quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Igreja de Cristo Internacional

Também conhecida como o Movimento de Boston, Ministérios de Multiplicação, O Movimento de Discipulado, Igreja de Cristo de Boston, etc.





História

 Em 1 de junho de 1979 surgiu um dos mais recentes candidatos a restaurador da Igreja Primitiva: a Igreja de Cristo Internacional (ICI), fundada pelo norte-americano Kip McKean. A ICI tem suas raízes nos "Discípulos de Cristo", grupo formado em 1809 por Alexander Campbell, nos EUA, que, vendo a desunião dos cristãos, decidiu uni-los. Sua proposta era acabar com o denominacionalismo e resgatar o Cristianismo primitivo. Ironicamente, o grupo converteu-se numa denominação, e também se dividiu em 1909, dando origem às Igrejas de Cristo.

Kip McKean tornou-se membro de uma das Igrejas de Cristo, a de Crossroads, na Flórida, EUA, em 1973. Quem o levou para essa igreja foi Charles [Chuck] Lucas, que, em 1967, na Flórida, iniciou um programa denominado Multiplying Ministries (Multiplicando Ministérios ou Ministérios Multiplicativos). Devido a ter se destacado como um evangelista fervoroso, seguindo fielmente ao programa criado por Lucas, Kip McKean foi enviado para a Igreja de Cristo de Lexington, Massachusetts, em 1979, onde sua atuação promoveu um crescimento fenomenal. Este acontecimento marcou — segundo a própria ICI — o início de seu movimento religioso. Iniciando com 30 membros, McKean foi-se isolando das demais Igrejas de Cristo, afirmando que por meio daquele grupo estaria restaurando a Igreja que Jesus formou no Novo Testamento, o Cristianismo da Bíblia.

Em 1981 foi introduzido um plano de evangelização mundial, que consistia em plantar igrejas em metrópoles-chave ao redor do mundo. Dessas "igrejas pilares" outras regiões geográficas ao redor dessas cidades seriam alcançadas. As três primeiras implantadas foram Chicago e Londres, em 1982 e Nova Iorque, em 1983. Ainda em 1983 o nome da igreja foi mudado para Igreja de Cristo de Boston, daí o nome "Movimento de Boston", surgido em 1984, que passou a designar todas as outras igrejas implantadas sob a orientação da Igreja de Boston. O caráter separatista crescia a cada dia. Muitos membros das outras Igrejas de Cristo, bem como de outras igrejas cristãs, passaram a deixar seus grupos de origem, aliando-se a Kip McKean. Isso foi causando discussões e intrigas no Movimento.

Outro incidente também causou distúrbios no Movimento: em 1985 a Igreja de Cristo de Crossroads expulsou Chuck Lucas, o "pai na fé" de Kip McKean, por conduta sexual indevida. Ninguém mais seguraria Kip McKean. Muitos líderes se recusaram a obedecer sua liderança, que queria centralizar tudo em Boston, contrariando o sistema congregacional das Igrejas de Cristo, ou seja, cada igreja local, com sua liderança própria, era responsável por si mesma. A fim de salvaguardar sua liderança, McKean empreendeu entre 1986 a 1989 uma série de mudanças no Movimento, que foi denominada de "A Grande Restauração". Para começar, separou-se definitivamente das Igrejas de Cristo tradicionais, considerando-as uma "denominação morta" .

A partir daí começou a rebatizar todos os que faziam parte do Movimento, incluindo os líderes, que agora seriam escolhidos e treinados pessoalmente por ele. Quem não quisesse se submeter, deveria sair do Movimento, não sendo mais considerado um cristão. Segundo McKean, seria preciso abandonar a "doutrina da autonomia", substituindo-a pela "doutrina da irmandade e unidade!". Em 1988 McKean criou um sistema piramidal, sendo ele o topo dessa pirâmide. Ele se tornou o Evangelista Mundial de Missões. Sua esposa, Elena Garcia McKean, passou a ser conhecida como a Líder Mundial do Ministério de Mulheres. Dividiu as nações do mundo em setores, designando um casal de líderes por setor.

Em 1990, McKean se muda de Boston para Los Angeles, de onde passa a dirigir o Movimento. A igreja de Los Angeles é considerada a "Mega-igreja", com uma assistência de 12.000 pessoas. Em 1993, a fim de substituir o nome "Movimento de Boston", McKean, juntamente com outros líderes do movimento, numa conferência realizada no Los Angeles Sports Arena, adotaram o nome Igreja de Cristo Internacional, que, dependendo da cidade onde se encontrar, receberá o nome da mesma: se estiver em São Paulo será chamada de Igreja de Cristo Internacional de São Paulo; se estiver no Rio de Janeiro será designada Igreja de Cristo Internacional do Rio de Janeiro etc. O alvo de Kip McKean é implantar igrejas nas 216 nações do mundo.


O Movimento no Brasil

No Brasil, a ICI iniciou oficialmente suas atividades de proselitismo em maio de 1987, quando um grupo de 15 pessoas, liderado por Miguel e Anne-Brigitte Taliaferro, de Nova Iorque, desembarcou em São Paulo. No ano seguinte os Taliaferro vão para a África, e Jonh e Barbara Porter assumem a liderança de São Paulo. Em 1991 é formada a ICI do Rio de Janeiro.

Em 1993 os Porter voltam para os Estados Unidos, assumindo a liderança em São Paulo Othon e Gabriela Neves (atuais Líderes do Setor Geográfico do Brasil). A ICI expandiu-se para outras cidades brasileiras, incluindo Belo Horizonte (1994) e Salvador (1997), atraindo principalmente jovens desiludidos com a religião de modo geral. Muitos são universitários. Em agosto de 1996, utilizando da H.O.P.E. Worldwide (Ajudando as Pessoas ao Redor do Mundo), uma ONG (organização não governamental), com sede em São Paulo, criada pela ICI em 1987 para ser seu "braço benevolente", a ICI promoveu uma campanha de doação de sangue, reunindo cerca de 32.000 pessoas na Cidade de São Paulo.

Para esse evento, contratou o grupo musical baiano, Olodum — com raízes no Candomblé — para fazer um show, a fim de atrair pessoas para evangelizá-las. Seus adeptos juntaram-se aos participantes, evangelizando-os. Com sua atividade diária de proselitismo, a ICI já conta com 5 igrejas implantadas no Brasil, uma membresia em torno de 2.600 pessoas, e uma assistência de 4.000 aos domingos. Mas, para quem se espanta com tal crescimento, há um dado interessante: segundo informou John Porter, numa palestra realizada em São Paulo, em novembro de 1997, dos 800 novos convertidos naquele ano, o movimento perdeu 500! Uma perda de quase 65%. A ICI tem como desafio principal trazê-los de volta ao rebanho de McKean.


A Presunção da Igreja Internacional de Cristo.

A Igreja Internacional de Cristo julga ser a única e verdadeira igreja de Cristo, formada por verdadeiros discípulos, pois afirma ter restaurado o discipulado bíblico. Somente a ICI possuiria as características da verdadeira igreja: ensino bíblico, amizades, união, disposição financeira, alegria e crescimento diário. Declarou Kip McKean: Com essa convicção das Escrituras, veio a característica principal, só encontrada em nosso movimento – a igreja verdadeira e composta só de discípulos. (...) Não conheço nenhuma outra Igreja, grupo ou movimento que ensine e pratique o que ensinamos.


Discipulado na ICI: Manipulando Psicologicamente os Neo-Convertidos

Convite para um "Bate-Papo Bíblico". Num ambiente tranquilo e sem tópicos ameaçadores. Cobre os Fundamentos do Cristianismo, com discussões fáceis de entender. Os convertidos potenciais são ajudados, com convites especiais, para estudos mais avançados. Então o candidato é chamado para se unir a um discipulador, para estudar a Bíblia e aprender a ser "mais igual a Jesus". A partir daí a pessoa é introduzida em práticas e estudos emocionalmente mais rígidos.

"Enganchar" é quando alguém procura demonstrar os mesmos interesses de outra pessoa, passatempos e outra informação pessoal, com a finalidade de lisonjear. Isto é feito para atrair o candidato a membro para o grupo.

"Bombardeio de amor" é onde uma visita do candidato é inundada por lisonja e amizade, para produzir o sentimento que o grupo preencherá muitas das suas necessidades e desejos. Imediatamente, você fica POPULAR. Afinal de contas, quem não gostaria de ser popular? Como um novo convertido, você é coberto superficialmente de atenção, e lisonja - onde eles lhe dizem como você é maravilhoso e inteligente por fazer parte da igreja deles. O bombardeio de amor funciona como a isca que esconde o anzol para que o peixe não desconfie, ou o açúcar que cobre o veneno. Como você pode imaginar, este tipo de manipulação é muito efetiva para enganar as pessoas solitárias.

Uma vez um membro decide ser um discípulo, ele é conduzido por uma série de estudos de Bíblia. Primeiro estudo é chamado, "Fundamentos Iniciais". Este compreende os fundamentos simples da Bíblia.

Segundo, "Os Pecados dos Gálatas". Tem por objetivo conseguir que o candidato a discípulo se arrependa, confesse seus pecados etc. A pessoa lê Gálatas 5:19-21 e então é dito a ela que faça uma lista dos seus pecados num papel. Eles são guiados a outras escrituras, sempre interpretadas isoladamente, que têm efeitos semelhantes, fazendo uma pessoa a se sentir culpado e cheio de pecado. Mais listas de pecado seguem. Às vezes uma lista dos pecados é mantida com o discipulador, que às vezes são expostos em várias situações, com o objetivo de, em última instância, manter o controle sobre a pessoa. Isto é usado para demolir uma pessoa emocionalmente.

Terceiro, "O estudo da Cruz". O discípulo ouve o discipulador contar a crucificação detalhadamente, e lhe é mandado dizer, "eu sou Judas"- "eu sou Pedro ", "Eu preguei Jesus na Cruz" etc. A crucificação é descrita nos seus detalhes desagradáveis e o discipulador lê da lista de pecados do discípulo. Freqüentemente, são ditas frases como, "Você o socou na face", "Você o escarneceu", "Você o chicoteou". Espera-se que o discípulo seja "quebrado" emocionalmente neste processo, e freqüentemente funciona.


Batismo

A Igreja de Cristo Internacional ensina que quando se recebe Jesus Cristo inicialmente, a resposta da pessoa tem que incluir fé, arrependimento, confissão, e batismo nas águas. Ensina também, que sem o batismo nas águas, os pecados da pessoa não são perdoados.

Não só deve ser batizada, mas a pessoa também deve ser batizado na Igreja de Cristo Internacional. Se uma pessoa tiver sido de alguma outra igreja, e vier a se juntar à Igreja de Cristo, ela deve ser rebatizada, porque o batismo original foi realizado numa falsa igreja, sem uma compreensão formal do batismo, o que o torna inválido.


Mais informações

Muitas pessoas foram vítimas da estrutura autoritária e intrusa desta igreja, de forma que a Universidade de Boston, Universidade de Marquette, Universidade da Califórnia Meridional, Universidade do Nordeste e Universidade de Vanderbilt são algumas das instituições de ensino americanas que proibiram a Igreja de Cristo de agir nos seus campus (o Arauto de Miami, 25 de março de 1992, pág.1A, 15A).

Os jovens são pressionados a deixar suas casas, abandonar os pais e às vezes seus estudos ou trabalho, para "seguir a Cristo". O controle excessivo exercido pelos líderes da Igreja de Cristo de Boston sobre seus membros não é apenas visto em assuntos espirituais, mas também em atividades da vida cotidiana do discípulo e até mesmo em assuntos da vida privada de casais. Trata-se de um "discipulado agressivo": todo novo convertido deve submeter-se a alguém que é “mais maduro no Senhor”. Através de uma série de estudos bíblicos de crescente rigidez, o discípulo é “quebrado” emocionalmente. O líder exerce controle não somente na área espiritual, mas sobre atividades diárias e particulares (onde morar, quem e quando namorar, que matérias fazer na escola, e mesmo com que freqüência ter relações com o cônjuge). Muitos discípulos chegam a deixar a família, emprego ou estudos para dedicar-se plenamente à organização.


Dízimo compulsório: um mínimo de 10 e até 20 ou 30% da renda bruta de um membro deve ser dado à igreja, mais uma contribuição especial anual. A doação é coagida e é monitorada cuidadosamente pelos líderes.

Confissão de Pecados: Cada membro tem que confessar todos os seus pecados a seu discipulador. Estes pecados são registrados e circulam entre a liderança. Os registros que se supõe serem mantidos confidenciais, na realidade se tornam uma ferramenta para humilhar e manter os membros em submissão para com a liderança de igreja. Esta prática insidiosa foi documentada pelo noticiário ABC News, em 15 de outubro de 1993.

Na prática, consiste em que cada recém-chegado ao movimento fique sob os cuidados de uma outra pessoa, que será, daí por diante, seu discipulador, a quem o neófito prestará contas de tudo o que fizer ou desejar fazer. O discípulo deverá confessar seus pecados diariamente fazendo uma lista deles e entregando ao discipulador, baseando-se em Tiago 5:16. Deve estar disposto a ir a qualquer lugar, deixar qualquer coisa, incluindo emprego, faculdade, enfim, tudo o que o discipulador determinar. Deve prestar contas de seu dízimo e de suas atividades de proselitismo: "Quantos você convidou? Por que não convidou? Quando vai convidar? Você já orou hoje? Por que você não veio na reunião de quinta-feira? Você diz que estava doente, mas por que não se esforçou e veio assim mesmo? Seja radical!" (CCAP, 2009) Segundo o movimento, um discípulo verdadeiro faz discípulos, senão, não é um cristão verdadeiro. Se o discipulador entender que houve falhas, a pessoa discipulada era severamente repreendida do ponto de vista emocional, reforçando a dependência emotiva com o movimento. (Obs.: eu mesmo fui testemunha e alvo desse tipo de abordagem, quando cursava a UFRJ. Conheci muita gente quebrada emocionalmente, com a vida destruída, por causa dessa abordagem maligna por parte dos membros dessa seita. Haviam saído da seita, mas os danos emocionais estavam feitos - pessoas inteligentes, que passaram a buscar ajuda psicológica profissional pelo estado em que ficaram após 1-2 anos de seita)

Refutação: A imputação de culpa e fobias é uma parte importante na metodologia de discipulado da ICI. O verdadeiro discipulado baseia-se no amor e na profunda dependência do Espírito Santo. Nenhum cristão é chamado para policiar e dominar a vida espiritual dos seus irmãos (Gl 5.5; 2 Co 1.24; Rm 14; Jo 8.31). Quanto à confissão de pecados, que o discípulo na Igreja de Cristo Internacional é obrigado a efetuar, baseando-se em Tiago 5;16, que diz "confessem os seus pecados uns aos outros", convém lembrar que este é um ato recíproco, nunca unilateral. Nessa igreja o discipulador ouve o discípulo confessar seus pecados, mas não confessa os seus próprios ao discípulo, uma vez que o discipulador tem, também, seu próprio discipulador. Ora, o "confessem os seus pecados uns aos outros" indica reciprocidade, ou seja, é toma-lá-dá-cá, do mesmo modo que encontramos na Bíblia: 

  • "Amai-vos uns aos outros" (João 13:34; 15:12, 17; Romanos 12:10; 1ª Tessalonicenses 4:9; 1ª Pedro 1:22; 1ª João 3:11, 23; 4:7, 12; 2ªJoão 1:5).
  • "Perdoai-vos uns aos outros" (Efésios 4:32; Colossenses 3:13)
  • "Suportai-vos uns aos outros" (Efésios 4:2; Colossenses 3:13)
  • "Aconselhai-vos uns aos outros" (Romanos 15:14; Colossenses 3:16)
Além disso, encontramos na Bíblia que a confissão deve ser feita sobretudo a Deus, que, por meio de Jesus Cristo, nosso Advogado junto ao Pai, nos perdoará de nossos pecados (1ª João 1:7 a 2:2).
 
 
Relações familiares: Se a família do membro não responde às tentativas agressivas de recrutamento, o membro da igreja é regularmente exortado por seus líderes a rejeitar as relações com os membros familiares, a favor da sua nova "família espiritual". Como 80% das pessoas que fazem parte do Movimento de Boston estão entre as idades de 18 a 28 anos, normalmente elas se separam dos pais, e às vezes seus cônjuges também são abandonados, porque não quiseram se unir ao Movimento.

Pecado e Salvação: Crêem que somente na ICI há verdadeiros discípulos de Cristo, os únicos que fazem parte do Reino de Deus na terra. Assim, sua salvação está ligada ao fato de fazerem parte do movimento, que exige obediência irrestrita. Qualquer dúvida ou questionamento deve ser evitado, pois conduzirá o indivíduo à perda de sua alma. Para os adeptos da ICI não existe pecado original. Eles afirmam que o pecado original foi uma invenção do século VII d.C. para apoiar o batismo infantil. Cada pessoa é responsável pela sua própria vida; portanto a culpa pelo pecado de Adão não foi transmitida. A natureza humana é capaz, por si só, sem nenhum auxílio sobrenatural, de evitar o pecado e praticar a vontade de Deus. Assim, quando alguém entra na ICI pode arrepender-se de seus pecados e mudar seu padrão de vida sem a intervenção do Espírito Santo. Demostrando a mudança, então é batizada para receber o Espírito Santo e ser salva. (CCAP, 2009)

Refutação: Essa forma de pensar é conhecida como Pelagianismo. Foi rejeitada pela Igreja no 5° século. No século V, Pelágio havia debatido ferozmente com Agostinho sobre este assunto. Agostinho mantinha que o pecado original de Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar.
Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara apenas a Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas perfeitas, ele também dá a habilidade moral para que elas possam fazê-lo e embora considerasse Adão como "um mau exemplo" para a sua descendência, suas ações não teriam consequências para a mesma, sendo o papel de Jesus definido pelos pelagianos como "um bom exemplo fixo" para o resto da humanidade (contrariando assim o mau exemplo de Adão). Isso é exatamente igual ao modo da ICI encarar o Senhor Jesus: Apenas como um bom exemplo a ser seguido.
O pecado original (hereditário) não consiste na imitação de Adão (como pretendia Pelágio), mas na falta e corrupção da natureza humana, gerada naturalmente da semente de Adão (Gn 6.5; Sl 51.5; Jr 17.9; Mt 15.18-20; Rm 1.21-25; 3.9-23; 5.12-19; Ef 2.1). B. B. Warfield, um teólogo da cidade de Princeton, considerou o Pelagianismo “a reabilitação da visão pagã do mundo”, e concluiu com grande clareza: “Há duas doutrinas fundamentais sobre salvação: a que ensina que a salvação vem de Deus, e que ensina que a salvação é vinda de nós mesmos. A primeira é a doutrina fundamental do Cristianismo; a última, do paganismo universal”. (Horton apud Neto, 2009)

Vida após a morte: Dividem a humanidade em dois grupos: os justos (membros da ICI) que vão para o céu e os ímpios que vão para o inferno. Como "ímpios" designam todos os que não fazem parte da ICI, mesmo que afirmem ser cristãos ou discípulos de Cristo.


Conclusão:

A Igreja de Cristo Internacional é um grupo sectário que deve ser evitado. Junto com sua doutrina errada de que o batismo é necessário para salvação, é também um grupo legalista, manipulativo e que usa culpabilidade e doutrinas aberrantes para manter seus membros em submissão. Destruiu muitas vidas e continua afastando muitas pessoas do verdadeiro Cristianismo.

A ICI é uma seita agressiva e perigosa, porque suas doutrinas parecem estar superficialmente alinhadas com a ortodoxia. Seus adeptos, na maioria, são sinceros no que crêem (Jo 16.2). Todavia, os ensinos dessa seita levam as pessoas para bem longe de Jesus e criam, na mente de seus adeptos, uma frustração sem precedentes, pois o seu ideal espiritual nunca é tangível. É como diz Provérbios 14.12: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte”. Conforme disseram Stephen Arterburn e Jack Felton, a “fé tóxica é um relacionamento perigoso e destrutivo com uma religião que permite que a religião, não o relacionamento com Deus, controle a vida da pessoa”. (CCAP, 2009)


FONTES:

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Entendendo a Natureza e o Papel dos Cinco Ministério de Efésios



"Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente." (Efésios 4:10-14)

Inicialmente, precisamos entender que o Corpo de Cristo é um organismo vivo, não uma organização, com títulos, funções pré-definidas, e sacerdócios oficializados. A mão não pede unção de mão para ser mão. O pé não busca ordenação de pé a fim de ser pé e poder andar. Os olhos não precisam de uma ordem para ver. Nem o coração necessita de uma reunião de concílio de todos os membros, a fim de decidir se bate ou não.

Assim, não estaremos aqui tratando de títulos. Na verdade, com o afastamento paulatino da Igreja do padrão bíblico neo-testamentário a partir da morte do último apóstolo, cada vez mais o outrora organismo vivo passou a se tranformar em estrutura morta; e, com isso, a Igreja perdeu poder espiritual e os dons e ministérios tornaram-se meros títulos eclesiásticos, hierarquizados dentro da concepção estatizada de Igreja.

Infelizmente, ainda hoje é possível ver tal hierarquização na Igreja, onde o "apóstolo" não é nada mais do que um título superior ao de "pastor". Sob o escrutínio da Palavra de Deus, os atuais "apóstolos" não passam, na melhor das hipóteses, de "pastores" com complexo de superioridade. Quando a patologia é grave, alguns juntam ao título de "apóstolo" o título de "bispo primaz", misturando os contextos.  Para estes, se quiserem, há outros títulos mais pomposos - Abade, Acólito, Ancião, Arcebispo, Cardeal, Monsenhor, Patriarca, Prelado, só para citar alguns.

Nosso Senhor Jesus, na Parábola da Semeadura (Mt 13.24-30), diz que “enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se” (v. 25). O joio é uma nociva erva daninha que parece com o trigo. A figura do joio aponta para a imitação, o engano e a corrupção. O diabo lança sementes de engano e imitação que envenenam e corrompem a mente e o coração da humanidade. Ele tem um evangelho imitado, moderno; um Cristo imitado, falso; uma igreja imitada, falsa. Dessa forma busca destruir o verdadeiro cristianismo, que é uma obra de Deus, introduzindo no lugar uma brilhante imitação da coisa real.

Muitos pastores sinceros com Deus e com seu ministério, principalmente de Igrejas mais tradicionais, têm criticado o ensino da restauração dos cinco ministérios, fazendo-o com base no cenário atual. É compreesível; de fato, dizer que toda essa apostasia que aí se encontra é obra de Deus é, no mínimo, uma tremenda loucura. Assim, quando criticam o atual sistema, visam combater o erro que aí está, patente para todo mundo ver. Como diz o Apóstolo Paulo, “e não é de se admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Coríntios 11:14).

É interessante notar, contudo, que o atual engano aponta para a existência de algo verdadeiro. O conceito de que algo é falso só faz sentido se houver algo que seja verdadeiro. Obviamente, antes da verdadeira restauração dos 5 ministérios é necessário que venha aquilo que é falso, assim como antes da Segunda Vinda de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo surgirá um falso cristo que ludibriará, enganará e seduzirá toda a Terra, exceto aqueles que estiverem imbuídos do Espírito do Senhor. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Romanos 8:14).

 A IGREJA E OS DONS DE ASCENSÃO

A igreja tem amplamente ignorado o ofício espiritual do apóstolo por muitos séculos. Cessacionistas, aqueles que sustentam a crença de que milagres foram interrompidos depois da conclusão do cânon das Escrituras, acreditam que a cura, libertação, profecia e todos os outros fenômenos sobrenaturais cessaram e que os apóstolos já não são necessários. Este mesmo sistema de crença exclui profetas do ministério da Igreja de hoje e perturba o equilíbrio de dons dados à igreja. Evangelistas e mestres são muito mal compreendidos, mas aceitos, enquanto pastores são estabelecidos com a pesada carga de trabalho, como "clérigos profissionais".

A função dos Cinco Ministérios, como indicado no verso 12, é equipar os santos para a obra do ministério para a edificação do corpo. Este equipamento, ou aperfeiçoamento (KJV), fala em grego de um navio adequado para as águas onde vai velejar ou a fixação de um osso. Tornando os santos prontos para as tempestades que possam encontrar e sendo colocados para o melhor serviço. A edificação (KJV) é o resultado do próprio aperfeiçoamento. Esta é a obra do ministério para o qual os santos são colocados para o melhor serviço.

O versículo 13 nos dá o período de tempo pelo qual os dons são necessários na igreja: "Até que todos cheguemos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo". Estamos atendendo um objetivo aqui que é alcançar a unidade da fé. Jesus orou para que esta unidade acontecesse dentro de nós, em João capítulo 17.
 
Outro objetivo é o conhecimento do Filho de Deus. Isso não significa meramente uma compreensão de quem é Jesus, do ponto de vista histórico ou teológico; mas principalmente no aspecto prático, ou seja, o relacionamento, a formação de Cristo em nós, a revelação do Filho em nossa vida. Por mais que se fale em Jesus hoje, cada vez menos se conhece o Filho de Deus. Cada Igreja tem o seu próprio Jesus, mais "bonzinho" ou "mais carrancudo", mais doutrinário ou mais irreverente. Há muito falso ensino sobre Jesus, mas há também muita falsa concepção do que é conhcê-Lo. Isso é resultado da meninice espiritual da Igreja, que é levada ao sabor da brisa suave do vento de ensino, soprado pelos picaretas da fé.
 
ENTENDENDO OS DONS DE ASCENSÃO
 
Agora que entendemos o cenário, vamos dar uma olhada nos dons de ascensão de forma individual, para que tenhamos uma visão mais clara do seu aspecto prático. Pode ser feita a analogia dos cinco ministérios com os 5 dedos da mão: cada um com a sua função específica, mas todos na mesma mão.
 
1. Apóstolo:  Os apóstolos são responsáveis por plantar igrejas (I Co 3.10,11), levam o evangelho até lugares não-alcançados (Rm 15.20), apontam e treinam líderes (At 14.21-23; Tt 1.5), tratam com problemas doutrinários e com pecado, supervisionam Igrejas e promovem a unidade (I Co 16.1-4), demonstram e concedem o sobrenatural (II Tm 1.6-7; II Co 12.12, At 4.33, 8.4-20, 10.44-46, 19.16 ), não manipulam ou se auto-promovem (II Co 11.7-15), não mercadejam com o evangelho (Hb 3.1), possuem a marca de Cristo - crucificação pessoal (II Co 1.3-7).

Além disso, deveriam ser testemunhas do Senhor ressurreto (At 1.21-22, I Co 9.1), possuírem um chamado especial da parte de Cristo para exercer este ministério e terem autoridade para ensinar e definir a doutrina firmando as pessoas na verdade.

Esses homens têm uma visão ampliada do reino de Deus implantado na Terra. Eles enviam pessoas e são enviados por Deus para fundamentar a igreja através das verdades e princípios bíblicos. Eles ajudam a restaurar esse fundamento. O apóstolo sempre olha para a base. Ele se preocupa com que a casa fique firme e não caia. Ele ajusta todas as mensagens a esses fundamentos básicos, que nada mais são do que as verdades de Deus. Ele é aquele que bota a mão na obra.

Observe que, dadas as características do ministério, o apóstolo pode ser visto como o dedo polegar. O dedo polegar é o único que pode tocar todos os outros dedos (os outros quatro presentes), o que significa que é influente para a mão inteira. Assim, o oficio de apóstolo abarca todos os outros 4 dons. Isto significa que um apóstolo deve, obrigatoriamente, também ser mestre, profeta, evangelista e pastor.


2. Profeta: O profeta é aquele que aponta a direção para a Igreja, porém não a conduz. É aquele que fala aquilo que o Senhor mostrou como orientação espiritual para o Corpo. A Bíblia diz que na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e mestres, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo (At 13.1).

A constante comunhão com a glória do Senhor transforma radicalmente a maneira do profeta pensar e agir. O profeta edifica, exorta e consola, não representando a sua pessoa, mas a Deus. Ele olha para a congregação como um todo e a coloca dentro da igreja, da cidade e do mundo.  Normalmente, a linguagem utilizada pelo profeta para expressar a mensagem de Deus é através de símbolos (At 15.32). O profeta pode ser visto como o dedo indicador, apontando mudanças necessárias.

A exemplo do apóstolo, este ministério é também mal compreendido. Frequentemente confunde-se o dom ministerial de profeta com o dom espiritual de profeta, principalmente no pentecostalismo. Todos podem profetizar, mas isso não faz da pessoa um profeta de ofício.

3. Evangelista: Evangelistas são pregadores itinerantes,  pregando especificamente a mensagem da salvação. Eles possuem, necessariamente, o dom da fé (I Co 12.9); sua mensagem é impactante, gerando fé nos ouvintes. Evangelistas são o dedo médio da mão, o dedo mais longo, com o maior alcance.

4. Pastores: Os pastores apascentam o rebanho. Possuem capacitação divina para nutrir, cuidar e amadurecer espiritualmente cada ovelha; são abnegados, generosos, hospitaleiros e moderados. Pastores podem ser vistos como o dedo anelar, o que representa compromisso, fidelidade e relacionamento.

5. Mestres: Os mestres são transformadores. São mais que meros professores ou teólogos; são capacitados divinamente para entender, explicar claramente e aplicar na prática a Palavra de Deus (Jo 6.45). O mestre é responsável pelo ensino à Igreja.  Podem ser comparados ao dedo mínimo da mão, usado geralmente para limpar o ouvido. O mestre limpa o ouvido dos crentes, tirando todo cerume espiritual, para que ouçam e entendam a Palavra de Deus.


CONCLUSÃO

Paulatinamente, o Senhor vem restaurando os cinco ministérios na Sua Igreja. Há ainda muito o que ser feito, mesmo porque o atual modelo de Igreja, muito semelhante ao católico romano, não comporta estes ministérios quanto ao seu pleno funcionamento.

Deus levantará, ao seu tempo, cada ministério na Sua casa, dando o chamamento e a capacitação espiritual necessária. Deus mesmo há de restaurar à Sua Igreja, levando-a de volta ao padrão bíblico, ao modelo que Ele mesmo planejou; levará a Igreja à santidade, a ser santa e irrepreensível, sem mácula ou ruga ou coisa semelhante, em nome de Jesus.

Deus está te dando Visão de Águia!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Procurando Homens Capazes...


Êxodo 18:21-25
21 E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez;
22 Para que julguem este povo em todo o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo.
23 Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir; assim também todo este povo em paz irá ao seu lugar.
24 E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito;
25 E escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e maiorais de dez.

O conselho de Jetro a Moisés, relatado no Livro de Êxodo, é muito conhecido pelos cristãos e pelo mundo corporativo. Ele Instituiu um regime de governança avançado, até mesmo para os dias de hoje. A coordenação da Obra de Deus é uma necessidade tão patente que até mesmo Jetro, sogro de Moisés, que não acompanhava a marcha de Israel (v.5), percebeu a urgência da delegação de autoridade. Segundo Jetro, estes homens deveriam ser capazes, ou seja, homens com habilidade, com aptidão para o exercício da função; homens que possuíssem um conjunto de características que favorecessem o exercício da função. Moisés deveria "procurar dentre o povo" homens com tais características, para então delegar-lhes autoridade.
Há, com base no texto, sete qualidades “mínimas” para que estas posições fossem bem desempenhadas, que deveriam refletir os requisitos para eleição de oficiais e de lideranças nas Igrejas Evangélicas, independentemente da denominação que professam:

1. Homens Capazes

A) Motivação: capacidade de "vender" a idéia (e não somente apresentá-la). Líder desmotivado transmite a idéia de fracasso iminente. Sem saber, ele mesmo já é um fracassado. O exercício da liderança cristã a partir dos seus pressupostos demanda do líder a capacidade de motivar seus liderados no desempenho de seus ministérios, para o avanço da Obra de Deus. Motivar seus liderados com elogios, com ânimo e com incentivo aos desafios.

B) Otimismo:  O líder deve considerar TODOS os eventuais problemas que inevitavelmente aparecerão como passíveis de uma solução global positiva, como oportunidades para o seu amadurecimento emocional e espiritual bem como de seus liderados. Líderes que falam somente das dificuldades, dos problemas e das deficiências da Instituição são aqueles que não querem o progresso de seus liderados, são inseguros, têm medo de serem superados e buscam apoiar-se em pontos fracos e/ou negativos da organização para justificar sua incapacidade de encorajar os outros. Na hora do "vamos ver", é o primeiro a "passar mal", entregando os pontos com extrema facilidade. Deve-se evitar a todo custo o estilo de liderança "Hardy Har-Har" ("oh vida, oh céus, oh azar... Isso não vai dar certo!"), do pessimista irrecuperável.

C) Dinamismo: espírito empreendedor, ajuste em situações diferentes ou imprevisíveis. A palavra é originária do grego dunamis, que é traduzida por poder, dinâmico e dinamite. Líder "meia sola", do tipo "deixe a vida me levar, vida leva eu", que parece que foi encostado pelo INSS da fé, só serve para criar acomodação e apatia.

D) Comunicação: capacidade de organizar os pensamentos com clareza, coesão, concisão e apresentá-los objetivamente. O líder não pode se enclausurar, como se a Igreja fosse um grande convento. É preciso ser capaz de comunicar-se, tanto com seus líderes superiores, quanto com seus liderados. Segundo Abelardo Barbosa, o Velho Guerreiro, “quem não se comunica, se trumbica”.

E) Trabalho em Equipe: saber delegar, dividir as tarefas, compartilhar responsabilidades e informações, traçar objetivos claros e administrar conflitos internos para não desmotivar a equipe. Um líder deve exercer a paciência, saber dialogar, ouvir e ser solidário.

F) Pontualidade: não somente no que diz respeito a horários, mas a cumprimento de prazos. Muitos líderes postergam a resolução de um problema ou a execução de uma tarefa. Isso chama-se proscrastinação e é um dos pecados mais comuns em muitos líderes.

G) Valorizar seus liderados: São a razão da existência do líder. Dessa forma, devem ser tratados com seu real valor, a fim de gerar motivação e orgulho de fazer parte da equipe.

H) “Vestir a Camisa”: Infelizmente, há líderes que não se comprometem com a Igreja e se recusam terminantemente a vestir a camisa, exatamente porque não se identificam com ela. Uma vez que o líder não está adequado aos objetivos nem à missão da organização e tem consciência disso, ele não conseguirá apresentar qualquer das características/ações citadas acima. Ele estará nessa posição apenas para ocupar uma vaga, apenas pelo destaque que o cargo/título pode proporcionar.

Para que o líder consiga ter essas características, ele deve estar de bem consigo mesmo e com a organização, deve se conscientizar de que a empresa apostou nele e que sua permanência depende tão e somente dele mesmo.

2. Tementes a Deus. Em Provérbios 8:13, lemos: "O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho, e a boca perversa, eu os aborreço". Há uma definição clara do que é temer ao Senhor e, consequentemente, de como julgar se alguém é temente a Deus ou não. O candidato à liderança é soberbo? É arrogante (insolente, atrevido)? Desvia-se do mal caminho ou é mundano? Respeita as autoridades delegadas ou é crítico mordaz? Tem o péssimo hábito de criticar tudo e todos?

3. Verazes. Fala de Credibilidade: qualidades como humildade, zelo, firmeza, integridade e honestidade são essenciais no caráter e na personalidade de um líder para conquistar confiança junto à equipe. Seu "sim" é realmente sim e seu "não" é realmente não, ou é talvez, quem sabe? Sua posição é variável de acordo com seus interesses pessoais?

4. Que não aceitam suborno (ou avarentos em algumas traduções): Suborno pode ser financeiro, emocional ou espiritual (suborno: aliciamento para atos culpáveis; corrompimento). Envolve receber algum tipo de favor para que a pessoa deixe de se portar eticamente com seus deveres.

5. Sabedoria: Prudência, moderação, temperança, sensatez, reflexão, razão. Para Aristóteles, a sabedoria prática (phronesis), ao contrário da sophia, envolve a habilidade para agir de maneira acertada.

6. Entendidos: Conhecimento teórico e prático. Buscar conhecimento para o crescimento pessoal e, principalmente, ministerial, também faz parte.

7. Experimentados: Primeiro provado, depois aprovado (I Tm 3.10). Provado é que tenha demonstrado experiência na obra. Provar algo é testar, examinar e ver se é genuíno. Freqüentemente usamos a palavra "provar" com referência aos minérios metais. O ouro, por exemplo, contém muitas impurezas. Para removê-las, de forma que possamos ter o ouro puro, devemos colocar o ouro no fogo. O fogo remove as impurezas queimando algumas e derretendo o ouro, de forma que as outras impurezas possam ser removidas dele. O que é deixado é ouro genuíno – foi "provado" como sendo tal. Pergunte: "Existem razões que possam ser apresentadas para o motivo pelo qual tal pessoa não está qualificada para o ofício?"

Segundo a Palavra de Deus, somente aqueles que possúíam estas características deveriam ser colocados como líderes, como cabeças sobre o povo, por Moisés. Caso contrário, ao invés do alívio da carga de trabalho ministerial, a sobrecarga ainda maior. Muitos pastores não compreendem que, ao colocarem pessoas, sem critério, em posições de liderança dentro da Igreja (não importa o título ou atribuição), com a justificativa de que "a Obra precisa ser feita", estão, na verdade, cometendo um grande erro. Não demorará muito até que tal pastor se sinta ainda mais sobrecarregado, por causa do re-trabalho gerado por estes pseudo-líderes. E junto com a sobrecarga virão o cansaço, a frustração e o desânimo.

Estes critérios baseiam a indicação de líderes em sua Igreja? E você, que gostaria de exercer liderança na Casa de Deus, têm estes requisitos?
 
Deus está te dando Visão de Águia!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Cuidado Pais e Mães: Pulseiras do Sexo, a Nova Mania Adolescente






À primeira vista, uma colorida pulseira de plástico nos pulsos de crianças parece inocente.


Mas na realidade elas são um código para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao sexo propriamente dito.


Poderia confundir-se com mais uma daquelas modas que pega, uma vez que é usado por milhares em várias escolas primárias e preparatórias no Reino Unido e custam apenas uns centavos em qualquer banca ao virar da esquina.


A "mania" começou na Inglaterra, em 2003 (na Inglaterra, as pulseiras são chamadas de shag bands), e este ano retomou fôlego na região, chegou aos Estados Unidos e começa a ganhar força em Brasília e São Paulo. As garotas usam o acessório para participar de um jogo erótico com meninos conhecido como Snap.


Mas as diferentes cores das ditas pulseiras de plástico – preto, azul, vermelho, cor-de-rosa, roxo, laranja, amarelo, verde e dourado – mostra até que ponto os jovens estão dispostos a ir: desde dar um beijo até fazer sexo.


Andam uns atrás dos outros nos recreios das escolas, na tentativa de rebentar uma das pulseiras. Quem a usava terá de “oferecer” o ato físico a que corresponde à cor. É o “último grito” do comportamento promíscuo que sugere, cada vez mais, que a inocência da infância pertence a um passado distante.


Quase tão chocante como as “festas arco-íris” – encontros com muito álcool e droga à mistura, em que as meninas usam batons de cores diferentes para deixar a “marca” nos rapazes após o sexo oral -, as “pulseiras do sexo”, que custam apenas um euro (um pacote com várias), têm um custo maior que foge ao alcance de muitos pais.


Significado das cores:
» Amarela – significa dar um abraço no rapaz;

» Laranja – significa uma “dentadinha do amor”;

» Roxa – já dá direito a um beijo com língua;

» Cor-de-rosa – a menina tem de lhe mostrar o peito;

» Vermelha – tem de lhe fazer uma "lap dance" (dança típica de prostíbulos);

» Azul – fazer sexo oral praticado pela menina;

» Verdes – são as dos chupões no pescoço;

» Preta – significa fazer sexo com o rapaz que arrebentar a pulseira;

» Dourada – fazer todos citados acima;



Símbolo de respeito
Como quase em tudo nestas idades, existe um estigma por detrás das pulseiras: quem não as usar é excluído e quem usar as cores preto e dourado é mais respeitado.





Fontes:





Precisamos compreender que enquanto seguimos nossas vidas de forma despreocupada e desatenta, num triunfalismo tolo, como se tivéssemos uma espécie de "mandala da imunidade espiritual", o diabo trabalha incessantemente no afã de roubar, matar e destruir; afinal, ele sabe que pouco tempo lhe resta (Ap 12.12). Nada melhor que destruir àqueles que representam o futuro da humanidade (e consequentemente da Igreja) - as crianças e adolescentes.



Porém, não bastando roubar a pureza das nossas crianças com toda a carga de sensualidade e pornografia presente em desenhos, revistas e filmes, vem o inimigo de nossas almas com o mais novo estratagema: marcar de forma profunda a alma dos jovens, alterando o desenvolvimento natural de sua sexualidade por meio de jogos com conotação sexual, como as pulseiras do sexo.

Veja, não se trata de um dogma ou tabu; aqueles que tiveram a desventura de iniciar a vida sexual de forma antibíblica (fora do contexto da maturidade física e emocional e da estabilidade e proteção do casamento) e chegam à luz da Palavra de Deus, sabem os dramas internos que carregam dentro de si; sabem como é o cenário de batalha interno que passam a viver. E não há psicanálise ou psicologia capaz de solucionar tal coisa!



A dura realidade é que a extrema facilidade das pulseiras tornarem-se moda (e as práticas aliadas ao seu uso) está ligada, dentre outros, ao notório processo de destruição da família e desconstrução dos valores familiares e conjugais, como a banalização sexual.



Quantas vidas estão no presente momento experimentando toda sorte de desolação, de infelicidade, de profunda depressão porque a pornografia está destruindo sua alma. Quantos maridos estão expondo suas esposas a jogos sexuais degradantes porque num dia tiveram contato com filmes pronográficos, destruindo a alma de suas esposas! Quantas esposas estão cobrando "cachê" de seus maridos para manterem relações com eles, por mera fantasia interior!

Quantas moças estão se tornando "predadoras sexuais" porque estão absorvendo, direta e/ou indiretamente, o comportamento de sua mãe ou de seu pai! Quantos rapazes e moças estão se tornando pais e mães antes do tempo, destruindo seu futuro e o futuro da criança que está sendo gerada!


É preciso entender que o sexo é mais do que um prazer; seus efeitos vão muito mais além do que mera liberação de tensões hormonais. Deus, ao criar o sexo, fez com que este tivesse repercussões espirituais profundas na vida do casal. "Serem dois uma só carne" é mais do que morar junto sob um mesmo teto ou um contrato civil entre duas partes; envolve trocas espirituais. Por isso Paulo condena a prostituição (I Co 6.16), pecado contra o próprio corpo: por causa das danosas consequências para a alma humana.


Lembre-se: está nas mãos de vocês, pais e mães, o futuro de seus filhos!




"Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno." (Provérbios 23:13,14)