quinta-feira, 4 de julho de 2019

UMA PERGUNTA INSISTENTE E INQUIETANTE QUE PRECISA SER URGENTE E DEFINITIVAMENTE RESPONDIDA


Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjuras?  (Cânticos 5:9)

Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Para onde se retirou o teu amado, para que o busquemos contigo? (Cânticos 6:1)




O QUE HÁ DE ESPECIAL NO TEU SENHOR, OH IGREJA, MAIS DO QUE O OUTRO AMADO? 

Essa é a pergunta que o mundo está fazendo há séculos: “o que há de especial no teu Jesus, Igreja? Por que o teu Jesus, que você tanto fala Nele, é melhor do que o mundo?” "Por que devemos nós deixar o nosso amado em prol do amado de vocês?" É uma pergunta sincera, gerada por uma dúvida real. Afinal, por que a humanidade deve deixar os vícios e prazeres mundanos e se entregar à Cristo? A resposta parece a nós,  crentes em Cristo, muito óbvia. Na verdade, temos essa resposta já na ponta da língua, ao ponto de recitá-la em verso e prosa para quem desejar conhecê-la. Recitamos versículos e até capítulos inteiros da Bíblia para quem nos faz essa pergunta, com uma memória que faria inveja a qualquer pessoa! Então, se essa resposta é tão óbvia e tão citada aos quatro ventos, por que o mundo ainda nos faz essa pergunta? Há três razões que podem ser apontadas como resposta.

Primeiro, precisamos ser honestos: hoje há muita propaganda por parte das denominações religiosas. Elas falam muito sobre elas mesmas, mas pouco falam sobre Jesus. Chamam pessoas para virem em seus cultos - e nos seus cultos somente - porque sua denominação é isso e aquilo e faz isso e aquilo outro, como se essa denominação fosse "a última bolacha do pacote". São estas denominações cheias de slogans: "terra de milagres", "local do avivamento", "lugar de comunhão com Deus", etc., onde os cultos são cheios de palavras de efeito e os ditos louvores cheios de auto-ajuda. Todas fazem coro entre si, dizendo que servem e adoram ao mesmo Senhor; mas isso é só na teoria, porque na prática cada uma possui um "senhor" diferente! Assim, numa denominação o "senhor" é bonachão, noutra é julgador, noutra é teólogo, noutra faz vista grossa, noutra é tolerância zero e assim por diante. Cada denominação tem um "caminho" para o "céu e o inferno" diferente da outra - numa é pelas obras, noutra é pela grana, noutra é pelo sofrimento, noutra pela alegria, noutra pela predestinação, noutra pela unção, noutra pelo batismo com Espírito Santo e línguas estranhas, noutra pelas roupas e usos e costumes (e ai de quem usar short, de quem cortar cabelo, da mulher que usar calça comprida, etc.!) e por aí vai... Se essa babilônia denominacional religiosa já deixa quem é do meio totalmente confuso, imagine quem não é do meio! É de arrancar sabiá do toco!

Segundo, porque em geral, hoje, quando alguns ditos seguidores de Jesus falam de Jesus (e não de si), falam muitas vezes errado. Claro que há exceções - e glórias a Deus por elas. Mas há, infelizmente, pouco conhecimento de Jesus, tanto bíblico quanto o prático enquanto Caminho, Verdade e Vida. Por exemplo, diz-se que Jesus é especial e deve ser seguido porque Ele traz prosperidade e bênçãos materiais: Ainda que isso possa acontecer, essa resposta não diz porque Jesus é melhor do que o mundo. Afinal, no mundo sem Jesus é possível ter tudo isso. No mundo é possível ter prosperidade e bens materiais. É possível ser rico e viver como um nababo. É possível ter sucesso e fama, ter poder e dinheiro. Para que então servir a Jesus? Esse é mais um dos muitos erros que a teologia da prosperidade trouxe (nesse blog você encontrará farto material sobre o assunto). Outros dizem é por causa da cura - bom, precisamos ser francos que há cura também nas religiões; cura não é exclusividade da "religião cristã". E, considerando o aviso bíblico sobre falsos cristos e falsos profetas, a cura nem mesmo é exclusividade de Deus. O diabo pode curar também. O surgimento dessas heresias destruidoras nos últimos dias está previsto na Bíblia.  

No entanto, a terceira razão - que é a mais triste e mais dramática de todas as outras já apontadas - de tão inquietante pergunta do mundo a respeito de Jesus está no modo de vida de muitos autoproclamados professos seguidores de Cristo.  Esta pergunta deve-se ao modo de vida incoerente com a fé que diz-se professar. Quando fala-se de Jesus mas não se vive a vida de Jesus o testemunho não convence e, por conseguinte, o nome do Senhor é blasfemado. Quando vive-se assim, de forma incoerente entre o que fala-se e o que vive-se, nosso Senhor para o mundo torna-se o  “jesus da religião” – bonito na ideologia/filosofia, mas feio na vida de quem diz tê-lo encontrado e que diz viver para ele. Um "gizuis". Um "deus" que, no mínimo, não muda a vida de ninguém, para não dizer que piora a vida dos outros! Sim, isso mesmo! 

Note a incoerência: diz-se que Jesus é o Senhor e que liberta do pecado, mas na prática continua-se senhor da própria vida, ou atribui-se a alguém - em geral, ao pastor, o direito de mandar. Torna-se escravo de homens, debaixo do jugo da servidão: só casa se o pastor deixar e com quem deixar, só compra se ele autorizar, só mora onde ele deixar, só trabalha onde ele quiser e é explorado das mais diversas formas! Preste atenção: o tal "fazer a Obra de Deus" não pode ser justificativa para abandonar a vida e ficar 7 dias por semana socado num templo religioso, nem largar esposa e filhos em viagens típicas do filme Indiana Jones! A tal "obra de Deus" não pode servir para destruir o verdadeiro trabalho de Deus em nós! Afinal, se Deus ama a família como dizemos é inconcebível que Ele agora faça de um tudo para desagregá-la, fazendo com que pessoas negligenciem suas vidas e famílias! Esse conceito de "fazer a Obra" é, na verdade, uma forma espertalhona de subjugar pessoas para trabalharem como se fossem escravas no projeto de expansão denominacional e/ou de poder de um grupo ou líder religioso! A bem da verdade, o que se está fazendo quando "se faz a obra de Deus" é a "obra do homem", do pastor, do líder denominacional, trazendo preeminência e status religioso para quem faz.  Crescimento denominacional é obra de Deus? Desde quando?!? Jesus, o Senhor, nunca ensinou tal coisa! Ele nunca disse "fazei crescer Minha santa denominação, Meu povo! Esfolai-vos, lascai-vos e matai-vos de trabalhar para que Minha denominação tenha mais grana, mais nome e poder nessa Terra!" N-U-N-C-A! Ao contrário, Ele disse que Seu reino não é desse mundo, natural desse mundo, conforme esse mundo e conforme aquilo que nesse mundo há! (Jo 18.36) Ele, o Supremo Senhor, ensinou que Seu Reino existe entre seus discípulos, como produto natural do reinado de Deus no interior, no coração (Lc 17.20,21). A verdadeira Obra de Deus, portanto, acontece dentro de nós, é aquele que acontece em nosso coração! Obra de Deus é o Fruto do Espírito, são sinônimos! Essa é a Obra de Deus! Mas essa obra que é feita em nome de Deus está mais para as obras da carne, envolvendo via de regra interesses carnais!   

Parênteses: É obra genuína de Deus cuidar da família; que não o faz, nega a sua fé e é pior que o infiel! (I Tm 5.8) Obra de Deus é vida! É ajudar o carente, o necessitado. É dar de comer e de beber a quem tem fome e sede, é vestir a quem está nu, é visitar quem foi injustamente preso, visite os enfermos e ajude-os... é o copo d´água ao sedento, o abraço sincero ao desalentado, o pão partido com bondade. É ser bênção! É SER! Não é abandonar a família para ficar cantando 10 vezes por semana, em intermináveis ensaios, de forma que haja "perfeito entretenimento" para os frequentadores do chamado culto! A família do sujeito se lascando com o fanatismo religioso dele, enquanto ele está a mandar todos a cucuia por conta da dita "obra de Deus", servindo dentro do espaço do "IPTU sagrado"! "Obra de Deus" não é a agenda de atividades de um templo! Fecha parênteses.  

Ajunte-se a isso o fato de que muitos que professam Jesus nunca o conheceram de fato, demonstrando isso por sua constância na prática do pecado. Mesmo dentre muitos "fazedores da obra".  Isso traz um impacto imenso no testemunho: Continua-se fofoqueiro(a), maldizente, cheio de lascívia, cheio de preconceito - o(a) típico(a) santarrão(ona) legalista. Cheio de adultério e ódio e inveja. Fornicário(a). Cheio de violência. Sem amor verdadeiro. Falso(a), indigno(a) de confiança - os "falsianos e falsianes". Mentiroso(a). Cheio de aparência exterior, mas por dentro é sepulcro caiado. Infiel (no casamento, no namoro, no emprego, nas amizades, com os colegas...). No carro, um adesivo grande com uma frase ou versículo bíblico; nas atitudes de trânsito ora, "sr.(a) Walker", ora "sr.(a) Wheeler", como no desenho de Walt Disney:

 
Faça uma simples pesquisa, querido(a) leitor(a): no rol de pessoas que você conhece, com certeza alguém já se deparou com gente incoerente em relação a fé em Cristo. Talvez até você, leitor(a), tenha já se deparado com alguém assim. Pesquise na internet. Nos jornais e magazines. Pastores e crentes envolvidos em crimes, em fofocas, em escândalos... em mundanismos variados... em divórcios e novos casamentos. Em poder político e temporal. Em pompa e circunstância, cercados dos mais caros bens que o dinheiro pode comprar. E não adianta justificar o injusticável: as desculpas não colam para o mundo. Ou seja: com a incoerência, o mundo está vendo Jesus como se fosse mais uma ideologia. Infelizmente, precisamos admitir que há um "jesus-ideologia" produto do meio religioso, que no discurso é um mas que é outro na vida daqueles que dizem segui-lo. É o "jesus-demagogia": senhor nos templos, palanques, monumentos, programas midiáticos e nos grandes círculos sociais, menos no coração. Novamente, nada há de especial nesse “Jesus-ideologia”. O mundo está cheio de ideologias, de auto-ajuda, de espiritualismos, etc. até muito mais interessantes – e com muito mais resultado prático na vida de quem as segue – do que na vida daqueles que dizem seguir esse “Jesus-ideologia”.

"Jesus-demagogia" funciona assim: é sempre a solução para a vida de todo mundo, menos para a do seu seguidor/pregador. "Faça isso, faça aquilo", mas "não faça o que eu faço"!    A vida de quem diz seguir a Jesus deve ser coerente com o próprio Jesus. Preste atenção: Se dizemos que Jesus transforma a vida de quem nele crê, a primeira vida a ser transformada deve ser a nossa (I Co 5.17). Se dizemos que Ele é amor, devemos trazer esse amor em nós (por Deus, por nossos irmãos, I Jo 4.20,21 e por aqueles que não conhecem o Senhor). Se dizemos que agora somos salvos, devemos mostrar as evidências da salvação em nosso modo de viver. Falar sobre Jesus e não viver a Jesus é ser fonte permanente de escândalos (para irmãos e descrentes) (Mt 24.10; Rm 2). Aqui, vale a máxima: MÉDICO, CURA-TE A TI MESMO!

O mais eloqüente, impactante e convincente testemunho sobre Jesus é aquele que manifesta a vida e o caráter de Cristo no viver cotidiano. É no dia-a-dia, em nossa forma de viver é que mostramos aos homens que Jesus é melhor do que o mundo. NÃO COMO ERÁMOS ANTES, MAS COMO VERDADEIRAMENTE SOMOS AGORA – TRANSFORMADOS! Obrigatoriamente, como crsitãos, é preciso poder dizer: "Jesus salva sim; Ele me salvou dos meus pecados! Jesus liberta sim, Ele me libertou dos prazeres e dos vícios! Jesus transforma sim, Ele mudou o meu caráter! Ele faz nascer de novo, porque eu nasci de novo como você pode ver em minha vida! Ele ama a família; veja isso em meu modo cristão de viver em família! De ser pai, de ser mãe! De ser filho! Ele é infinitamente melhor que o mundo; você pode comprovar isso em mim! Tem escândalos, mas não em mim!" Palavra e prática, fé e ação, falar e fazer. Os dois andam juntos, quando verdadeiramente somos transformados em Cristo Jesus, quando nascemos de novo de verdade. Esse é o testemunho verdadeiro, que faz com que o mundo veja a luz em Cristo refletida no meu viver:

Ninguém crê na força da Persuasão
Na sabedoria humana não Está a solução
Eles querem ver o Brilho em Meu viver
Para crer que existe luz
Querem ver em mim Jesus. 

Cada cristão verdadeiro precisa entregar sua vida à Jesus todo o dia, amando-O por meio da obediência à Ele e santificando a vida de forma a conhecê-Lo cada vez mais. Só assim é possível descrever para a humanidade perdida um Jesus que é infinitamente melhor, belo e desejável que o mundo. A BELEZA DE CRISTO PRECISA SER VISTA EM NÓS! Quando isso acontecer, muitas almas virão procurando à Igreja procurando por Jesus! Aí teremos a última grande colheita de almas!

Que a beleza de Cristo se veja em mim
Toda sua admirável pureza e amor
Ó Tu, Chama Divina
Todo meu ser refina
Té que a beleza de Cristo se veja em mim




CONCLUSÃO:

"Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército com bandeiras?" (Cânticos 6:10)

Quem É Essa, Cheia De Luz, Formosura E Pureza? (6.10) A Igreja atualmente vive no opróbrio porque Jesus não está sendo manifesto nela e por ela. A Igreja atual, da mídia e da política, do poder e do dinheiro, é egoísta e só pensa em si mesma, vivendo inutilmente uma vida de conciliar o irreconciliável – a fé e o mundo. Por isso, seus vestido são sujos, rasgados; sua aparência é feia, cheia de trevas. Porém, quando Jesus é realmente vivido, a beleza da Igreja é restaurada. A luz de Deus enche cada canto da alma, a cada vida; com isso, os homens reconhecem que ela, a Igreja, é a Noiva de Cristo, Sua Amada, Sua esposa prometida! A IGREJA QUE REVELA JESUS TORNA-SE UMA COM ELE NO SEU MINISTÉRIO – REVELAR DEUS AOS HOMENS!

É urgente a necessidade dos genuínos cristãos, independente da denominação que frequentem ou de não frequentarem nenhuma denominação, responderem a esta pergunta: "Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjuras?" Jesus, o Jesus verdadeiro, será sempre infinitamente melhor que o mundo! Essa resposta falada, acompanhada da resposta vista, mostra que há uma alternativa para a humanidade em ruínas, mergulhada na violência e sem direção! Ele, o transformador de vidas, transformou primeiro a nossa e nos enviou como testemunhas da Sua realidade, do Seu Poder, da Sua misericórdia e bondade! Não, Ele não é uma ideologia, Ele é uma Pessoa! Ele é Deus! Ele é Senhor! Ele é real! Tudo o que Ele disse se cumpriu, se cumpre e se cumprirá, pois fiel é Aquele que disse tudo o que foi dito! 

Onde Está O Teu Senhor, Oh Igreja? (6.1) Essa pergunta é conseqüência da anterior. Quando os homens ouvem falar de um Jesus que é totalmente desejável e vêem que Ele é real nas vidas dos seus queridos, eles passam a querer ter esse Jesus também. Foi assim com os 12. Pescadores, iletrados, mas haviam andado com Jesus, comido com Jesus, ouvido e falado com Jesus. Tiveram comunhão com Ele. O nome de Deus foi manifesto a eles por Jesus. Resultado: nós. JESUS É REAL, ELE EXISTE, PORQUE EU VIVO COM ELE!

Pense nisso!
Graça e paz!


SERMÃO MINISTRADO EM 27/08/2017.  

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