Talvez, às portas do final de mais um ano, este seja o desejo do seu coração. Afinal, quem não gostaria de poder voltar ao passado, para reviver os bons e agradáveis momentos que passaram, ou mesmo para evitar os erros cometidos. Como seria bom poder reencontrar aquelas pessoas que amamos, mas que infelizmente perdemos; como seria agradável voltar e poder dizer a elas o quanto as amamos, o quanto são importantes para nós, o quanto fazem falta!
Quantos que ou se separaram ou foram separados de alguém que um dia muito amou não gostaria de viajar no tempo, de voltar atrás e aproveitar cada momento, de eternizar cada gesto de carinho, de viver novamente, juntinho, com aquela pessoa que se foi...
Como seria maravilhoso também poder voltar e desfazer os antigos mal-entendidos. Poder olhar novamente nos olhos daqueles com quem brigamos e dizer-lhes que tudo não passou de um mero mal-entendido. Que foi o nosso jeito "sem-jeito mandou lembrança" que causou todo transtorno. "Me perdoe!", frase que ficou engasgada pela raiva e pelo orgulho e que hoje, depois de todo tempo, tornou-se fonte de mágoa e amargura. De poder voltar atrás em nossas decisões erradas e recomeçar tudo de novo!
Quantos que, mesmo depois de tanto tempo, ainda não sentem a dor da amargura! Deixaram passar o tempo, achando que o tempo seria o melhor remédio, mas o remédio se mostrou ineficaz para combater os males do coração, do ódio, do orgulho e da incompreensão!
"Ah, se eu pudesse voltar no tempo...! Ah, se fosse possível...!"
Infelizmente, a despeito da ficção científica, não é possível viajar no tempo. O que foi feito, está feito; o que foi decidido, está decidido; o que foi perdido, perdido foi. Essa é a nossa limitação, estamos confinados em nossa existência num horizonte de espaço-tempo irreversível. Não há como voltar ao passado, nem ir ao futuro; apenas viver o presente.
Não é possível voltar ao passado e impedir que o amor seja perdido, porém talvez possa ser reconstruído. Do mesmo modo, não é possível desfazer os erros, mas é possível aprender com eles e não mais cometê-los. Enquanto há vida, há esperança! E enquanto crentes em Cristo, há inúmeras possibilidades à nossa frente; inúmeras combinações e arranjos que, se entregues nas mãos do Senhor, redundarão em novos bons momentos e em novas oportunidades de amar e de viver. Por mais que o diabo tenha matado, roubado ou destruído o que lhe foi (ou é) precioso, o Senhor Jesus veio nos dar vida e esta em abundância! E onde há vida, a morte já não mais existe!
Não lamente-se pelo ano que passou, querido leitor! Levante a cabeça, creia em Deus, creia em Jesus! Ele te ama e jamais te desamparará! Ainda há um pasto verdejante com águas tranqüilas para você, pois o Senhor é o teu Pastor! Nada te faltará! Mesmo que você esteja atravessando um momento terrível em sua vida, Ele está contigo! Permita-se ser consolado pelo cajado pastoral do Senhor! O Espírito Santo está em você, dê lugar a Ele, e então a sua ferida d´alma sarará; deixe-O interceder em você e por você, nesta hora, com gemidos inexprimíveis e então você sentirá o carinho e amor do Paizinho querido por você!
Eu profetizo sobre a tua vida, querido(a) leitor(a), um ano repleto das bênçãos do Senhor em todas as áreas da sua vida - sentimental, financeira, profissional, familiar, espiritual, ministerial - enfim, todas! Que o SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; que o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz!
Feliz Ano Novo, na presença do Senhor!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
FELIZ NATAL!
A todos os meus queridos irmãos, irmãs e amigos que seguem este blog, desejo um feliz Natal! Que o maior presente venha do Alto, do Pai das Luzes, o maior presenteador do Universo!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
COMO ENTENDER AS FESTAS BÍBLICAS NO CONTEXTO DA IGREJA
Tenho a impressão de que nunca se falou tanto nas festas bíblicas como em nossos dias. Muitas denominações evangélicas - até mesmo históricas - passaram a redescobrir esta parte da Bíblia, voltando-se para as celebrações específicas, de acordo com a época do ano. Também conhecidas como festas judaicas, foram determinadas por Deus a Israel como momentos de alegria, de gratidão pelas bênçãos alcançadas, para louvor ao Senhor; para perdão e reflexão, rememorando episódios importantes na vida do povo do Senhor.
Muito se tem discutido acerca da celebração destas festas. Deveria a igreja celebrá-las, ou isso ficou no passado distante do Velho Testamento? A igreja cairia no erro dos judaizantes, conforme a epístola de Paulo aos Gálatas, por celebrar as festas? Será que a igreja perde sua essência neo testamentária ao celebrar a festa dos tabernáculos, por exemplo? Há muito debate, pouco consenso e muita confusão... permitindo-me a citação, Hiney Ma Tov umanaim Shevet achim gam yachad!
Ora, se vamos discutir se a igreja vai celebrar as festas judaicas/bíblicas, vamos ampliar a discussão, de modo a não debatermos superficialmente. Vamos começar com a seguinte pergunta: a igreja deve celebrar festas? As festas fazem - ou podem fazer - parte da liturgia da igreja? Ou a alegria - inerente às festas - atrapalha a adoração a Deus e a meditação nas Escrituras? A alegria favorece a carnalidade, a sensualidade, o pecado?
Muitos pastores e líderes denominacionais acreditam que sim. "A igreja do Senhor não é lugar para risos, para alegria!". Nem o simples ato de bater palmas é permitido! Se alguém manifesta-se durante o culto, quebrando o silêncio sepulcral entre as falas do pregador com um "aleluia!", "glória a Deus!" é logo visto como "perturbador da ordem do culto" e, no mínimo, será repreendido - ou exortado, se preferir, pelo próprio pregador, ou por um diácono, ou pelo irmão do lado. O "consensus" dominante é o expresso pelo Venerável Jorge ("O Nome da Rosa"): "O riso mata o temor. E sem temor, não pode haver fé. Porque se não se teme ao demônio não há mais necessidade de Deus."
O que está por detrás disso? Me desculpem os praticantes, mas o que há é uma religiosidade falida, hipócrita. São incapazes de manifestar qualquer emoção num culto, mas são prontos a se emocionarem num jogo de futebol, num casamento, ou mesmo com as piadas que circulam na sociedade. São capazes de sorrir diante das pegadinhas, diante dos próprios erros. "Mas no culto, não! Deus é santo, e santidade é contrária a alegria!" Infelizmente, existe muita gente doente que acredita nisso. Doentes de alma, isso é o que são! Veja, por exemplo, a celebração da Ceia (isso é outro "motivo de guerra", já no nome. Usar o adjetivo "Santa" para qualificar a "Ceia do Senhor" está terminantemente proibido. Pergunto: o Senhor é santo? Se sim, a Ceia dele não o é? O Santo Senhor tem uma Ceia não-santa? Por favor...). A Santa Ceia foi transformada em culto fúnebre! Cada um come seu pão e bebe seu cálice apressadamente e sai da igreja com cara de santo, de circunspecção...É, infelizmente a igreja tem muitos como "venerável Jorge": eliminam a alegria (e com ela a espontaneidade) em tudo o que se refere à fé...
"Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." (Romanos 14:17) Qualquer outra definição do que venha a ser o Reino de Deus e que não envolver estes elementos é espúria, produto de uma mente humana sem a revelação de Deus. As atividades que fazemos no Reino de Deus precisam, necessariamente, envolver justiça, paz e alegria no Espírito Santo; sejam elas àquelas ligadas ao serviço cristão ou à adoração. Sem alegria, até o pastoreio é inútil aos crentes (Hb 13.17). Se até João Batista saltou de alegria, ainda no ventre de sua mãe Isabel, na presença do Salvador que ainda estava no ventre de Maria, porque nós não podemos fazer o mesmo? (Lc 1.44) Se ao voltarem da missão, os 70 o fizeream com alegria (Lc 10.17), porque nós nos voltaremos para a tristeza? A ALEGRIA É CARACTERÍSTICA INERENTE DO SALVO EM CRISTO, TEMA CONSTANTE EM TODO O NOVO TESTAMENTO!
Agora que esclarecemos que a alegria é característica inseparável do crente em Cristo, voltemos ao início: a igreja pode celebrar festas. O próprio culto cristão deve ser sempre encarado como festa. Há muitas festas que as igrejas celebram. Por exemplo, o dia do pastor; os aniversariantes do mês; o batismo (a exemplo da Santa Ceia, outra ordenança celebrada sem o elemento festivo e alegre...); o aniversário da igreja; os congressos; o casamento; o natal; festa das nações; etc. Há algumas igrejas que, de forma inovativa, passaram a celebrar outras festas, como "festa jesuina", "halloween gospel", etc. (não vamos neste post argumentar acerca do mérito destas festas, apenas apresentá-las como prática) Observe que a própria celebração do Natal, conforme estabelecido pela tradição, tem sua origem no paganismo babilônico e nem por isso muitos cristãos deixam de decorar suas casas e igrejas...um "vivas!" a liberdade cristã!
Bem, se podemos celebrar várias festas sem prejudicar a nossa espiritualidade - mesmo aquelas que têm origem não-bíblica - porque não podemos celebrar as festas bíblicas? Porque não podemos celebrar o Shavuot (também conhecida como Festa das Colheitas ou Festa das Prímicias)? Ou Tabernáculos? Penso que o problema está no entendimento das festas no contexto da igreja. Há, infelizmente, muitos que entendem (e querem impor este entendimento) que as festas são ordenanças do Senhor para a igreja. Trata-se do mesmo grupo que quer impor o sábado como dia da guarda, o uso obrigatório de shofar, o uso de talit para ministração do culto cristão, imposição do nome de Jesus em hebraico, e coisas do gênero. Tais elementos não são obrigatórios ao culto cristão, em hipótese alguma! Algumas são ordenanças para Israel, no período do Velho Testamento; outras são produto da cultura e tradição judaica. Judaizar a igreja é algo combatido veementemente pelo apóstolo Paulo. Igreja não é sinagoga, nem é derivado dela; mas é algo completamente novo no contexto do Novo Testamento!
Outra coisa: Deus não é propriedade de ninguém. DEle são todos os homens, de todas as culturas, de todos os povos, tribos, línguas e nações. DEle é a terra e toda a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam (Sl 24.1). Deus não é aculturado nem busca aculturar ninguém, Ele respeita cada cultura que há nesta terra. Deus não escolheu uma cultura, escolheu um povo e o comissionou para ir ao mundo como missionários transculturais.
Seu isolamento fez com que o Senhor se voltasse para os gentios. Aqui, há outro grande erro, só que desta vez por parte da igreja, que se acha substituta de Israel. Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. (Rm 11.1,2) Deus não substituiu ninguém, apenas permitiu que nós, que não somos parte do Israel natural, pudéssemos ser parte do Israel espiritual (gentios e judeus, convertidos à Jesus Cristo). Deus reservou um remanescente em Israel segundo a graça. Agora, perceba o argumento paulino: "Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra." Israel foi eleito - assim como nós - não por suas obras, por sua tradição, por sua cultura, por suas festas ou coisas do gênero. Foi eleito pela GRAÇA, pelo favor imerecido de Deus!
Assim, a igreja não deve celebrar as festas enquanto obrigação de Deus para ela. Mas ela pode fazê-lo enquanto ensino. As festas possuem toda uma tipologia voltada para o Novo Testamento (assim como o cada utensílio do tabernáculo, por exemplo). Ensinar as verdades do Novo Testamento de uma forma lúdica, alegre, é muito gratificante, além de possibilitar a assimilação destas verdades com mais facilidade. Por exemplo, ao celebrar a festa dos tabernáculos (Sucot), a igreja pode ensinar sobre a vinda e sobre a volta de Cristo. A festa das Trombetas (Yom Teruah) pode servir, dentre outros, para ensinar acerca do arrebatamento da Igreja. Shavuot pode servir para ensinar acerca do Pentecostes (aliás, estudando Shavuot é fácil perceber porque há tanta carnalidade no meio pentecostal). Além disso, o aspecto visual fica muito bonito.
Agora, é óbvio que o nó górdio consiste na imperiosa necessidade de se preparar doutrinariamente a igreja antes de celebrar as festas. Celebrar as festas bíblicas sem o correspondente ensino bíblico é uma temeridade, podendo acarretar, dentre outros, invencionices, falsos misticismos e idolatria, além de judaizar a igreja. Ao contrário, os benefícios são evidentes. Lembre-se: Jesus é o tema central da Bíblia, Ele é o alfa e o ômega, o princípio e o fim, a razão e o cumprimento de todas as profecias, símbolos e festas bíblicas!
Para finalizar, pergunto: como devem ser o tratamento entre os que celebram e os que não celebram as festas? Os que não celebram devem ser julgados pelos que o fazem, ou vice-versa? De modo nenhum. "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." (Cl 2.16,17 = grifo adicionado). Novamente, Hiney Ma Tov umanaim Shevet achim gam yachad!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Muito se tem discutido acerca da celebração destas festas. Deveria a igreja celebrá-las, ou isso ficou no passado distante do Velho Testamento? A igreja cairia no erro dos judaizantes, conforme a epístola de Paulo aos Gálatas, por celebrar as festas? Será que a igreja perde sua essência neo testamentária ao celebrar a festa dos tabernáculos, por exemplo? Há muito debate, pouco consenso e muita confusão... permitindo-me a citação, Hiney Ma Tov umanaim Shevet achim gam yachad!
Ora, se vamos discutir se a igreja vai celebrar as festas judaicas/bíblicas, vamos ampliar a discussão, de modo a não debatermos superficialmente. Vamos começar com a seguinte pergunta: a igreja deve celebrar festas? As festas fazem - ou podem fazer - parte da liturgia da igreja? Ou a alegria - inerente às festas - atrapalha a adoração a Deus e a meditação nas Escrituras? A alegria favorece a carnalidade, a sensualidade, o pecado?
Muitos pastores e líderes denominacionais acreditam que sim. "A igreja do Senhor não é lugar para risos, para alegria!". Nem o simples ato de bater palmas é permitido! Se alguém manifesta-se durante o culto, quebrando o silêncio sepulcral entre as falas do pregador com um "aleluia!", "glória a Deus!" é logo visto como "perturbador da ordem do culto" e, no mínimo, será repreendido - ou exortado, se preferir, pelo próprio pregador, ou por um diácono, ou pelo irmão do lado. O "consensus" dominante é o expresso pelo Venerável Jorge ("O Nome da Rosa"): "O riso mata o temor. E sem temor, não pode haver fé. Porque se não se teme ao demônio não há mais necessidade de Deus."
O que está por detrás disso? Me desculpem os praticantes, mas o que há é uma religiosidade falida, hipócrita. São incapazes de manifestar qualquer emoção num culto, mas são prontos a se emocionarem num jogo de futebol, num casamento, ou mesmo com as piadas que circulam na sociedade. São capazes de sorrir diante das pegadinhas, diante dos próprios erros. "Mas no culto, não! Deus é santo, e santidade é contrária a alegria!" Infelizmente, existe muita gente doente que acredita nisso. Doentes de alma, isso é o que são! Veja, por exemplo, a celebração da Ceia (isso é outro "motivo de guerra", já no nome. Usar o adjetivo "Santa" para qualificar a "Ceia do Senhor" está terminantemente proibido. Pergunto: o Senhor é santo? Se sim, a Ceia dele não o é? O Santo Senhor tem uma Ceia não-santa? Por favor...). A Santa Ceia foi transformada em culto fúnebre! Cada um come seu pão e bebe seu cálice apressadamente e sai da igreja com cara de santo, de circunspecção...É, infelizmente a igreja tem muitos como "venerável Jorge": eliminam a alegria (e com ela a espontaneidade) em tudo o que se refere à fé...
"Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." (Romanos 14:17) Qualquer outra definição do que venha a ser o Reino de Deus e que não envolver estes elementos é espúria, produto de uma mente humana sem a revelação de Deus. As atividades que fazemos no Reino de Deus precisam, necessariamente, envolver justiça, paz e alegria no Espírito Santo; sejam elas àquelas ligadas ao serviço cristão ou à adoração. Sem alegria, até o pastoreio é inútil aos crentes (Hb 13.17). Se até João Batista saltou de alegria, ainda no ventre de sua mãe Isabel, na presença do Salvador que ainda estava no ventre de Maria, porque nós não podemos fazer o mesmo? (Lc 1.44) Se ao voltarem da missão, os 70 o fizeream com alegria (Lc 10.17), porque nós nos voltaremos para a tristeza? A ALEGRIA É CARACTERÍSTICA INERENTE DO SALVO EM CRISTO, TEMA CONSTANTE EM TODO O NOVO TESTAMENTO!
Agora que esclarecemos que a alegria é característica inseparável do crente em Cristo, voltemos ao início: a igreja pode celebrar festas. O próprio culto cristão deve ser sempre encarado como festa. Há muitas festas que as igrejas celebram. Por exemplo, o dia do pastor; os aniversariantes do mês; o batismo (a exemplo da Santa Ceia, outra ordenança celebrada sem o elemento festivo e alegre...); o aniversário da igreja; os congressos; o casamento; o natal; festa das nações; etc. Há algumas igrejas que, de forma inovativa, passaram a celebrar outras festas, como "festa jesuina", "halloween gospel", etc. (não vamos neste post argumentar acerca do mérito destas festas, apenas apresentá-las como prática) Observe que a própria celebração do Natal, conforme estabelecido pela tradição, tem sua origem no paganismo babilônico e nem por isso muitos cristãos deixam de decorar suas casas e igrejas...um "vivas!" a liberdade cristã!
Bem, se podemos celebrar várias festas sem prejudicar a nossa espiritualidade - mesmo aquelas que têm origem não-bíblica - porque não podemos celebrar as festas bíblicas? Porque não podemos celebrar o Shavuot (também conhecida como Festa das Colheitas ou Festa das Prímicias)? Ou Tabernáculos? Penso que o problema está no entendimento das festas no contexto da igreja. Há, infelizmente, muitos que entendem (e querem impor este entendimento) que as festas são ordenanças do Senhor para a igreja. Trata-se do mesmo grupo que quer impor o sábado como dia da guarda, o uso obrigatório de shofar, o uso de talit para ministração do culto cristão, imposição do nome de Jesus em hebraico, e coisas do gênero. Tais elementos não são obrigatórios ao culto cristão, em hipótese alguma! Algumas são ordenanças para Israel, no período do Velho Testamento; outras são produto da cultura e tradição judaica. Judaizar a igreja é algo combatido veementemente pelo apóstolo Paulo. Igreja não é sinagoga, nem é derivado dela; mas é algo completamente novo no contexto do Novo Testamento!
Outra coisa: Deus não é propriedade de ninguém. DEle são todos os homens, de todas as culturas, de todos os povos, tribos, línguas e nações. DEle é a terra e toda a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam (Sl 24.1). Deus não é aculturado nem busca aculturar ninguém, Ele respeita cada cultura que há nesta terra. Deus não escolheu uma cultura, escolheu um povo e o comissionou para ir ao mundo como missionários transculturais.
Seu isolamento fez com que o Senhor se voltasse para os gentios. Aqui, há outro grande erro, só que desta vez por parte da igreja, que se acha substituta de Israel. Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. (Rm 11.1,2) Deus não substituiu ninguém, apenas permitiu que nós, que não somos parte do Israel natural, pudéssemos ser parte do Israel espiritual (gentios e judeus, convertidos à Jesus Cristo). Deus reservou um remanescente em Israel segundo a graça. Agora, perceba o argumento paulino: "Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra." Israel foi eleito - assim como nós - não por suas obras, por sua tradição, por sua cultura, por suas festas ou coisas do gênero. Foi eleito pela GRAÇA, pelo favor imerecido de Deus!
Assim, a igreja não deve celebrar as festas enquanto obrigação de Deus para ela. Mas ela pode fazê-lo enquanto ensino. As festas possuem toda uma tipologia voltada para o Novo Testamento (assim como o cada utensílio do tabernáculo, por exemplo). Ensinar as verdades do Novo Testamento de uma forma lúdica, alegre, é muito gratificante, além de possibilitar a assimilação destas verdades com mais facilidade. Por exemplo, ao celebrar a festa dos tabernáculos (Sucot), a igreja pode ensinar sobre a vinda e sobre a volta de Cristo. A festa das Trombetas (Yom Teruah) pode servir, dentre outros, para ensinar acerca do arrebatamento da Igreja. Shavuot pode servir para ensinar acerca do Pentecostes (aliás, estudando Shavuot é fácil perceber porque há tanta carnalidade no meio pentecostal). Além disso, o aspecto visual fica muito bonito.
Agora, é óbvio que o nó górdio consiste na imperiosa necessidade de se preparar doutrinariamente a igreja antes de celebrar as festas. Celebrar as festas bíblicas sem o correspondente ensino bíblico é uma temeridade, podendo acarretar, dentre outros, invencionices, falsos misticismos e idolatria, além de judaizar a igreja. Ao contrário, os benefícios são evidentes. Lembre-se: Jesus é o tema central da Bíblia, Ele é o alfa e o ômega, o princípio e o fim, a razão e o cumprimento de todas as profecias, símbolos e festas bíblicas!
Para finalizar, pergunto: como devem ser o tratamento entre os que celebram e os que não celebram as festas? Os que não celebram devem ser julgados pelos que o fazem, ou vice-versa? De modo nenhum. "Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo." (Cl 2.16,17 = grifo adicionado). Novamente, Hiney Ma Tov umanaim Shevet achim gam yachad!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
VIVENDO COM ESPERANÇA AS OSCILAÇÕES PERTURBADORAS DA VIDA
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
Esta é a primeira estrofe da Canção do Tamoio, obra do grande escritor Gonçalves Dias. Minha querida mãe sempre recitava esta estrofe para mim, todas as vezes que eu me deparava com uma situação indesejável em minha vida, quando me queixava acerca dos problemas que estava enfrentando. Ainda não conheci uma pessoa tão sábia como ela...
A verdade é que a nossa vida nesta terra parece muito como um típico caso da física, de um pêndulo. (Fiz muitos exercícios do tipo no Halliday, Resnick e Walker, em Física 2, na época da graduação). Um pêndulo é um corpo pesado, suspenso por intermédio de uma haste ou fio em um ponto situado acima do seu centro de gravidade, de tal modo que lhe seja possível oscilar livremente.
Assim, há momentos em que estamos experimentando boas situações, com alegria, onde tudo dá certo. Onde tudo está sob a mais perfeita ordem, quer na família, quer na vida pessoal, quer profissionalmente, quer ministerialmente. Nestes momentos nos sentimos fortes e poderosos, cheios de virtude e de força. Transportar montes, nestes dias, parece ser uma tarefa simples: se ele não sair pela fé, sairá por nossa própria força!
Há pessoas que insistem em querer eternizar esses momentos. Insistem em querer viver sempre assim, num eterno triunfalismo utópico. Vivem achando que a vida gravita em torno de si próprio. Que nada, em hipótese alguma, dará errado jamais! Afinal, "ele é o cara, é o tal, o bambambam". Sua vida foi planejada para ser o modelo da perfeição e ele mesmo é o anel desta perfeição. Daí, quando a vida lhes surpreende, quando o mal surge - sim, porque isso é próprio da vida - elas entram em parafuso: questionam Deus, questionam a fé, questionam a Igreja... mas não questionam a si mesmas.
Há, também, situações nas quais tudo parece dar errado, parece que todas as forças do Cosmos conspiram contra nós. Em momentos assim, nos sentimos como um átomo de poeira cósmica vagando pela imensidão do universo: ninguém sabe da nossa existência, não influenciamos nada e ninguém e, se não existirmos mais, isso é irrelevante para a humanidade... Como diria Charlie Brown (também conhecido como "Amendoim", do desenho "Snoopy"), o grande profeta do desânimo, "que poxa"... Dá vontade de colocar um saco na cabeça com dois furinhos para os olhos...
A exemplo do caso anterior, há também pessoas que eternizam esses momentos. Há pessoas que insistem em viver justamente assim, num derrotismo infundado, só porque em algum momento a sua vida não foi como planejado ou almejado. Vivem num mar de desânimo, de derrota, de fracasso. Não conseguem mais deixar para trás, superar aquele momento e continuar a viver. Não conseguem mais levantar o semblante, não conseguem mais ter fé. Se ficam na Igreja, o fazem por mera questão de comodidade ou por costume, porque nada mais ali parece fazer sentido algum. Não há nada que as console, mas as lágrimas rapidamente fluem como ribeiros quando conversam com alguém sobre o que passou com elas, e nada do que seja lhes dito faz qualquer efeito. Pessoas que projetam sobre suas vidas o destino ruim de outras, só porque aparentemente viveram o mesmo infortúnio. Apesar de Deus as abençoar, elas só conseguem olhar para suas próprias feridas...
A vida, querido(a) leitor(a), tem suas surpresas, isso é verdade. Mas não podemos continuar a viver nos extremos do pêndulo como se fossem eternos. Primeiro porque estes momentos são eternos na presente vida: nem o mal é eterno, nem os bons momentos duram para sempre; é mister que eles se alternem.
Não há mal que dure para sempre, enquanto nesta vida. A Bíblia diz que o que dura para sempre é a benignidade do Senhor (Sl 118.1) e a Sua misericórdia (Sl 106.1). O mal - adversidade - na vida do crente é transitóriõ e finito, com começo e fim determinados pelo Senhor. Á toda uma Igreja sofredora, o Senhor Jesus, a partir do Seu anjo, escreve a João dizendo: "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." Sim, Esmirna padeceria, sofreria com a ação do diabo contra ela. Porém, o sofrimento não seria eterno, nem causaria a destruição daquela que era como perfume diante do Grande Rei. A duração do sofrimento estava determinada de forma irrevogável: 10 dias.
Do mesmo modo, não há bem que nunca se acabe, enquanto aqui vivermos. O próprio Salvador nos disse: "No mundo, tereis aflições" (Jo 16.33). Haverá sempre um momento em que as coisas hão de perturbarem-se. Haverá momentos nos quais, como diz o antigo hino, expressaremos a nossa dor e tristeza como as seguintes palavras: "Mestre o mar se revolta, as ondas nos dão pavor. O céu se reveste de trevas, não temos um Salvador. Não te incomodas conosco? podes assim dormir? Se a cada momento estamos bem perto de submergir". "Mestre na minha tristeza estou quase a sucumbir. A dor que perturba minha alma, eu peço-te, vem banir. De ondas do mal que encobrem, quem me fará sair? Pereço sem ti, ó meu Mestre, vem logo, vem me acudir."
Ora, se bem e mal se alternarão enquanto aqui vivermos, o que nos resta a fazer? A única coisa que o homem pode fazer: confiar em Deus. Essa é, talvez, a coisa mais difícil que alguém possa fazer, mas é a mais necessária dentre qualquer outra. Confiar em Deus é se entregar a Ele, é depositar as ansiedades e frustrações, as alegrias e vitórias, nas Mãos do Senhor Rei do céu e mar! É ter total confiança de que, embora as circunstâncias possam mudar, Ele jamais mudará! Aleluia! É ter a total convicção de que ainda que eu ande até pelo vale da sombra da morte, não estarei sozinho; o Meu Senhor está comigo, com seu cajado e com sua vara a me consolar!
Nas horas de lutas e tristezas, fazemos a pior coisa que alguém poderia fazer: procuramos justificativas. Geralmente estas justificativas acabarão apontando dedos para alguém - ou para Deus, ou para nós, ou para outros. E aí fazemos o "inventário de culpados". Isso só gera mais feridas, mais tristezas, mais dor.
Quando as lutas me vem assolar, quando tudo parece esfarelar-se diante de mim, eu procuro fazer a única coisa que posso: ter a total convicção, no mais profundo do meu coração, de que nem as tribulações, nem as lutas, nem os fracassos, nem os problemas, ..., nem a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada, nada, ABSOLUTAMENTE NADA, me pode separar do amor de Cristo, Meu Senhor e Salvador. Se Seu amor por mim é firme, é invariável, então eu sei que estou guardado nesse amor; sei que Ele, que me ama com amor eterno, jamais agirá contra esse amor!
Segundo porque se a nossa vida é como um pêndulo, devemos esperar que haja deslocamento, ou seja, mudança de posição. Com o passar o tempo, por dissipação de energia, a amplitude (o A na figura acima) reduzirá com o tempo e, assim, o pêndulo acabará em posição de repouso, sem oscilar mais. Haverá um momento, em nossa existência, quando o movimento pendular cessará; quando o próprio movimento interno, em nossos corpos, deixará de existir. Sim, a "energia da vida bios" se dissipa a cada manhã. Porém, quando os dias se findarem e na morte adormecermos; quando o Rei disser ao nosso espírito "livre sê", nunca mais angustiados! Nunca mais sofreremos! Nunca mais viveremos em oscilações perturbadoras! A vida será de constante e eterna paz, de eterno gozo. Lá, tudo o que hoje é parcial será aniquilado em prol da inteireza, da completude! Tudo que é transitório passará a ser eterno!
Força, meu dileto leitor! Coragem, minha amada leitora! Sê forte, tende coragem! O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã! Faça como Abraão: levante a cabeça e olhe para cima, olhe para céu; de lá vem o teu socorro! De lá vem a tua salvação! O Teu Redentor não está morto; Ele vive e por fim se levantará sobre a terra! Ele não é um deus distante, longe; não, Ele é chamado Emanuel, Deus conosco! Aquele que te ama com amor eterno, que com bondade te atraiu, não deixará que você pereça, mas com a Sua destra te sustentará! Por pior que seja o mal que você está enfrentando, a destra do Senhor fará proezas por ti, querido(a)!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.
Esta é a primeira estrofe da Canção do Tamoio, obra do grande escritor Gonçalves Dias. Minha querida mãe sempre recitava esta estrofe para mim, todas as vezes que eu me deparava com uma situação indesejável em minha vida, quando me queixava acerca dos problemas que estava enfrentando. Ainda não conheci uma pessoa tão sábia como ela...
A verdade é que a nossa vida nesta terra parece muito como um típico caso da física, de um pêndulo. (Fiz muitos exercícios do tipo no Halliday, Resnick e Walker, em Física 2, na época da graduação). Um pêndulo é um corpo pesado, suspenso por intermédio de uma haste ou fio em um ponto situado acima do seu centro de gravidade, de tal modo que lhe seja possível oscilar livremente.
Assim, há momentos em que estamos experimentando boas situações, com alegria, onde tudo dá certo. Onde tudo está sob a mais perfeita ordem, quer na família, quer na vida pessoal, quer profissionalmente, quer ministerialmente. Nestes momentos nos sentimos fortes e poderosos, cheios de virtude e de força. Transportar montes, nestes dias, parece ser uma tarefa simples: se ele não sair pela fé, sairá por nossa própria força!
Há pessoas que insistem em querer eternizar esses momentos. Insistem em querer viver sempre assim, num eterno triunfalismo utópico. Vivem achando que a vida gravita em torno de si próprio. Que nada, em hipótese alguma, dará errado jamais! Afinal, "ele é o cara, é o tal, o bambambam". Sua vida foi planejada para ser o modelo da perfeição e ele mesmo é o anel desta perfeição. Daí, quando a vida lhes surpreende, quando o mal surge - sim, porque isso é próprio da vida - elas entram em parafuso: questionam Deus, questionam a fé, questionam a Igreja... mas não questionam a si mesmas.
Há, também, situações nas quais tudo parece dar errado, parece que todas as forças do Cosmos conspiram contra nós. Em momentos assim, nos sentimos como um átomo de poeira cósmica vagando pela imensidão do universo: ninguém sabe da nossa existência, não influenciamos nada e ninguém e, se não existirmos mais, isso é irrelevante para a humanidade... Como diria Charlie Brown (também conhecido como "Amendoim", do desenho "Snoopy"), o grande profeta do desânimo, "que poxa"... Dá vontade de colocar um saco na cabeça com dois furinhos para os olhos...
A exemplo do caso anterior, há também pessoas que eternizam esses momentos. Há pessoas que insistem em viver justamente assim, num derrotismo infundado, só porque em algum momento a sua vida não foi como planejado ou almejado. Vivem num mar de desânimo, de derrota, de fracasso. Não conseguem mais deixar para trás, superar aquele momento e continuar a viver. Não conseguem mais levantar o semblante, não conseguem mais ter fé. Se ficam na Igreja, o fazem por mera questão de comodidade ou por costume, porque nada mais ali parece fazer sentido algum. Não há nada que as console, mas as lágrimas rapidamente fluem como ribeiros quando conversam com alguém sobre o que passou com elas, e nada do que seja lhes dito faz qualquer efeito. Pessoas que projetam sobre suas vidas o destino ruim de outras, só porque aparentemente viveram o mesmo infortúnio. Apesar de Deus as abençoar, elas só conseguem olhar para suas próprias feridas...
A vida, querido(a) leitor(a), tem suas surpresas, isso é verdade. Mas não podemos continuar a viver nos extremos do pêndulo como se fossem eternos. Primeiro porque estes momentos são eternos na presente vida: nem o mal é eterno, nem os bons momentos duram para sempre; é mister que eles se alternem.
Não há mal que dure para sempre, enquanto nesta vida. A Bíblia diz que o que dura para sempre é a benignidade do Senhor (Sl 118.1) e a Sua misericórdia (Sl 106.1). O mal - adversidade - na vida do crente é transitóriõ e finito, com começo e fim determinados pelo Senhor. Á toda uma Igreja sofredora, o Senhor Jesus, a partir do Seu anjo, escreve a João dizendo: "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." Sim, Esmirna padeceria, sofreria com a ação do diabo contra ela. Porém, o sofrimento não seria eterno, nem causaria a destruição daquela que era como perfume diante do Grande Rei. A duração do sofrimento estava determinada de forma irrevogável: 10 dias.
Do mesmo modo, não há bem que nunca se acabe, enquanto aqui vivermos. O próprio Salvador nos disse: "No mundo, tereis aflições" (Jo 16.33). Haverá sempre um momento em que as coisas hão de perturbarem-se. Haverá momentos nos quais, como diz o antigo hino, expressaremos a nossa dor e tristeza como as seguintes palavras: "Mestre o mar se revolta, as ondas nos dão pavor. O céu se reveste de trevas, não temos um Salvador. Não te incomodas conosco? podes assim dormir? Se a cada momento estamos bem perto de submergir". "Mestre na minha tristeza estou quase a sucumbir. A dor que perturba minha alma, eu peço-te, vem banir. De ondas do mal que encobrem, quem me fará sair? Pereço sem ti, ó meu Mestre, vem logo, vem me acudir."
Ora, se bem e mal se alternarão enquanto aqui vivermos, o que nos resta a fazer? A única coisa que o homem pode fazer: confiar em Deus. Essa é, talvez, a coisa mais difícil que alguém possa fazer, mas é a mais necessária dentre qualquer outra. Confiar em Deus é se entregar a Ele, é depositar as ansiedades e frustrações, as alegrias e vitórias, nas Mãos do Senhor Rei do céu e mar! É ter total confiança de que, embora as circunstâncias possam mudar, Ele jamais mudará! Aleluia! É ter a total convicção de que ainda que eu ande até pelo vale da sombra da morte, não estarei sozinho; o Meu Senhor está comigo, com seu cajado e com sua vara a me consolar!
Nas horas de lutas e tristezas, fazemos a pior coisa que alguém poderia fazer: procuramos justificativas. Geralmente estas justificativas acabarão apontando dedos para alguém - ou para Deus, ou para nós, ou para outros. E aí fazemos o "inventário de culpados". Isso só gera mais feridas, mais tristezas, mais dor.
Quando as lutas me vem assolar, quando tudo parece esfarelar-se diante de mim, eu procuro fazer a única coisa que posso: ter a total convicção, no mais profundo do meu coração, de que nem as tribulações, nem as lutas, nem os fracassos, nem os problemas, ..., nem a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada, nada, ABSOLUTAMENTE NADA, me pode separar do amor de Cristo, Meu Senhor e Salvador. Se Seu amor por mim é firme, é invariável, então eu sei que estou guardado nesse amor; sei que Ele, que me ama com amor eterno, jamais agirá contra esse amor!
Segundo porque se a nossa vida é como um pêndulo, devemos esperar que haja deslocamento, ou seja, mudança de posição. Com o passar o tempo, por dissipação de energia, a amplitude (o A na figura acima) reduzirá com o tempo e, assim, o pêndulo acabará em posição de repouso, sem oscilar mais. Haverá um momento, em nossa existência, quando o movimento pendular cessará; quando o próprio movimento interno, em nossos corpos, deixará de existir. Sim, a "energia da vida bios" se dissipa a cada manhã. Porém, quando os dias se findarem e na morte adormecermos; quando o Rei disser ao nosso espírito "livre sê", nunca mais angustiados! Nunca mais sofreremos! Nunca mais viveremos em oscilações perturbadoras! A vida será de constante e eterna paz, de eterno gozo. Lá, tudo o que hoje é parcial será aniquilado em prol da inteireza, da completude! Tudo que é transitório passará a ser eterno!
Força, meu dileto leitor! Coragem, minha amada leitora! Sê forte, tende coragem! O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã! Faça como Abraão: levante a cabeça e olhe para cima, olhe para céu; de lá vem o teu socorro! De lá vem a tua salvação! O Teu Redentor não está morto; Ele vive e por fim se levantará sobre a terra! Ele não é um deus distante, longe; não, Ele é chamado Emanuel, Deus conosco! Aquele que te ama com amor eterno, que com bondade te atraiu, não deixará que você pereça, mas com a Sua destra te sustentará! Por pior que seja o mal que você está enfrentando, a destra do Senhor fará proezas por ti, querido(a)!
Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!
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