quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

GUERRAS ORDENADAS POR DEUS: ENTENDENDO ANTIGO E NOVO TESTAMENTOS

Quando te achegares a alguma cidade para combatê-la, apregoar-lhe-ás a paz.
E será que, se te responder em paz, e te abrir as portas, todo o povo que se achar nela te será tributário e te servirá.
Porém, se ela não fizer paz contigo, mas antes te fizer guerra, então a sitiarás.
E o Senhor teu Deus a dará na tua mão; e todo o homem que houver nela passarás ao fio da espada.
Porém, as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todo o seu despojo, tomarás para ti; e comerás o despojo dos teus inimigos, que te deu o Senhor teu Deus.
Assim farás a todas as cidades que estiverem mui longe de ti, que não forem das cidades destas nações.
Porém, das cidades destas nações, que o Senhor teu Deus te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixarás com vida.
Antes destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos perizeus, e aos heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor teu Deus.
Para que não vos ensinem a fazer conforme a todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senhor vosso Deus.
(
Deuteronômio 20:10-18)

Guerra! A Bíblia, no Antigo Testamento, traz o registro de inúmeras batalhadas travadas pelo povo de Deus, por Israel, sob o comando de Deus. Podemos inferir, com base nisso, que Deus apóia a guerra? Ou que o cristão deve pegar em armas para defender-se? É um tema sério, que precisamos analisar sob diversas perspectivas. 

Longe da pretensão de querer esgotar o assunto, proponho a seguinte análise. 


I. DEUS É DEUS DE AMOR E DE MUITA LONGANIMIDADE, MAS DE JUSTIÇA TAMBÉM. 

Inicialmente, note que o mesmo Deus que comandou Israel como General Supremo no Antigo Testamento, também deixou claro que Ele nunca teve prazer em nada disso. O texto de Ezequiel assim descreve o sentimento de Deus para com a morte de ímpios: "Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva? Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei" (Ezequiel 18:23,32).  Deus diz claramente que não deseja e nem tem prazer na morte de ímpios, ou seja, o sentimento Dele é de desprazer, de tristeza, de insatisfação com isso. Os sentimentos de Deus para com a morte de pessoas como consequência do pecado NUNCA serão o de prazer ou felicidade. O Deus da Bíblia, a quem João nos diz que é Amor, não é de forma alguma um sádico. A Bíblia, da criação à nova criação, revela um Deus que é santo, justo e bom. Deus tem bons planos para o mundo que ele fez. Seu caráter divino é revelado com precisão e perfeição pela sua reconciliação "todas as coisas" para si mesmo em e através de Jesus (Colossenses 1: 15-20).

Todas essas descrições de Deus descrevem-no como inabalável na retribuição ao mal, embora Ele não tenha deleite, também inabalável em amor e encorajamento em direção àqueles corações que estão voltados para Ele. O desejo óbvio de Deus é que os pecadores se arrependam e vivam. Deus leva ao limite máximo a Sua paciência, aguardando que os pecadores se convertam para só em último caso, depois de todas as oportunidades de arrependimento esgotarem, executar Seu justo juízo. Ele faz isso por amar o homem, mesmo o pior dos pecadores. Foi assim que Ele lidou com os povos cananeus na época do Antigo Testamento e é assim que Ele lida com cada pessoa, povo, tribo, língua e nação no Novo Testamento. Observe que Deus ordenou guerra contra Canaãs somente após 400 anos de espera para seu pecado atingir "a medida completa" (Gênesis 15:16). Isto é, Deus não puniu os cananeus pelo pecado imediatamente - sua misericórdia se prolongou por muito tempo, porque sua compaixão e graça são longas. E se os cananeus se tivessem voltado para Deus, eles seriam salvos e poupados. A história de Raabe fornece evidências para isso (Josué 2). Ela é salva por causa de sua fé em Deus, apesar do fato de ser prostituta e cananéia. Mesmo a história de Raabe não é única no Antigo Testamento, contradizendo o argumento de que o Deus bíblico é xenófobo ou um "purificador étnico": Jetro, o midianita, é trazido para o rebanho de Israel em sua fé (Êxodo 18) e Rute, a moabita, é claramente trazida para o rebanho de Israel por causa de sua fé em Deus (Rute 1). Os filhos de José e de Moisés são também de etnia mista, trazidos para a família de Deus.

Acrescente-se aqui que é dito nos textos judaicos (o Talmude) que quando os anjos quiseram recitar uma canção de louvor quando o Mar Vermelho cobriu os egípcios, Deus os repreendeu, uma vez que Ele não se regozija com a queda dos perversos: “Como podem cantar quando meu povo está morrendo?” (Talmude, Tratado Sinédrio, 39b). O que Deus estava dizendo aos anjos era que, em certo sentido, aquele não era um dia feliz. Ele não criara os egípcios para o mal; no entanto, por eles terem escolhido o mal, era necessário agora erradicá-lo. (fonte: http://www.aish.com/ci/s/When_Evil_Falls.html)


II. A REALIDADE MORAL DAS CIDADES-ESTADO CANANÉIAS.

Precisamos também ver essas terríveis retribuições em seu cenário histórico. A disseminação da maldade era tão penetrante que a imoralidade, a degradação e a barbárie invadiram todas as facetas da vida. As crianças eram sacrificadas aos deuses pagãos em rituais com requintes de crueldade. Nos templos cananeus havia prostitutas masculinas e femininas (homens e mulheres “sagrados”) e toda sorte de excessos sexuais eram praticados (orgias, bestialismos, sodomias, etc.). Acreditava-se que esses rituais faziam prosperar, de alguma forma, as colheitas e o gado. As mulheres, na adoração aos falsos deuses cananeus, mantinham relações sexuais com os "prostitutos cultuais" buscando deles engravidarem; quando homens, esses mesmos prostitutos se submetiam a penetração anal. As sacerdotisas prostitutas que se autoconsagravam à deidade não tinham a permissão de engravidarem, assim se submetiam também, assim como seus equivalentes masculinos no sacerdócio, à penetração anal.  Os adoradores masculinos que penetravam nos sacerdotes e nas sacerdotisas acreditavam que se uniam com a própria deusa.

Em 1921, o maior cemitério de crianças sacrificadas no antigo Oriente Próximo foi descoberto em Cartago. Está bem estabelecido que esse rito de sacrifício infantil originou-se na Fenícia, o vizinho do norte da antiga Israel, e foi levado a Cartago por seus colonizadores fenícios. Centenas de urnas funerárias cheias de ossos cremados de bebês, a maioria recém-nascidos e de algumas crianças até os seis anos de idade, bem como animais foram descobertos em Cartago. (cf. WHITE, Andrew. Abortion and the Ancient Practice of Child Sacrifice. Journal of Biblical Ethics in Medicine, v. 1, n. 2, p. 27, 2003.)

O infanticídio era uma prática comum. Em Deuteronômio 12:31 diz-se dos habitantes de Canaã que "eles até queimam seus filhos e suas filhas no fogo para seus deuses" (2 Rs 3:27). A adoração ao divindade pagã chamada Moloque envolvia esse tipo de ritual. Acredita-se que os ídolos de Moloque eram estátuas de metal gigantes de um homem com a cabeça de um touro. Cada imagem tinha um buraco no abdômen e possivelmente braços estendidos que faziam uma espécie de rampa ao buraco. Um incêndio era acendido em ou em torno da estátua. Os bebês eram colocados nos braços ou no buraco da estátua. Quando um casal sacrificava o seu primogênito, eles acreditavam que Moloque iria assegurar a prosperidade financeira para a família e para as crianças futuras.

A adoração de ídolos era abundante e a sociedade totalmente contaminada. Não havia a conceituação entre bem e mal, entre certo e errado. Tudo era permitido. Hoje perdemos a distinção entre entre o bem e o mal. A tolerância é apresentada como o grande valor religioso. De fato, a tolerância à diversidade é um alto valor cristão, mas hoje em dia a tolerância é entendida como a virtude de aceitar quase todo comportamento sob o sol. Vale tudo - em nome da tolerância! Um resplandecente relativismo moral é o resultado, e as crianças crescem com cada vez menos absolutos morais para guiá-las. Raramente ouvimos o termo pecado, mas ao invés disso, uma dúzia de palavras mais brandas são empregadas. Certamente o Senhor não tolerará essa abominação à sua santidade para sempre. Jesus é cristalino sobre o castigo dos malfeitores, pois no dia do juízo Deus dirá aos malfeitores: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41). Nossa sociedade não se importa muito em ouvir sobre a dor e a punição, e prefere o Jesus manso e moderado de alguns escritores contemporâneos. 

Acrescente a esses pecados outros, como a crueldade e opressão com os mais fracos (como os órfãos, as viúvas, os estrangeiros, os pobres, os inválidos, os doentes, etc.), a exploração da miséria econômica gerando mais miséria em todas as áreas da vida humana e o enriquecimento ilícito, por meio da inversão de valores e da corrupção, tudo justificado pela religião. Segundo o blog "Meu Scriptorium", "O exército passou a fazer parte da classe dominante das cidades. Os camponeses, que pagavam tributos em troca de proteção e de outros serviços, passaram a ser extorquidos, pagando uma quantia acima do valor justo para fins de acúmulo de riquezas e de luxo para a corte ou para que esta promovesse guerras de conquista [...] os camponeses passaram a ser cada vez mais espoliados, e para pagar os pesados tributos precisavam trabalhar muito, e, além disso, havia ainda a corvéia, isto é, o trabalho forçado e sem remuneração nas terras do rei e em obras públicas como aquedutos, estradas, cidades, armazéns, palácios, templos, etc." (fonte: https://meuscriptorium.wordpress.com/2010/08/24/condicao-social-e-politica-da-canaa-pre-israelita/)

Isso acabou enchendo o "cálice" da ira de Deus e ensejando o Juízo para aqueles povos. E, como dito, Deus usou Israel como instrumento desse Juízo. Vale ressaltar que a vitória de Israel nessas batalhas só era alcançada por causa da intervenção da parte de Deus. É importante ressaltar que Deus permitiu que Seu povo também sofresse derrota diante das nações inimigas quando eles, que deveriam ser exemplos para outras nações, passaram a praticar o mesmo pecado que elas (Isaías cap. 1). 


III. GUERRA: PROTEÇÃO DE DEUS A UM POVO QUE NÃO ERA NADA. NEM POVO. 

No Antigo Testamento, Deus luta por Israel para garantir sua terra para seu povo, para que seu plano de redenção possa se concretizar. Para garantir que Seu povo sobreviva, um bando de escravos que sequer possuíam noções elementares de saúde pública e vida em sociedade, diante de nações já estabelecidas e bem equipadas e treinadas na arte de guerra. Muito tempo depois de sua introdução em Canaã, Israel ainda sofreu sob a superioridade dos "carros de ferro" dos cananeus. 

Por causa da superioridade militar, que as armas de ferro davam aos cananeus, é que os hebreus se queixavam a Josué de não poder tomar-lhes as cidades: "A montanha não nos é suficiente; todos os cananeus, que habitam a planície, possuem carros de ferro, tanto os de Bet-San e suas cidades dependentes como os que vivem no vale de Jezrael. Então Josué disse à casa de José, de Efraim e de Manasses: "Tu és um povo numeroso e tua força é muita; não terás só uma parte, antes, terás a montanha, cuja floresta desbravarás, e seus limites pertencer-te-ão. Expulsarás os cananeus, apesar dos seus carros de ferro e da sua força" (Jos,17f 16-18). Mais tarde, dir-se-á que Yabin, rei cananeu de Hazor, possuía um exército de 900 carros de ferro (Jz 4.3).

Aquelas nações cananéias eram "mais fortes e mais numerosas" que o povo de Israel (Dt 7.1). Sem a ajuda de Deus, o povo liberto do Egito seria facilmente subjugado e novamente escravizado pelos cananeus com toda certeza. Note que o povo de Israel recém saído do Egito não era grande coisa, numericamente falando: "O Senhor não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos em número do que todos os povos" (Dt 7.7). Eles não tinham mérito, grandeza, riqueza, poderio ou renome. 

Como já vimos, os cananeus eram muito superiores em tudo ao povo escolhido de Deus, quer na esfera militar, quer na esfera social (artes, comércio, arquitetura, etc.). Tirá-los do Egito para deixá-los desprotegidos era o mesmo que condená-los a morte. Ao contrário, Deus os havia removido do Egito e seria o Guarda de Israel em todos os momentos, mesmo naqueles que eles fizeram por merecer o contrário. Pedir que Deus não proteja Seu povo, ao qual Ele amou e ama, é o mesmo que pedir a um pai ou a uma mãe que não defenda e proteja o filho indefeso que gerou.  



IV. GUERRA NO NOVO TESTAMENTO: BATALHA ESPIRITUAL CONTRA SERES ESPIRITUAIS.

Essas guerras foram travadas em um determinado momento da história de Israel e não devem ser repetidas pela Igreja nem ser justificadas por quaisquer povos no mundo atual. Embora alguns tenham usado o material da "guerra divina" no Antigo Testamento como base para a máquina de guerra (especialmente durante a colonização das Américas), tais aplicações do material bíblico simplesmente não se harmonizam com a história das Escrituras. Esse tipo de guerra era particular para Israel quando se mudou para a terra de Canaã. Para o cristão, não há lugar algum para pegar em armas à maneira de Israel para conquistar uma terra. 

No ensinamento de Jesus, que é uma revitalização da lei do Antigo Testamento, a tarefa do povo do Reino de Deus é amar seus "inimigos" (incluindo as nações inimigas) e servi-los com as boas novas do Reino (Mateus 5: 43-8, 28: 18-20). O livro de Efésios ensina poderosamente que, por causa da vitória de Deus em Cristo, o cristão não guerreia nem por terra nem por lugar no mundo. O mundo inteiro está sob a autoridade de Cristo (Mateus 28:18), e assim o mundo é do Senhor. Onde quer que um cristão viva no mundo de Deus, ele ou ela se envolve em uma batalha espiritual contra os governantes cósmicos que inutilmente promovem a guerra contra a vitória de Deus em Cristo (Efésios 5: 1-9, 6: 10-18). A "guerra" cristã envolve aprender a viver corretamente o triunfo que Deus proveu em Cristo e em Seu Reino. Esta instrução subversiva em Efésios revela que o Reino de Deus é e será estabelecido não através da coerção e ou dominação, mas através do amor auto-sacrificial, à maneira de Cristo.

As guerras ditas em "nome de Deus" na era cristã não possuem respaldo nenhum da parte de Deus e por Ele nunca foram ordenadas. Cruzadas, Inquisição, Holocausto, etc. não passam da simples materialização da extrema malignidade humana, que para cumprir seus mais podres e sórdidos desejos é capaz de até mesmo justificar seus atos mais cruéis como sendo "da parte de Deus". Argumentar em termos de similaridade que essas aberrações modernas tem respaldo no Antigo Testamento demonstra total ignorância quanto aos processos históricos e espirituais tanto do Antigo Testamento quanto do Novo Testamento. A história da revelação de Deus ao homem se passa em cenários humanos, não sendo produto que imaginações idealizadoras humanas; o Deus que se revela faz isso a partir da perspectiva histórica, de forma gradual. 

A bandeira de Cristo jamais será a mesma que Constantino adotou. A cruz não é instrumento de conquista de outras nações, nem de "conversões forçadas". A cruz é antes local de renúncia pessoal, de rendição, de humilhação, de vergonha e de dor. Local de morte, pela qual cada cristão passou um dia e deverá obrigatoriamente passar todos os dias de sua vida, "matando" o seu eu com seus pecados pessoais, de forma a viver a nova vida de Deus em Cristo. A bandeira de Cristo é a bandeira do kenosis, do auto-esvaziamento de si mesmo: "De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Filipenses 2:5-8).


V. E SOBRE AS GUERRAS MODERNAS? 

E sobre as guerras, hoje? É correto um cristão "pegar em armas" para defender seu país? Note que nesse caso estamos nos referindo a outro assunto: não se trata de guerras religiosas, ou guerras com viés e ideologia religiosa ("em nome de Deus"); tratam-se de guerras sócio-políticas e econômicas. Sobre estas guerras "não-religiosas, Norman L. Geisler comenta: "A guerra em defesa dos inocentes não é assassinato. Uma guerra contra um agressor injusto não é assassinato. Deus, às vezes, ordena que os homens usem a espada para resistir aos homens maus. O militar não desempenha uma função má (Lc 3.14)". Vale dizer que há uma guerra urbana sendo travada em várias capitais mundiais entre a polícia e grupos de meliantes. Nesse caso, as forças policiais são agentes da lei e têm a função estatal de proteger os inocentes, constituindo-se no braço do Estado nessa função. É a isso que se refere o apóstolo Paulo em Romanos 13: há um povo e um Estado (a potestade superior); a função do Estado é defender seu povo e para isso ele (o Estado, não o povo) faz uso da espada. O Estado é, assim, "ministro" (servo) "de Deus para o nosso bem". Quando o mal é praticado, esse ministro de Deus traz a espada (note que a espada não é trazida à debalde, isso é, à-toa).  

Quando mais próximo do fim dos tempos, mais guerras e rumores de guerras surgirão. O ódio crescerá entre as pessoas e os povos, haverá muitas traições e escândalos. O amor se esfriará, enquanto assistiremos a vertiginosa escalada da violência em todas as esferas da sociedade e do mundo modernos. O pecado será intensificado e os limites éticos e morais serão removidos, mesmo na esfera legal. Isso é inevitável. Nenhum governante humano poderá impedir ou reverter esse processo, mesmo que ele seja "cristão" e cheio de "boas intenções e idéias". O mal no mundo não está ligado a partidos ou ideologias políticas, está ligado ao homem independentemente da ideologia ou religião que professe ou da condição social ou posição que possua. 

Obviamente que essas guerras não são o ideal de Deus para a vida humana sobre a Terra. Deus várias vezes deixou isso claríssimo no Antigo Testamento; no Novo Testamento escancarou ainda mais essa verdade por meio do Seu Filho. Deus nos criou para vivermos no Paraíso terrestre, mas nós concedemos ao diabo o "direito" de agir na Terra e trazer todo o inferno com ele. Haverá, contudo, um dia onde os homens não aprenderão mais a guerra e as armas de guerras serão convertidas em instrumentos agrícolas: "E julgará entre muitos povos, e castigará nações poderosas e longínquas, e converterão as suas espadas em pás, e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos Exércitos o disse." (Mq 4.3,4)

Um comentário:

  1. Guerras e rumores de guerras. Escalada vertiginosa da violencia , assassinatos , estrupos, feminicidios etc. Solo empapado com o sangue de inocentes. Tudo isso me leva à reflexão sobre o Apocalipse. Temos ouvido o trotar veloz dos cavalheiros e seus respectivos cavalos. O fim se aproxima. Maranata!

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