Há uma tese
teológica, que tem conseguido muitos adeptos atualmente, de que temos tanto
direito à cura quanto ao perdão dos pecados a partir do momento em que somos
salvos. Isaías descreve a obra da cruz; tomado isoladamente parece indicar que
a cura e o perdão dos pecados são realmente assim. Os mestres desta doutrina
ensinam que você está doente apenas porque não tem fé, ou que não entende as Escrituras,
ou que o Diabo de alguma forma se aproveitou de você. Praticamente todos os
evangelistas de cura dos últimos cem anos ensinaram uma variação disso e estão
em pleno vigor agora. Esses mesmos evangelistas estão sempre tentando explicar
por que nem todos são curados. Sempre se resume a ser a culpa da ovelha.
Certamente não há problemas com os líderes ou a doutrina.
Essa postagem
visa apresentar o problema e rebatê-lo.
I. INTRODUÇÃO.
A primeira coisa que devemos fazer é definir o termo “doença”.
Segundo o dicionário Houaiss, esse termo é definido como sendo “alteração biológica do estado de saúde de
um ser (homem, animal etc.), manifestada por um conjunto de sintomas
perceptíveis ou não; enfermidade, mal, moléstia”. Essa definição é
superficial. Lavín, em sua obra “FIBROMIALGIA SEM MISTERIO: Um guia para
pacientes, familiares e médicos”, reconhece que não há uma definição
universalmente aceita, enquanto define doença como “qualquer alteração no
funcionamento do organismo que provoque sofrimentos e diminua a longevidade”.
Há uma imensa multiplicidade de doenças que podem acometer o
homem. Nenhuma parte do corpo humano está imune de ficar doente. Órgãos,
células, tecidos, sistemas, aparelhos... tudo, literalmente, pode ter sua
função alterada, quer por agentes externos (como radiação solar,
microorganismos, substâncias ingeridas ou não ingeridas, absorvidas pela pele
ou não, fraturas, luxações, etc.), quer por agentes internos (alterações genéticas,
problemas congênitos, etc.). Até mesmo a psique não está imune, sujeita a uma
imensa variedade de doenças e transtornos de ordem psicológica e/ou
psicossocial. A CID – Classificação Internacional de Doenças e de Problemas
Relacionados à Saúde – encontra-se em sua décima revisão (CID-10), elaborada
por vários grupos de especialistas e peritos individuais, além da Organização
Mundial de Saúde (OMS).
Apenas para ilustrar a multiplicidade de doenças, segue a
lista dos 22 capítulos que compõem a CID-10: I - Certas doenças infecciosas e
parasitárias; II – Neoplasias; III - Doenças do sangue e órgãos hematopoiéticos
e certas desordens que envolvem o mecanismo imunológico; IV - Doenças
endócrinas, nutricionais e metabólicas; V - Transtornos Mentais e
Comportamentais; VI - Doenças do sistema nervoso; VII - Doenças do olho e
anexos; VIII - Doenças do ouvido e processo mastóide; IX - Doenças do aparelho
circulatório; X - Doenças do aparelho respiratório; XI - Doenças do aparelho
digestivo; XII - Doenças da pele e tecido subcutâneo; XIII - Doenças do sistema
músculo-esquelético e do tecido conjuntivo; XIV - Doenças do aparelho
geniturinário; XV - Gravidez, parto e puerpério; XVI - Certas condições
originadas no período perinatal; XVII - Malformações congênitas, deformações e
anomalias cromossômicas; XVIII - Sintomas, sinais e achados clínicos e
laboratoriais anormais, não classificados em outra parte; XIX - Lesão,
envenenamento e outras conseqüências de causas externas; XX - Causas externas
de morbidade e mortalidade; XXI - Fatores que influenciam o estado de saúde e o
contato com os serviços de saúde e XXII – Códigos para propósitos especiais. Cada
capítulo possui uma grande variedade de códigos para cada doença. Apenas para
reforçar o conceito, a CID-10 traz um total de 1.575 doenças.
Pessoas de todos os países do mundo são acometidas pelas
mais variadas doenças, independentemente de gênero, classe social, religião ou
etnia. O website da OMS (http://www.who.int/gho/map_gallery/en/)
possui dados sobre vários casos. Lembre-se: doenças diminuem a longevidade.
II. DOENÇAS SOB
PERSPECTIVA BÍBLICA.
As doenças nem sempre existiram. A partir do momento em que
o pecado entrou no mundo, como resultado da desobediência a Deus, o homem ficou
suscetível a todos os tipos de doenças e, consequentemente, à morte: “Porque és
pó, e em pó irás te tornar.” (Gênesis 3:19)
Há diversos exemplos na Bíblia de homens de fé que ficaram
doentes e até morreram dessas enfermidades. Um deles foi o profeta Eliseu, que
padeceu de uma enfermidade que o levou a morte: “Estando Eliseu padecendo da
enfermidade de que havia de morrer” (2Re 13.14). Outro foi Timóteo. Paulo
recomendou-lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e
enfermidades freqüentes: “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das
tuas freqüentes enfermidades” (1Tm 5.23).
“Ao final do seu
ministério, Paulo registra a doença de um amigo que ele mesmo não conseguiu
curar: “Erasto ficou em Corinto. Quanto a Trófimo, deixei-o doente em Mileto”
(2Tm 4.20). O próprio Paulo padecia do que chamou de “espinho na carne”. Apesar
de suas orações e súplicas, Deus não o atendeu, e o apóstolo continuou a
padecer desse mal (2Co 12.7-9). Alguns acham que se tratava da mesma
enfermidade da qual Paulo padeceu quanto esteve entre os Gálatas: “a minha
enfermidade na carne vos foi uma tentação, contudo, não me revelastes desprezo
nem desgosto” (Gl 4.14). Outros acham que era uma doença nos olhos, pois logo
em seguida Paulo diz: “dou testemunho de que, se possível fora, teríeis
arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4.15). Também podemos mencionar
Epafrodito, que ficou gravemente doente quando visitou o apóstolo Paulo:
“[Epafrodito] estava angustiado porque ouvistes que adoeceu. Com efeito,
adoeceu mortalmente; Deus, porém, se compadeceu dele e não somente dele, mas
também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.26-27).”
(Augusto Nicodemos, in: http://pulpitocristao.com/2016/03/crente-nao-fica-doente.html).
III. A TESE DO
EVANGELHO DA SAÚDE TOTAL E SUA ANTÍTESE.
O advento da teologia da saúde divina, que diz que os
crentes não podem ficar doentes porque isso representaria a ação do inimigo em
suas vidas, forneceu a base doutrinária tão esperada para muitas Igrejas
justificarem seu radicalismo quanto às doenças. Para muitos, os crentes adoecem
e não são curados porque lhes falta fé em Deus, ou porque estão em pecado, ou
porque estão possuídos por espíritos de doença. Por exemplo, o livro "Ele Veio para Libertar os Cativos"
menciona episódios onde a Dra. Rebecca Brown trata doentes físicos a partir de
diagnósticos espirituais. Aparentemente, a prática não-ortodoxa da medicina
rendeu-lhe a cassação do direito de exercer a profissão (http://teophilo.info/analises/rebeccabrown.php#n62).
Aqui, recomendo a leitura do excelente livro de Paulo Romeiro, “Super Crentes: O Evangelho Segundo Kenneth
Hagin, Valnice Milhomens e os Profetas da Prosperidade”.
Isso é triunfalismo. O triunfalismo, segundo o dicionário
Houaiss, é a "atitude excessivamente triunfante; sentimento exagerado
de triunfo". Esse ensino gera o comportamento do
"super-crente", da teologia da performance, onde o fiel é ""cabeça
e não cauda", “amarra e desamarra o Diabo”, “pisa na cabeça da serpente”;
"determina a cura, a aquisição da casa própria"; “profetiza
restituição, bênçãos e vitórias" e "toma posse de todas as
bênçãos" e ninguém o detém! É o evangelho que tem sua ênfase na luta
contra o diabo, "o evangelho do "sim" que desqualifica o
"não" da existência humana" ("What Has Wittenberg to
Do with Azusa?: Luther's Theology of the Cross and Pentecostal
Triumphalism", David J. Courey). A base do “triunfalismo” é
dizer que, a partir do momento em que o homem aceita a Jesus como seu único e
suficiente Senhor e Salvador, não é mais possível que o homem passe a ter
problemas na vida sobre a face da Terra, pois a sua comunhão com Deus, a sua
salvação lhe traz uma posição de “triunfo”, de vitória sobre o diabo. Portanto,
é impossível que o salvo venha a sofrer enfermidades ou quaisquer outras
necessidades, em especial, as relativas à vida econômico-financeira (https://pentecostalismo.wordpress.com/2008/02/19/o-triunfalismo/
in: https://apenas-para-argumentar.blogspot.com/2015/06/cuidado-com-o-triunfalismo-cristao.html).
O problema é que o triunfalismo propõe soluções simplistas a
problemas multifacetados, além de enfatizar a meritocracia ao invés da Graça.
Nem tudo que acontece na vida do crente em Cristo possui uma única explicação
ou forma de interpretação. Nem todas as suas adversidades são "por
falta de fé" ou por causa do pecado. Há adversidades que acontecem
para o amadurecimento da fé, para o aperfeiçoamento dos santos conforme a
imagem do Senhor (I Pedro 2 e ss). Há adversidades que acontecem para a Glória
de Deus. Há adversidades que acontecem sem nenhuma explicação aparente;
explicação que só teremos SE for da Vontade de Deus e QUANDO for de Sua Vontade
revelar-nos tal coisa. O piedoso Jó, a fiel Sunamita (II Reis 4:8-37; 8:1-6),
Lázaro (João 11:4), o homem cego de nascença (João 9:1-3), os heróis da fé
(Hebreus 11:35-38), etc. nos mostram que as adversidades podem ter vários
propósitos e, portanto, explicações. Do mesmo modo, nos revelam que mesmo os
filhos de Deus genuínos, fiéis, podem experimentar tais coisas em suas vidas, sem
que isso seja por algum demérito espiritual ou moral. Algumas são até mesmo
provas de Deus nas nossas vidas. Se Deus fez com que Israel caminhasse por 40
anos no deserto do Sinai, aumentando e muito o caminho para a Canaã, para
provar Seu povo (Dt 8.2,3), porque nós suporíamos ser tratados de modo
diferente, isto é, uma vida somente de benesses sem reveses?!
Uma frase atribuída ao pastor Augusto Nicodemos é muito
apropriada: “apesar do ensino popular de
que a fé nos cura de todas as enfermidades, uma breve consulta feita à
capelania hospitalar de grandes hospitais do nosso país revela que há um número
elevado de evangélicos hospitalizados — tradicionais, pentecostais e
neopentecostais — sofrendo dos mais diversos tipos de males. A proporção de evangélicos
nos hospitais acompanha a proporção de evangélicos no país. As doenças não
fazem distinção religiosa.” (http://pulpitocristao.com/2016/03/crente-nao-fica-doente.html)
O ensino de que os cristãos devem ser pessoas imunes a todo
e qualquer tipo de doença é parte integrante da teologia do reino agora. Esse "Reino
Agora" ou "Teologia do Domínio" ensina que a salvação de Cristo
também inclui a cura total e completa de todas as enfermidades, e o retorno do
governo do homem a reinar na terra agora como foi nos dias de Adão e Eva antes
da queda. Muitos realmente acreditam que a morte e ressurreição de Cristo
realmente restauraram a terra ao seu estado de pré-queda e os cristãos agora
simplesmente precisam governar e reinar para ver esse efeito. Eles chegam até a
explicar que, se você está vivendo com diabetes, câncer, esclerose múltipla,
etc., que você pode ser totalmente curado hoje, tudo que você precisa é fé.
Quando você não recebe sua cura, eles simplesmente lhe dizem que você não tem
fé suficiente. Isso é um ensinamento cruel e abominável. Devemos lembrar que a
razão pela qual temos doenças e enfermidades hoje é um resultado direto da
queda do homem – até mesmo uma simples fratura está aqui contemplado!
A cura divina é possível? Sim, lógico; mas a cura divina só
acontecerá se o divino, isto é, Deus, assim o quiser. Pode ser que Ele não
queira operar a cura divina, pode ser que Ele queira que a cura aconteça por
meio das mãos dos médicos; pode até ser que Ele não queira curar por nenhum
meio. Porém nada disso deve ser interpretado além do que é: se Ele curou
fulano, foi por Sua soberana Vontade e Supremo poder e Misericórdia, não pelo
mérito humano; se não curou, não foi necessariamente por demérito humano, nem
porque não podia ser feito ou porque não amasse a pessoa para fazer tal coisa.
O salmista afirma que a morte física do crente fiel é vista pelo Senhor com prazer
(Sl 116.15), ou segundo Lutero "a morte dos seus santos é
considerada de valor
perante o Senhor". Deus considera a morte de seus
santos como algo importante, conectada com Seus grandes e eternos planos;
conectada com a Glória de Deus e com o cumprimento de Seus propósitos. O
pensamento particular na mente do salmista parece ter sido de que como ele
tinha sido preservado quando esteve aparentemente tão perto da morte, então
isso era porque Deus viu que a morte de um de seus amigos era uma questão de
tanta importância que deveria ocorrer somente quando o bem maior pudesse
ocorrer por meio dela; Deus não iria decidir sobre isto apressadamente, ou sem
as melhores razões; e que, portanto, Deus iria prolongar a sua vida ainda mais.
Há além disso uma verdade geral implícita aqui, a saber, que o ato de remoção
de um fiel do mundo é, por assim dizer, um ato de profunda deliberação por
parte de Deus (Barnes' Notes on the Bible). EM TUDO O SENHOR NOS AMA E
SEU AMOR JAMAIS POR NÓS JAMAIS SE ACABA!
IV. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
As doenças têm sua origem no pecado original, isso é um
fato. Mas nem todas as doenças que acometem o homem são devido à prática do
pecado; algumas são, outras não. Algumas doenças se devem a agentes
microbiológicos patogênicos (bactérias, protozoários, fungos e vírus, por
exemplo), que passaram a existir no mundo após a queda do homem (por exemplo,
uma das hipóteses para a origem dos vírus é que eles seriam a evolução de
"restos" de células: a degradação de pedaços de ácidos nucléicos
celulares que posteriormente adquiriram os elementos constituintes de um vírus,
capsid e envelope. Do ponto de vista bíblico, é possível teorizar que uma das
consequências da queda foi a degradação destes pedaços de ácidos nucléicos de
algumas células existentes, gerando os vírus).
(veja mais em: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/virus_container/virus.html)
(veja mais em: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/virus_container/virus.html)
Outras doenças são causadas por desgaste natural do corpo
humano (envelhecimento). Outras, por abusos e excessos praticados (alcoolismo,
tabagismo, glutonaria, ingestão de sal, atividade física excessiva, ingestão de
"bombas", etc). Outras, devido
a uma série de problemas que ocorrem durante a formação do corpo humano no
ventre materno (doenças congênitas) ou ligadas a hereditariedade (doenças
hereditárias). Isso sem mencionar as doenças psíquicas... todas elas são
oriundas, em última análise, do pecado original, mas podem ou não ter como
causa na prática do pecado. Do mesmo modo, podem ter ou não como causa
problemas espirituais.
Cristãos verdadeiros, pessoas de fé, eventualmente adoeceram
e morreram de enfermidades, conforme a Bíblia e a história claramente
demonstram. O canadense John Graham Lake (1870-1935), usado por Deus para
realizar curas tremendas, morreu de derrame com 65 anos de idade. Isso significa
que as doenças nem sempre representam falta de fé e que Deus se reserva o
direito soberano de curar quem ele quiser.
A queda trouxe consequências terríveis para o homem e para a
criação. Com a queda, a criação foi sujeita ao pecado, que manifesta-se das
mais variegadas formas na própria criação: tsunamis, meteoros que caem na
Terra, destruição da camada de ozônio, mudanças climáticas, destruição das
lavouras por pragas, desertos, secas, terremotos, etc. Para o homem, diversas
consequências passaram a existir também, como vírus mortais, bactérias,
protozoários; doenças terríveis, como artrose, problemas cardiológicos,
hepáticos, renais, etc. Não há nenhuma parte do homem, nenhum órgão, nenhuma
célula, por mais simples que seja, que esteja imune a doenças e deterioração e
isso tudo é resultado da queda.
Tanto na criação quanto no homem, a consequência da queda
(gerada pelo pecado, como vimos) pode ser resumida numa única palavra: MORTE. Deus havia prevenido ao
homem que no dia em que ele pecasse, a morte passaria a existir na criação (Gn
2.17). O homem pecou, e a Palavra de Deus se cumpriu: a morte entrou na
criação. Afirmar que Deus removeu definitivamente as doenças dos crentes em
Cristo na cruz e que isto deve se manifestar na vida terrena é deste modo um
erro de exegese, posto que não apenas as doenças têm origem no pecado original,
mas também a morte. Com essa tese, o sacrifício vicário de Cristo passa a ter
eficácia parcial – resolve as doenças, mas não a morte física, o que é um
absurdo.
É preciso entender a suficiência do sacrifício de Jesus na
cruz (sim, o sacrifício do Senhor é suficiente - o que passar disso, é de
procedência maligna!) sob o aspecto imediato e mediato. Isaías 53 diz que "por suas pisaduras fomos
sarados" (Is 53.5), porém vemos Deus colocando na
Igreja Neo-Testamentária "dons de
curar" (I Co 12.28). Qual era a base espiritual dos "dons de curar"? O
sacrifício de Cristo. Os dons de curar eram possíveis porque o Senhor Jesus
Cristo havia sido sacrificado na cruz e eram (e ainda são) necessários porque
mesmo o corpo dos genuínos crentes em Cristo era (e ainda é) passível de
adoecer. Note que a ministração de cura é sempre feita "em Nome de Jesus", como Ele
mesmo assim ordenou (Mc 16.18); a cura é o resultado da cruz. Note também que apesar
do sacrifício de Cristo garantir a cura, havia na Igreja crentes doentes, que
precisavam de cura. Assim, o suficiente sacrifício de Nosso Senhor garante
inapelavelmente a realidade da cura (bem como um futuro corpo sem doenças), mas
a realização dessa verdade na vida dos irmãos em Cristo não é necessariamente
instantânea, automática.
Finalizando, é necessário afirmar que a cura divina é uma
possibilidade real. Nada, em absoluto, deve ser dito em contrário. Porém, não
há base para se afirmar algo como “cura total em vida”, “vida sem nenhuma
enfermidade”, ou coisa do tipo. A própria morte física, comum a todos os
homens, aponta para a continuidade da existência e atuação das doenças, tal
como definida na introdução, na vida de crentes e não crentes. Quando o crente
ressurgir, na ressurreição física do seu corpo, sua mortalidade passará à
imortalidade e as doenças não mais afetarão seu corpo. E, por fim, na criação dos
novos céus e nova terra, as doenças serão por fim aniquiladas. Isso é o
resultado da vitória de Cristo na cruz e o pleno cumprimento, no mundo físico,
da promessa de Isaías 53 e outros textos.
Nossos espíritos
foram regenerados (nascidos de novo) no momento da salvação, mas aguardamos a
regeneração de nossos corpos, diz o Novo Testamento. De novo e de novo o Novo
Testamento diz: "Crê no teu coração, confessa com a tua boca e serás salvo".
Mas nem uma vez oferece tal promessa de cura. Deus cura pela Sua graça agora, a
promessa de cura total é ainda futura para quando recebermos nossos corpos
glorificados. Ninguém deve sentir-se excluído da Graça, ou desprovido de fé, por suas doenças e enfermidades (ou a dos entes queridos). Antes, deve buscar a Deus para ser curado (o que pode envolver o uso do sistema de saúde - médicos e tratamentos). Caso não o seja, não se preocupe: sua ressurreição corpórea acontecerá e você jamais sofrerá novamente, mas estará para sempre junto do Senhor num corpo glorificado, totalmente restaurado e imune às doenças! Doenças diminuem a longevidade, abreviando o tempo para que estejamos para sempre com o Senhor!
Graça e Paz!
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