste modo num verdadeiro desserviço às famílias. Até a internet favorece a infidelidade conjugal. Pessoas casadas frustradas em seu casamento buscam “amor” virtual. Isto mascara o problema e pode complicar as coisas. Cerca de 60% dos casos de traição virtual termina em sexo real.
Declarações tais como "siga o seu coração", "você merece ser feliz" são frequentemente utilizadas como justificativa para se cometer adultério, como se o mesmo não se constituísse em pecado. Porém, o fato é que apesar do velho costume em se distorcer a verdade em favor da auto-justificação, isso não torna a verdade menos verdade. E a verdade é uma só: o adultério não é prática aceitável aos olhos de Deus, o Criador da família.
Deus criou a família. Criou o casamento. Sim, Ele foi o Criador, o Ministro oficiante e a Testemunha quando no Éden abençoou Adão e Eva, unindo-os de forma indissolúvel. Após considerar a situação solitária de Adão, fez com que um pesado sono caísse sobre ele e então criou a mulher, tirando-a da própria carne de Adão, uma "ajudadora idônea". O texto de Gênesis então diz que "o SENHOR Deus formou uma mulher, e trouxe-a a Adão". Deus levou a mulher recém-criada à Adão! Ele conduziu-a àquele que se tornaria seu marido, seu esposo, exatamente como um pai leva sua filha ao altar, para entregá-la como esposa de seu futuro marido. Ela viria a ser uma só carne com ele!
A expressão "ajudadora idônea" em hebraico tem o sentido de auxílio; de alguém que está do lado; que está junto de. Tem o sentido de apoio. Nós necessitamos de alguém que esteja ao nosso lado, e este alguém deve ser conviniente, adequado, apropriado para certas funções. Alguém que lhe corresponda. Alguém capaz de ajudar-lhe ética e moralmente, uma companhia, ou seja, alguém com quem pudesse compartilhar sentimentos, emoções, preocupações, etc., a sua imagem como que num espelho, o equivalente, a parte correspondente, que está diante, que possibilita uma relação mútua, que possibilita diálogo, que é capaz de construir uma vida em conjunto. Alguém que mesmo sendo distinto, ajusta-se perfeitamente.
Ao receber tão grandioso presente, Adão diz: "Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada". “Osso” simboliza durabilidade, perenidade, durabilidade. No sepulcro jazem os ossos. “Carne” significa a caducidade, a perecibilidade. Isso ajudaria a melhor compreender a frase: “Esta, sim, é osso de meus ossos e carne de minha carne!” São iguais para o que der e vier: na força e na fraqueza. “Meu/nosso osso e carne” atualmente é uma fórmula de aliança que não fala de um nascimento comum, mas de uma comum ou recíproca lealdade (HAMILTON, Victor P. The Book of Genesis, p. 179).
"Comum e recíproca lealdade", é isso que deve ser a epígrafe de todo casamento. Fidelidade máxima, em todos os momentos, até que "a morte os separe". Fidelidade em atos, palavras e pensamentos; sim, até em pensamentos, é o que o Senhor exige e espera de nós! "Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo" (Êx 20.17), claramente repetido e ampliado por Jesus: "Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." (Mt 5.28)
O adultério não apenas destrói o casamento, mas destrói os indivíduos nele envolvidos. Marido, esposa e filhos, são TODOS eles invariavelmente destruídos emocionalmente pelo sórdido ato. A parte traída do casamento é a que mais sofre. "Porquê" é a mais algoz pergunta que perdura anos a fio no coração de quem foi substituído como se fosse um mero objeto. Busca-se, em vão, tentar entender o que motivou tão estúpida e ignorante ruptura do relacionamento, outrora repleto de paz e felicidade. O amor próprio é ferido, sobrevindo sentimentos de incapacidade e desamor de si mesmo - "sou mesmo inútil! Fracassei miseravelmente!". Daí passa-se para a culpa da parte traidora. Mas o estrago já está feito. Muitas pessoas passarão a vida inteira sem conseguir amar novamente, encarando a vida (e eventuais novos relacionamentos) do ponto de vista utilitário. A nova pessoa com a qual estarei me relacionando será apenas um alguém que me saciará as necessidades - biológicas e financeiras. Já outras pessoas reagem de maneira diversa: drogas, vícios, sexo livre, ..., suicídio.
E o que dizer dos filhos? Massacrados emocionalmente, passam a possuir profundas marcas em sua alma. Frequentemente o medo excessivo e o sentimento de possessão tomam conta da pessoa, levando-a a comportar-se de maneira "grudenta" e "extremamente ciumenta". Entram em profundo desespero quando cogitam, em suas mentes, a hipótese de serem novamente abandonados. Outros, passam a desprezar, a ter ojeriza pelo sexo oposto e assim acabam posteriomente enveredados na prática do homossexualismo. Outros, mergulham nas drogas. Outros, fogem de casa. Outros, se suicidam.
"Assim, o que adultera com uma mulher é falto de entendimento; aquele que faz isso destrói a sua alma" (Pv 6.32). O fato é que, em qualquer conjunto de reações emocionais e afetivas advindas do adultério, todas são igualmente más e destrutivas. Não é à-toa que o texto bíblico diz que por causa duma prostituta se chega a pedir um bocado de pão; e a adúltera anda à caça da alma preciosa. A prostituição empobrece o homem, torna-o mais pobre em tudo, tanto em finanças como em dignidade. E os adúlteros andam caçando almas preciosas, almas que, um dia, foram unidas no altar do Senhor. Para caçá-las, os adúlteros usam de diversos expedientes: presentes, jantares, questionamentos sugestivos..."você será mais feliz comigo do quem com ele/ela", "ele/ela não te valoriza, mas eu sim", "ele/ela diz que te ama, mas isso é mentira. Vem, e te mostrarei o que é o amor". É como diz a música (?!?) "Adultério", de autoria de Mr. Catra:
Sua mina só reclama e tira sua paz,
Ela é chata demais..
Procura a profissional
meu mano, que ela sabe o que faz...
Sentada no meu colo a gente zoa...
Gata que delícia...boaa
Ui, o bagulho ta sério, vai rolar um adultério
"O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal!" (Pv 30.20) Exatamente assim age todo adúltero: como se nada tivesse acontecido! Como se o adultério fosse a coisa mais normal do mundo! Não há o menor peso na consciência, não há nenhum arrependimento ou mesmo remorso pelo mal que fez. "Não fiz nada de mal!", sua mente cauterizada pelo pecado o defende, o justifica. Afinal, apesar de todo o engodo, de toda a lábia satânica utilizada como expediente para conseguir o seu intento, o adúltero só pensa em si mesmo; só pensa em seu próprio prazer. Não se importa com a destruição que causa, com as vidas que tão perversamente prejudica.
Só permanecem o perjurar, o mentir, o matar, o furtar e o adulterar; fazem violência, um ato sanguinário segue imediatamente a outro (Os 4.2). Adultério é uma violência, um ato sanguinário. Violência praticada contra o próximo, premeditada e executada com toda a maldade possível. A casa do adúltero é "caminho do inferno que desce para as câmaras da morte" (Pv 7.27). Nem mesmo quando estão deitados em suas camas sua mente perversa tem sossego: "Projeta a malícia na sua cama" (Sl 36.4). Não pensam em outra coisa, a não ser na idealização da consumação do adultério.
Deus julgará todos os adúlteros que não se arrependerem e abandonarem o adultério. Seus pensamentos e ações de maneira nenhuma passam desapercebidos diante Daquele que tem os olhos como chama de fogo, que tudo vêem, que tudo sabem e que tudo conhecem. Deus abominava o adultério no passado e continua a abominá-lo da mesma forma no presente. Adultério é obra da carne e aqueles que tal coisa praticam não herdarão o Reino de Deus (Gl 5.19-21).
Como evitar o adultério? Há uma enormidade de estudos disponíveis sobre o tema, porém entendo que a única forma de se evitar o caso extra-conjugal é amando seu cônjuge. Jesus disse que este mal vem do interior do homem, do seu coração. Logo, é preciso tratar das causas desse pecado. Não se trata de "chover no molhado": o amor precisa ser posto em prática e mantido continuamente. Como?
a) Aprenda a perdoar: Sem o perdão, qualquer pequena ofensa acabará se tornando uma porta aberta para o adultério. Não há razão suficientemente forte que possa impedir o ato do perdão, nenhuma sequer. Aprenda a ter paciência com o seu cônjuge, a ser tolerante com suas imperfeições e desacertos. Você pode ser tão ou mais "mala sem alça" quanto julga que ele/ela o é! Ninguém é perfeito: nem ele/ela, nem você; você não é melhor ou pior do que ele/ela. É apenas diferente. Casamento é isso mesmo: a união de duas pessoas diferentes e imperfeitas, mas que se amam. Amar é perdoar! E o perdão é para ser praticado, sempre!
Maridos, lembrem-se: sua esposa é ajudadora idônea! Ela é igualzinha a você em muitas coisas! E, você, esposa, lembre-se que do mesmo modo você é igualzinha a ele em muitas coisas!
b) Aprenda a apreciar as belezas e qualidades do seu cônjuge: Se os olhos são as portas da queda, mude o foco: Olhe as virtudes do seu cônjuge. Elas são o que importa, de fato. Ele/ela possui diversas boas qualidades, que se admiradas levarão você a amar mais e mais aquela pessoa com quem se casou um dia. Com certeza, você identificará muitas qualidades maravilhosas e acabará descobrindo que ele/ela é um tesouro valioso, uma jóia preciosa. Isso não significa ser cego: toda pedra preciosa precisa de lapidação. Porém a lapidação apenas acrescenta valor àquilo que já era valioso!
Um dos grandes erros de todo adúltero é subestimar seu companheiro frente às possibilidades que poderão vir do relacionamento extra-conjugal. Saiba que a pessoa que está bem ali, do seu lado, é infinitamente melhor do que qualquer oportunidade que o diabo coloca diante de sua vida! Não subestime-a! Seu cônjuge, com o jeitinho certo que todo casal sabe, se revelará um ótimo amante!
c) Aprenda a cultivar o relacionamento: Nem tudo o que você gosta, ele gosta e vice-versa. Então, aprenda a ceder. Ceder em suas posições é sinal de amor e paciência. Façam programas juntos, isso é bom; mas lembre-se que o melhor programa não é necessariamente o mais caro financeiramente. Tampouco o melhor presente é aquele que é mais chique. Isso é coisa da TV. Aliás, façam a si mesmo um favor: desligue a TV/computador um pouquinho e dê atenção a quem você ama! Nem que seja para ir com ele/ela até a padaria comprar um pão doce e voltar para casa!
Tudo tem seu tempo, já dizia o pregador em Eclesiastes. Há tempo para o programa na TV, para o filme, para o jogo; há tempo para o computador e há tempo para curtir aquela pessoa que vive com você. Mesmo que você não seja do tipo romântico, estilo Clark Gable, sempre "dá para o gasto", rs. Afinal, você conquistou-a/o, não foi? Você sabe exatamente como fazer para tocar-lhe a alma!
d) Aprenda a se proteger dos ataques do diabo: Satanás trabalha na sugestão, trazendo pessoas e lançando imagens em nossas mentes. É assim que ele tenciona nos fazer cair: fazendo com que alimentemos suas fantasias. Assim, para evitar a queda, você deve aprender a se proteger destes ataques. Geralmente eles têm um padrão: pode ser alguma coisa que você estima, alguma qualidade, um elogio específico - "as lisonjas da(o) estranha(o)". Descubra que padrão é esse e trate de submetê-lo à Cristo, buscando fortalecer-se no Senhor e na força do Seu poder. Confie Nele! O Senhor é o teu socorro bem presente na hora da angústia!
A expressão "bem presente" quer dizer "sempre existente, sempre à disposição, de acesso ilimitado". Em resumo, a presença permanente do Senhor está sempre em nós. E se Ele está bem presente em nós, então deseja contínua conversação conosco. Ele deseja que falemos com Ele não importa onde estejamos: no trabalho, com a famlia, com amigos, mesmo com não crentes. Pode-se perguntar: "Então, como Deus traz socorro em nossos problemas?". O Seu socorro vem no dom do Seu Santo Espírito, que habita em nós, e opera a vontade de Deus em nossas vidas. Paulo nos diz repetidamente que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Somos a habitação do Senhor sobre a terra.
Outra coisa: ninguém é imbatível. Para todo homem/mulher de aço há sempre uma kryptonita; para todo crente espiritual há sempre o velho homem, em seu interior, esperando a oportunidade de se manifestar. Assim, não pague para ver: fuja imediatamente da aparência do mal. Não fique de conversa. A história mostra que quando o homem deu papo para o inimigo acabou fora do Paraíso. Não perca o seu paraíso, onde você vive com seu Adão/sua Eva!
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Pense nisso! Deus está te dando visão de águia!
domingo, 29 de agosto de 2010
TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E A NOVA DATA DO FIM DO MUNDO: 2034
Amados, segue a matéria publicada pelo Pr. Airton Evangelista da Costa, reproduzida aqui por considerá-la importante para a sua fé.
Graça e Paz!
_________________________________________________________
A Torre de Vigia passou todos os limites de bom senso, senso crítico e discordância da Palavra de Deus. Soube com bastante atraso que os líderes desse grupo resolveram acabar com o mundo no ano de 2034, conforme revista A Sentinela, de 15.12.2003, página 15, parágrafos 6 e 7.
Como todos já sabem, a Torre marcou o fim de todos os sistemas mundiais, notadamente do Cristianismo e de todos os cristãos para os seguintes anos: 1914, 1918, 1920, 1925, 1975 e, agora, 2034. A cada profecia não cumprida, esses líderes assinam o próprio atestado de inidoneidade teológica. Isto é, estão despreparados para entender as Escrituras e para ensino.
O novo cálculo para chegar ao ano 2034 é dos mais prosaicos e até hilariantes. Vejam: 1914, somado a 120 de pregação antes do dilúvio (?) resulta no ano de 2034. A liderança do grupo continua com a obsessão por 1914, ano em que Jesus teria vindo de forma invisível. Onde foram buscar essa data? Chegaram a um ponto em que não podem voltar. O único remédio é continuar sustentando o insustentável.
Considero uma falta de respeito com os fiéis seguidores da Torre, já tão massacrados com previsões que nunca se cumprem e com proibições as mais estapafúrdias e antibíblicas.
Já sabemos o que dirão em 2035, quando a profecia não se cumprir. Dirão que seus seguidores compreenderam mal a cronologia bíblica; que não era uma realidade, mas uma possibilidade; que uma nova luz raiou no canal de Jeová; que as testemunhas não precisam ficar desiludidas; que continuem na Torre, a única detentora da verdade. Passados alguns anos, um novo cálculo, uma nova luz, uma nova mentira.
Cito apenas um versículo para desmascarar tais falsos mestres:
“Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai” (Mt 24.36 – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas).
Os falsos profetas não respeitam nem a versão bíblica por eles adotada. Não respeitam nada. Não aceitam de seus vassalos qualquer questionamento. Pairam acima de qualquer suspeita. Ameaçam com exclusão os que duvidarem, e continuam dando sustentação a mentira de que são o canal entre Jeová e oshomens. Jesus tem uma palavra para eles:
“Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque ele é mentiroso e pai da mentira” (Mt 8.44).
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa, Ministério Palavra da Verdade
http://padom.com.br/testemunhas-de-jeova-marcam-nova-data-para-o-fim-do-mundo-2034
Graça e Paz!
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A Torre de Vigia passou todos os limites de bom senso, senso crítico e discordância da Palavra de Deus. Soube com bastante atraso que os líderes desse grupo resolveram acabar com o mundo no ano de 2034, conforme revista A Sentinela, de 15.12.2003, página 15, parágrafos 6 e 7.
Como todos já sabem, a Torre marcou o fim de todos os sistemas mundiais, notadamente do Cristianismo e de todos os cristãos para os seguintes anos: 1914, 1918, 1920, 1925, 1975 e, agora, 2034. A cada profecia não cumprida, esses líderes assinam o próprio atestado de inidoneidade teológica. Isto é, estão despreparados para entender as Escrituras e para ensino.
O novo cálculo para chegar ao ano 2034 é dos mais prosaicos e até hilariantes. Vejam: 1914, somado a 120 de pregação antes do dilúvio (?) resulta no ano de 2034. A liderança do grupo continua com a obsessão por 1914, ano em que Jesus teria vindo de forma invisível. Onde foram buscar essa data? Chegaram a um ponto em que não podem voltar. O único remédio é continuar sustentando o insustentável.
Considero uma falta de respeito com os fiéis seguidores da Torre, já tão massacrados com previsões que nunca se cumprem e com proibições as mais estapafúrdias e antibíblicas.
Já sabemos o que dirão em 2035, quando a profecia não se cumprir. Dirão que seus seguidores compreenderam mal a cronologia bíblica; que não era uma realidade, mas uma possibilidade; que uma nova luz raiou no canal de Jeová; que as testemunhas não precisam ficar desiludidas; que continuem na Torre, a única detentora da verdade. Passados alguns anos, um novo cálculo, uma nova luz, uma nova mentira.
Cito apenas um versículo para desmascarar tais falsos mestres:
“Acerca daquele dia e daquela hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai” (Mt 24.36 – Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas).
Os falsos profetas não respeitam nem a versão bíblica por eles adotada. Não respeitam nada. Não aceitam de seus vassalos qualquer questionamento. Pairam acima de qualquer suspeita. Ameaçam com exclusão os que duvidarem, e continuam dando sustentação a mentira de que são o canal entre Jeová e oshomens. Jesus tem uma palavra para eles:
“Vós tendes por pai o diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque ele é mentiroso e pai da mentira” (Mt 8.44).
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa, Ministério Palavra da Verdade
http://padom.com.br/testemunhas-de-jeova-marcam-nova-data-para-o-fim-do-mundo-2034
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
O CARÁTER DOS HOMENS EM DIAS TRABALHOSOS
SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (II Timóteo 3:1-5)
"Sobrevirão tempos trabalhosos", é o que nos exorta o Espírito Santo a partir da vida e ministério do apóstolo Paulo. Para compreender com clareza àquilo que tão enfaticamente é dito, vamos recorrer ao texto grego: τουτο δε γινωσκε οτι εν εσχαταις ημεραις ενστησονται καιροι χαλεποι
Transliterando-se o texto acima, obtemos: touto de ginōske oti en eschatais ēmerais enstēsontai kairoi chalepoi. A expressão "tempos trabalhosos" é uma das possíveis traduções de "kairoi chalepoi". Kairos é um termo bastante conhecido, significa "tempo, oportunidade, temporada". Já o termo "chalepos" significa "doloroso, penoso, atroz, grave, pesado, opressivo, repugnante, horrível"; "perigoso, arriscado" e "difícil". Assim, a expressão em português nas nossas Bíblias indica uma época perigosa, época complicada e de sofrimento, uma época que traz repugna, ojeriza.
Porque essa época seria tão ruim, tão horrível? Paulo mesmo se encarrega de explicar. Por causa da malignidade dos homens (sui generis - homens e mulheres) que viveriam nesta época. Pessoas que teriam a vida centradas em si mesmas, cuja satisfação do "eu" seria a única força motriz de suas almas; pessoas que contam somente no rol físico de membros. Gente que se introduziria na Igreja cheios de paixões e vontades carnais, mas que nunca chegariam ao conhecimento da verdade, ainda que aprendam sempre. Homens que resistem à verdade, sendo corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
Mais do que um assunto para a escatologia (eschatos - últimos dias), esse é um assunto para os nossos dias. Isso pode se notar facilmente. A despeito da Igreja ser Ekklesia, "os chamados para fora do mundo", cada vez mais surge um grupo de "autodenominados crentes" que buscam viver para si mesmos, sem nunca desfrutarem nem a Graça nem a plenitude da Comunhão do Espírito no Corpo. Pessoas que estão na Igreja por mera conveniência ou por amizades com crentes, mas que jamais permitem que o Espírito Santo trate do seu caráter deformado pelo pecado. Pessoas que não se pode contar para nada; muito pelo contrário: é até perigoso contar com elas, porque além de você ficar na mão, corre o risco de se tornarem adversários caluniadores.
De onde vêm este grupo de homens dos últimos dias? De dois lugares principais. O primeiro é o mundo. Com a banalização do Evangelho e a "reinterpretação conveniente" da moral e ética cristã, hoje qualquer pessoa torna-se membro de uma Igreja evangélica sem ter experimentado a conversão e o novo nascimento. Ser evangélico antigamente era ser perseguido, ser "persona non grata" na sociedade. Éramos conhecidos como "os Bíblias". Hoje, é ser popular. O escândalo da cruz foi astuciosamente eliminado, de forma a possibilitar uma maior aceitação da "mensagem franca e positiva" por todas as classes sociais. O choque com a verdade de que se é um miserável e perdido pecador, condenado ao inferno; o arrependimento e a confissão de pecados e a identificação com o sacrifício de Cristo foram substituídos pela promessa de bens materiais, de honra e de um deus-alfred, mordomo e cúmplice dos pecados humanos. Um deus que entende os pecados e a ingratidão humana, como já ouvi falar.
O segundo lugar é a própria Igreja. Alguns crentes "apostatam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios", possuindo um fungo do inferno dentro do ouvido que lhes causa uma comichão sem fim, que só é aliviada com falsos ensinos por falsos mestres. "Amam o mundo e o que no mundo há", e no entanto continuam na Igreja! Não vivem plenamente nem o mundo nem a Igreja porque há divisão em seu interior. No lugar de se "encherem com o Espírito", vão tomando a cada momento alguns pequenos cálices do vinho sedutor do mundo até estarem completamente embriagados pelo pecado.
Ambos os grupos se enquadram no texto paulino. Ambos "aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade". Ambos já deveriam serem mestres há muito tempo, por todo o aprendizado que receberam; ao contrário, dizendo-se crentes eles agem como homens naturais, na melhor das hipóteses, como carnais. Sensuais, que não têm o Espírito.
São amantes de si mesmos (gr. philautos) e avarentos (gr. philarguros): não conseguem nem se doarem, nem doarem o que possuem. Acabam sempre priorizando seus próprios interesses, caprichos, carnalidades em detrimento do Reino de Deus. Usam a Deus, a Igreja e o pastor para satisfazerem suas necessidades; mas quando eles podem ser úteis, nem sequer aparecem. Quando obreiros, são conhecidos como irmãos "abraço companheiro", ou seja, "aqueles que vão pelas Igrejas"; dependendo da situação (se o time de futebol para o qual ele torce está jogando, por exemplo) ele torna-se "crente cristo em casa". Quando se faz campanha financeira para comprar alguma coisa que será de benefício para a própria Igreja, passam a serem conhecidos como "crentes mão de samambaia" - não conte com ele nem para pagar a luz da Igreja que ele usa! Quando doa alguma coisa, ou é algo que não tem a menor condição de uso, ou é de qualidade duvidosa.
São presunçosos (gr. alazon) e soberbos (gr. huperephonos). Presunçoso é aquele que está cheio de vento, contador de vantagens, confiando excessivamente em si mesmo. O presunçoso acha que nunca precisa de ninguém, enquanto o soberbo tem certeza disso. O presunçoso acha que pode pastorear a si mesmo, afinal já sabe muito; o soberbo pastoreia-se a si mesmo, é auto-suficente, ele se basta. O presunçoso acha-se muito capaz, acha que sabe tudo; mas na hora que a "coisa aperta" ele corre pedindo por socorro. O soberbo jamais pede socorro a ninguém, afinal ele sabe tudo.
Já dizia Blaise Pascal, em sua obra "Pensamentos": "Somos tão presunçosos que desejaríamos ser conhecidos de toda a terra, e até das pessoas que vierem quando nela não estivermos mais; e somos tão vãos que a estima de cinco ou seis pessoas que nos cercam nos diverte e nos contenta".
São blasfemos (gr. blasphemos) e desobedientes aos pais (gr. goneus apeithes). No grego, blasfemos eram aqueles que amavam o insulto, quer contra o próximo, quer contra a Deus. Insultam por palavras, gestos e atos; não receiam blasfemar nem das dignidades. Quando confrontados em seu pecado, suas bocas mais parecem o escapamento do inferno, de tantas afrontas e insultos que emanam delas. São desobedientes (apeithes: a + pheites, Tt 3.3), ou seja, "sem persuasão", não há como persuadí-los dos seus atos e de sua vida sem Deus, porque não aceitam nenhum tipo de argumento que os contradiga.
São ingratos (gr. acharistos) e profanos (gr. anosios). Você pode honrá-los o quanto quiser: pode consagrá-los ou ordená-los a diáconos, presbíteros, evangelistas, pastores; líderes de louvor; pode dar-lhes a honra de ministrarem aulas na Escola Bíblica; podem liderar departamentos e ministérios. Podem dirigir cultos públicos. Porém, apesar de tudo de bom que lhe é feito, são incapazes de demonstrar gratidão. Você pode se doar a eles; não há nenhum tipo de reconhecimento. São pessoas desprovidas da graça de Deus. Não é à-toa que são profanos: não há pureza, não há piedade, não há santidade em suas vidas. Não são pessoas consagradas a Deus. São ímpios transvestidos de crentes, malignos, cheios de toda sorte de imundícias.
São sem afeto natural (gr. astorgos) e irreconciliáveis (gr. aspondos). São pessoas desprovidas de amor familiar (a+storge). De fato, a família é caótica, ninguém se entende. O desamor impera dentro de casa. Vivem apenas sob o mesmo teto, por questão de comodidade e aparências. Obviamente, são também irreconciliáveis, ou seja, incapazes de alcançarem um consenso, ou a uma conciliação. Incapazes da trégua (sponde). São pessoas que não conseguem se entender com ninguém. Amam o litígio, a contenda, o conflito, a guerra. Não pedem perdão e não perdoam.
São caluniadores (gr. diabolos) e incontinentes (gr. akrates). O caráter maligno destas pessoas logo manifesta sua origem - o próprio diabo. O diabo é o patrono de todos os caluniadores e de todos os caluniadores ele é o chefe. Inventam toda a sorte de mentiras contra os outros e, de tanto mentirem e viverem na mentira, acabam tomando-a por verdade. Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, já dizia que "uma mentira cem vezes repetida torna-se uma verdade". Além disso, não possuem domínio próprio, agindo de acordo com os impulsos carnais que pululam em suas veias. Carnais!
São cruéis (gr. anemeros) e sem amor para com os bons (gr. aphilagathos). O termo anemeros é usado para denotar bestas selvagens. Assim, denota selvageria. São grossos, ignorantes. Todos os cães lamentam quando ferem seus donos (o meu chega a fica amuado, no canto, enquanto não faz as pazes comigo), porém estas pessoas não sentem absolutamente nada por ferirem o próximo. Há diversos exemplos de pessoas assim: pedófilos, assassinos, estupradores... dentro da Igreja! Fica bastante claro que os tais não possuem nenhum tipo de amor nem pela virtude, nem pelos virtuosos. A idéia aqui é uma inversão de valores: o que era bom, passou a ser odioso; o que era odioso, passou a ser bom. Um exemplo prático é o costume de se interpretar como "normal" o jovem manter relações sexuais fora do casamento, onde errado passou a ser não fazer sexo sendo solteiro. São aqueles mencionados por Isaías: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" (Is 5.20)
São traidores (gr. prodotes) e obstinados (gr. propetes). Prodotes denota alguém que é falso no cumprimento de seus deveres ou alguém que é desleal com a confiança depositada por outro. Hoje, a exemplo de Demas, muitos obreiros abandonam a Obra por amarem o mundo, traindo a confiança que lhes foi depositada. É interessante que Paulo, ao escrever sobre as qualificações dos diáconos, diz que "os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus" (I Tm 3.13). Se os que servem bem alcançam boa posição e muita confiança, os que servem desleixadamente, relaxadamente, quando querem fazê-lo, além de não alcançarem posição, não gozam de confiança. De fato, quando contamos com alguém para alguma coisa, por menor que seja, depositamos confiança nele. Se este alguém mostra-se desleixado com aquilo que lhe confiamos, somos por ele traídos e assim perdemos a confiança nele.
Já o termo propetes significa "descuidado", "negligente", "indiferente", "precipitado". No grego, denota alguém que cai da cama. É o cabeça-dura, teimoso. Alguém que age impetuosamente, sem considerar as outras pessoas ou as possíveis consequências de seus atos. Agem motivados por seus impulsos e paixões, atropelando tudo e todos, não escutando conselhos de ninguém. Depois que a coisa sai malfeita, aí o sujeito traz o problema para você resolver. Porém, o estrago já está feito.
São orgulhosos (gr. tuphoo) e mais amigos dos prazeres do que de Deus (gr. philedonos). Tuphoo indica alguém "envolvido com fumaça", "inchado com fumaça". Paulo diz que não se deve colocar o novo convertido no ministério, "para que não se ensoberbeça [encha com fumaça] e caia na condenação do diabo". São pessoas cheias de vento. Todas as suas realizações serão reduzidas a nada em pouco tempo! Já o termo philedonos significa aquele que ama os prazeres sensuais. São pessoas que vivem como se o sentido da vida fosse a busca pelo prazer individual e imediato. Esquecem-se que tudo não passa de vaidade!
Note o que Paulo conclui: Estes tem aparência de piedade, mas negam a eficácia dela. Eficácia é a tradução em português do termo grego dunamis, poder. Assim, tais pessoas negam o poder da piedade, ou seja, o poder sobrenatural, salvador e transformador, que a piedade cristã possui e que a distingue de "outras piedades". Sem transformação de vida, sem mudança de caráter, sem novo nascimento, sem renúncia ao eu e arrependimento, o que é o cristianismo, senão um conjunto de "bons conselhos para a vida diária"? Estas pessoas, as quais Paulo se refere, negam com sua própria vida aquilo que aparentam ser. Negam com suas práticas mundanas e pecaminosas que o "evangelho é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê". (Rm 1.16)
Paulo, em Romanos 1:16, diz que não se envergonha do evangelho de Cristo. Mas o evangelho de Cristo se envergonha de muitos que se dizem cristãos e não o são, de fato e direito, mas cuja vida serve apenas como motivo de blasfêmia do nome de Deus entre os ímpios. Devemos vigiar e nos afastar destes.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
"Sobrevirão tempos trabalhosos", é o que nos exorta o Espírito Santo a partir da vida e ministério do apóstolo Paulo. Para compreender com clareza àquilo que tão enfaticamente é dito, vamos recorrer ao texto grego: τουτο δε γινωσκε οτι εν εσχαταις ημεραις ενστησονται καιροι χαλεποι
Transliterando-se o texto acima, obtemos: touto de ginōske oti en eschatais ēmerais enstēsontai kairoi chalepoi. A expressão "tempos trabalhosos" é uma das possíveis traduções de "kairoi chalepoi". Kairos é um termo bastante conhecido, significa "tempo, oportunidade, temporada". Já o termo "chalepos" significa "doloroso, penoso, atroz, grave, pesado, opressivo, repugnante, horrível"; "perigoso, arriscado" e "difícil". Assim, a expressão em português nas nossas Bíblias indica uma época perigosa, época complicada e de sofrimento, uma época que traz repugna, ojeriza.
Porque essa época seria tão ruim, tão horrível? Paulo mesmo se encarrega de explicar. Por causa da malignidade dos homens (sui generis - homens e mulheres) que viveriam nesta época. Pessoas que teriam a vida centradas em si mesmas, cuja satisfação do "eu" seria a única força motriz de suas almas; pessoas que contam somente no rol físico de membros. Gente que se introduziria na Igreja cheios de paixões e vontades carnais, mas que nunca chegariam ao conhecimento da verdade, ainda que aprendam sempre. Homens que resistem à verdade, sendo corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
Mais do que um assunto para a escatologia (eschatos - últimos dias), esse é um assunto para os nossos dias. Isso pode se notar facilmente. A despeito da Igreja ser Ekklesia, "os chamados para fora do mundo", cada vez mais surge um grupo de "autodenominados crentes" que buscam viver para si mesmos, sem nunca desfrutarem nem a Graça nem a plenitude da Comunhão do Espírito no Corpo. Pessoas que estão na Igreja por mera conveniência ou por amizades com crentes, mas que jamais permitem que o Espírito Santo trate do seu caráter deformado pelo pecado. Pessoas que não se pode contar para nada; muito pelo contrário: é até perigoso contar com elas, porque além de você ficar na mão, corre o risco de se tornarem adversários caluniadores.
De onde vêm este grupo de homens dos últimos dias? De dois lugares principais. O primeiro é o mundo. Com a banalização do Evangelho e a "reinterpretação conveniente" da moral e ética cristã, hoje qualquer pessoa torna-se membro de uma Igreja evangélica sem ter experimentado a conversão e o novo nascimento. Ser evangélico antigamente era ser perseguido, ser "persona non grata" na sociedade. Éramos conhecidos como "os Bíblias". Hoje, é ser popular. O escândalo da cruz foi astuciosamente eliminado, de forma a possibilitar uma maior aceitação da "mensagem franca e positiva" por todas as classes sociais. O choque com a verdade de que se é um miserável e perdido pecador, condenado ao inferno; o arrependimento e a confissão de pecados e a identificação com o sacrifício de Cristo foram substituídos pela promessa de bens materiais, de honra e de um deus-alfred, mordomo e cúmplice dos pecados humanos. Um deus que entende os pecados e a ingratidão humana, como já ouvi falar.
O segundo lugar é a própria Igreja. Alguns crentes "apostatam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios", possuindo um fungo do inferno dentro do ouvido que lhes causa uma comichão sem fim, que só é aliviada com falsos ensinos por falsos mestres. "Amam o mundo e o que no mundo há", e no entanto continuam na Igreja! Não vivem plenamente nem o mundo nem a Igreja porque há divisão em seu interior. No lugar de se "encherem com o Espírito", vão tomando a cada momento alguns pequenos cálices do vinho sedutor do mundo até estarem completamente embriagados pelo pecado.
Ambos os grupos se enquadram no texto paulino. Ambos "aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade". Ambos já deveriam serem mestres há muito tempo, por todo o aprendizado que receberam; ao contrário, dizendo-se crentes eles agem como homens naturais, na melhor das hipóteses, como carnais. Sensuais, que não têm o Espírito.
São amantes de si mesmos (gr. philautos) e avarentos (gr. philarguros): não conseguem nem se doarem, nem doarem o que possuem. Acabam sempre priorizando seus próprios interesses, caprichos, carnalidades em detrimento do Reino de Deus. Usam a Deus, a Igreja e o pastor para satisfazerem suas necessidades; mas quando eles podem ser úteis, nem sequer aparecem. Quando obreiros, são conhecidos como irmãos "abraço companheiro", ou seja, "aqueles que vão pelas Igrejas"; dependendo da situação (se o time de futebol para o qual ele torce está jogando, por exemplo) ele torna-se "crente cristo em casa". Quando se faz campanha financeira para comprar alguma coisa que será de benefício para a própria Igreja, passam a serem conhecidos como "crentes mão de samambaia" - não conte com ele nem para pagar a luz da Igreja que ele usa! Quando doa alguma coisa, ou é algo que não tem a menor condição de uso, ou é de qualidade duvidosa.
São presunçosos (gr. alazon) e soberbos (gr. huperephonos). Presunçoso é aquele que está cheio de vento, contador de vantagens, confiando excessivamente em si mesmo. O presunçoso acha que nunca precisa de ninguém, enquanto o soberbo tem certeza disso. O presunçoso acha que pode pastorear a si mesmo, afinal já sabe muito; o soberbo pastoreia-se a si mesmo, é auto-suficente, ele se basta. O presunçoso acha-se muito capaz, acha que sabe tudo; mas na hora que a "coisa aperta" ele corre pedindo por socorro. O soberbo jamais pede socorro a ninguém, afinal ele sabe tudo.
Já dizia Blaise Pascal, em sua obra "Pensamentos": "Somos tão presunçosos que desejaríamos ser conhecidos de toda a terra, e até das pessoas que vierem quando nela não estivermos mais; e somos tão vãos que a estima de cinco ou seis pessoas que nos cercam nos diverte e nos contenta".
São blasfemos (gr. blasphemos) e desobedientes aos pais (gr. goneus apeithes). No grego, blasfemos eram aqueles que amavam o insulto, quer contra o próximo, quer contra a Deus. Insultam por palavras, gestos e atos; não receiam blasfemar nem das dignidades. Quando confrontados em seu pecado, suas bocas mais parecem o escapamento do inferno, de tantas afrontas e insultos que emanam delas. São desobedientes (apeithes: a + pheites, Tt 3.3), ou seja, "sem persuasão", não há como persuadí-los dos seus atos e de sua vida sem Deus, porque não aceitam nenhum tipo de argumento que os contradiga.
São ingratos (gr. acharistos) e profanos (gr. anosios). Você pode honrá-los o quanto quiser: pode consagrá-los ou ordená-los a diáconos, presbíteros, evangelistas, pastores; líderes de louvor; pode dar-lhes a honra de ministrarem aulas na Escola Bíblica; podem liderar departamentos e ministérios. Podem dirigir cultos públicos. Porém, apesar de tudo de bom que lhe é feito, são incapazes de demonstrar gratidão. Você pode se doar a eles; não há nenhum tipo de reconhecimento. São pessoas desprovidas da graça de Deus. Não é à-toa que são profanos: não há pureza, não há piedade, não há santidade em suas vidas. Não são pessoas consagradas a Deus. São ímpios transvestidos de crentes, malignos, cheios de toda sorte de imundícias.
São sem afeto natural (gr. astorgos) e irreconciliáveis (gr. aspondos). São pessoas desprovidas de amor familiar (a+storge). De fato, a família é caótica, ninguém se entende. O desamor impera dentro de casa. Vivem apenas sob o mesmo teto, por questão de comodidade e aparências. Obviamente, são também irreconciliáveis, ou seja, incapazes de alcançarem um consenso, ou a uma conciliação. Incapazes da trégua (sponde). São pessoas que não conseguem se entender com ninguém. Amam o litígio, a contenda, o conflito, a guerra. Não pedem perdão e não perdoam.
São caluniadores (gr. diabolos) e incontinentes (gr. akrates). O caráter maligno destas pessoas logo manifesta sua origem - o próprio diabo. O diabo é o patrono de todos os caluniadores e de todos os caluniadores ele é o chefe. Inventam toda a sorte de mentiras contra os outros e, de tanto mentirem e viverem na mentira, acabam tomando-a por verdade. Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, já dizia que "uma mentira cem vezes repetida torna-se uma verdade". Além disso, não possuem domínio próprio, agindo de acordo com os impulsos carnais que pululam em suas veias. Carnais!
São cruéis (gr. anemeros) e sem amor para com os bons (gr. aphilagathos). O termo anemeros é usado para denotar bestas selvagens. Assim, denota selvageria. São grossos, ignorantes. Todos os cães lamentam quando ferem seus donos (o meu chega a fica amuado, no canto, enquanto não faz as pazes comigo), porém estas pessoas não sentem absolutamente nada por ferirem o próximo. Há diversos exemplos de pessoas assim: pedófilos, assassinos, estupradores... dentro da Igreja! Fica bastante claro que os tais não possuem nenhum tipo de amor nem pela virtude, nem pelos virtuosos. A idéia aqui é uma inversão de valores: o que era bom, passou a ser odioso; o que era odioso, passou a ser bom. Um exemplo prático é o costume de se interpretar como "normal" o jovem manter relações sexuais fora do casamento, onde errado passou a ser não fazer sexo sendo solteiro. São aqueles mencionados por Isaías: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!" (Is 5.20)
São traidores (gr. prodotes) e obstinados (gr. propetes). Prodotes denota alguém que é falso no cumprimento de seus deveres ou alguém que é desleal com a confiança depositada por outro. Hoje, a exemplo de Demas, muitos obreiros abandonam a Obra por amarem o mundo, traindo a confiança que lhes foi depositada. É interessante que Paulo, ao escrever sobre as qualificações dos diáconos, diz que "os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus" (I Tm 3.13). Se os que servem bem alcançam boa posição e muita confiança, os que servem desleixadamente, relaxadamente, quando querem fazê-lo, além de não alcançarem posição, não gozam de confiança. De fato, quando contamos com alguém para alguma coisa, por menor que seja, depositamos confiança nele. Se este alguém mostra-se desleixado com aquilo que lhe confiamos, somos por ele traídos e assim perdemos a confiança nele.
Já o termo propetes significa "descuidado", "negligente", "indiferente", "precipitado". No grego, denota alguém que cai da cama. É o cabeça-dura, teimoso. Alguém que age impetuosamente, sem considerar as outras pessoas ou as possíveis consequências de seus atos. Agem motivados por seus impulsos e paixões, atropelando tudo e todos, não escutando conselhos de ninguém. Depois que a coisa sai malfeita, aí o sujeito traz o problema para você resolver. Porém, o estrago já está feito.
São orgulhosos (gr. tuphoo) e mais amigos dos prazeres do que de Deus (gr. philedonos). Tuphoo indica alguém "envolvido com fumaça", "inchado com fumaça". Paulo diz que não se deve colocar o novo convertido no ministério, "para que não se ensoberbeça [encha com fumaça] e caia na condenação do diabo". São pessoas cheias de vento. Todas as suas realizações serão reduzidas a nada em pouco tempo! Já o termo philedonos significa aquele que ama os prazeres sensuais. São pessoas que vivem como se o sentido da vida fosse a busca pelo prazer individual e imediato. Esquecem-se que tudo não passa de vaidade!
Note o que Paulo conclui: Estes tem aparência de piedade, mas negam a eficácia dela. Eficácia é a tradução em português do termo grego dunamis, poder. Assim, tais pessoas negam o poder da piedade, ou seja, o poder sobrenatural, salvador e transformador, que a piedade cristã possui e que a distingue de "outras piedades". Sem transformação de vida, sem mudança de caráter, sem novo nascimento, sem renúncia ao eu e arrependimento, o que é o cristianismo, senão um conjunto de "bons conselhos para a vida diária"? Estas pessoas, as quais Paulo se refere, negam com sua própria vida aquilo que aparentam ser. Negam com suas práticas mundanas e pecaminosas que o "evangelho é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê". (Rm 1.16)
Paulo, em Romanos 1:16, diz que não se envergonha do evangelho de Cristo. Mas o evangelho de Cristo se envergonha de muitos que se dizem cristãos e não o são, de fato e direito, mas cuja vida serve apenas como motivo de blasfêmia do nome de Deus entre os ímpios. Devemos vigiar e nos afastar destes.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
terça-feira, 17 de agosto de 2010
CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS: CULTO RACIONAL!
ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (Rm 12.1)
Adorar a Deus é algo tão antigo como a existência do homem sobre a Terra. Desde sua criação, o homem busca manter contato com o Seu Criador, busca relacionar-se com o sobrenatural. E assim diversas expressões de culto surgiram ao longo dos séculos, desde as mais estranhas e bizarras até as mais intelectualizadas e impessoais. Por quê? Há muitas explicações antropológicas e sociológicas que poderiam ser utilizadas para explicar as diferentes formas de culto. Transcrevê-las aqui tornaria esta argumentação numa verdadeira tese acadêmica, obra de pesquisadores.
Será que a Bíblia não explicaria essa variedade de formas de culto? Sim, ela explica. Toda a iniciativa de relacionamento entre o homem e Deus sempre deu-se por iniciativa do próprio Deus. Todos os dias, no Éden, onde o homem criado habitava, Deus passeava com o homem e assim a comunhão era real. Segundo alguns, isso se dava na hora da viração do dia (às 18h); particularmente creio que a comunhão era tão intensa que não havia limitação de horário. De qualquer modo, fico imaginando o quão maravilhoso deveria ser esse relacionamento! Ouvir de Deus diretamente, aprender com Ele todos os dias, estar em Sua presença continuamente. Todos os dias conhecê-Lo mais um pouco. Esse lugar, chamado Éden, era o Paraíso; não por sua constituição física, mas pela espiritual!
Porém, com o pecado cometido por livre vontade humana, sob a tentação da serpente, a comunhão foi rompida e o homem expulso do Paraíso. Não havia mais condições do homem permanecer no Paraíso, porque em última análise o Paraíso não permanecia mais nele - houve separação, brusca ruptura no relacionamento com o Criador. Ergueu-se o muro do pecado! Se o homem ali permanecesse, estaria miseravelmente condenado a infelicidade eterna, exatamente como o seu tentador: nunca mais teria comunhão com Deus, sendo eternamente separado Dele! A expulsão do Paraíso foi uma medida dura, porém justa e repleta de amor e graça. Em tudo, é possível ver o amor de Deus pelo homem: "[...]para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente[...], o SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden[...]" (Gn 3.22a,23a).
Porém, o pecado do homem - a queda - não apenas separou o homem de Deus, mas sujeitou-o à insistente ação tentadora da serpente. Tendo cedido uma primeira vez, o homem passou a ter em sua história a horrível e odiosa presença daquele maligno e perverso ser, cheio de seduções, buscando tragá-lo em todo momento. Este, como no princípio, busca de todas as maneiras separar o homem de Deus: todos os seus estratagemas, todas as suas artimanhas, todas as suas diabolices visam, destarte, este propósito, e todas culminam sempre no triplo "matar, roubar e destruir".
No seu afã diabólico, Satanás criou diversos "deuses" com "diversas formas de culto e adoração". Quem eram esses deuses? Ou eram personalidades (reis e governantes) ou forças da natureza, que sob a propaganda do inferno tornavam-se divindades. Assim, por exemplo, surge a adoração a Semíramis e Tamuz; o culto a Baal e Astarte (que envolvia prostituição cultual); o culto a Moloque (que envolvia o sacrifício de crianças no fogo), etc. O problema se alastrou até nossos dias, como se vê facilmente nas religiões existentes: cada uma propõe o seu deus e a sua forma de cultuá-lo, podendo chegar ao ponto de novamente sacrificar crianças inocentes, como a mídia tem mostrado.
Alguns teólogos afirmam que o próprio Satanás foi há muitos e muitos anos atrás, em um tempo fora da nossa cronologia, ministro de louvor no céu, em sua época de querubim ungido. Teria sido conhecido como Hillel Ben Shahar. Hillel vem de Hallel, que significa louvar, adorar, servir. Ben Shahar significava filho do amanhecer. A implicação é que Lúcifer era o líder do louvor no amanhecer da criação. Era dotado dos dons de liderança e criatividade musical. Daí toda deturpação e confusão na área de louvor e adoração a Deus que existe modernamente.
Obviamente, Deus não permitiria que o homem seguisse a mentira sem dar-lhe a opção da verdade. Assim, Jesus - Deus que se faz carne, Deus conosco - veio restaurar a comunhão perdida com Deus, salvando-nos de nossos pecados, em Sua morte vicária e expiatória na Cruz do Calvário. Ele nos ensinou como adorar a Deus - "em espírito e em verdade" - afirmando conclusivamente que "o Pai procura os que assim o adorem". Paulo, apóstolo de Nosso Senhor, tendo recebido do próprio Cristo Ressurreto tal dom, afirma que o culto cristão é um culto racional: παρακαλω ουν υμας αδελφοι δια των οικτιρμων του θεου παραστησαι τα σωματα υμων θυσιαν ζωσαν αγιαν ευαρεστον τω θεω την λογικην λατρειαν υμων. (Rm 12.1 - NT Grego: Textus Receptus, 1894)
Culto racional é λογικην λατρειαν, é logikos latreia. A palavra latreia pode ser traduzida por "culto" (Jo 16.2; Rm 9.4 e 12.1 - ARA) ou por "serviço sagrado" (Hb 9.1-6). Significa serviço: de obediência a Deus em geral, ou pode se referir, como nas duas citações em Hebreus 9, aos atos específicos de louvor à Deus.
Já o termo logikos é traduzido por "razoável" (King James Version, Douay-Rheims Bible), "inteligente" (Darby Bible Translation,Young's Literal Translation, French Darby) e "racional" (ARA, ARC, Reina Valera, Louis Segond, etc), esta última tradução na maioria das versões da Bíblia. Apenas algumas versões traduzem logikos por "espiritual" (como por exemplo a World English Bible e a American Standard Version).
Deste modo, pode-se concluir acerca do culto de louvor e adoração a Deus que este é um culto racional, o que significa:
1) Que o culto é prestado a Deus; é serviço santo - tanto nos dias específicos de culto, onde a Igreja se reúne, como cotidianamente, quando prestamos serviço à Deus fora do templo. Deus é o foco; toda adoração e culto são obrigatoriamente dirigidos a Ele, sem o lugar para estrelismos. Trata-se de louvor profético, de Deus para Deus.
2) Que o culto prestado a Deus é espiritual, ou seja, em espírito, como disse Jesus em João 4:23.24. Isso não significa que o culto é repleto de falso misticismo ou de manipulações emocionais. Não significa por outro lado que ele é frio e calculista, humanizado. Significa tão somente que é feito por crentes "pneumatikos", espirituais, e não "sarkikos", carnais; envolvendo reverência, temor, respeito, alegria, liberdade, espontaneidade, gratidão e presença do Espírito. Palmas e demais expressões de louvor (como as danças coreografadas e os famosos "aleluias" e "glórias a Deus") têm o seu lugar no culto cristão. As ações de culto (oração, cânticos, louvor, ofertas, etc) só podem ser aceitas por Deus nesta base (Pv 15.8; Is 1; Am 5.21-23; Mt 9.13; 5.23-25; etc).
3) Que o culto prestado a Deus é razoável, ou seja, ele é justo, legítimo; ele é moderado, comedido; ele é ponderado, sensato. Não é desordenado, sem pé nem cabeça, sem começo nem fim. Não é um "oba-oba e salve-se quem puder". Nele podem ser cantados "salmos, hinos e cânticos espirituais" (Cl 3.16): podem ser cantados hinos como "O Dia do Triunfo de Jesus" (Harpa Cristã 048) e "Trabalhai e Orai" (HC 115), podem ser cantados salmos como "Hinei Ma Tov" (Sl 133) e "Cantai ao Senhor" (Sl 96 - Vencedores por Cristo) e podem também serem cantados cânticos como "Cantai!" (Hosana Music),"Hinêh Ni Adonai" (Pra. Alda Célia) e "Roni Roni Bat Zion" (Paul Wilburn)!
4) Que o culto prestado a Deus é inteligente. Isso significa que compreendemos e nos adaptamos facilmente ao culto que se está sendo celebrado. Como o Espírito de Deus está dirigindo o culto: está focando a Cristo como Senhor? Ou como Salvador? Está focando Deus como Pai? Ou o evangelismo? Ou a cura divina? Ou a comunhão? Pode modificar a ordem de culto (sequência)? Alguns irmãos acham que não, que a ordem de culto divinamente inspirada é aquela que praticam em sua denominação e não aceitam nenhuma outra. Porém, as mais variadas sequências de culto indicam que este assunto é puramente denominacional, não divino. Assim, num culto inteligente, permitimos ao Espírito que a ordem seja modificada num determinado culto, sem prejuízo da "decência e ordem". Não há desordem quando o Espírito promove isso, apenas reordenação, uma nova ordem.
Aliás, decência e ordem nada tem a ver com formalismo, liturgia morta. O que é mais decente e ordenado do que um cemitério bem cuidado? Isso levou Spurgeon a clamar: "Oh, Deus, manda-nos uma temporada de gloriosa desordem!" Estrutura sem espontaneidade é como um corpo sem fôlego.
A verdade é que nós estranharemos a forma completamente diferente de louvor e adoração a Deus praticadas no céu quando lá chegarmos. Um louvor e uma adoração nova a cada manhã, um culto dinâmico e cheio de vida para todos os lados, repleto de ações de graças e de júbilo. Não há repetição cansativa ou "mesmice" diante do Senhor; basta ver a enorme diversidade da Sua criação, quer visível, quer invisível! Nosso Deus é extremamente criativo e alegre, pleno em tudo o que faz! No mínimo, o louvor e a adoração a Ele precisam manifestar esta plenitude!
5) Que o culto prestado a Deus é racional. É lógico, é coerente. Ele é "em verdade". A Palavra de Deus é exposta de forma que todos possam entender. Tem ensino, tem exortação, edificação, consolo pela Palavra. A palavra profética é ministrada, vindo ao encontro da necessidade dos ouvintes. Ninguém fica olhando ansaiosamente para o relógio após 20 minutos de pregação, pois sabe que ouvir atentamente o sermão é também cultuar a Deus.
Assim, o culto cristão é um culto verdadeiro: verdadeiramente há interesse em todas as etapas do culto pelos "adoradores" (ninguém ausenta-se na hora do sermão), verdadeiramente os músicos e cantores cantam e tocam adorando a Deus (e não apenas fazendo "cara de santo" como "artistas da fé"), verdadeiramente o Espírito Santo está presente, com "decência e ordem" e com "liberdade e espontaneidade". O culto cristão de louvor e adoração é, verdadeiramente, um culto racional!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Adorar a Deus é algo tão antigo como a existência do homem sobre a Terra. Desde sua criação, o homem busca manter contato com o Seu Criador, busca relacionar-se com o sobrenatural. E assim diversas expressões de culto surgiram ao longo dos séculos, desde as mais estranhas e bizarras até as mais intelectualizadas e impessoais. Por quê? Há muitas explicações antropológicas e sociológicas que poderiam ser utilizadas para explicar as diferentes formas de culto. Transcrevê-las aqui tornaria esta argumentação numa verdadeira tese acadêmica, obra de pesquisadores.
Será que a Bíblia não explicaria essa variedade de formas de culto? Sim, ela explica. Toda a iniciativa de relacionamento entre o homem e Deus sempre deu-se por iniciativa do próprio Deus. Todos os dias, no Éden, onde o homem criado habitava, Deus passeava com o homem e assim a comunhão era real. Segundo alguns, isso se dava na hora da viração do dia (às 18h); particularmente creio que a comunhão era tão intensa que não havia limitação de horário. De qualquer modo, fico imaginando o quão maravilhoso deveria ser esse relacionamento! Ouvir de Deus diretamente, aprender com Ele todos os dias, estar em Sua presença continuamente. Todos os dias conhecê-Lo mais um pouco. Esse lugar, chamado Éden, era o Paraíso; não por sua constituição física, mas pela espiritual!
Porém, com o pecado cometido por livre vontade humana, sob a tentação da serpente, a comunhão foi rompida e o homem expulso do Paraíso. Não havia mais condições do homem permanecer no Paraíso, porque em última análise o Paraíso não permanecia mais nele - houve separação, brusca ruptura no relacionamento com o Criador. Ergueu-se o muro do pecado! Se o homem ali permanecesse, estaria miseravelmente condenado a infelicidade eterna, exatamente como o seu tentador: nunca mais teria comunhão com Deus, sendo eternamente separado Dele! A expulsão do Paraíso foi uma medida dura, porém justa e repleta de amor e graça. Em tudo, é possível ver o amor de Deus pelo homem: "[...]para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente[...], o SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden[...]" (Gn 3.22a,23a).
Porém, o pecado do homem - a queda - não apenas separou o homem de Deus, mas sujeitou-o à insistente ação tentadora da serpente. Tendo cedido uma primeira vez, o homem passou a ter em sua história a horrível e odiosa presença daquele maligno e perverso ser, cheio de seduções, buscando tragá-lo em todo momento. Este, como no princípio, busca de todas as maneiras separar o homem de Deus: todos os seus estratagemas, todas as suas artimanhas, todas as suas diabolices visam, destarte, este propósito, e todas culminam sempre no triplo "matar, roubar e destruir".
No seu afã diabólico, Satanás criou diversos "deuses" com "diversas formas de culto e adoração". Quem eram esses deuses? Ou eram personalidades (reis e governantes) ou forças da natureza, que sob a propaganda do inferno tornavam-se divindades. Assim, por exemplo, surge a adoração a Semíramis e Tamuz; o culto a Baal e Astarte (que envolvia prostituição cultual); o culto a Moloque (que envolvia o sacrifício de crianças no fogo), etc. O problema se alastrou até nossos dias, como se vê facilmente nas religiões existentes: cada uma propõe o seu deus e a sua forma de cultuá-lo, podendo chegar ao ponto de novamente sacrificar crianças inocentes, como a mídia tem mostrado.
Alguns teólogos afirmam que o próprio Satanás foi há muitos e muitos anos atrás, em um tempo fora da nossa cronologia, ministro de louvor no céu, em sua época de querubim ungido. Teria sido conhecido como Hillel Ben Shahar. Hillel vem de Hallel, que significa louvar, adorar, servir. Ben Shahar significava filho do amanhecer. A implicação é que Lúcifer era o líder do louvor no amanhecer da criação. Era dotado dos dons de liderança e criatividade musical. Daí toda deturpação e confusão na área de louvor e adoração a Deus que existe modernamente.
Obviamente, Deus não permitiria que o homem seguisse a mentira sem dar-lhe a opção da verdade. Assim, Jesus - Deus que se faz carne, Deus conosco - veio restaurar a comunhão perdida com Deus, salvando-nos de nossos pecados, em Sua morte vicária e expiatória na Cruz do Calvário. Ele nos ensinou como adorar a Deus - "em espírito e em verdade" - afirmando conclusivamente que "o Pai procura os que assim o adorem". Paulo, apóstolo de Nosso Senhor, tendo recebido do próprio Cristo Ressurreto tal dom, afirma que o culto cristão é um culto racional: παρακαλω ουν υμας αδελφοι δια των οικτιρμων του θεου παραστησαι τα σωματα υμων θυσιαν ζωσαν αγιαν ευαρεστον τω θεω την λογικην λατρειαν υμων. (Rm 12.1 - NT Grego: Textus Receptus, 1894)
Culto racional é λογικην λατρειαν, é logikos latreia. A palavra latreia pode ser traduzida por "culto" (Jo 16.2; Rm 9.4 e 12.1 - ARA) ou por "serviço sagrado" (Hb 9.1-6). Significa serviço: de obediência a Deus em geral, ou pode se referir, como nas duas citações em Hebreus 9, aos atos específicos de louvor à Deus.
Já o termo logikos é traduzido por "razoável" (King James Version, Douay-Rheims Bible), "inteligente" (Darby Bible Translation,Young's Literal Translation, French Darby) e "racional" (ARA, ARC, Reina Valera, Louis Segond, etc), esta última tradução na maioria das versões da Bíblia. Apenas algumas versões traduzem logikos por "espiritual" (como por exemplo a World English Bible e a American Standard Version).
Deste modo, pode-se concluir acerca do culto de louvor e adoração a Deus que este é um culto racional, o que significa:
1) Que o culto é prestado a Deus; é serviço santo - tanto nos dias específicos de culto, onde a Igreja se reúne, como cotidianamente, quando prestamos serviço à Deus fora do templo. Deus é o foco; toda adoração e culto são obrigatoriamente dirigidos a Ele, sem o lugar para estrelismos. Trata-se de louvor profético, de Deus para Deus.
2) Que o culto prestado a Deus é espiritual, ou seja, em espírito, como disse Jesus em João 4:23.24. Isso não significa que o culto é repleto de falso misticismo ou de manipulações emocionais. Não significa por outro lado que ele é frio e calculista, humanizado. Significa tão somente que é feito por crentes "pneumatikos", espirituais, e não "sarkikos", carnais; envolvendo reverência, temor, respeito, alegria, liberdade, espontaneidade, gratidão e presença do Espírito. Palmas e demais expressões de louvor (como as danças coreografadas e os famosos "aleluias" e "glórias a Deus") têm o seu lugar no culto cristão. As ações de culto (oração, cânticos, louvor, ofertas, etc) só podem ser aceitas por Deus nesta base (Pv 15.8; Is 1; Am 5.21-23; Mt 9.13; 5.23-25; etc).
3) Que o culto prestado a Deus é razoável, ou seja, ele é justo, legítimo; ele é moderado, comedido; ele é ponderado, sensato. Não é desordenado, sem pé nem cabeça, sem começo nem fim. Não é um "oba-oba e salve-se quem puder". Nele podem ser cantados "salmos, hinos e cânticos espirituais" (Cl 3.16): podem ser cantados hinos como "O Dia do Triunfo de Jesus" (Harpa Cristã 048) e "Trabalhai e Orai" (HC 115), podem ser cantados salmos como "Hinei Ma Tov" (Sl 133) e "Cantai ao Senhor" (Sl 96 - Vencedores por Cristo) e podem também serem cantados cânticos como "Cantai!" (Hosana Music),"Hinêh Ni Adonai" (Pra. Alda Célia) e "Roni Roni Bat Zion" (Paul Wilburn)!
4) Que o culto prestado a Deus é inteligente. Isso significa que compreendemos e nos adaptamos facilmente ao culto que se está sendo celebrado. Como o Espírito de Deus está dirigindo o culto: está focando a Cristo como Senhor? Ou como Salvador? Está focando Deus como Pai? Ou o evangelismo? Ou a cura divina? Ou a comunhão? Pode modificar a ordem de culto (sequência)? Alguns irmãos acham que não, que a ordem de culto divinamente inspirada é aquela que praticam em sua denominação e não aceitam nenhuma outra. Porém, as mais variadas sequências de culto indicam que este assunto é puramente denominacional, não divino. Assim, num culto inteligente, permitimos ao Espírito que a ordem seja modificada num determinado culto, sem prejuízo da "decência e ordem". Não há desordem quando o Espírito promove isso, apenas reordenação, uma nova ordem.
Aliás, decência e ordem nada tem a ver com formalismo, liturgia morta. O que é mais decente e ordenado do que um cemitério bem cuidado? Isso levou Spurgeon a clamar: "Oh, Deus, manda-nos uma temporada de gloriosa desordem!" Estrutura sem espontaneidade é como um corpo sem fôlego.
A verdade é que nós estranharemos a forma completamente diferente de louvor e adoração a Deus praticadas no céu quando lá chegarmos. Um louvor e uma adoração nova a cada manhã, um culto dinâmico e cheio de vida para todos os lados, repleto de ações de graças e de júbilo. Não há repetição cansativa ou "mesmice" diante do Senhor; basta ver a enorme diversidade da Sua criação, quer visível, quer invisível! Nosso Deus é extremamente criativo e alegre, pleno em tudo o que faz! No mínimo, o louvor e a adoração a Ele precisam manifestar esta plenitude!
5) Que o culto prestado a Deus é racional. É lógico, é coerente. Ele é "em verdade". A Palavra de Deus é exposta de forma que todos possam entender. Tem ensino, tem exortação, edificação, consolo pela Palavra. A palavra profética é ministrada, vindo ao encontro da necessidade dos ouvintes. Ninguém fica olhando ansaiosamente para o relógio após 20 minutos de pregação, pois sabe que ouvir atentamente o sermão é também cultuar a Deus.
Assim, o culto cristão é um culto verdadeiro: verdadeiramente há interesse em todas as etapas do culto pelos "adoradores" (ninguém ausenta-se na hora do sermão), verdadeiramente os músicos e cantores cantam e tocam adorando a Deus (e não apenas fazendo "cara de santo" como "artistas da fé"), verdadeiramente o Espírito Santo está presente, com "decência e ordem" e com "liberdade e espontaneidade". O culto cristão de louvor e adoração é, verdadeiramente, um culto racional!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
PASTOR CHAMADO vs CHAMADO PASTOR: COMO IDENTIFICAR?
Rio - O pastor Nelson Pereira de Souza, de 54 anos, foi preso por policias da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), na madrugada desta sexta-feira, no Jardim América, na Zona Norte. Motorista de uma van escolar, ele é acusado de molestar uma menor de 12 anos durante dois anos. A pena pode chegar a 10 anos de prisão. Segundo o inspetor Roberto, da Dcav, as investigações tiveram início há cinco meses, quando o pai da menina - que também seria pastor - desconfiou do comportamento da jovem. De acordo com depoimento da menina, Nelson constantemente tocava seus seios, pernas e partes íntimas na van.
Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/8/pastor_e_preso_acusado_de_molestar_menor_de_idade_no_jardim_america_102879.html. Acesso 13/08/2010, às 11h30min.
Mais uma vez, pastores aparecem na mídia; não por sua idoneidade ou trabalho pastoral sério, mas por causa da acusação de pedofilia. Hoje, surgem dois pastores - o primeiro, motorista de van e que teria, segundo a reportagem, abusado sexualmente da filha do segundo pastor.
Diante de tantos escândalos, fica a seguinte pergunta: será que a ordenação ao ministério pastoral está sendo feita de acordo com os critérios bíblicos? Estamos obedecendo as exigências para a consagração de pastores, registradas nos textos de I Timóteo capítulo 3 e Tito capítulo 1? Será que um "irmão", por ser mais "avivado" e "falar bem em público" tem todas as condições necessárias para ser pastor? "Tempo de casa" faz um pastor? Alguém deve ser considerado "o escolhido" por profecia?
Outra questão: como diferenciar o genuíno pastor da imitação? Como diferenciar o "pastor chamado" do "chamado pastor"?
Uma discussão muito importante é se o pastorado é profissão ou vocação. O Pr. Prof. Magdiel Anselmo em seu blog "A Verdade Bíblica" (http://pranselmoteologia.blogspot.com/2010/08/pastorado-uma-vocacao-ou-mais-uma.html) discorre com muita sabedoria e equilíbrio sobre o tema, à luz da Palavra de Deus e dos princípios de Teologia Pastoral. Recomendo a leitura.
De início, deve ser ressaltado que a existência do falso pastor pressupõe a existência do verdadeiro pastor. Assim como há o falso, também há o verdadeiro. Assim como existe o ouro (Au), existe a pirita (dissulfeto de ferro, FeS2, chamada de "ouro dos tolos"); existe o diamante (C) e existe a zircônia cúbica (óxido de zircônio, ZrO2), imitação do diamante produzida em laboratório, da foto acima. Uma das formas mais antigas que o diabo usa para fazer oposição à Deus é pela imitação. Ainda há pastores verdadeiros, que não venderam o seu ministério nem por prata e ouro, nem por um prato de lentilhas!
Ao lermos a Bíblia, é possível constatar muitas e preciosas verdades sobre o ofício pastoral. Um pastor precisa ser irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso e não avarento. Deve governar bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia. Não pode ser neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Além disso, convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Note que a eloquência (um dos principais "dons" que a Igreja atual elencou para eleger pastores) não consta na listagem paulina; tampouco "o ser avivalista".
Porém, mais do que requisitos qualificadores (e estes o são, de fato), tais requisitos são identificadores. Temos falhado miseravelmente em reconhecer estes requisitos em sua plenitude de propósito. Segundo Efésios 4:11, o pastorado é dom de Cristo, ligado à sua ascensão. Cristo, que é aquele que desceu e também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas, deu dons aos homens. Ora, o dom é algo espiritual, sobrenatural; é a capacitação do alto para realizar tarefas específicas aqui na Terra. "Deu dons aos homens" - Dom, aqui, é a tradução do termo grego "domata" (e não charismata, como na lista de dons espirituais em I Coríntios). Cada um, no seu ministério, é dom; mas cada ministério individual é segundo a proporção do dom de Cristo. Noutras palavras, Cristo doa-se à Igreja através do dons ministeriais: é Cristo o pastor dentro de um homem que faz dele pastor, por exemplo.
Como saber se Cristo pastor está na vida de alguém, tornando-o pastor? Há marcas distintivas, que evidenciarão com clareza à Igreja se o candidato ao ofício possui ou não este dom. Que marcas são essas? São as que se encontram listadas em I Timóteo capítulo 3 e Tito capítulo 1. Noutras palavras, se alguém possui o dom de Cristo, se o Cristo pastor está dentro da vida do candidato ao pastorado, este exibirá as características compatíveis com a sua condição. Jesus disse claramente que pelo fruto nós poderíamos distinguir o verdadeiro do falso.
Alguém pode reunir tais requisitos (não ser cobiçoso de torpe ganância, etc) e ainda assim não ter o dom de Cristo. Os requisitos paulinos são o esperado na vida de todos os crentes! Basta uma simples leitura bíblica para constatar isso. Por exemplo, a avareza é amplamente condenada nas Escrituras (Pv 15.27; 28.16; Jr 22.17; Ez 22.12,13; 33.31; Lc 12.15; Ef 5.3; Hb 13.5; etc). Porém, alguém que tem o dom de Cristo terá, necessariamente, tais características em sua vida. Observe que Paulo começa o texto de I Timóteo 3 no campo hipotético ("se alguém deseja o episcopado"), passando em seguida para que qualidades ou características convêm existir na vida daquele que deseja o episcopado ("Convém, pois, que o bispo seja"). Noutras palavras, é como se Paulo dissesse: "Se você quer SER pastor, precisa SER primeiramente...".
O problema é, então, que via de regra os candidatos ao pastorado não estão sendo devidamente avaliados antes de serem ordenados e empossados como pastor. Ordenam-se pastores sem nenhuma condição espiritual (e, na maioria das vezes, moral) para o exercício da função. Como o recém-ordenado não possui nenhuma vocação em sua vida, transformará a função pastoral em abuso de poder e objeto de enriquecimento, tudo isso às expensas dos escândalos que se amontoarão sobre sua vida.
Urge, assim, que a Igreja, não importando a denominação (batista, metodista, congregacional, presbiteriana, assembléia, etc) o escrutínio da vida do candidato. Analisar a formação teológica é importante; nenhum pastor deveria ser ordenado sem ter concluído um seminário teológico. Porém, analisar se o dom existe na vida do candidato é essencial. Novamente, uma pessoa pode conhecer as mais variadas correntes teológicas e nem por isso ter o dom de pastor em sua vida.
Por último, surge a pergunta: a garantia do dom é também garantia de incorruptibilidade? Por certo que não. Alguém devidamente chamado por Deus e capacitado por Ele com o dom de pastor pode apostatar da fé. "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia", é o que nos exorta o apóstolo Paulo. Porém, uma coisa é certa: é melhor ordenar alguém com dom, um pastor chamado, do que um aventureiro entusiasmado, um chamado pastor. Se o primeiro pode cair, o segundo já caiu faz tempo! Émelhor ter um "ungido" convertido à frente da Igreja do que um "mugido" pecador costumaz.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/8/pastor_e_preso_acusado_de_molestar_menor_de_idade_no_jardim_america_102879.html. Acesso 13/08/2010, às 11h30min.
Mais uma vez, pastores aparecem na mídia; não por sua idoneidade ou trabalho pastoral sério, mas por causa da acusação de pedofilia. Hoje, surgem dois pastores - o primeiro, motorista de van e que teria, segundo a reportagem, abusado sexualmente da filha do segundo pastor.
Diante de tantos escândalos, fica a seguinte pergunta: será que a ordenação ao ministério pastoral está sendo feita de acordo com os critérios bíblicos? Estamos obedecendo as exigências para a consagração de pastores, registradas nos textos de I Timóteo capítulo 3 e Tito capítulo 1? Será que um "irmão", por ser mais "avivado" e "falar bem em público" tem todas as condições necessárias para ser pastor? "Tempo de casa" faz um pastor? Alguém deve ser considerado "o escolhido" por profecia?
Outra questão: como diferenciar o genuíno pastor da imitação? Como diferenciar o "pastor chamado" do "chamado pastor"?
Uma discussão muito importante é se o pastorado é profissão ou vocação. O Pr. Prof. Magdiel Anselmo em seu blog "A Verdade Bíblica" (http://pranselmoteologia.blogspot.com/2010/08/pastorado-uma-vocacao-ou-mais-uma.html) discorre com muita sabedoria e equilíbrio sobre o tema, à luz da Palavra de Deus e dos princípios de Teologia Pastoral. Recomendo a leitura.
De início, deve ser ressaltado que a existência do falso pastor pressupõe a existência do verdadeiro pastor. Assim como há o falso, também há o verdadeiro. Assim como existe o ouro (Au), existe a pirita (dissulfeto de ferro, FeS2, chamada de "ouro dos tolos"); existe o diamante (C) e existe a zircônia cúbica (óxido de zircônio, ZrO2), imitação do diamante produzida em laboratório, da foto acima. Uma das formas mais antigas que o diabo usa para fazer oposição à Deus é pela imitação. Ainda há pastores verdadeiros, que não venderam o seu ministério nem por prata e ouro, nem por um prato de lentilhas!
Ao lermos a Bíblia, é possível constatar muitas e preciosas verdades sobre o ofício pastoral. Um pastor precisa ser irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso e não avarento. Deve governar bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia. Não pode ser neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Além disso, convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Note que a eloquência (um dos principais "dons" que a Igreja atual elencou para eleger pastores) não consta na listagem paulina; tampouco "o ser avivalista".
Porém, mais do que requisitos qualificadores (e estes o são, de fato), tais requisitos são identificadores. Temos falhado miseravelmente em reconhecer estes requisitos em sua plenitude de propósito. Segundo Efésios 4:11, o pastorado é dom de Cristo, ligado à sua ascensão. Cristo, que é aquele que desceu e também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas, deu dons aos homens. Ora, o dom é algo espiritual, sobrenatural; é a capacitação do alto para realizar tarefas específicas aqui na Terra. "Deu dons aos homens" - Dom, aqui, é a tradução do termo grego "domata" (e não charismata, como na lista de dons espirituais em I Coríntios). Cada um, no seu ministério, é dom; mas cada ministério individual é segundo a proporção do dom de Cristo. Noutras palavras, Cristo doa-se à Igreja através do dons ministeriais: é Cristo o pastor dentro de um homem que faz dele pastor, por exemplo.
Como saber se Cristo pastor está na vida de alguém, tornando-o pastor? Há marcas distintivas, que evidenciarão com clareza à Igreja se o candidato ao ofício possui ou não este dom. Que marcas são essas? São as que se encontram listadas em I Timóteo capítulo 3 e Tito capítulo 1. Noutras palavras, se alguém possui o dom de Cristo, se o Cristo pastor está dentro da vida do candidato ao pastorado, este exibirá as características compatíveis com a sua condição. Jesus disse claramente que pelo fruto nós poderíamos distinguir o verdadeiro do falso.
Alguém pode reunir tais requisitos (não ser cobiçoso de torpe ganância, etc) e ainda assim não ter o dom de Cristo. Os requisitos paulinos são o esperado na vida de todos os crentes! Basta uma simples leitura bíblica para constatar isso. Por exemplo, a avareza é amplamente condenada nas Escrituras (Pv 15.27; 28.16; Jr 22.17; Ez 22.12,13; 33.31; Lc 12.15; Ef 5.3; Hb 13.5; etc). Porém, alguém que tem o dom de Cristo terá, necessariamente, tais características em sua vida. Observe que Paulo começa o texto de I Timóteo 3 no campo hipotético ("se alguém deseja o episcopado"), passando em seguida para que qualidades ou características convêm existir na vida daquele que deseja o episcopado ("Convém, pois, que o bispo seja"). Noutras palavras, é como se Paulo dissesse: "Se você quer SER pastor, precisa SER primeiramente...".
O problema é, então, que via de regra os candidatos ao pastorado não estão sendo devidamente avaliados antes de serem ordenados e empossados como pastor. Ordenam-se pastores sem nenhuma condição espiritual (e, na maioria das vezes, moral) para o exercício da função. Como o recém-ordenado não possui nenhuma vocação em sua vida, transformará a função pastoral em abuso de poder e objeto de enriquecimento, tudo isso às expensas dos escândalos que se amontoarão sobre sua vida.
Urge, assim, que a Igreja, não importando a denominação (batista, metodista, congregacional, presbiteriana, assembléia, etc) o escrutínio da vida do candidato. Analisar a formação teológica é importante; nenhum pastor deveria ser ordenado sem ter concluído um seminário teológico. Porém, analisar se o dom existe na vida do candidato é essencial. Novamente, uma pessoa pode conhecer as mais variadas correntes teológicas e nem por isso ter o dom de pastor em sua vida.
Por último, surge a pergunta: a garantia do dom é também garantia de incorruptibilidade? Por certo que não. Alguém devidamente chamado por Deus e capacitado por Ele com o dom de pastor pode apostatar da fé. "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia", é o que nos exorta o apóstolo Paulo. Porém, uma coisa é certa: é melhor ordenar alguém com dom, um pastor chamado, do que um aventureiro entusiasmado, um chamado pastor. Se o primeiro pode cair, o segundo já caiu faz tempo! Émelhor ter um "ungido" convertido à frente da Igreja do que um "mugido" pecador costumaz.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
A RELEVÂNCIA PROFÉTICA DA CARTA AOS CRENTES DA IGREJA DE LAODICÉIA
"E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Apocalipse 3:14-22).
No texto base nosso Senhor Jesus, a partir de João, escreve e envia uma carta ao anjo da Igreja de Laodicéia, exortando-a sobre o estado espiritual que ela se encontrava. Historicamente, a cidade era um próspero centro comercial (quando a cidade foi destruída por um terremoto, em 60 d.C., ela rejeitou ajuda do império romano para sua reconstrução), importante centro bancário e de troca de moedas, possuía vestes de lã negra polida, raríssima na época, e pós medicinais oftalmológicos. Contudo, não possuía suprimento de água permanente. A água tinha que ser levada por canos, vinda das cidades vizinhas de Hierápolis e Colosso. A água vinda de Hierápolis era quente, oriunda de fontes termais; já a de Colosso era fresca. Contudo, ambas chegavam mornas em Laodicéia, devido ao fenômeno da transferência de calor.
A despeito de existirem várias Igrejas na Ásia nos dias em que o texto de Apocalipse foi escrito, as cartas só foram redigidas às sete listadas em Apocalipse. O motivo, com certeza, está na relevância profética destas Sete Igrejas, sendo representativas das demais, conforme indicado no número total de Igrejas, não apenas do seu tempo, mas do presente e futuro. O ponto central é que esta carta (bem como as demais) foi escrita para tratar do estado espiritual dos crentes que constituíam aquela Igreja, conclusão óbvia uma vez que qualquer Igreja é composta por pessoas.
Apesar da importância do estudo da escatologia bíblica, este artigo abordará os princípios bíblicos contidos na Carta à Igreja de Laodicéia, imprescindíveis para a vida cristã tanto no período em que foi originalmente escrita, quanto nos nossos dias. Toda a Palavra de Deus é “regra de fé e de conduta” para todos os que protestam ser cristãos, o que inclui a missiva em questão.
I. 1º PRINCÍPIO: JESUS CONHECE A REALIDADE ESPIRITUAL DAS NOSSAS OBRAS.
Ao lermos os versículos 15 e 16 do texto base, constatamos que o Senhor conhece a real intensidade da nossa espiritualidade, que é demonstrada pelas obras que praticamos. Ele nos diz: “Conheço as tuas obras - nem frio, nem quente: morno”. A mornidão espiritual é exprimida pela manifestação de duas sensações “senoidais” muito comuns, que se alternam continua e periodicamente entre “pico e vale”: de dedicação e de apatia na Obra de Deus, de ânimo e desânimo com a Igreja: “Um dia, feliz; outro dia, não quer saber de mais nada”. Nesta situação, a Obra de Deus é feita na medida da conveniência, ou seja, quando é possível, quando não atrapalha, quando tudo já estiver terminado, quando não houver mais nada para fazer, e ainda restar alguma vontade.
Essa atitude é a marca de um coração dividido entre dois pensamentos, entre dois mundos (I Rs 18.21; Is 29.13; II Co 10.5). Jesus espera de nós inteireza de coração, tanto na adoração quanto no serviço cristão, caso contrário a nossa duplicidade de vida somente servirá para provocar vômitos ao Senhor (I Rs 8.23; Tg 1.7,8; 4.8).
II. 2º PRINCÍPIO: JESUS CONHECE A REALIDADE ESPIRITUAL DE NOSSA PROFISSÃO DE FÉ.
De acordo com os versículos 17 e 18, a mornidão espiritual é devida ao estado de aparente segurança física e material, sentimento que era comum aos moradores de Laodicéia. É possível interpretarmos erroneamente a nossa situação espiritual a partir da situação terrena. Veja o que o pensamento dos crentes de Laodicéia: “Sou rico, estou vestido como rei e tenho saúde. Tenho tudo, não me falta nada. Logo, espiritualmente, estou muito bem”. Cristo, contudo, não aprova este pensamento auto-suficiente, arrogante e cheio de vanglórias. Ele diz: “és um coitado, e miserável, e pobre, e cego e nu”. Por isso, Ele aconselha os crentes de Laodicéia, a:
a) Comprar Dele ouro refinado no fogo, para serem verdadeiramente ricos. Somente com ouro puro, que é símbolo da Glória de Deus, e que crente de Laodicéia não possui em sua vida, o homem pode ser rico para com Deus. (Pv 13.7; Ez 28.4-6; Lc 12.15-21)
b) Comprar Dele vestes brancas, para cobrirem a nudez (Lm 1.8). As vestes espirituais do salvo são brancas. Fala de santificação como processo, ou seja, da santificação dia-a-dia, da separação contínua do sistema e valores deste mundo (Zc 3.3-5; Ez 16.8; Ap 16.15).
c) Comprar Dele colírio, para que vejam. Só assim os crentes de Laodicéia serão libertos da cegueira espiritual (Is 42.19,20) tornando-se então capazes de ver a verdade de Deus (Is 35.5).
III. 3º PRINCÍPIO: JESUS NOS ADVERTE SOBRE AS TERRÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS DE NOSSO ESTADO ESPIRITUAL
O contexto do versículo 20 aponta para a realidade da presença de Cristo no culto dos crentes laodiceanos. Tratava-se de um culto vazio, meramente exterior, uma fraude espiritual, onde Cristo não era presente sequer na vida dos crentes, graças a mornidão espiritual dos mesmos (Is 1.13,14; I Ts 5.19). Mas o que causa a mornidão? Em última análise, é causada por uma crescente apostasia! Veja os textos bíblicos de Ez 8.6 comparado com Ez 10.18,19. Tenha sempre em mente que um abismo chama outro abismo (Sl 42.7)!
a) Imagem dos Ciúmes à porta do altar (Ez 8.3,5). É o primeiro estágio da apostasia. Espiritualmente, refere-se àquilo que fortemente disputa o nosso amor e atenção com Deus, cuja influência é tal que está posta na porta do altar de Deus, no lugar de adoração – o nosso coração! É tudo aquilo que nos faz pensar duas vezes quanto ao envolvimento com Deus e com sua Obra; tudo aquilo que disputa o lugar de Deus em nosso coração. Se permitirmos, estas coisas, aparentemente boas (como o lazer), acabam roubando nosso prazer em estar na Casa de Deus, de ir ao culto, de participar ativamente das atividades que se referem a Deus (Sl 27.4; 122.1; Tg 4.5 comp. I Co 10.22 comp. Êx 34.14; Hb 10.25). Acabam produzindo um perigoso esfriamento da fé, possibilitando que o crente espiritualmente passe ao segundo estágio de apostasia.
b) Pinturas abomináveis nas paredes da Casa de Deus (Ez 8.10). É o segundo estágio da apostasia. Aqui, o incenso, isto é, a importância dada, é queimado na Casa de Deus àquilo que é diabólico. A importância dada às coisas desse mundo é tal que as “pinturas do mundo” passam a estar fixadas no coração dos crentes, em detrimento dos Princípios do Reino de Deus. São as famosas “concupiscências da carne” (Tg 1.14,15). Por exemplo, o namoro moderno promíscuo (“ficar”, "sexo livre no namoro"), o comprometimento com a impiedade dos amigos ímpios, com as festinhas promíscuas, as orgias, etc (I Jo 2.15,16; II Tm 3.1-4).
Aqui, os crentes tornam-se "...mais amigos dos prazeres que amigos de Deus." Eles possuem certa medida de amor por Deus. Mas este amor é frequentemente sobrepujado e contaminado pelo amor pelos prazeres do mundo. Paulo está falando daqueles que vão no encalço dos prazeres de iniqüidade! Neste segundo estágio de apostasia, derivado do primeiro, não há ruptura física com a congregação, mas sim ruptura espiritual: é possível continuar a viver a vida “evangélica”, participando de cultos dominicais, sem se importar com os valores éticos e morais da Palavra de Deus. É possível viver de aparências, em hipocrisia, representando um papel de santidade, sem ter este valor arraigado no homem interior.
Observe: aquilo que era apenas uma concessão inocente na inversão de prioridades, no primeiro estágio, passou a abarcar elementos malignos agora. A inversão com base em concessões continua...
c) Mulheres chorando por Tamuz na entrada da Casa de Deus (Ez 8.14). Trata-se do terceiro estágio da apostasia. Aqui, o crente dá brechas mais extensas ao diabo, porque sua mente e suas emoções ficam quase completamente dominadas pelo fascínio do mundo. Neste estágio, já não importa mais o que está acontecendo no interior do Templo, não importa mais o culto, não importa mais o Senhor – não passam de mera obrigação. O coração está a bater fortemente pelo mundo, e as lágrimas do inconformismo com o cristianismo e com a Igreja brotam interiormente no coração e exteriormente nos olhos destas pessoas. Por exemplo, é fácil encontrar vários jovens e adolescentes, que ficam a lamentar pelos cantos da Igreja por causa de relacionamentos mistos (luz e trevas) e que não saem da porta do Templo, trocando olhares furtivos com o mundo, apaixonados por ele.
d) Adoração ao sol de costas para templo (Ez 8.16). Último estágio da apostasia. Espiritualmente, significa desprezo pelo Senhor em detrimento daquilo que Ele criou. Não há mais vínculo afetivo e de fé com o Senhor e com seus discípulos. Aqui, o crente retorna para o mundo fisicamente, totalmente cativo pelo inimigo (Ec 11.9,10; Jó 13.26; Sl 103.1-5; II Tm 2.22; Sl 144.12), desviando-se do Caminho de Deus. Toda adoração, ou seja, toda veneração é dada ao mundo, ao seu sistema e aos seus valores e relacionamentos. Multidões apóstatas que outrora caminharam com o Senhor. Agora escondem-se dEle e não querem estar na Sua presença. Desviaram-se e seguiram seu próprio caminho. Rejeitaram a Jesus e ainda não O querem mais em suas vidas.
IV. CONCLUSÃO:
Amado crente de Laodicéia, o Senhor Jesus te convida a abrir seu coração para a real comunhão com Ele mesmo. Veja suas palavras: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. (Ap. 3.19,20) Não importa o quão longe você desviou-se de Deus, não importa o quão profundo é o abismo em que você se encontra! Arrependa-se da vida cristã que você tem levado e abra o seu coração para a real comunhão com o Senhor. Ele te ama! Ele quer entrar na sua vida novamente, quer fazer parte dela nos mínimos detalhes!
Pense nisso e lembre-se: Deus está te dando Visão de Águia!
No texto base nosso Senhor Jesus, a partir de João, escreve e envia uma carta ao anjo da Igreja de Laodicéia, exortando-a sobre o estado espiritual que ela se encontrava. Historicamente, a cidade era um próspero centro comercial (quando a cidade foi destruída por um terremoto, em 60 d.C., ela rejeitou ajuda do império romano para sua reconstrução), importante centro bancário e de troca de moedas, possuía vestes de lã negra polida, raríssima na época, e pós medicinais oftalmológicos. Contudo, não possuía suprimento de água permanente. A água tinha que ser levada por canos, vinda das cidades vizinhas de Hierápolis e Colosso. A água vinda de Hierápolis era quente, oriunda de fontes termais; já a de Colosso era fresca. Contudo, ambas chegavam mornas em Laodicéia, devido ao fenômeno da transferência de calor.
A despeito de existirem várias Igrejas na Ásia nos dias em que o texto de Apocalipse foi escrito, as cartas só foram redigidas às sete listadas em Apocalipse. O motivo, com certeza, está na relevância profética destas Sete Igrejas, sendo representativas das demais, conforme indicado no número total de Igrejas, não apenas do seu tempo, mas do presente e futuro. O ponto central é que esta carta (bem como as demais) foi escrita para tratar do estado espiritual dos crentes que constituíam aquela Igreja, conclusão óbvia uma vez que qualquer Igreja é composta por pessoas.
Apesar da importância do estudo da escatologia bíblica, este artigo abordará os princípios bíblicos contidos na Carta à Igreja de Laodicéia, imprescindíveis para a vida cristã tanto no período em que foi originalmente escrita, quanto nos nossos dias. Toda a Palavra de Deus é “regra de fé e de conduta” para todos os que protestam ser cristãos, o que inclui a missiva em questão.
I. 1º PRINCÍPIO: JESUS CONHECE A REALIDADE ESPIRITUAL DAS NOSSAS OBRAS.
Ao lermos os versículos 15 e 16 do texto base, constatamos que o Senhor conhece a real intensidade da nossa espiritualidade, que é demonstrada pelas obras que praticamos. Ele nos diz: “Conheço as tuas obras - nem frio, nem quente: morno”. A mornidão espiritual é exprimida pela manifestação de duas sensações “senoidais” muito comuns, que se alternam continua e periodicamente entre “pico e vale”: de dedicação e de apatia na Obra de Deus, de ânimo e desânimo com a Igreja: “Um dia, feliz; outro dia, não quer saber de mais nada”. Nesta situação, a Obra de Deus é feita na medida da conveniência, ou seja, quando é possível, quando não atrapalha, quando tudo já estiver terminado, quando não houver mais nada para fazer, e ainda restar alguma vontade.
Essa atitude é a marca de um coração dividido entre dois pensamentos, entre dois mundos (I Rs 18.21; Is 29.13; II Co 10.5). Jesus espera de nós inteireza de coração, tanto na adoração quanto no serviço cristão, caso contrário a nossa duplicidade de vida somente servirá para provocar vômitos ao Senhor (I Rs 8.23; Tg 1.7,8; 4.8).
II. 2º PRINCÍPIO: JESUS CONHECE A REALIDADE ESPIRITUAL DE NOSSA PROFISSÃO DE FÉ.
De acordo com os versículos 17 e 18, a mornidão espiritual é devida ao estado de aparente segurança física e material, sentimento que era comum aos moradores de Laodicéia. É possível interpretarmos erroneamente a nossa situação espiritual a partir da situação terrena. Veja o que o pensamento dos crentes de Laodicéia: “Sou rico, estou vestido como rei e tenho saúde. Tenho tudo, não me falta nada. Logo, espiritualmente, estou muito bem”. Cristo, contudo, não aprova este pensamento auto-suficiente, arrogante e cheio de vanglórias. Ele diz: “és um coitado, e miserável, e pobre, e cego e nu”. Por isso, Ele aconselha os crentes de Laodicéia, a:
a) Comprar Dele ouro refinado no fogo, para serem verdadeiramente ricos. Somente com ouro puro, que é símbolo da Glória de Deus, e que crente de Laodicéia não possui em sua vida, o homem pode ser rico para com Deus. (Pv 13.7; Ez 28.4-6; Lc 12.15-21)
b) Comprar Dele vestes brancas, para cobrirem a nudez (Lm 1.8). As vestes espirituais do salvo são brancas. Fala de santificação como processo, ou seja, da santificação dia-a-dia, da separação contínua do sistema e valores deste mundo (Zc 3.3-5; Ez 16.8; Ap 16.15).
c) Comprar Dele colírio, para que vejam. Só assim os crentes de Laodicéia serão libertos da cegueira espiritual (Is 42.19,20) tornando-se então capazes de ver a verdade de Deus (Is 35.5).
III. 3º PRINCÍPIO: JESUS NOS ADVERTE SOBRE AS TERRÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS DE NOSSO ESTADO ESPIRITUAL
O contexto do versículo 20 aponta para a realidade da presença de Cristo no culto dos crentes laodiceanos. Tratava-se de um culto vazio, meramente exterior, uma fraude espiritual, onde Cristo não era presente sequer na vida dos crentes, graças a mornidão espiritual dos mesmos (Is 1.13,14; I Ts 5.19). Mas o que causa a mornidão? Em última análise, é causada por uma crescente apostasia! Veja os textos bíblicos de Ez 8.6 comparado com Ez 10.18,19. Tenha sempre em mente que um abismo chama outro abismo (Sl 42.7)!
a) Imagem dos Ciúmes à porta do altar (Ez 8.3,5). É o primeiro estágio da apostasia. Espiritualmente, refere-se àquilo que fortemente disputa o nosso amor e atenção com Deus, cuja influência é tal que está posta na porta do altar de Deus, no lugar de adoração – o nosso coração! É tudo aquilo que nos faz pensar duas vezes quanto ao envolvimento com Deus e com sua Obra; tudo aquilo que disputa o lugar de Deus em nosso coração. Se permitirmos, estas coisas, aparentemente boas (como o lazer), acabam roubando nosso prazer em estar na Casa de Deus, de ir ao culto, de participar ativamente das atividades que se referem a Deus (Sl 27.4; 122.1; Tg 4.5 comp. I Co 10.22 comp. Êx 34.14; Hb 10.25). Acabam produzindo um perigoso esfriamento da fé, possibilitando que o crente espiritualmente passe ao segundo estágio de apostasia.
b) Pinturas abomináveis nas paredes da Casa de Deus (Ez 8.10). É o segundo estágio da apostasia. Aqui, o incenso, isto é, a importância dada, é queimado na Casa de Deus àquilo que é diabólico. A importância dada às coisas desse mundo é tal que as “pinturas do mundo” passam a estar fixadas no coração dos crentes, em detrimento dos Princípios do Reino de Deus. São as famosas “concupiscências da carne” (Tg 1.14,15). Por exemplo, o namoro moderno promíscuo (“ficar”, "sexo livre no namoro"), o comprometimento com a impiedade dos amigos ímpios, com as festinhas promíscuas, as orgias, etc (I Jo 2.15,16; II Tm 3.1-4).
Aqui, os crentes tornam-se "...mais amigos dos prazeres que amigos de Deus." Eles possuem certa medida de amor por Deus. Mas este amor é frequentemente sobrepujado e contaminado pelo amor pelos prazeres do mundo. Paulo está falando daqueles que vão no encalço dos prazeres de iniqüidade! Neste segundo estágio de apostasia, derivado do primeiro, não há ruptura física com a congregação, mas sim ruptura espiritual: é possível continuar a viver a vida “evangélica”, participando de cultos dominicais, sem se importar com os valores éticos e morais da Palavra de Deus. É possível viver de aparências, em hipocrisia, representando um papel de santidade, sem ter este valor arraigado no homem interior.
Observe: aquilo que era apenas uma concessão inocente na inversão de prioridades, no primeiro estágio, passou a abarcar elementos malignos agora. A inversão com base em concessões continua...
c) Mulheres chorando por Tamuz na entrada da Casa de Deus (Ez 8.14). Trata-se do terceiro estágio da apostasia. Aqui, o crente dá brechas mais extensas ao diabo, porque sua mente e suas emoções ficam quase completamente dominadas pelo fascínio do mundo. Neste estágio, já não importa mais o que está acontecendo no interior do Templo, não importa mais o culto, não importa mais o Senhor – não passam de mera obrigação. O coração está a bater fortemente pelo mundo, e as lágrimas do inconformismo com o cristianismo e com a Igreja brotam interiormente no coração e exteriormente nos olhos destas pessoas. Por exemplo, é fácil encontrar vários jovens e adolescentes, que ficam a lamentar pelos cantos da Igreja por causa de relacionamentos mistos (luz e trevas) e que não saem da porta do Templo, trocando olhares furtivos com o mundo, apaixonados por ele.
d) Adoração ao sol de costas para templo (Ez 8.16). Último estágio da apostasia. Espiritualmente, significa desprezo pelo Senhor em detrimento daquilo que Ele criou. Não há mais vínculo afetivo e de fé com o Senhor e com seus discípulos. Aqui, o crente retorna para o mundo fisicamente, totalmente cativo pelo inimigo (Ec 11.9,10; Jó 13.26; Sl 103.1-5; II Tm 2.22; Sl 144.12), desviando-se do Caminho de Deus. Toda adoração, ou seja, toda veneração é dada ao mundo, ao seu sistema e aos seus valores e relacionamentos. Multidões apóstatas que outrora caminharam com o Senhor. Agora escondem-se dEle e não querem estar na Sua presença. Desviaram-se e seguiram seu próprio caminho. Rejeitaram a Jesus e ainda não O querem mais em suas vidas.
IV. CONCLUSÃO:
Amado crente de Laodicéia, o Senhor Jesus te convida a abrir seu coração para a real comunhão com Ele mesmo. Veja suas palavras: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”. (Ap. 3.19,20) Não importa o quão longe você desviou-se de Deus, não importa o quão profundo é o abismo em que você se encontra! Arrependa-se da vida cristã que você tem levado e abra o seu coração para a real comunhão com o Senhor. Ele te ama! Ele quer entrar na sua vida novamente, quer fazer parte dela nos mínimos detalhes!
Pense nisso e lembre-se: Deus está te dando Visão de Águia!
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
A NOVA REFORMA PROTESTANTE E A RESTAURAÇÃO DA IGREJA
Infelizmente, a atual Igreja midiatizada, em sua ferrenha e inescrupulosa luta por faturamento financeiro, perdeu muito de sua essência bíblica. Antigamente, os pastores eram vistos como pessoas respeitáveis. Hoje, a sociedade entende o ser pastor como alguém que anseia locupletar-se às custas de um discurso de auto-ajuda barata. De fato, as mensagens pregadas em muitos púltpitos deixaram de enfocar a necessidade de arrependimento, de conversão, de abandono do pecado, de salvação, de juízo, de céu e inferno. Hoje, o que interessa é "o aqui e agora" do sucesso financeiro, da prosperidade material, do bem-estar em todas as áreas da vida. O "renunciar o eu e carregar a cruz" foi substituído pelo "renunciar o $eu e carregar a mala".
E o que falar dos louvores? Particularmente, passei minha infância/adolescência escutando canções primorosas (letras e melodia) de grandes e eternos compositores, como Pr. Feliciano Amaral ("Nada Sei sobre o Futuro", "Dez Mil dos Anjos", "Quando Tudo Estiver sobre o Altar", "A Sombra da Cruz", "Face a Face", etc., maravilhosas!), Luiz de Carvalho ("Rude Cruz", "Divino Companheiro", dentre outras), Pr. Victorino Silva, Shirley Carvalhaes... sem mencionar outros, como o Pr. Danny Berrios ("Un Canto para Ti", dentre outras). Mais modernamente, destaque para o grupo Vencedores por Cristo. Músicas de enlevo espiritual, que conduziam a reflexão sobre a nossa prática da vida cristã), cantadas com extrema simplicidade e com perfeição. Hoje, a qualidade das músicas produzidas em sua imensa maioria é, no mínimo, sofrível. Letras genéricas, que não dizem nada, cantadas com melodias preparadas para "sacudir o esqueleto". Músicas de auto-ajuda, que visam o "welfare state" dos ouvintes. Letras reivindicativas, egoístas, repletas de expressões como "eu quero de volta o que é meu" e coisas semelhantes.
Outra área altamente banalizada é o ensino. Nas Escolas Bíblicas Dominicais é possível até ouvir um lenço cair no chão, de tão abandonadas pelos crentes que estão. Poucos são os que se interessam em aprender sobre a fé que dizem professar. E o problema se alastra quando a questão é o ensino teológico. Em meu primeiro dia de aula no Seminário, na aula de "Introdução à Teologia", lembro-me do Diretor e professor da disciplina, Pr. Kennedy Fábio F. Santos, dizer que estávamos ali não para nos tornarmos pastores, mas para aprendermos a Bíblia, de forma que pudéssemos ser melhores cristãos e obreiros. Hoje, este discurso se proferido estaria em choque com a práxis dominante, já que para ser pastor basta abrir uma lojinha, colocar uma placa e e chamá-la de Igreja. Aliás, até o "ser pastor" está ultrapassado; basta ter uma "nova visão" e se autoproclamar "apóstolo da visão", juntar um punhado de seguidores e sair pelo mundo (de jatinho, é claro) para divulgar-se (não esquecendo de esconder alguns milhares de dólares na bagagem).
A Igreja foi transformada em mercado persa. É triste, mas é verdade. Pouquíssimas resistiram à reengenharia do mundo. As que ainda resistem, sofrem para manterem-se vivas. Basta o pastor fazer algo que desagrade, que a sedição tem início. Ao final, um grupo acaba mudando-se para a Igreja vizinha, mais "soft". Com isso, todos perdem: O pastor perde seguidores, o evangelho perde seriedade, os crentes perdem santidade e os incrédulos... bem, estes continuam perdidos, por causa do péssimo testemunho dos crentes!
E assim, os crentes vão tentando entrar no céu...
Segundo o Pr. Hernandes Dias Lopes, Deus chamou a igreja do mundo para enviá-la de volta ao mundo como luz. A igreja é tão diferente do mundo como a luz é diferente das trevas. A igreja não foi chamada para ser influenciada pelo mundo. Ela não foi chamada para imitar o mundo. Ela não foi chamada para amar o mundo. Mas a igreja hoje está exatamente como o povo de Israel, imitando a vida dos povos ao seu redor. Por isso, a igreja tem perdido o seu poder espiritual. Martyn Lloyd-Jones diz que só vamos influenciar e ganhar o mundo quando formos exatamente diferentes do mundo. No Brasil a igreja evangélica está crescendo mas não influenciando o mundo. A igreja tem extensão, mas não profundidade. Tem números, mas não santidade. Tem quantidade, mas não qualidade. (fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br/2010/07/a-restauracao-do-povo-de-deus-2/. Acesso 09/08/2010, às 16h25min)
A Bíblia diz que Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef 5.25-27). Quando olhamos para atual Igreja, ficamos a questionar onde estão tais características. Onde está a glória da Igreja? Onde está aquela Igreja sem mácula, ruga nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível? A Igreja que aí está é totalmente o avesso da Igreja descrita por Paulo aos Efésios. Logo, duas conclusões são possíveis: ou o plano de Deus em ter uma Igreja deste modo falhou (um absurdo) ou Deus há de restaurar a Igreja que aí está, em conformidade com a descrição paulina.
Qual será a solução para este mal que assola a Igreja? Será uma nova reforma; precisaremos de outro Lutero? Será abolirmos a estrutura - vamos abolir o culto nos templos, como pretende alguns adeptos radicais do movimento celular? Será a liturgia - "vamos voltar à Jerusalém"? Apesar de me confraternizar com os irmãos que romperam com o atual sistema e fundaram comunidades de fé, creio que esta não será a solução. Talvez seja até o prenúncio da solução, mas não é a solução em definitivo. Os Valdenses tentaram a mesma coisa no passado, sem sucesso. O problema é que onde há homens há interesses, e onde há interesses há conflitos (Condorceut). Onde há pessoas, haverá disputas pessoais; e assim toda ideologia do movimento acaba sucumbindo. Toda iniciativa humana em "restaurar a Igreja" acabará redundando, cedo ou tarde, em mais apostasia.
Qual é a solução? A solução não é exterior, mas sim interior. É a mudança no interior do homem, é a transformação de nosso homem interior. É mudança de vida, é mudança de caráter, é novo nascimento. Jesus disse que não adiantaria colocar remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura (Mt 9.16). Precisa mudar a roupa - de velha para nova!
Creio que Deus transformará sobrenaturalmente a Igreja, por Sua própria ação e vontade, de forma que novamente "em toda alma haja temor", de forma que a ganância seja abandonada enquanto modo de vida pelos crentes (At 2.43-45). Somente o Espírito de Deus pode produzir restauração efetiva e eficaz. Com a transformação no interior, pouco importará o local de reunião dos crentes, se nas casas ou nos templos; a fé será poderosa, alegre e simples.
Obviamente, sempre haverá joio junto ao trigo. Restauração nenhuma acabará com o joio; este só será removido pelos anjos na consumação deste mundo. A despeito da ação do Espírito, há aqueles que o resistem e sempre o resistirão. Assim, haverá grupos que se manterão irreconciliáveis, endurecidos à voz do Espírito. Estes se constituirão nas filhas da grande meretriz de Apocalipse 17 - tão meretrizes quanto a mãe.
Contudo, não devemos nos desanimar. Deus sabia que isso aconteceria. No seu plano, o impuro sempre vem antes do puro, a mistura antes da separação. Na simbologia das Festas de Israel, ele mostrou que no Pentecostes, figura do derramamento do seu Espírito sobre toda a carne, haveria fermento, a mistura das ambições carnais com os dons de Deus. No estabelecimento do reino sobre Israel, figura da vinda do reino de Deus sobre a Terra, primeiro veio Saul, escolhido por Deus, cheio do Espírito e profetizando, mas rejeitado por amar seu próprio nome e reino mais do que o nome e reino de Deus. (Harold Walker, "Devolvendo a Igreja ao seu Dono")
Deus restaurará a Igreja remanescente. A restauração da Igreja pelo Espírito Santo mais uma vez manifestará ao mundo a Glória de Deus no meio de Seu povo. A Igreja dará, nessa época, maior valor à Palavra de Deus e a unção do Espírito Santo patenteará cada crente verdadeiro. Haverá santidade e temor do Senhor. Como conseqüência, haverá a maior colheita de almas da história. Muitos milagres físicos ocorrerão, como forma de maravilhar os bilhões que ainda não conhecem o Evangelho e estes serão alcançados pela salvação.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
domingo, 8 de agosto de 2010
MOVER DE DEUS?
A Igreja evangélica tem experimentado talvez um dos mais severos ventos de doutrina desde a sua existência, após a reforma protestante. Nunca a fé cristã, bíblica, foi tão descaracterizada, tão inutilizada como em nossos dias. Uma época de "unção disso, unção daquilo", mas de pouquíssimas conversões sinceras.
Mamom, o deus das finanças, nunca foi tão invocado no altar da Casa de Deus, como neste século. Como diz um dos poucos pastores sérios que ainda restam nesta Terra, um dos "7.000 joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou", "estão fazendo o Espírito Santo de tolo", atribuindo à ação Dele as tolices e sandices praticadas na Igreja.
Que Evangelho é esse que faz piada de Deus? Que Igreja é essa que é incapaz de lamentar e sofrer pelos que sofrem? Que amor é esse que só pensa em si mesmo? Jesus definitivamente está fora de lugares com esse, batendo à porta e pedindo para entrar! A questão é até quando...
Não é tempo de rir, mas de chorar; tempo de lamentação pela Casa de Deus. O espiritismo se tornou prática entre os crentes, justificado a partir de "unções de animais". Como diz o profeta Joel: "Cingi-vos de saco e lamentai-vos, sacerdotes; uivai, ministros do altar; entrai e passai a noite vestidos de saco, ministros do meu Deus".
O juízo há de vir sobre a Terra, isso é um fato. Mas antes disso, virá sobre a Igreja. Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus (I Pe 4.17), já é tempo do Senhor purificar novamente Levi, lançando-os no calor ardente do cadinho do ourives. Quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? (Ml 3.1-3). Afinal, o ouro só se funde a 1064 ºC...
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Mamom, o deus das finanças, nunca foi tão invocado no altar da Casa de Deus, como neste século. Como diz um dos poucos pastores sérios que ainda restam nesta Terra, um dos "7.000 joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou", "estão fazendo o Espírito Santo de tolo", atribuindo à ação Dele as tolices e sandices praticadas na Igreja.
Que Evangelho é esse que faz piada de Deus? Que Igreja é essa que é incapaz de lamentar e sofrer pelos que sofrem? Que amor é esse que só pensa em si mesmo? Jesus definitivamente está fora de lugares com esse, batendo à porta e pedindo para entrar! A questão é até quando...
Não é tempo de rir, mas de chorar; tempo de lamentação pela Casa de Deus. O espiritismo se tornou prática entre os crentes, justificado a partir de "unções de animais". Como diz o profeta Joel: "Cingi-vos de saco e lamentai-vos, sacerdotes; uivai, ministros do altar; entrai e passai a noite vestidos de saco, ministros do meu Deus".
O juízo há de vir sobre a Terra, isso é um fato. Mas antes disso, virá sobre a Igreja. Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus (I Pe 4.17), já é tempo do Senhor purificar novamente Levi, lançando-os no calor ardente do cadinho do ourives. Quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? (Ml 3.1-3). Afinal, o ouro só se funde a 1064 ºC...
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
VAI BUSCAR EM SEGREDO A CRISTO!
Marta, porém, andava distraída em muitos serviços [...] E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária. (Lc 10.40,41)
Vivemos num mundo extremamente agitado. As atividades diárias ocupam uma grande parcela de nosso tempo. Trabalho, escola, compras, trânsito (este, caótico como nunca, que diga-se de passagem!)... a lista é imensa. Com o aumento de nossa lista particular de "coisas a fazer", subconscientemente acabamos estabelecendo uma lista de prioridades, a fim de "trazer ordem ao caos". E assim as horas passam, e com elas os dias... o tempo torna-se o nosso maior adversário. Quantas coisas gostaríamos de fazer e não o fazemos porque simplesmente não sobra tempo? Quantos maravilhosos projetos de vida são "arquivados", classificados como "inviáveis" porque o tempo - esse grande inimigo invisível - chancelou-os destes modo?
O fato é que sempre que estabelecemos esta "lista mental" de prioridades, acabamos conferindo primazia a atividades que não deveriam ocupar tal posição. Se pararmos para pensar um pouco sobre o assunto, livres de pressões, facilmente constataremos duas grandes verdades. A primeira é que temos atividades em demasia em nosso rol de atividades. Nos envolvemos em muitas coisas, quer por vontade quer por delegação, quer por força do ofício. O rol de atividades está inchado! Obviamente, com o grande número de atividades, muitas serão relegadas à revelia.
A segunda verdade é o fato de que muitas atividades, cuja importância é sabiamente reconhecida, acabam ou sendo excluídas do rol de atividades, ou relegadas a última posição neste, ou mesmo sequer consideradas no rol! E aí é que se encontra o problema! Neste mundo enganoso e carnal, sofremos a ação de várias forças de diversas naturezas, cuja resultante, ao ser aplicada sobre nós, acaba por nos fazer escolher a solução mais simples: priorizarmos o mundo e suas demandas, ao lugar de priorizarmos o Reino de Deus e sua justiça.
Ah, o Reino e sua justiça! Tão real e sólido, mas tão abstrato em nossa vida...Tantas coisas, tantos afazeres... Afinal, quem cuidará do sustento de minha casa? Quem pagará as contas no final do mês? É nesse ponto que falhamos. Miseravelmente falhamos. Pensamos que para priorizar o Reino de Deus é necessário tornar-se um "contemplador ocioso", trancados numa caverna. O Reino de Deus, disse Jesus, nos é chegado, mas também está em nós. Logo, o Reino é implantado de dentro para fora: começa primeiro no interior do homem e então é manifesto exteriormente - é o domínio soberano de Deus sobre mim, o Seu governo irrestrito sobre a minha vida.
Trabalhar é uma atividade própria do Reino de Deus, afinal o reino é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha. Uma vinha cheia de trabalhadores! Jesus mesmo disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também (Jo 5.17). O plano de Deus envolve o trabalho humano desde os primórdios da criação, desde o Éden. Nem tudo na nossa vida é trabalho, por certo. Do mesmo modo, o descanso e o lazer também fazem parte do plano de Deus para o homem. Fazemos uma imensa e interminável polêmica acerca do descanso, e nos esquecemos que o descanso é para ser exercido, não discutido. Não descansamos - mesmo os guardadores de dias de descanso. Podemos estar em estado de inatividade laboral, mas a alma não está em repouso; a mente não consegue descansar, porque a única forma de repousar a alma é fazer com que o Reino de Deus seja priorizado no interior!
Priorizar o Reino em nosso interior é simples: é buscá-lo em primeiro lugar. Como buscar o Reino? Devo ir diariamente ao templo para buscar o Reino? Alguns acham que sim, e aí estabelecem uma extensa programação litúrgica em suas Igrejas. É claro que a ida ao templo tem o seu lugar e importância. É claro que "fazer a obra" tem o seu lugar na implantação do Reino exterior. Mas o templo sem o Reino no interior é exercício de religião e não de fé, é obrigação, é ato vazio e inútil em termos práticos. O único efeito disso será a ansiedade e a fadiga. A "obra" de implantação do Reino só tem efeito prático se o Reino tiver sido primeiramente implantado no interior de cada um de nós.
Como buscar o Reino? Buscando o Soberno Senhor do Reino. Como buscá-Lo? Da mesma forma que você buscaria alguém com quem você desejasse conversar um assunto particular ou ter um momento íntimo, à sos: em segredo! Buscar o Rei dos reis em segredo! Ele mesmo disse: "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto". Onde está a ênfase: no lugar (aposento)? Não, por certo. Jesus nunca colocou a ênfase sobre lugares quando o assunto é espiritual. A ênfase está no modo: em secreto. Algo "em secreto" é algo "íntimo", é algo ligado por afeição e confiança, algo que se passa entre pessoas muito chegadas entre si. Buscar o Reino é então reservar tempo (quando) para conversa íntima (oração) com o Pai. O melhor lugar é onde a intimidade é possível. Um tempo no tempo.
"Mas, para isso, terei que reservar um tempo na minha já complicada agenda? Já é difícil arrumar tempo!" Marta também achava a mesma coisa. Havia muitos serviços a serem realizados em sua complicada agenda diária. Ela até recebeu Jesus em sua casa. "Entra na minha casa, Mestre; o Senhor é bem-vindo. Fique à vontade enquanto vou ali resolver um problema. Volto já, já.", ela deve ter dito. Porém não parou um segundo sequer para dar-Lhe atenção, ansiosa e afadigada em muitos afazeres.
Muitos de nós agimos da mesma maneira que Marta. Convidamos Jesus para entrar em nossa casa. Dizemos "fica comigo óh meu Mestre; entra na minha casa, entra na minha vida". Mas, depois que O temos em casa, vamos resolver a nossa vida cotidiana. Depois que O recebemos em nossa vida, raramente damos-Lhe a atenção devida. Não paramos mais para conversar com Ele, não paramos para Ouví-lo. Falta o secreto!
É aí que encontramos o exemplo de Maria. O corre-corre, a agitação, o desassossego de Marta não impediu que Maria tivesse o seu "tempo secreto" com Jesus. Vassouras, louças e panelas, comida e roupas, com as quais Marta estava envolvida não conseguiram envolver Maria. Talvez elas estivessem trabalhando juntas, nas atividades domésticas, antes da chegada do Mestre. Mas agora Maria entendeu que o tempo era outro. "Cessa tudo o que a antiga musa canta, que um valor mais alto se alevanta." (Luiz de Camões, Lusíadas) Apesar de todo barulho e agitação causados pelo trabalho de sua irmã, Maria encontrou o "lugar secreto" onde Jesus poderia ser buscado.
O lugar secreto é mais que um lugar. É certo que Mateus fala de um lugar físico, mas para quem quer o lugar é o que pouco importa; tampouco o dia da semana. O que realmente importa é o buscar em secreto ao Mestre, é sentar-se aos seus pés, é rasgar o coração, é abrir tudo o que tem em si mesmo - e isso está muito longe de ser algo físico. É estar atento ao momento em que Jesus "entra em casa" - sim, porque você irá facilmente sentir à Sua presença quando Ele chegar. Marta recebeu Jesus em casa, mas não se apercebeu Dele; as atividades diárias bloquearam-lhe a sensibilidade. Maria era sensível à presença do Senhor, por isso parou tudo e sentou-se aos Seus pés. E, como disse Jesus, esta é a melhor parte, a qual não lhe foi tirada.
Como vai a sua sensibilidade? Você ainda consegue discernir quando o Senhor entra no seu cotidiano, quando Ele interfere positivamente no seu dia-a-dia? Consegue distinguir espiritualmente o chamado à comunhão, à parar tudo e por algum tempo assentar-se aos pés de Cristo? Consegue ainda ter o seu "lugar secreto", onde o encontro com o Mestre acontece às escondidas, no interior do coração humano onde o Reino está implantado, longe dos olhos dos homens?
Quero oferecer-lhe um hino, antigo, para sua meditação e enlevo espiritual. O nome é "Vai Buscar", de autoria do Pr. Feliciano Amaral. Clique e ouça!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Vivemos num mundo extremamente agitado. As atividades diárias ocupam uma grande parcela de nosso tempo. Trabalho, escola, compras, trânsito (este, caótico como nunca, que diga-se de passagem!)... a lista é imensa. Com o aumento de nossa lista particular de "coisas a fazer", subconscientemente acabamos estabelecendo uma lista de prioridades, a fim de "trazer ordem ao caos". E assim as horas passam, e com elas os dias... o tempo torna-se o nosso maior adversário. Quantas coisas gostaríamos de fazer e não o fazemos porque simplesmente não sobra tempo? Quantos maravilhosos projetos de vida são "arquivados", classificados como "inviáveis" porque o tempo - esse grande inimigo invisível - chancelou-os destes modo?
O fato é que sempre que estabelecemos esta "lista mental" de prioridades, acabamos conferindo primazia a atividades que não deveriam ocupar tal posição. Se pararmos para pensar um pouco sobre o assunto, livres de pressões, facilmente constataremos duas grandes verdades. A primeira é que temos atividades em demasia em nosso rol de atividades. Nos envolvemos em muitas coisas, quer por vontade quer por delegação, quer por força do ofício. O rol de atividades está inchado! Obviamente, com o grande número de atividades, muitas serão relegadas à revelia.
A segunda verdade é o fato de que muitas atividades, cuja importância é sabiamente reconhecida, acabam ou sendo excluídas do rol de atividades, ou relegadas a última posição neste, ou mesmo sequer consideradas no rol! E aí é que se encontra o problema! Neste mundo enganoso e carnal, sofremos a ação de várias forças de diversas naturezas, cuja resultante, ao ser aplicada sobre nós, acaba por nos fazer escolher a solução mais simples: priorizarmos o mundo e suas demandas, ao lugar de priorizarmos o Reino de Deus e sua justiça.
Ah, o Reino e sua justiça! Tão real e sólido, mas tão abstrato em nossa vida...Tantas coisas, tantos afazeres... Afinal, quem cuidará do sustento de minha casa? Quem pagará as contas no final do mês? É nesse ponto que falhamos. Miseravelmente falhamos. Pensamos que para priorizar o Reino de Deus é necessário tornar-se um "contemplador ocioso", trancados numa caverna. O Reino de Deus, disse Jesus, nos é chegado, mas também está em nós. Logo, o Reino é implantado de dentro para fora: começa primeiro no interior do homem e então é manifesto exteriormente - é o domínio soberano de Deus sobre mim, o Seu governo irrestrito sobre a minha vida.
Trabalhar é uma atividade própria do Reino de Deus, afinal o reino é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha. Uma vinha cheia de trabalhadores! Jesus mesmo disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também (Jo 5.17). O plano de Deus envolve o trabalho humano desde os primórdios da criação, desde o Éden. Nem tudo na nossa vida é trabalho, por certo. Do mesmo modo, o descanso e o lazer também fazem parte do plano de Deus para o homem. Fazemos uma imensa e interminável polêmica acerca do descanso, e nos esquecemos que o descanso é para ser exercido, não discutido. Não descansamos - mesmo os guardadores de dias de descanso. Podemos estar em estado de inatividade laboral, mas a alma não está em repouso; a mente não consegue descansar, porque a única forma de repousar a alma é fazer com que o Reino de Deus seja priorizado no interior!
Priorizar o Reino em nosso interior é simples: é buscá-lo em primeiro lugar. Como buscar o Reino? Devo ir diariamente ao templo para buscar o Reino? Alguns acham que sim, e aí estabelecem uma extensa programação litúrgica em suas Igrejas. É claro que a ida ao templo tem o seu lugar e importância. É claro que "fazer a obra" tem o seu lugar na implantação do Reino exterior. Mas o templo sem o Reino no interior é exercício de religião e não de fé, é obrigação, é ato vazio e inútil em termos práticos. O único efeito disso será a ansiedade e a fadiga. A "obra" de implantação do Reino só tem efeito prático se o Reino tiver sido primeiramente implantado no interior de cada um de nós.
Como buscar o Reino? Buscando o Soberno Senhor do Reino. Como buscá-Lo? Da mesma forma que você buscaria alguém com quem você desejasse conversar um assunto particular ou ter um momento íntimo, à sos: em segredo! Buscar o Rei dos reis em segredo! Ele mesmo disse: "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto". Onde está a ênfase: no lugar (aposento)? Não, por certo. Jesus nunca colocou a ênfase sobre lugares quando o assunto é espiritual. A ênfase está no modo: em secreto. Algo "em secreto" é algo "íntimo", é algo ligado por afeição e confiança, algo que se passa entre pessoas muito chegadas entre si. Buscar o Reino é então reservar tempo (quando) para conversa íntima (oração) com o Pai. O melhor lugar é onde a intimidade é possível. Um tempo no tempo.
"Mas, para isso, terei que reservar um tempo na minha já complicada agenda? Já é difícil arrumar tempo!" Marta também achava a mesma coisa. Havia muitos serviços a serem realizados em sua complicada agenda diária. Ela até recebeu Jesus em sua casa. "Entra na minha casa, Mestre; o Senhor é bem-vindo. Fique à vontade enquanto vou ali resolver um problema. Volto já, já.", ela deve ter dito. Porém não parou um segundo sequer para dar-Lhe atenção, ansiosa e afadigada em muitos afazeres.
Muitos de nós agimos da mesma maneira que Marta. Convidamos Jesus para entrar em nossa casa. Dizemos "fica comigo óh meu Mestre; entra na minha casa, entra na minha vida". Mas, depois que O temos em casa, vamos resolver a nossa vida cotidiana. Depois que O recebemos em nossa vida, raramente damos-Lhe a atenção devida. Não paramos mais para conversar com Ele, não paramos para Ouví-lo. Falta o secreto!
É aí que encontramos o exemplo de Maria. O corre-corre, a agitação, o desassossego de Marta não impediu que Maria tivesse o seu "tempo secreto" com Jesus. Vassouras, louças e panelas, comida e roupas, com as quais Marta estava envolvida não conseguiram envolver Maria. Talvez elas estivessem trabalhando juntas, nas atividades domésticas, antes da chegada do Mestre. Mas agora Maria entendeu que o tempo era outro. "Cessa tudo o que a antiga musa canta, que um valor mais alto se alevanta." (Luiz de Camões, Lusíadas) Apesar de todo barulho e agitação causados pelo trabalho de sua irmã, Maria encontrou o "lugar secreto" onde Jesus poderia ser buscado.
O lugar secreto é mais que um lugar. É certo que Mateus fala de um lugar físico, mas para quem quer o lugar é o que pouco importa; tampouco o dia da semana. O que realmente importa é o buscar em secreto ao Mestre, é sentar-se aos seus pés, é rasgar o coração, é abrir tudo o que tem em si mesmo - e isso está muito longe de ser algo físico. É estar atento ao momento em que Jesus "entra em casa" - sim, porque você irá facilmente sentir à Sua presença quando Ele chegar. Marta recebeu Jesus em casa, mas não se apercebeu Dele; as atividades diárias bloquearam-lhe a sensibilidade. Maria era sensível à presença do Senhor, por isso parou tudo e sentou-se aos Seus pés. E, como disse Jesus, esta é a melhor parte, a qual não lhe foi tirada.
Como vai a sua sensibilidade? Você ainda consegue discernir quando o Senhor entra no seu cotidiano, quando Ele interfere positivamente no seu dia-a-dia? Consegue distinguir espiritualmente o chamado à comunhão, à parar tudo e por algum tempo assentar-se aos pés de Cristo? Consegue ainda ter o seu "lugar secreto", onde o encontro com o Mestre acontece às escondidas, no interior do coração humano onde o Reino está implantado, longe dos olhos dos homens?
Quero oferecer-lhe um hino, antigo, para sua meditação e enlevo espiritual. O nome é "Vai Buscar", de autoria do Pr. Feliciano Amaral. Clique e ouça!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
QUAL É A DIFERENÇA?
Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve. (Ml 3.18)
Qual é a diferença entre ser cristão ou não ser?
Ambos nascem, crescem, se reproduzem, envelhecem e morrem. Ambos precisam estudar, se formar e trabalhar; precisam, precisam e precisam.
Ambos namoram. Alguns casam-se, outros ficam solteiros. Alguns têm filhos, outros não. Alguns se separam, outros sofrem com a separação. São abandonados, sem saber o porquê; outros o sabem. Alguns são amados, outros não. Ambos brigam, choram, se ferem e se magoam. Ambos fazem as pazes e trocam juras de amor. Ambos podem ser traídos, ou podem viver um "endless love".
Ambos ficam doentes. Alguns mais do que os outros. Uns precisam de "vitamina C e cama", outro precisam ser hospitalizados. Precisam de cirurgia, de tratamentos caros, de remédios cheios de contra-indicações. Alguns sofrem com a doença própria, outros com a doença de pessoas amadas e queridas; no fim, independente do motivo, todos sofrem.
Ambos morrem. Quer de doenças, quer de acidentes, quer de homicídios, quer de velhice. Uns morrem mais velhos, outros mais novos. Uns morrem dormindo, outros sofrem tanto que dormem apenas na morte. Uns morrem cheios de pessoas ao redor, outros morrem sozinhos, sem ninguém por perto. Alguns deixam saudades, outros deixam um sentimento de "foi tarde".
O avião que cai do céu, o carro que capota e o barco que afunda têm algo em comum: transportam cristãos e não cristãos. A criança atropelada, o chefe de família assassinado na tentativa de assalto e o envenenamento com palmito contaminado atinge ambos os grupos, indistintamente.
Ambos são sepultados. Uns diretamente no chão, em covas rasas; outros, sem sepulcros de mármore, em jazigos perpétuos. Ambos possuem pelo menos uma pessoa que chorará por eles, que carregará o caixão, que lançará uma coroa de flores antes de se cobrir o túmulo. Porém, ambos estão sujeitos a morrer como indigentes, sem nunca serem encontrados por seus queridos. Ambos podem ser cremados, dependendo das posses em vida.
Então, qual é a diferença?
"E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve." (v. 17)
A diferença está em pertencer ao Senhor. Aquele que à Ele pertencer, tem o Espírito Santo como consolador, independente da causa de sua dor. Mesmo que sofra, mesmo que adoeça, mesmo que chore ou se magoe, ou até mesmo que experimente o "vale da sombra da morte", Deus está com ele! Todos os dias, de domingo a domingo, de sol a sol, Jesus está com ele (Mt 28.20)!
O cristão pode cair, mas jamais ficará prostrado, pois Senhor o levantará (Sl 37.24). Ele passa por mil aflições, e grita por socorro, e o Senhor mesmo se faz o seu socorro bem presente na hora da angústia! Quando o inimigo se levanta contra ele como uma enxurrada violenta de muitas águas, o Espírito do Senhor sai em sua defesa, levantando contra o inmigo a sua bandeira (Is 59.19).
O cristão sabe que pode contar com o Seu Senhor. Ele não muda nunca! Ele nunca deixa de amá-lo! Mesmo quebrado, arrasado, destroçado ou consumido pela dor sempre há esperança, porque o Seu Redentor Vive! E porque Ele vive, nós podemos crer no amanhã; porque Ele vive, temor não há! A nossa vida está nas mãos do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que vivo está!
E quando a hora do cristão chegar, quando o seu tempo sobre a terra estiver completo e o Senhor o chamar para Si, ele estará para sempre com o Seu Senhor. Os anjos - conservos de Cristo - haverão de escoltá-lo até as mansões celestiais. Ele verá na glória o Seu Senhor, em quem creu e amou sem ver fisicamente. O mesmo Senhor, que o guardou por toda a sua vida na terra dos viventes, que o consolou em vida, limpará agora de seus olhos toda a lágrima, definitivamente. Na nova terra onde o cristão morará, já não haverá mais tristeza, nem fome, nem dor. Ali nunca mais haverá maldição contra alguém.
Naquela santa cidade estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre.
Conclusão:
Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.
E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Qual é a diferença entre ser cristão ou não ser?
Ambos nascem, crescem, se reproduzem, envelhecem e morrem. Ambos precisam estudar, se formar e trabalhar; precisam, precisam e precisam.
Ambos namoram. Alguns casam-se, outros ficam solteiros. Alguns têm filhos, outros não. Alguns se separam, outros sofrem com a separação. São abandonados, sem saber o porquê; outros o sabem. Alguns são amados, outros não. Ambos brigam, choram, se ferem e se magoam. Ambos fazem as pazes e trocam juras de amor. Ambos podem ser traídos, ou podem viver um "endless love".
Ambos ficam doentes. Alguns mais do que os outros. Uns precisam de "vitamina C e cama", outro precisam ser hospitalizados. Precisam de cirurgia, de tratamentos caros, de remédios cheios de contra-indicações. Alguns sofrem com a doença própria, outros com a doença de pessoas amadas e queridas; no fim, independente do motivo, todos sofrem.
Ambos morrem. Quer de doenças, quer de acidentes, quer de homicídios, quer de velhice. Uns morrem mais velhos, outros mais novos. Uns morrem dormindo, outros sofrem tanto que dormem apenas na morte. Uns morrem cheios de pessoas ao redor, outros morrem sozinhos, sem ninguém por perto. Alguns deixam saudades, outros deixam um sentimento de "foi tarde".
O avião que cai do céu, o carro que capota e o barco que afunda têm algo em comum: transportam cristãos e não cristãos. A criança atropelada, o chefe de família assassinado na tentativa de assalto e o envenenamento com palmito contaminado atinge ambos os grupos, indistintamente.
Ambos são sepultados. Uns diretamente no chão, em covas rasas; outros, sem sepulcros de mármore, em jazigos perpétuos. Ambos possuem pelo menos uma pessoa que chorará por eles, que carregará o caixão, que lançará uma coroa de flores antes de se cobrir o túmulo. Porém, ambos estão sujeitos a morrer como indigentes, sem nunca serem encontrados por seus queridos. Ambos podem ser cremados, dependendo das posses em vida.
Então, qual é a diferença?
"E eles serão meus, diz o SENHOR dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve." (v. 17)
A diferença está em pertencer ao Senhor. Aquele que à Ele pertencer, tem o Espírito Santo como consolador, independente da causa de sua dor. Mesmo que sofra, mesmo que adoeça, mesmo que chore ou se magoe, ou até mesmo que experimente o "vale da sombra da morte", Deus está com ele! Todos os dias, de domingo a domingo, de sol a sol, Jesus está com ele (Mt 28.20)!
O cristão pode cair, mas jamais ficará prostrado, pois Senhor o levantará (Sl 37.24). Ele passa por mil aflições, e grita por socorro, e o Senhor mesmo se faz o seu socorro bem presente na hora da angústia! Quando o inimigo se levanta contra ele como uma enxurrada violenta de muitas águas, o Espírito do Senhor sai em sua defesa, levantando contra o inmigo a sua bandeira (Is 59.19).
O cristão sabe que pode contar com o Seu Senhor. Ele não muda nunca! Ele nunca deixa de amá-lo! Mesmo quebrado, arrasado, destroçado ou consumido pela dor sempre há esperança, porque o Seu Redentor Vive! E porque Ele vive, nós podemos crer no amanhã; porque Ele vive, temor não há! A nossa vida está nas mãos do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que vivo está!
E quando a hora do cristão chegar, quando o seu tempo sobre a terra estiver completo e o Senhor o chamar para Si, ele estará para sempre com o Seu Senhor. Os anjos - conservos de Cristo - haverão de escoltá-lo até as mansões celestiais. Ele verá na glória o Seu Senhor, em quem creu e amou sem ver fisicamente. O mesmo Senhor, que o guardou por toda a sua vida na terra dos viventes, que o consolou em vida, limpará agora de seus olhos toda a lágrima, definitivamente. Na nova terra onde o cristão morará, já não haverá mais tristeza, nem fome, nem dor. Ali nunca mais haverá maldição contra alguém.
Naquela santa cidade estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre.
Conclusão:
Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.
E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
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