Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele. (Oséias 6:1,2)
Essa pandemia por Covid-19 é um duro golpe para os sistemas políticos, econômicos, sociais e religiosos no mundo inteiro. Mostou que esses sistemas, tidos até então como bastiões de segurança e estabilidade, são tão frágeis e impotentes como as pessoas que os operam.
Espera-se que após essa pandemia o mundo seja diferente. Eu confesso, como cristão, que não compartilho dessa esperança. O mundo não mudará, jamais. Digo isso porque o único que pode trazer mudança ao homem, e consequentemente aos sistemas operados por esse homem, é Cristo. Ele já disse: "sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15.5). E a única forma do homem ir a Cristo é ouvindo a voz do Espírito Santo, que fala aos homens buscando convencê-los do pecado, da justiça e do juízo. Bem, por tudo o que estou vendo, o Espírito de Deus está falando a claro e bom som por meio desse caos, mas os homens estão tapando seus ouvidos para não ouvir aquilo que Ele está dizendo. Talvez uns aqui e ali ouçam, mas não será o suficiente para mudar a forma do mundo ser mundo. O mundo jaz no maligno, o príncipe deste mundo é satanás. Logo, o mundo não mudará: a cobiça desenfreada, a exploração do pobre, a carestia e a perda do poder de compra, o aumento da faixa de pobreza às expensas do enriquecimento de poucos, o vácuo em sistemas de saúde e de educação, a violência em suas mais variadas formas, o surgimento de governos ímpios, a destruição da família e dos valores civilizatórios, dentre outros, irá continuar; se não, agravar-se-ão.
Quem está assustado com essa pandemia, tenho uma má notícia: é só o começo. O juízo sobre o mundo já foi decretado, por sua recusa a se arrepender de suas terríveis maldades, de toda a sua malícia, de toda a sua violência e crueldade. Todo sangue derramado sobre a Terra clama diante de Deus, sabia? O sangue tem uma voz. Quem perguntou onde estava Deus diante dos estupros de crianças e mulheres, diante das guerras, diante da exploração de pessoas e da violência, bem a resposta está sendo dada. Deus dá sempre tempo para que homens e mulheres se arrependam dos seus pecados e voltem-se para Ele. Mas há um limite para tudo, até para a paciência de Deus, suportando continuamente tudo de maligno que fazemos sobre a Terra. Deus deu o Seu Único Filho, o Precioso Seu: dele, fizemos nenhum caso, não damos nenhuma importância ao Seu sacrifício por nós. No máximo, fazemos ritos religiosos vazios em Seu (???) nome. Colocamos em seu lugar deuses que não são deus, que nada nunca fizeram por ninguém a não ser mandar, mandar e mandar. Deus nos deu Sua Palavra e a desprezamos; fazemos uso dela para qualquer coisa, menos mudar de vida e nos voltarmos para o Deus da Palavra. Retiramos Deus e em seu lugar entronizamos o diabo na sociedade, destruindo famílias das mais diversas formas, numa sociedade quase sem limite algum. Tudo isso, e mais outro tanto, jamais deixará de ser a prática do mundo. O mundo jaz no maligno, como eu disse; isso é irrecuperável.
Portanto, minha esperança está em que os crentes em Cristo, aqueles que se chamam pelo Seu nome, ouvirem à voz Daquele que dizem ser o Seu Deus. Sim, porque a Igreja, de forma geral, enquanto voz profética está muda, paralisada, diante do que está acontecendo. Justamente, no
principal momento, em que seu papel seria de capital importância!
Justamente onde seu testemunho seria ouvido até os confins da Terra! Há exceções, graças a Deus, uns poucos aqui e ali, de forma isolada. Porém, de forma geral, ela, a Noiva de Cristo, está envolvida em polêmicas, como tem sido há bastante tempo, brigando com a sociedade para abrir as portas de seus templos, numa época onde o isolamento é fundamental. Nem no que é puramente humano a Igreja consegue ter uma posição coerente com o mandamento de Cristo, acumulando escândalos sobre escândalos, mau testemunho sobre mau testemunho.
Jesus, à Igreja de Sardes no livro de Apocalipse, disse: "Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." (Ap 3.1-6) Um texto que se enquandra perfeitamente no estamos vivendo: Nome de que vive, nome de Igreja de Cristo, mas morta espiritualmente! Sem vida espiritual, sem influência espiritual, sem poder espiritual, sem Cristo em seu meio, essa é a Igreja que aí está! Uma igreja de obras imperfeitas diante de Deus! Uma Igreja que está mais interessada em acumulação de tesouros no mundo e que trabalha incessantemente para aumentar seu poderio econômico e político. Eu pergunto: onde está, Igreja, todo o teu poder nessa hora, nessa pandemia? Onde está todo o teu recurso financeiro, tua conta bancária polpuda? Onde estão teus bens? Para que serve a multidão de tesouros que ajuntaste nesse mundo? E teus políticos, onde estão? Desceste ao Egito para fazer aliança com o rei do Egito, Igreja, e deixaste ao Senhor teu Deus? Onde está, Igreja, nessa hora, o teu poder? Onde está o Espírito do Senhor?
O anseio de meu coração - e creio ser o anseio de milhares comigo - é que houvesse arrependimento por parte da Igreja. Arrependimento e conversão ao Senhor. Mudança de vida. Eu muito gostaria de ver a Igreja conclamando um tempo de arrependimento, um período tal como o Dia da Expiação, onde todos se humilhassem e se arrependessem dos seus pecados.
Abaixo, eis as resoluções que eu gostaria de ver a Igreja, a cristandade, tomar:
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A IGREJA DE CRISTO NA FACE DA TERRA, composta por sua liderança e membresia, de todo povo, língua e nação, do oriente e do ocidente,
Considerando a pandemia do Covid-19 que assolou a humanidade no ano de 2020, com perdas de vidas irreparáveis,
Considerando a total inutilidade dos sistemas e convenções religiosas adotadas por décadas a fio, que tantos males trouxeram à vida e à fé dos nossos irmãos e irmãs em Cristo, manifestados de forma exarada em épcoa de pandemia,
Considerando o nosso desvio do Senhor Jesus Cristo e a incorporação de valores, práticas e sistemas mundamos no modo de vida e de culto da Igreja,
Resolve:
1. Fica determinado o fim das barreiras denominacionais: Denominação não é Igreja; na verdade, reconhecemos que o denominacionalismo causou mais estragos que benefícios à causa do Evangelho de Cristo, separando irmãos e irmãos causando empecilhos à comunhão do Corpo de Cristo em cada nação. Portanto, juntamente resolvemos que todo aquele que confessa com sua boca e com sua vida que Cristo é o Senhor e que veio em carne é nosso irmão e nossa irmã e, portanto, será bem-recebido e bem tratado por nós, independentemente da denominação que professe pertencer, seguindo-se as determinações bíblicas;
Parágrafo 1º: Não será aceito, em hipótese alguma, o ensino e/ou a prática de legalismo, de qualquer grau e espécie (uso de roupas, guarda de dias, observância de ritos, etc.), por seu poder destruidor da comunhão cristã.
Parágrafo 2º:
Não será reconhecido, em hipótese alguma, aquele que dizendo-se irmão apoiar ou defender práticas e ideologias claramente antibíblicas e anticristãs, como a apologia ao uso de armas e à violência, como o menosprezo a vida humana, destruição ambiental, exploração da pobreza, corrupção, dente outros, independente de sua confissão relativamente à Cristo, seja quem for.
2. Ficam terminantemente proibidas as disputas por cargos e posições: Todo e qualquer cargo e posição terá como único propósito o servir ao povo de Deus. Todo aquele que usar do seu cargo ou posição para ter primazia entre irmãos, para causar divisão ou para, de qualquer modo, prejudicar um membro do Corpo de Cristo, será conduzido imediatamente à disciplina bíblica, independente do cargo que ocupe.
Parágrafo 1º: Se a disputa for promovida por pastores, ou por eles causada, tal pessoa será imediatamente desligada da função, estando sobre processo disciplinatório conforme a Palavra de Deus.
3. Decretar a cessação imediata de toda e qualquer prática ou convenção claramente mundana e pecaminosa no modo de vida da Igreja.
Parágrafo 1º: Como prática mundana e pecaminosa, não restrito a, entendemos: o uso do marketing como ferramenta de promoção denominacional (manifesto em uso da mídia e de nomes pomposos para "ministérios", dentre outros; a promoção da igreja dar-se-á somente pelo seu testemunho); a exploração do trabalho de crianças, jovens e adultos para aumento do poderio denominacional; a exploração financeira; a simonia; a centralização de poder sobre uma única pessoa; o sectarismo, independente da causa; o uso de estratégias de mercado para promoção da denominação, dentre outros; a acumulação de bens e patrimônio, pela denominação e/ou por suas lideranças; o fim de Estatutos e Regimentos (igreja como empresa/personalidade jurídica); a inserção na política partidária, sua apologia ou defesa.
4. A venda imediata do patrimônio excessivo da denominação e o valor repassado aos pobres e carentes. A igreja não precisa e nem deve acumular tesouros no mundo. Na verdade, Deus usou a pandemia para mostra-nos quão inúteis são todos esses patrimônios para a causa do Evangelho. Templos, aviões/helicópteros, carros, ônibus, aparelhagem musical, mobiliário (púlpito, cadeiras, mesas, etc.), dentre outros, que tanto foram buscados pela igreja e que se revelaram apenas desperdício de dinheiro da Igreja serão imediatamente vendidos.
Parágrafo 1º: No lugar de templos, as reuniões da Igreja serão feitas:
a) Ao ar livre, em espaços públicos, como praias e campos;
b) Nas casas dos membros do Corpo de Cristo: cada casa, um local de reunião da igreja.
Parágrafo 2º: No caso de reuniões nas casas, os frequentadores ajudarão com as depesas e arrumações envolvidas de forma solidária, de forma a não serem pesados a ninguém. A reunião será simples, enfatizando-se a comunhão e a adoração e a oração, sob a liderança e inspiração principal do Espírito de Deus, conforme as recomendações bíblicas (em especial, I Coríntios). Haverá a ceia do Senhor em cada reunião, com alegria e simplicidade, com reverência e santo temor. Serão incentivados momentos/eventos de comunhão: a comunhão, a adoração, a oração e meditação bíblica serão o centro e o modo de vida da igreja. As lideranças terão o papel de orientar os fiéis na realização dos cultos (e não de obrigatória e exclusivamente realizá-los, podendo-o fazer quando nas suas próprias casas, segundo parecer do Espírito Santo e da liderança). Ao final do culto, se necessário (e somente se), poderá haver coleta de ofertas a serem destinadas exclusivamente aos pobres e necessitados (podendo a coleta ser financeira ou de alimentos e outros víveres, conforme a necessidade), ou para cobertura direta, sem acumulação, dos custos do dono da casa ou ainda, em casos específicos e sob parecer de todos, a ajuda para pregação do Evangelho.
a) Decreta-se o fim: de ritualismos, o fim de atos proféticos, o fim de determinações, o fim de ministérios de louvor, o fim de shows gospel e de outras práticas, que se revelaram inúteis em tempos de pandemia e que, portanto, nada de positivo acrescentam a fé cristã.
Parágrafo 3º: Está decretado o fim de diretorias civis em igrejas, que verdadeiro desserviço prestaram à causa do Evangelho.
a) As lideranças serão organizadas em presbitério - coleção de presbíteros (funções, não títulos) e diáconos (funções e não títulos).
b) Pastores: membros do corpo de Cristo com a função de acompanhar e aconselhar seus irmãos. Aplicam-se as exigências e determinações bíblicas. Deverão ainda se sustentar financeiramente.
c) Evangelistas, dirigentes de congregação, auxiliares de trabalho, obreiros, etc.: decretamos o fim desses cargos.
d) Diáconos: terão exclusivamente como função aquelas já determinadas biblicamente - auxílio às viúvas e socorro aos necessitados. Ressaltamos que todos no corpo de Cristo devem trabalhar para a mesma finalidade.
5. O correto reenquadramento de pecados destruidores outrora minimizados: porfia, inveja, ciúme, facções, sectarismo, fofoca, maledicência, complôs internos, traição, armações que foram por décadas a fio "convenientemente esquecidos" são, a partir de agora, considerados tão malignos e destruidores quanto os demais pecados. Eles destroém a comunhão do Corpo de Cristo, que revelou-se imprescindível na época da pandemia. Assim, os que neles incorrerem serão disciplinados, independentemente de quem sejam, conforme as instruções bíblicas, por todos os fiéis.
6. Pedido público de perdão: A respeito do que trata o item 5, nós, liderança da Igreja espalhada na face da Terra, nos arrependemos e humildemente pedimos perdão a todos os que foram por nós prejudicados, por estas coisas ou por coisas semelhantes a estas.
Parágrafo 1º: Pedimos perdão a todos os irmãos que se afastaram da comunhão por conta da nossa má atitude, anticristã, que acabou trazendo tristeza, ofensa e mágoa aos nossos irmãos em Cristo. Reconhecemos que agimos de forma maligna convosco, sem misericórdia e amor, por conta de nossa cobiça desenfreada de riqueza e poder, praticando toda a sorte de mal contra vós. Reconhecemos que agimos muito mal ao chamá-los pejorativamente de "desviados", "desigrejados" e coisas do tipo; na verdade, nós é quem somos os desviados e desigrejados, nos afastando de Cristo ao tratá-los desse modo incompatível com o mandamento do Senhor para amarmos uns aos outros conforme Ele nos amou. A bem da verdade, reconhecemos agora que não há desigrejado; há, sim, pessoas que deixaram de frequentar denominações, feridas emocional e espiritualmente por nossa carnalidade e pecaminosidade. Aos irmãos que assim se encontram, suplicamos que nos perdoem em nome de Jesus. Nunca mais os depreciaremos, nem vamos nos referir a vocês, de modo pejorativo como fizemos por anos a fio. Nos prontificamos a reparar todo o mal que causamos a vocês, de forma pública, diante de todos os irmãos, confessando publicamente nosso pecado perante todos, pelo que iremos procurar cada irmão(ã) ofendido(a) e humildemente convidá-lo(a) para esse mister, conforme as instruções bíblicas.
Por fim, nós Igreja do Senhor Jesus na face da Terra, estamos proclamando o ano do arrependimento, onde nós buscaremos, todos, arrependidos ao Senhor, reconhecendo nossos pecados e, principalmente, nosso abandono do Senhor e adesão ao sistema mundano. Nesse ano, todos nós, pequenos e grandes, ricos e pobres, homens, mulheres e crianças, nos humilharemos e oraremos ao Senhor, de forma que Ele nos ouça a oração, perdoe os nossos pecados e sare a nós, restaurando nossa vida e testemunho diante do mundo tal como era nos primeiros dias da Igreja, e a nossa Terra.
Nós, diante do Senhor e de cada irmão e irmã, assim nos comprometemos.
Assinam:
Líderes e membros do Corpo de Cristo espalhados na face da Terra, em seus milhares de dnominações.
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Tenho falado incessantemente aqui, nesse blog, para a Igreja de Cristo. Ela é o meu foco, minha paixão! Falo porque a amo! Ah, como eu desejo vê-la mudar! Como desejo vê-la caminhar junto com o Senhor novamente, de forma simples e humilde, em comunhão íntima com o Salvador! Ah, como ela seria diferente: o Senhor estaria no seu meio, poderoso para salvar! Nunca mais haveria vergonha, opóbrio da ausência do Senhor; nunca mais haveria o mal em seu meio! Seu testemunho seria poderoso, porque o Poderoso de Israel seria a sua torre forte, não essa coisa vazia, desprovida de vida, que hoje se vê! Como tudo seria diferente! E como pode ser, ainda, porque há tempo; Deus está chamando ao arrependimento!
Por meu ensino em relação a Igreja, já fui até removido de denominações religiosas "evangélicas". Já fizeram todo tipo de tramóia para me remover, porque não quiseram mais ouvir de modo nenhum àquilo que Deus pôs no meu coração; sequer minhas orações eram mais aceitáveis para a denominação. Fizeram de um tudo para usurparem aquilo que Deus dá por Sua soberania. Perseguiram, caluniaram, mentiram, esculacharam... fizeram de um tudo, com todas as armas carnais que puderam dispor, só não conseguiram apagar a chama de Deus dentro de mim, porque essa chama foi acesa no Calvário, quando me encontrei com Meu Senhor e Salvador, quando Lhe entreguei de forma definitiva e resoluta a minha vida! Jamais deixarei de Amar e Servir ao Meu Senhor, de dedicar-lhe a minha vida e meu coração, meus dons e talentos! Não deixarei de importar-me com o estado da Igreja, com a Noiva, até vê-la aos pés do Meu Salvador!
Portanto, concluo essa argumentação, clamando: Igreja, arrepende-te! Irmão, irmã, arrependam-se! Pastor, padre, frei, bispo, obreiro, liderança, arrependam-se! Ouça a voz de Deus, por meio disso tudo que está acontecendo! Dê um basta nessa religiosidade inútil, falida, desprovida de Deus! Chega irmão! Chega Igreja! Volte para o Senhor, pois é rico em perdoar! Ele é misericordioso e bom; sim, o Senhor é bondoso e compassivo, cheio de misericórdia! O Senhor, o Grande Rei, te chama: Volta, Igreja Minha!
Graça, misericórdia e paz sejam com todos!
domingo, 29 de março de 2020
sábado, 14 de março de 2020
A MENSAGEM DE DEUS POR MEIO DO COVID-19
E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra. (Apocalipse 6:8)
COVID-19, também conhecido como coronavírus. Esse é o mais novo agente patológico que assola a humanidade. Por ser até então desconhecido, não temos imunidade biológica contra ele. Isso significa que até que o nosso organismo produza os anticorpos específicos para combatê-lo, estamos em situação vulnerável, especialmente para àquelas pessoas classificadas como pertencentes ao grupo de risco - pessoas que tenham alguma deficiência ou condição que possa ser agravada por este vírus - que podem ir a óbito (idosos, cardiopatas, pneumopatas, nefropatas, diabéticos, oncológicos, gestantes, doentes respiratórios crônicos e imunossuprimidos em geral).
Há muitas incertezas com relação ao COVID-19. Que tipo de células humanas ele infecta com seu RNA na reprodução viral? Temos muitos tipos de células em nosso organismo, cada uma com uma função diferente. Teria ele efeito sobre as células nervosas, os neurônios, por exemplo? Ou sobre as hepáticas? E quanto às grávidas: quais são as consequências de contrair esse vírus durante a gestação? Note que só depois de um tempo descobriu-se que o CHIKV (chikungunya) causava microcefalia. Até a descoberta, muitas crianças tiveram essa mui triste e irrreversível consequência.
Há quem minimize o problema. Para estes, tudo não passa de mais uma "conspiração da imprensa marrom", no afã de criar tensão e assim desestabilizar governos e sociedades. Quem pensa assim geralmente tende a pensar também que a terra é plana e que as vacinas causam mal e por isso devem ser evitadas, além de outras sandices do gênero. Há tristemente pessoas que tem alguma proeminência na sociedade, como atores e políticos, que assim pensam também e que, de forma muito irresponsável, prestam (mais) um imenso desserviço à humanidade indo aos meios de comunicação proclamarem aos quatro ventos suas ineptas e ignorantes "verdades" sobre esta doença. Fariam melhor mantendo-se em silêncio sobre o que não sabem.
A situação em que estamos requer cautela. A Organização Mundial da Saúde decretou que o COVID-19 é uma pandemia, não estando restrita a apenas um país ou região geográfica. Não é uma "doença asiática" ou "doença latino-americana"; não é "doença de ricos" nem "doença de pobres". É uma doença mundial. Já são mais de 132.000 casos confirmados e mais de 5.000 mortes, no mundo todo (leia mais em: https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/situation-reports/20200313-sitrep-53-covid-19.pdf?sfvrsn=adb3f72_2). Ao COVID-19 estão sujeitos todo ser humano, independente de onde viva, de sua etnia, de sua condição social ou mesmo de sua condição religiosa e cultural.
Por conta do COVID-19, muitos eventos vem sendo cancelados. Afinal, não há modo mais eficiente de se espalhar essa doença do que o contato entre pessoas especialmente em lugares fechados. Isso não é novo: numa gripe simples já verifica-se esse fato. Aqui, no Brasil, o governo federal baixou uma regra (INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 19, DE 12 DE MARÇO DE 2020) para os órgãos da administração pública estabelecendo as seguintes medidas:
- Necessidade de reavaliar criteriosamente a necessidade de realização de viagens internacionais a serviço programadas enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19), além de estabelecer regras para aqueles que retornam dessas viagens.
- Necessidade de reavaliar criteriosamente a necessidade de realização de eventos e reuniões com elevado número de participantes enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (COVID-19).
E a Igreja, diante disso tudo? Em épocas como essa, a Igreja deve(ria) ter bom-senso, o que passa minimamente por conscientizar seus membros sobre a doença e maneiras de prevenção - especialmente àqueles que estão no grupo de risco - e suspender suas reuniões. Uma atitude assim mostra prudência e fé em Cristo. Sim, é isso mesmo: fé em Cristo, pois Ele mesmo mandou que os cristãos se amassem mutuamente conforme Ele, o Senhor, os tem amado (Jo 13.34). Se o amor é a maior das virtudes (I Co 13) e o supremo mandamento; se esse amor é tanto a Deus quanto ao próximo e se o amor aos irmãos é prova de que os cristãos amam a Deus (I Jo 4) então o mínimo a ser feito é demonstrar esse amor pelo zêlo com as pessoas que frequentam os templos religiosos cristãos. A pior atitude seria a do ufanismo irresponsável, do "não vamos suspender nada porque Deus é conosco!" e coisas do tipo. Eu já publiquei aqui no blog, em 2018, um texto sobre essa horrível prática de ufanar-se com base em textos bíblicos isolados e em bravatas espirituais, como "campanhas de fé e de vitória" e "cultos de libertação" (acesse em: https://apenas-para-argumentar.blogspot.com/2018/06/crentes-imunes-as-doencas-devaneios-e.html)
É preciso ter amor pelas vidas como um todo, não apenas pelas almas. O ser humano é tricotômico, formado por corpo, alma e espírito. Amar ao próximo é amar as três partes, não apenas uma; é amar integralmente. Observe que é exatamente isso que Jesus ensinou na parábola do bom samaritano, registrada nos evangelhos. O bom samaritano teve amor pelo homem caído, não pela alma dele apenas; ele não foi até aquele homem quase morto e fez uma "oração de confissão e de quebra de maldição" e continuou sua jornada, mas antes tomou aquele homem e o levou consigo para cuidar de sua vida: "E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele" (Lucas 10:34). Noutras palavras, o bom samaritano amou aquele homem ao cuidar dele. Temos nós essa mesma atitude? Ou ficaremos no estéril ufanismo enquanto os outros se lascam ao nosso redor, cheios de palavras de efeito, chavões e jargões mas com zero de atitude cristã? Será que nos tornamos tão iníquos (crentes iníquos, igrejas iníquas!!!!) ao ponto do amor já ter se esfriado de nossos corações, ao ponto de ignorarmos completamente aqueles que sofrem ao nosso lado e só pensarmos em nós mesmos? Portanto, se somos Igreja de Jesus, coluna e baluarte da verdade, vamos ao amor prático: suspensão de cultos e reuniões e ajuda financeira com medicamentos e comida para aqueles que precisam. É exatamente para isso que servem os dízimos e ofertas no Novo Testamento! Assim, evitar-se-á o agravamento do sofrimento das pessoas, as quais são o alvo do amor de Deus. Evitar-se-ão, quiçá, até óbitos daqueles que amamos (ou que deveríamos amar). O amor cristão é prático, sempre envolvendo uma ação de nossa parte em favor daquele a quem amamos.
Hoje, início de 2020, estamos diante desse novo vírus. O que podemos esperar? Podemos esperar que mais doenças, até piores que esta, surgirão ainda no cenário mundial. A responsabilidade é nossa, a qual assumimos quando negligenciamos a Vontade de Deus para nós, seres humanos. Quando destruímos o meio ambiente, quando o nosso foco é a cobiça de riquezas e bens materiais, quando fazemos uma distribuição maligna de recursos (dinheiro e comida) entre os países, quando aquiescemos com a violência de todo o tipo. Quando invertemos e/ou abandonamos os valores civilizatórios que nos serviram de guia por séculos a fio. Quando a impiedade é o status quo das sociedades. Quando desprezamos aquilo que Deus já nos tem dado nas ciências (químicas, físicas, biológicas, etc.) para nosso bem, como é o caso das pesquisas científicas - a verdadeira ciência não nega Deus, ao contrário é dom de Deus. Quando até o próprio Deus foi abandonado quase por todos, apesar das muitas e muitas religiões e filosofias sobre Deus que se auto-proclamam "um caminho para Deus" e que são, na verdade, caminhos para longe de Deus (todo caminho para Deus que não tem Jesus como o Caminho, a Verdade e a Vida não é capaz de levar ninguém a Deus - isso foi dito pelo próprio Senhor há mais de 2.000 anos).
Muitos olham para os textos do livro de Apocalipse com um misto de medo e de descrença. Mas o texto de Apocalipse, se lido com o coração aberto para compreendê-lo, à luz de toda a Bíblia, torna-se de uma clareza incomparável. Ele mostra as consequências da nossa malignidade enquanto raça e enquanto indivíduos em toda a criação física de Deus: em rios, mares e lagoas; sobre animais, peixes e plantas; em plantações e sobre o comércio, sobre a política, economia e até sobre a fé. Mostra como Deus vê o nosso comportamento sobre a Terra e como o Céu reage diante disso. Mostra também como o inferno reage, com manifestação terrenal de um mal encarnado, de enormes proporções, que até então vem sendo contido por Deus. Um mal encarnado, um mal que se faz carne e que é adorado pela humanidade, antítese do Senhor Jesus, o amor encarnado, esquecido pelos homens. Esse ser antitético, chamado de besta que emerge do mar, o anticristo, apoiado religiosamente por outra besta, a que emerge da terra, o último falso profeta, capaz de atos sobrenaturais incríveis (Ap 13). Noutras palavras - e que isso fique aqui bem claro - é por nossa causa, raça humana, com nossa apostasia de Deus, que Satanás se assentará na Terra como liderança entronizada!
(veja também: https://apenas-para-argumentar.blogspot.com/2019/10/despertados-para-o-tempo-do-fim-awakened.html).
Podemos aguardar esses acontecimentos, pois eles vão acontecer. Foram revelados pelo próprio Deus em carne, por Jesus, ao seu servo João por ocasião de seu exílio em Patmos. E é o próprio Senhor quem "assina", ao final, o livro de Apocalipse, corroborando com todo o seu conteúdo (Apocalipse 22). Podemos esperar, no cenário mundial, aumento exorbitante de preços, mais doenças, mais guerras, mais mortes. Mais desamor. Mais abandono de Deus. Mais e mais pessoas com as características descritas pelo apóstolo Paulo em sua epístola a Timóteo: "Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, em afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus" (2 Timóteo 3:2-4). Esses tempos são tempos mui trabalhosos! Não posso deixar de citar que na Bíblia, referindo-se profeticamente ao fim dos tempos, Jesus disse: "Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias!" (Mt 24.19) Lucas, evangelista, traz outro registro igualmente importante: "Porque dias hão de vir em que se dirá: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!" (Lc 23.29)
A questão, portanto, não é se vai acontecer, mas como a vida de cada um de nós está relativamente a Deus. Como está aquela que é chamada "Noiva do Cordeiro" no livro de Apocalipse? Está se preparando? Igreja, Jesus conhece as tuas obras! O que Ele tem a dizer de ti? Que tem nome de que vives, mas estás morta? Que és cega, miserável, pobre e nua? Que está do lado de fora de ti, batendo a porta na esperança de alguém ser desperto pela batida Dele e então abrir-Lhe e convidar-Lhe a entrar? O mundo jáz no maligno... e tu amas o mundo, ao ponto de insistires em ser igual ao mundo??? Em assumir para ti as mesmas práticas malignas do mundo??? Em enfatizar grana, em praticar o desamor? Em cultuar a ti mesma em sua religião falida, em reuniões cheias de barulho e de pessoas vazias sem a Presença do Senhor? Onde está a tua fé, manifesta em tuas obras? O mundo precisa ver Jesus em ti, e tu lhe mostra Mamom? Querido(a), fé e obras andam juntas!!!!! Fé sem obras é morta e, portanto, torna-se a crença institucional religiosa de um cadáver espiritual!
O pastor David Wilkerson, que hoje está com o Senhor, pregou em 2001 uma mensagem profética intitulada "As Torres Caíram - Mas Não Compreendemos o Significado da Mensagem!" (disponível em: https://worldchallenge.org/pt/newsletter/torres-ca%C3%ADram-mas-n%C3%A3o-compreendemos-o-significado-da-mensagem). Deus permitiu as torres caírem e hoje está permitindo o vírus chegar. Eu quero me apropriar dessa mensagem, afirmando: "A Doença Veio - Mas Ainda Não Compreendemos o Significado da Mensagem!". Faço das palavras do pastor David as minhas: "Eu lhes fiz prosperar acima das outras nações. Mesmo assim, durante anos vocês persistem na adoração de ídolos de ouro e prata. Tenho agüentado sua sensualidade vergonhosa, a zombaria do sagrado, o derramamento de sangue inocente, o seu esforço incansável para Me remover da sociedade. Agora o seu tempo está acabando". Durante muito tempo fomos uma nação que esteve longe dos terríveis acontecimentos mundiais; nesse sentido temos sido abençoados por Deus. Mas esse tempo acabou.
Que possamos ter os corações despertos para a mensagem de arrependimento que o Senhor tem pregado para nós por meio das circunstâncias mundiais e assim nos voltarmos para Ele, que é rico em perdoar. Que esse despertamento estenda-se aos corações daqueles que se chamam pelo nome de Cristo e que professam ser Igreja do Senhor, de forma que o Espírito Santo restaure o amor como seu modus vivendi.
Pense nisso!
Graça e Paz!
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
A CÉSAR (SOMENTE) O QUE É DE CÉSAR
Lê-se que os evangélicos representados por muitos de seus mais populares pastores no Brasil, aproximam-se do governo, dando aos seus representantes os microfones das igrejas e afiançando o seu projeto político.
Por quê me parece perigosa e equivocada esta postura?
1. Cristo e Seu Evangelho são singulares, perfeitos, e não podem ser confundidos com partidos, ideologias ou governos, todos, de qualquer matiz, sempre falhos e manchados pela nódoa do pecado;
2. A Igreja, vista como alinhada e fiadora de um governo em particular, vai carregar o ônus dos problemas do governo em questão, e vai ser chamada a pagar parte substancial da conta relativa a tais problemas;
3. Uma igreja vista como tendo uma cor político partidária vai dificultar e muito a missão evangelística dirigida aos que não apreciem tal cor, que tendem a se fechar ao Evangelho por conta da barreira politica;
4. A igreja assim comprometida perde sua independência profética;
5. Sob tais condições, a igreja se deixa usar por políticos que dela se aproximam não para conhecer a Cristo ou ao Evangelho mas somente para se beneficiar do voto evangélico, prestando-se a um papel que não é o seu, fora de sua chamada missionária;
6. Os dividendos que a proximidade com o poder político pode trazer, representam uma grande tentação e uma armadilha infernal para a igreja e seus líderes;
7. Não há nenhum amparo bíblico para tal postura, ao contrário, a orientação das Escrituras vai no sentido oposto;
8. A história da Igreja mostra que esta proximidade nunca fez bem ao Evangelho;
9. O avanço da igreja de Cristo jamais dependeu da boa vontade do poder político, mas do poder do Espírito Santo, que sempre usou a pressão contrária dos governantes justamente como instrumento de expansão e espalhamento missionário da igreja;
10. A obediência ao mandamento bíblico de orar pelas autoridades constituídas e honrá-las não impõe que a igreja e seus líderes sejam fiadores dos governos constituídos, ou deles se aproximem, ou com eles se alinhem, ou sejam seus apoiadores.
Texto do pastor da Igreja Presbiteriana Betânia (Niterói) Téo Elias.
Mais um ministro da Palavra de Cristo que teve a coragem de se posicionar nesses dias nos quais grande parte da igreja tornou a causa do evangelho subserviente a um projeto de poder político.
Publicado originalmente no Facebook pelo Rev. Antonio Carlos Costa (https://www.facebook.com/AntonioCarlosAlvesdeSaCosta/).
domingo, 16 de fevereiro de 2020
quinta-feira, 30 de janeiro de 2020
O VERDADEIRO CRISTÃO E A VERDADEIRA CIÊNCIA
Ciência, corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente. Conhecimentos obtidos por meio da aplicação do método científico, consistindo basicamente na formulação e teste de hipóteses por meio de experimentos. A verdade, para a ciência, é experimental, ou dito de outro modo, só a experimentação é capaz de produzir verdades sobre um fenômeno. Assim, para a ciência, a partir da observação de um fenômeno o pesquisador conjectura possíveis respostas (hipóteses) e realiza experimentos no sentido de obter dados que comprovem ou neguem essas hipóteses. Analisando os dados, por meio da indução, chega-se a hipótese mais provável, tida então como a verdadeira explicação para aquele fenômeno. Fazem parte das análises alguns princípios, como o princípio da parcimônia, segundo o qual a hipótese mais simples é preferível pois a chance de se mostrar errada no futuro é menor, um princípio reducionista.
Esse princípio é também conhecido como "Navalha de Ockham", um princípio atribuído ao frade franciscano Guilherme de Ockham no séc. XIV. O princípio afirma que "as entidades não devem ser multiplicadas desnecessariamente", ou em latim "pluralitas non est ponenda sine neccesitate". Interessante é que William usou o princípio para justificar muitas conclusões, incluindo a afirmação de que "a existência de Deus não pode ser deduzida apenas pela razão". Omite-se, propositalmente, a formulação original de Ockham: "Porque nada deve ser postulado sem uma razão apresentada, a menos que seja evidente ou conhecido pela experiência ou provado pela autoridade da Sagrada Escritura". Para o frade, a filosofia, as ciências naturais e outros estudos foram bem servidos pela razão, mas Deus não é definido nem confinado pela razão. Ockham e seus seguidores acreditavam na Teoria do Comando Divino, que afirma que uma regra é boa se Deus der a regra. A “bondade” e a “moralidade” são determinadas pelo que Deus ordena, não por qualquer qualidade intrínseca que a regra possua ou pelo resultado de segui-la. É um resultado feliz da natureza de Deus que as regras que Ele dá sejam para nosso benefício.
Deve ser dito que a Navalha de Ockham é uma diretriz filosófica, não uma regra real da lógica. Ele se encaixa na mesma categoria de regras práticas, provérbios e outras generalidades. É importante dizer que a explicação mais simples não é necessariamente a correta. Ou seja, é preciso avaliar quando é possível aplicar a navalha de Ockham e quando não é possível fazê-lo. Esse ponto é muito importante e frequentemente gera muita confusão, por sua má compreensão e uso. Dizer que Deus é a causa última da Criação não exclui a forma pela qual Deus criou todas as coisas. Ou seja, confunde-se a criação com o Criador, reduzindo o Criador a condição de "coisa a ser investigada". Simploriamente, é como se fosse possível levar Deus para um laboratório e submetê-lo a uma série de experimentos a fim de determinar Sua natureza e comprovar-Lhe a existência. Isso é impossível, pois o Criador de todas as coisas não é parte de Sua criação e não está sujeito, portanto, às mesmas regras que Ele criou para reger cada coisa criada. As coisas criadas estas sim são regidas por regras também criadas por Deus.
A Bíblia Sagrada não é um livro científico. É um livro de Revelação, isto é, um livro que nos revela quem é Deus. O conhecimento de Deus é, portanto, obtido por meio de Revelação; Deus revela-nos quem Ele é e qual a Sua vontade para nossas vidas. Tal conhecimento é impossível de ser obtido de outro modo. Esse "conhecimento de Deus" chega até nós de duas maneiras distintas: revelação geral e especial. Através da revelação geral, podemos aprender muito sobre Deus e sua verdade observando o mundo ao nosso redor. A revelação especial das Escrituras nos dá uma imagem muito mais clara da criação e do mundo em que vivemos. A revelação das Escrituras serve como filtro através do qual tudo o mais deve ser interpretado. Assim, a criação de Deus nos diz que toda a realidade é a realidade de Deus; toda verdade é a verdade de Deus... se crermos em Deus como Criador, não poderemos dividir o mundo em espiritual e secular. O fato de que toda a realidade depende da palavra criativa de Deus significa que a palavra de Deus deve julgar as idéias dos homens sobre a verdade e o erro, e não o contrário.
Assim, Deus é e sempre será a explicação última de todas as coisas criadas. Por que existe luz? Porque no princípio Deus disse "haja luz" e então "houve luz". Agora, identificar a natureza da luz é outro assunto. O que é a luz? São partículas, denominadas fótons? São ondas, segundo a teoria ondulatória proposta pelo físico holandês Christian Huygens, em 1678? Que regra a luz segue? O cientista Maxwell já respondeu essa pergunta, postulando suas famosas equações, concluindo que a luz é uma vibração transversal que se propaga no mesmo meio que os fenômenos elétricos e magnéticos. É bom que se registre a lacuna: Maxwell era cristão, tornando-se ancião (presbítero) da Igreja da Escócia (leia mais sobre Maxwell em: https://www.evangelical-times.org/18573/james-clerk-maxwell-1831-1879/).
Outro exemplo: a Bíblia registra que Deus formou o homem do pó da Terra, à Sua imagem e conforme a Sua semlhança. Ou seja, Deus deu ao homem uma natureza humana no corpo físico feito a partir do pó e uma natureza espiritual, gerada pelo sopro do Seu Espírito nas narinas do homem. Os complexos bioquímicos inerentes ao metabolismo humano não foram registrados na Bíblia (imagine Deus explicando o Ciclo de Krebs para Moisés há mais de 1000 anos antes de Cristo!), mas estão presentes no homem, sendo criados por Deus quando o homem foi criado. O papel do cientista cristão não é discutir essa criação, mas investigá-la: como funciona o corpo humano? Como é constituído? Como as diversas partes que o compõe interagem entre si?
Assim como Maxwell, Deus honrou a muitos outros cristãos que por sua fé em Cristo investigaram a criação de Deus para glória do Criador. Dentre eles, podemos citar:
Olhando para a fé e para as obras que esses homens - e muitos outros, diga-se - realizaram e o progresso que trouxeram, afirmo que nenhum cristão genuíno deveria ter aversão pelo conhecimento ou pela ciência. O obscurantismo científico e a aversão a ciência não são condizentes com a fé bíblica em Cristo. Por exemplo, as estultas discussões sobre as vacinas, sobre a esfericidade da Terra e outros assuntos não deveriam jamais serem produzidas por cristãos ou mesmo por eles fomentadas: isso é uma vergonha para a fé e uma razão de ofensa para o Criador. Tais assuntos já há muito foram comprovados pela ciência; questioná-los à luz de mera teoria conspiratória, sem evidência científica sólida que suporte tais questionamentos, constitui-se em escárnio do mais torpe tipo. Questionar esses assuntos somente a partir de interpretações muito mal feitas de texto isolados da Bíblia também não é válido cientificamente; todos os cientistas cristãos que questionaram em sua época o status quo o fizeram por meio do uso do método científico - hipóteses, experimentos e indução. Enfim, todo esse revisionismo pseudocientífico não passa de obra de quimeristas.
O verdadeiro cristão está para a verdadeira ciência, pois a verdadeira ciência aponta para o Verdadeiro e Único Deus em quem o cristão crê de maneira absoluta. Enquanto dogmático em relação a sua fé, o verdadeiro cristão tem o espírito inquiridor com relação a criação de Deus; ele quer entendê-la, maravilhado e assombrado com o fato daquilo que existe - o mundo material - ter sido trazido a existência pela Palavra de Deus: "Pela fé compreendemos que o Universo foi criado por intermédio da Palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi produzido a partir daquilo que não se vê" (Hebreus 1:13). O verdadeiro cristão deseja entender a Criação, pois sabe que a criação manifesta a glória de Deus: "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl 19.1).
Ser criacionista não significa ser bitolado, lunático ou avesso ao saber:
significa ser um estudioso, tanto da Bíblia quanto das ciências, amigo do conhecimento! Todo criacionista sabe que há muito a ser investigado, muito a ser descoberto; porém, ele faz isso respeitando não somente os princípios científicos, mas também os princípios bíblicos e, em especial, a Deus.
Pense nisso!
Graça e paz!
Esse princípio é também conhecido como "Navalha de Ockham", um princípio atribuído ao frade franciscano Guilherme de Ockham no séc. XIV. O princípio afirma que "as entidades não devem ser multiplicadas desnecessariamente", ou em latim "pluralitas non est ponenda sine neccesitate". Interessante é que William usou o princípio para justificar muitas conclusões, incluindo a afirmação de que "a existência de Deus não pode ser deduzida apenas pela razão". Omite-se, propositalmente, a formulação original de Ockham: "Porque nada deve ser postulado sem uma razão apresentada, a menos que seja evidente ou conhecido pela experiência ou provado pela autoridade da Sagrada Escritura". Para o frade, a filosofia, as ciências naturais e outros estudos foram bem servidos pela razão, mas Deus não é definido nem confinado pela razão. Ockham e seus seguidores acreditavam na Teoria do Comando Divino, que afirma que uma regra é boa se Deus der a regra. A “bondade” e a “moralidade” são determinadas pelo que Deus ordena, não por qualquer qualidade intrínseca que a regra possua ou pelo resultado de segui-la. É um resultado feliz da natureza de Deus que as regras que Ele dá sejam para nosso benefício.
Deve ser dito que a Navalha de Ockham é uma diretriz filosófica, não uma regra real da lógica. Ele se encaixa na mesma categoria de regras práticas, provérbios e outras generalidades. É importante dizer que a explicação mais simples não é necessariamente a correta. Ou seja, é preciso avaliar quando é possível aplicar a navalha de Ockham e quando não é possível fazê-lo. Esse ponto é muito importante e frequentemente gera muita confusão, por sua má compreensão e uso. Dizer que Deus é a causa última da Criação não exclui a forma pela qual Deus criou todas as coisas. Ou seja, confunde-se a criação com o Criador, reduzindo o Criador a condição de "coisa a ser investigada". Simploriamente, é como se fosse possível levar Deus para um laboratório e submetê-lo a uma série de experimentos a fim de determinar Sua natureza e comprovar-Lhe a existência. Isso é impossível, pois o Criador de todas as coisas não é parte de Sua criação e não está sujeito, portanto, às mesmas regras que Ele criou para reger cada coisa criada. As coisas criadas estas sim são regidas por regras também criadas por Deus.
A Bíblia Sagrada não é um livro científico. É um livro de Revelação, isto é, um livro que nos revela quem é Deus. O conhecimento de Deus é, portanto, obtido por meio de Revelação; Deus revela-nos quem Ele é e qual a Sua vontade para nossas vidas. Tal conhecimento é impossível de ser obtido de outro modo. Esse "conhecimento de Deus" chega até nós de duas maneiras distintas: revelação geral e especial. Através da revelação geral, podemos aprender muito sobre Deus e sua verdade observando o mundo ao nosso redor. A revelação especial das Escrituras nos dá uma imagem muito mais clara da criação e do mundo em que vivemos. A revelação das Escrituras serve como filtro através do qual tudo o mais deve ser interpretado. Assim, a criação de Deus nos diz que toda a realidade é a realidade de Deus; toda verdade é a verdade de Deus... se crermos em Deus como Criador, não poderemos dividir o mundo em espiritual e secular. O fato de que toda a realidade depende da palavra criativa de Deus significa que a palavra de Deus deve julgar as idéias dos homens sobre a verdade e o erro, e não o contrário.
Assim, Deus é e sempre será a explicação última de todas as coisas criadas. Por que existe luz? Porque no princípio Deus disse "haja luz" e então "houve luz". Agora, identificar a natureza da luz é outro assunto. O que é a luz? São partículas, denominadas fótons? São ondas, segundo a teoria ondulatória proposta pelo físico holandês Christian Huygens, em 1678? Que regra a luz segue? O cientista Maxwell já respondeu essa pergunta, postulando suas famosas equações, concluindo que a luz é uma vibração transversal que se propaga no mesmo meio que os fenômenos elétricos e magnéticos. É bom que se registre a lacuna: Maxwell era cristão, tornando-se ancião (presbítero) da Igreja da Escócia (leia mais sobre Maxwell em: https://www.evangelical-times.org/18573/james-clerk-maxwell-1831-1879/).
Outro exemplo: a Bíblia registra que Deus formou o homem do pó da Terra, à Sua imagem e conforme a Sua semlhança. Ou seja, Deus deu ao homem uma natureza humana no corpo físico feito a partir do pó e uma natureza espiritual, gerada pelo sopro do Seu Espírito nas narinas do homem. Os complexos bioquímicos inerentes ao metabolismo humano não foram registrados na Bíblia (imagine Deus explicando o Ciclo de Krebs para Moisés há mais de 1000 anos antes de Cristo!), mas estão presentes no homem, sendo criados por Deus quando o homem foi criado. O papel do cientista cristão não é discutir essa criação, mas investigá-la: como funciona o corpo humano? Como é constituído? Como as diversas partes que o compõe interagem entre si?
Assim como Maxwell, Deus honrou a muitos outros cristãos que por sua fé em Cristo investigaram a criação de Deus para glória do Criador. Dentre eles, podemos citar:
- Francis Bacon, pai do método científico;
- John Bartram, primeiro botânico norte-americano, que era Quaker;
- Robert Boyle, fundador da química moderna (quem nunca ouviu falar na Lei de Boyle?), estudioso das Escrituras (aprendeu grego, hebraico e aramaico para estudar a Bíblia em suas linguas originais);
- John Dalton, pai da teoria atômica moderna, também Quaker;
- Michael Faraday, que por sua convicçção de que toda criação é o trabalho manual do mesmo Grande Designer procurou a unidade fundamental entre as forças (ele demonstrou isso com a eletricidade e o magnetismo);
- John Ambrose Fleming, inventor do díodo, filho de pastor congregacional, formador do "Movimento de Protesto a Evolução", tendo escrito um livro em favor do relato bíblico da criação;
- Joseph Henry, descobridor do princípio da autoindução, cristão comprometido conhecido por sua dependência de Deus em todo o seu trabalho: procedimentos de operação padrão em todos os seus experimentos incluíam orações por orientação em cada decisão importante;
- Sir William Thomson, Lord Kelvin, afirmou a Segunda Lei da Termodinâmica: por sua fé bíblica, apoiou veementemente o ensino da Bíblia nas escolas britânicas. Ele também se opôs às doutrinas da evolução darwiniana; evolução, como ele a via, demandava uma infinidade de tempo, ao passo que as considerações termodinâmicas o conduziam a acreditar que o universo e a Terra tinham uma história limitada;
- Johannes Kepler, descobridor do movimento planetário: instruído para o ministério cristão, ele percebeu que alguém que acredita em uma criação verdadeiramente ordenada deveria procurar uma explicação mais simples do que a explicação dos epiciclios de Copérnico sobre movimentos e velocidades irregulares de planetas;
- Gottfried Wilhelm Leibnitz, coinventor do cálculo;
- Carolus Linnaeus, pai da Taxonomia: Ele acreditava que, desde que Deus criou o mundo, era possível entender a sabedoria de Deus estudando Sua criação: "A criação da Terra é a glória de Deus, como pode ser visto naobras da Natureza apenas pelo homem. O estudo da natureza revela a Ordem Divina da criação de Deus, e é tarefa do naturalista construir uma 'classificação natural' que revele esta ordem no universo". Ele também era um criacionista e, portanto, um inimigo da evolução. Ele era um homem de grande piedade e respeito pelas Escrituras. Um de seus principais objetivos na sistematização das tremendas variedades de seres vivos era tentar delinear os “tipos” originais do Gênesis. Ele acreditava que variações podiam ocorrer dentro do tipo, mas não de um tipo para outro tipo. Assim, Linnaeus acreditava que o processo de geração de novas espécies não era aberto e ilimitado, mas que as plantas originais no Jardim do Éden forneciam o que era necessário para o desenvolvimento de novas espécies e que esse desenvolvimento fazia parte do plano de Deus. (leia mais sobre Linnaeus em: https://www.icr.org/article/carolus-linnaeus-founder-modern-taxonomy e em https://creation.com/carl-linnaeus).
- Gregor Mendel, pai da Genética;
- Isaac Newton;
- Blaise Pascal;
- Louis Pasteur;
- Ambroise Paré, primeiro cirurgião moderno;
- Bernhard Riemann, formulador das geometrias não-euclidianas;
- Sir James Simpson, criador da anestesiologia: descobridor do clorofórmio, ele argumentava com os céticos de sua época com base em Gênesis 2:30, que registra que Deus colocou Adão em um sono profundo para criar Eva. O clorofórmio é considerado sua maior descoberta e ajudou a lançar as bases para os anestésicos modernos. Mas, de acordo com seu próprio testemunho, sua maior descoberta foi "Que eu tenho um Salvador!" Ele escreveu um folheto do evangelho, perto do fim de sua vida: "Mas, novamente, olhei e vi Jesus, meu substituto, açoitado em meu lugar e morrendo na cruz por mim. Olhei, chorei e fui perdoado. E parece ser meu dever dizer a você sobre esse Salvador, para ver se você também não olhará e viverá. 'Ele foi ferido por nossas transgressões ... e com Seus açoites somos curados' (Isaías 53: 5,6)."
Olhando para a fé e para as obras que esses homens - e muitos outros, diga-se - realizaram e o progresso que trouxeram, afirmo que nenhum cristão genuíno deveria ter aversão pelo conhecimento ou pela ciência. O obscurantismo científico e a aversão a ciência não são condizentes com a fé bíblica em Cristo. Por exemplo, as estultas discussões sobre as vacinas, sobre a esfericidade da Terra e outros assuntos não deveriam jamais serem produzidas por cristãos ou mesmo por eles fomentadas: isso é uma vergonha para a fé e uma razão de ofensa para o Criador. Tais assuntos já há muito foram comprovados pela ciência; questioná-los à luz de mera teoria conspiratória, sem evidência científica sólida que suporte tais questionamentos, constitui-se em escárnio do mais torpe tipo. Questionar esses assuntos somente a partir de interpretações muito mal feitas de texto isolados da Bíblia também não é válido cientificamente; todos os cientistas cristãos que questionaram em sua época o status quo o fizeram por meio do uso do método científico - hipóteses, experimentos e indução. Enfim, todo esse revisionismo pseudocientífico não passa de obra de quimeristas.
O verdadeiro cristão está para a verdadeira ciência, pois a verdadeira ciência aponta para o Verdadeiro e Único Deus em quem o cristão crê de maneira absoluta. Enquanto dogmático em relação a sua fé, o verdadeiro cristão tem o espírito inquiridor com relação a criação de Deus; ele quer entendê-la, maravilhado e assombrado com o fato daquilo que existe - o mundo material - ter sido trazido a existência pela Palavra de Deus: "Pela fé compreendemos que o Universo foi criado por intermédio da Palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi produzido a partir daquilo que não se vê" (Hebreus 1:13). O verdadeiro cristão deseja entender a Criação, pois sabe que a criação manifesta a glória de Deus: "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos" (Sl 19.1).
Ser criacionista não significa ser bitolado, lunático ou avesso ao saber:
significa ser um estudioso, tanto da Bíblia quanto das ciências, amigo do conhecimento! Todo criacionista sabe que há muito a ser investigado, muito a ser descoberto; porém, ele faz isso respeitando não somente os princípios científicos, mas também os princípios bíblicos e, em especial, a Deus.
Pense nisso!
Graça e paz!
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